sábado, 3 de agosto de 2019

Gizmodo Brasil

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Maioria da população dos EUA confia em cientistas, segundo dados de uma animadora pesquisa

Posted: 02 Aug 2019 03:04 PM PDT

Boas notícias para vocês, cientistas: a maioria da população dos EUA acha que vocês são bons e que vale a pena ouvir vocês. De acordo com um novo relatório divulgado na sexta-feira pelo Pew Research Center, a maioria dos americanos confia em cientistas e em maior grau do que qualquer outra profissão voltada para o público. Além disso, a confiança do país nos cientistas aumentou nos últimos anos.

As descobertas vêm de uma pesquisa nacionalmente representativa conduzida pela Pew com cerca de 4.500 adultos americanos em janeiro deste ano.

De acordo com a pesquisa, 86% dos americanos têm pelo menos uma “boa dose” de confiança no fato de que os cientistas como um todo agem em defesa dos melhor interesses do público, enquanto 35% têm “muita confiança” neles. Isso representa um aumento substancial em relação aos 76% que disseram o mesmo em 2016. E, de fato, a ciência é aparentemente a instituição mais confiável do país, com os militares (82%) e os diretores das escolas (77%) logo atrás. Enquanto isso, o público continua a desconfiar da mídia (47%), de CEOs e líderes empresariais (46%) e de políticos (35%).

“É difícil definir as razões para a recuperação da confiança pública”, disse Cary Funk, diretor de pesquisa científica e social do Pew Research Center, ao Gizmodo por e-mail. “Uma coisa a notar é que o aumento da confiança ocorre entre democratas e republicanos”.

Isso não quer dizer que não houve diferenças entre os grupos.

As pessoas que identificam ou simpatizam com os republicanos, por exemplo, relataram menos confiança nos cientistas (82%) do que aqueles que se identificaram como democratas (91%). E quando as pessoas eram perguntadas sobre áreas específicas da ciência — seis no total — os republicanos eram muito menos propensos a ter uma visão positiva dos pesquisadores ambientais (40%) do que os democratas (70%).

Uma porcentagem maior de democratas também acreditava que os cientistas deveriam estar ativamente envolvidos em debates públicos sobre políticas científicas, e que eles tinham uma percepção maior sobre essas questões do que a média das pessoas.

Isso quase certamente reflete a divisão partidária sobre as mudanças climáticas e o meio ambiente em geral. Em outros campos da ciência, porém, não havia tal disparidade partidária.

"Há amplas divergências políticas em crenças sobre questões climáticas, energéticas e ambientais. Essas divisões estão presentes há mais de uma década. Mas as divisões sobre alimentos transgênicos, vacinas infantis e outras questões relacionadas à ciência se baseiam em outros motivos, não em filiação partidária ", disse Funk.

Embora a tendência geral seja ótima, há aspectos da ciência sobre os quais o público ainda está cético. Menos de 20%, por exemplo, achavam que os cientistas em geral costumavam se manifestar sobre seus potenciais conflitos de interesses com a indústria. Também foi registrada menor confiança nos cientistas de nutrição (os cínicos não estão errados).

Poucas pessoas em geral, mas especialmente poucas minorias (tão baixas quanto 11%), acreditavam que os cientistas regularmente admitiam e assumiam a responsabilidade por seus erros. Isso faz sentido no contexto histórico da longa discriminação e exploração de minorias por cientistas e médicos. O estudo de Tuskegee, conduzido pelo governo dos EUA entre os anos 1930 e 1970, por exemplo, deliberadamente deixou centenas de afro-americanos sem tratamento para sífilis, até mesmo ocultando o diagnóstico deles.

Os resultados da pesquisa sugerem algumas maneiras pelas quais os cientistas podem continuar a manter ou melhorar a confiança do público.

“Como o público pensa sobre os fatores que influenciam sua confiança, os resultados foram claros”, disse Funk. "A maioria diz que quando eles ouvem sobre descobertas de pesquisas onde os dados estão disponíveis abertamente, isso aumenta sua confiança. Da mesma forma, cerca de metade do público diz que confia mais nas descobertas das pesquisas se as descobertas receberem uma revisão independente."

Do outro lado das coisas, aprender mais sobre ciência compreensivelmente nos deixa mais dispostos a confiar nos cientistas. Enquanto apenas 75% das pessoas com relativamente pouco conhecimento científico confiavam nos cientistas, isso acontecia com 93% das pessoas com conhecimento científico relativamente alto.

E no Brasil?

Enquanto isso, no Brasil, uma pesquisa da CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) publicada em junho mostrou que, de 2015 a 2019, a porcentagem de brasileiros que acreditam que a ciência só traz benefícios caiu de 54% para 31%.

Além disso, 90% das pessoas não souberam dizer o nome de um cientista brasileiro e 88% não souberam dizer onde se faz pesquisa no País. Mesmo assim, 73% são otimistas com a ciência brasileira e dois terços defendem que o orçamento para pesquisas deveria aumentar.

Outra pesquisa, a Wellcome Global Monitor 2018, feita pela Gallup em 144 países, mostrou que 35% dos brasileiros desconfiam da ciência e um em cada quatro acreditam que ela não contribui com o País. O Brasil está na 111ª posição no ranking de confiança na ciência.

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Homem morre em Nova York por infecção cerebral rara transmitida por carrapato

Posted: 02 Aug 2019 01:40 PM PDT

O vírus mais perigoso nos Estados Unidos contribuiu para a morte de um residente de Nova York, informaram autoridades de saúde do estado na quinta-feira (1º). Acredita-se que o homem tenha morrido de uma doença viral disseminada por carrapatos chamada febre de Powassan. Embora os casos de Powassan sejam raros, é uma das muitas doenças transmitidas por carrapatos que estão se tornando mais comuns.

De acordo com o Departamento de Saúde do Condado de Ulster, o residente local havia sucumbido à doença no início desta semana. Sua morte também marca o primeiro caso relatado de Powassan no estado este ano. O estado diz que ocorrem de zero a seis casos por ano.

"É imperativo que todos os residentes tomem todas as precauções necessárias contra doenças transmitidas por carrapatos, especialmente durante atividades ao ar livre. Os moradores devem verificar, com cuidado, a si e seus animais de estimação sinais de carrapatos e picadas do inseto", disse Carol Smith, Comissária de Saúde e Saúde Mental do Condado de Ulster, em um comunicado na quinta-feira.

vírus Powassan, de forma esférica, está relacionado a outros vírus transmitidos por criaturas de seis e oito patas, como zika, dengue e febre amarela. Ele é disseminado pela picada de três espécies de carrapatos Ixodes nos Estados Unidos – o carrapato de patas negras ou de cervo, o carrapato de esquilo e o carrapato da marmota; esses insetos contraem o vírus de roedores infectados. Mas das três espécies, apenas o carrapato, que também espalha a doença de Lyme, morde regularmente as pessoas. Como o carrapato de cervos, os casos de Powassan são tipicamente limitados à região leste dos EUA.

As pessoas infectadas com Powassan geralmente não apresentam sintomas. Mas quando ficam doentes, elas geralmente sofrem de febre, dores de cabeça, vômito e fraqueza muscular. Algumas desafortunadas também podem desenvolver uma infecção neurológica grave. Destas infecções mais sérias, aproximadamente 10% das pessoas morrem, enquanto metade fica com problemas neurológicos permanentes. Atualmente, não há tratamento específico ou vacina contra a Powassan.

No caso do homem de Ulster, as autoridades de saúde relataram que ele tinha condições médicas subjacentes, o que pode ter contribuído para sua morte.

Essas infecções neurológicas mais mortais de Powassan são raras. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), havia apenas 21 desses casos registrados no país em 2018. E em Nova York, foram registrados 19 casos na última década até 2018.

Mais do que tudo, porém, este último caso é um lembrete particularmente sombrio de que carrapatos e outros insetos estão afetando cada vez mais a nossa saúde (graças em parte às mudanças climáticas). A febre de Powassan ainda tem uma baixa taxa de casos registrados, mas relatos de doenças causadas por carrapatos, mosquitos e picadas de pulgas mais do que triplicaram de 2004 a 2016 e continuam a aumentar, de acordo com o CDC. Os carrapatos são os maiores causadores, com a doença de Lyme sendo a doença mais comum, mas estamos continuamente descobrindo novas doenças e condições transmitidas por carrapatos.

Dado que a temporada de carrapatos se estende do final da primavera ao outono, qualquer pessoa que se aventure regularmente na natureza ou more em áreas verdes, com arbustos ou florestas, deve fazer o máximo que puder para se proteger das picadas.

O CDC recomenda tratar suas roupas e equipamentos com repelentes contendo 0,5% de permetrina (roupas pré-tratadas também) quando estão fora, enquanto as pessoas devem pulverizar repelentes contendo DEET, picaridina, IR3535, Óleo de Limão Eucalyptus (OLE), para-mentano-diol (PMD), ou 2-undecanona em si mesmos. Depois, as pessoas devem verificar a si mesmos, seus animais de estimação ou suas roupas para carrapatos, possivelmente enquanto tomam banho, dentro de duas horas de entrar.

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Os melhores celulares para dar de presente no Dia dos Pais

Posted: 02 Aug 2019 12:13 PM PDT

O Dia dos Pais está chegando, e se você quer homenagear seu paizão, uma das melhores opções é um celular para deixá-lo conectado a tudo de bacana que acontece no mundo. Mas qual aparelho escolher? Fizemos uma lista com sugestões para cada perfil de pai. Veja!

Para o pai conectado

Se seu pai não larga o celular de jeito nenhum, ele precisa de um aparelho com muita bateria para não ter que ficar caçando tomadas por aí.

Um dos melhores aparelhos nesse quesito é o Moto G7 Power. Com bateria de 5.000 mAh, ele tem boa capacidade para funcionar até dois dias longe da tomada, como vimos em nossos testes.

Moto G7 Power
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Outros dois aparelhos com essa mesma capacidade e que valem a pena dar uma olhadinha: o Galaxy M30, uma das novidades da Samsung nos últimos meses, e o Zenfone Max Pro M1, da Asus, que tem preço bem interessante.

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Para o pai gamer

Se seu pai adora jogar no celular, ele precisa de um aparelho com muita potência. Duas boas sugestões são o Xiaomi Mi 9 e o Samsung Galaxy S9.

O Mi 9 tem processador Snapdragon 855, um dos mais potentes disponíveis no mercado, e vem acompanhado de 6 GB de RAM

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O Galaxy S9 é o topo de linha do ano passado da Samsung, mas ainda tem fôlego de sobra com seu processador Snapdragon 845 e 4 GB de RAM.

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Outra opção interessante para jogos é o Moto Z3 com GamePad. Apesar de não ser tão potente quanto os outros dois celulares sugeridos, ele tem uma boa capacidade de processamento e vem com um snap de controle para melhorar a jogabilidade.

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Para o pai aventureiro

Seu pai está sempre procurando uma nova trilha, um esporte radical, uma viagem diferente? Ou ele só é meio desastrado e sempre quebra o celular? Seja qual for o caso, ele precisa de um aparelho que seja resistente para tudo isso. Uma boa sugestão é o LG K12+, que conta com a certificação de durabilidade MIL-STD 810G feita após testes das Forças Armadas dos Estados Unidos.

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Para o pai fanático por esportes

Se seu pai não perde um jogo do time do coração, nada melhor do que poder acompanhar as emoções do esporte onde ele estiver. Para isso, uma boa pedida é um celular com TV. O Galaxy A30, da Samsung, foi lançado há alguns meses e, além de poder captar sinal de televisão, tem boas especificações e design bem bonito.

Galaxy A30
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Para o pai fotógrafo

Se seu pai está sempre registrando os momentos especiais da família, nada melhor que dar para ele um celular com uma câmera de respeito, né?

Um aparelho que traz um conjunto interessante de lentes e sensores é o Galaxy A50. Ele conta com câmera tripla e bastante elogiada em testes, além de vir com recursos que antes só estavam disponíveis nos aparelhos de topo de linha, como leitor de digitais por baixo da tela.

Samsung Galaxy A50
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Outros dois aparelhos com câmeras bem bacanas são o Motorola One Vision e o Redmi Note 7. Eles vêm com câmeras duplas, mas que podem tirar fotos de até 48 megapixels.

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Metais pesados estão vazando desse planeta em forma de bola de futebol americano

Posted: 02 Aug 2019 11:12 AM PDT

Este planeta que parece um Júpiter quente está tão perto de sua estrela hospedeira que as forças gravitacionais estão distorcendo-o em uma forma de bola de futebol americano. Não apenas isso, suas temperaturas são tão extremas que gases ​​de metais pesados estão escapando da atmosfera do exoplaneta para o espaço – um fenômeno nunca antes visto até agora.

Gases de ferro e magnésio estão escapando da atmosfera do WASP-121b, um Júpiter quente localizado a cerca de 880 anos-luz da Terra, de acordo com uma nova pesquisa publicada hoje no Astronomical Journal.

O WASP-121b possui uma massa de cerca de 1,8 vezes a de Júpiter, e está muito próximo de sua estrela hospedeira, exigindo apenas 1.275 dias para fazer uma órbita completa. A essa distância, as forças gravitacionais são tão intensas que o WASP-121b está prestes a ser dilacerado. E isso não é só forma de falar; este planeta está perigosamente perto de experimentar um evento de ruptura por forças de marés (TDEs, em inglês), ponto em que o planeta entraria em colapso. Consequentemente, o planeta está distorcido, com a aparência de uma bola de futebol americano.

Ilustração do WASP-121b. Imagem: Telescópio Espacial Hubble

“A maneira mais fácil de entender é como as marés oceânicas na Terra”, disse David Sing, principal autor do novo estudo e astrônomo da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, ao Gizmodo. "No nosso caso, a gravidade da Lua puxa os oceanos, então o oceano mais próximo ao nosso satélite natural se projeta em direção à Lua, que é a maré alta. Da mesma forma, a gravidade é mais fraca no lado oposto da Terra da Lua, de modo que o oceano não é puxado tão fortemente que também cria uma protuberância no lado oposto da Terra. Assim, o sistema da Terra-Oceano se torna distorcido e um pouco ‘moldado em futebol’", disse ele.

Uma coisa semelhante está acontecendo no WASP-121b – mas em uma escala mais ampla. Sing disse que a parte do planeta mais próxima da estrela é cerca de 10% maior do que normalmente seria.

Ao mesmo tempo, a radiação intensa da estrela hospedeira está aquecendo a atmosfera superior do WASP-121b a temperaturas superiores a 2.200 Kelvin (cerca de 1.927 graus Celsius). Uma pesquisa do ano passado mostrou que o WASP-121b é tão quente que as moléculas de água na atmosfera estão sendo quebradas.

No novo estudo, Sing e seus colegas mostraram que o calor excessivo na atmosfera superior também está fazendo com que os gases de metais pesados se afastem do WASP-121b. A nova pesquisa é a primeira a demonstrar esse fenômeno, no qual o ferro e o magnésio da baixa atmosfera fluem para a atmosfera superior, onde permanecem na forma gasosa devido às altas temperaturas. A partir daí, eles escapam para o espaço, aderindo-se a gases mais leves de hidrogênio e hélio, de acordo com o novo estudo.

“Já houve metais pesados ​​encontrados em exoplanetas antes, e também sabemos que eles têm atmosferas que escapam”, disse Sing ao Gizmodo. “No entanto, a maioria das previsões não incluiu metais pesados ​​em seus modelos e foi uma grande surpresa encontrá-los em altitudes tão elevadas”.

Sing e seus colegas fizeram as observações usando o instrumento Imaging Spectrograph no Telescópio Espacial Hubble. Os pesquisadores detectaram os espectros de magnésio e ferro em quase ultravioleta quando o exoplaneta passou na frente de sua estrela hospedeira a partir de nossa perspectiva aqui na Terra, uma técnica de observação conhecida como o método de trânsito. Dadas as condições extremas do WASP-121b, os cientistas estavam tentando ver se a fuga de gases de metais pesados era realmente possível.

"Achamos que tínhamos a chance de ver elementos mais pesados ​​escapando. É tão quente e tão favorável para observar, é a melhor chance de encontrar a presença de metais pesados​​", observou Sing em um comunicado de imprensa do Hubble. “Nós estávamos procurando principalmente magnésio, mas havia indícios de ferro nas atmosferas de outros exoplanetas”, ao que ele acrescentou: “Os metais pesados ​​estão escapando em parte porque o planeta é tão grande e inchado que sua gravidade é relativamente fraca. Este é um planeta sendo ativamente expelido de sua atmosfera".

Durante a análise, Sing e seus colegas tiveram que garantir que a estrela hospedeira não estivesse contaminando suas leituras. Felizmente, eles tiveram acesso a dados da missão da NASA TESS, que “nos deu boas restrições sobre quão ativa a estrela é, o que ajudou a descartar a atividade estelar como um possível sinal”, disse Sing ao Gizmodo.

Quanto ao destino do WASP-121b, Sing disse que o planeta está condenado; eventualmente, este Júpiter quente será despedaçado por sua estrela hospedeira.

“As estimativas atuais indicam que isso deve ocorrer daqui a cerca de 10 milhões de anos ou mais, o que em termos de astronomia não é muito”, disse Sing. “Na próxima década, os astrônomos esperam detectar ativamente a órbita do planeta lentamente decaindo, quando teremos uma ideia melhor de seu verdadeiro destino”.

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Android terá opção para escolher mecanismo de busca favorito na Europa

Posted: 02 Aug 2019 08:40 AM PDT

O motor de buscas que aparece na barra de pesquisa do Android e no Chrome poderá ser escolhido pelo usuário na hora de configurar o celular. O Google anunciou a medida para cumprir com as regras impostas pelo órgão regulador da União Europeia, que multou a companhia em € 4,3 bilhões (cerca de R$ 19,2 bilhões) por abuso de sua posição dominante no mercado de smartphones.

Daqui alguns meses, os celulares Android fabricados na Europa exibirão uma tela de escolha com diferentes motores de busca.

Na imagem divulgada pela companhia, aparecem quatro opções: Qwant, Ecosia, Google e Yahoo. As duas primeiras são soluções locais — o Qwant é francês e tem grande foco em privacidade, enquanto o Ecosia é alemão e doa parte de sua receita excedente para organizações sem fins lucrativos que se concentram em reflorestamento e conservação do meio ambiente.

Menu de opções com motores de busca no Android

Porém, as opções irão variar de país para país. As alternativas serão selecionadas por meio de um processo de “licitação”, em que as empresas de buscas irão dizer ao Google o quanto estão dispostas a pagar quando um usuário escolher utilizar o seu motor. As três companhias que pagarem melhor serão exibidas para os usuários – ou seja, o Google ganhará uma grana dessas empresas menores.

As ofertas poderão ser enviadas até o dia 13 de setembro e as listas finais serão anunciadas no dia 31 de outubro. A telinha de opções, no entanto, só deve aparecer no começo de 2020.

A decisão europeia é muito parecida com o que aconteceu com a Microsoft, quando o órgão antitruste decidiu que a empresa deveria oferecer escolhas além do Internet Explorer como o navegador padrão do Windows já na instalação do sistema operacional.

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Apple suspende audição de gravações da Siri no mundo todo por preocupações com privacidade

Posted: 02 Aug 2019 08:12 AM PDT

A Apple anunciou que vai suspender seu programa que permite que funcionários ouçam gravações da Siri para controle de qualidade, segundo o TechCrunch. A medida é uma resposta à recente polêmica sobre terceirizados da empresa estarem ouvindo trecho íntimos da vida privada dos usuários sem o seu consentimento.

Segundo a Apple, a empresa pretende revisar esse processo, chamado de "grading" (ou "avaliação", em tradução livre) para avaliar se a Siri tem captado as solicitações de forma correta ou se está sendo ativada de forma equívoca.

Além disso, uma atualização de software futura permitirá que os usuários da Siri decidam se querem participar ou não desse programa, compartilhando suas informações para propósitos de melhoria do sistema. Esse procedimento já é implementado pela Apple nos aplicativos, em que, ao configurar o iPhone, o usuário deve informar se autoriza a transmissão de dados de performance dos apps para que desenvolvedores identifiquem e consertem falhas em seus softwares.

Em um comunicado ao TechCrunch, a Apple afirmou que está comprometida em "entregar uma ótima experiência com a Siri ao mesmo tempo em que protegemos a privacidade do usuário" e que, no momento, enquanto conduzem uma reavaliação minuciosa do processo, o grading da Siri será suspenso globalmente.

Esse processo de gravar alguns segundos de áudio e enviar para a equipe interna ou terceirizada para fins de avaliação e melhoria é comum nessa indústria. Gravações feitas por assistentes da Amazon e do Google também são ouvidas por humanos, conforme aponta o TechCrunch.

Portanto, a Apple será pioneira e poderá servir como modelo para o setor ao implementar essas mudanças que solicitam, de forma explícita, a autorização do usuário para que suas gravações sejam utilizadas.

Com as preocupações sobre cibersegurança permeando cada vez mais as discussões em diferentes setores, a Apple vem implementando medidas que reforçam seu posicionamento em relação à privacidade de seus usuários e esperamos que outras empresas sigam o mesmo caminho.

[TechCrunch, MacRumors]

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Sistema de reconhecimento facial quer organizar atendimento em bares no Reino Unido

Posted: 02 Aug 2019 07:31 AM PDT

Os sistemas de reconhecimento facial, até agora, provaram ser tendenciosos, injustos, falhos, e extremamente poderosos. Eles têm sido utilizados como ferramenta de vigilância, opressão e autoritarismo. E agora um deles vai monitorar sua bebedeira.

O sistema, chamado "AI Bar", foi desenvolvido pela empresa britânica de dados DataSparQ, e utiliza o reconhecimento facial para identificar quando alguém se aproxima de um bar, registrando o seu rosto em uma tela de vídeo e adicionando a uma fila. O serviço utiliza uma webcam e uma tela padrão, segundo um comunicado à imprensa divulgado pela companhia.

Ele funciona da seguinte forma: você caminha até o bar. Uma câmera identifica o seu rosto, joga em uma tela de frente para os outros clientes, exibindo um pequeno círculo verde em torno da sua cabeça. Ele adiciona você à fila, também visível na tela, com seu número de chamada e o tempo de espera estimado com base nos pedidos à sua frente e quanto tempo será necessário, em média, para prepará-los.

De acordo com um vídeo promocional do AI Bar, também haverá um ícone próximo ao seu rosto se o sistema sinalizar que você aparenta ter menos de 25 anos, o que vai fazer com que os funcionários do bar verifiquem o seu documento de identidade. E a empresa afirmou no comunicado que outro recurso, chamado "FaceTab", vai adicionar os rostos das pessoas à uma aba do bar para que apenas aqueles identificados possam adicionar bebidas à conta.

Foto: DataSparQ

O sistema também memoriza os pedidos de bebidas de alguém, segundo a empresa, e é capaz de lembrar dos rostos por um "curto período de tempo" caso você saia momentaneamente do seu lugar no bar.

A empresa ainda afirma no vídeo que "nenhuma imagem facial é armazenada", mas diz no comunicado à imprensa que os rostos e informações não são mantidos e são "apagados dentro de 24 horas", sugerindo que, talvez por um pequeno intervalo de tempo, as informações sejam armazenadas em algum lugar. Nós entramos em contato com a empresa para questionar sobre onde os dados são mantidos e como a empresa garante que eles estão seguros.

Um porta-voz da DataSparQ disse ao Gizmodo por e-mail que o vídeo em tempo real do bar não é armazenado, mas apenas transmitidos internamente. No entanto, eles disseram que uma miniatura da imagem do rosto de alguém exibido no lado direito da tela é armazenada localmente e excluída no final da sessão. "Na maioria dos casos, nós esperamos que isso seja no final da noite", disse o porta-voz.

O porta-voz disse que essas imagens são enviadas para serviços cognitivos em nuvem do Microsoft Azure em datacenters da Europa para uma API "que responde com identidades e pontuações de similaridade que nos permite gerar a fila", mas que essas identidades e imagens são apagadas localmente e da nuvem quando a sessão acaba.

Se alguém quiser que suas informações sejam apagada antes do fim de uma sessão, será necessário pedir para um funcionário do bar remover sua imagem e identificação utilizando o aplicativo, disse o porta-voz, e se a pessoa quiser permanecer no bar sem ser vigiado pelo sistema, "ela terá que ficar longe do alcance da câmera". A empresa diz que pretende ter sinalizações indicando o alcance da câmera, citando uma faixa no chão, "entre nessa zona para entrar na fila IA do bar", como exemplo.

O porta-voz também disse que a precisão do sistema de reconhecimento facial é de mais de 80%, e caso ele falhe em identificar o mesmo indivíduo duas vezes (talvez ele tenha tirado os óculos de sol em algum momento), o bartender pode utilizar o app para corrigir o erro "para que a máquina aprenda".

O objetivo da tecnologia é tornar as filas em bares menos infernais e ajudar os estabelecimentos a permanecerem abertos servindo mais bebidas às pessoas (e, em retorno, faturando mais). John Wyllie, diretor administrativo do DataSparQ, disse em um comunicado à imprensa que eles estão planejando lançar o sistema a nível nacional no ano que vem.

Filas são um inferno, de fato, e em bares lotados raramente há algum sistema organizado e justo para determinar quem será atendido primeiro. Mas não há nada tão vergonhoso quanto ver o seu rosto sedento irradiado em uma tela para todos os seus colegas de bar verem.

Minimizar o caos não é algo ruim, mas instalar sistemas de reconhecimento facial em um local de lazer para atingir esse objetivo é apenas substituir um incômodo social aceitável por um clima inquietante e distópico.

Vamos também reconhecer o que isso significa: o primeiro passo para automatizar o atendimento em bares.

E, francamente, sair com seus amigos para se divertir em bares envolve a expectativa de alguma desordem. Embora possa ser um pouco irritante tentar chegar até o bar, isso não é nada em comparação a uma nova realidade sombria de sistemas de vigilância poderosos que atuam como autoridades.

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Samsung é a última a aderir ao rabicho para suprir falta de entrada de fone no Galaxy Note 10

Posted: 02 Aug 2019 05:19 AM PDT

Há pouco menos de uma semana do anúncio oficial do Galaxy Note 10, estamos descobrindo aos poucos o que a Samsung está reservando para o seu smartphone topo de linha do segundo semestre — o do primeiro, é a linha Galaxy S. E dessa vez, o vazamento só confirma uma ideia que está aí há um tempo: que a Samsung iria acabar deixando a entrada tradicional de fone de ouvido de lado em seu novo smartphone.

De acordo com o SamMobile, a Samsung não só vai acabar com a entrada convencional, como também oferecer um rabicho para que os donos de Galaxy Note 10 possam utilizar seus fones de ouvido convencionais. Junto com o aparelho, deve vir um fone de ouvido AKG com suporte à cancelamento de ruído com conexão USB-C.

Modelos do Galaxy Note 10 e Galaxy Note 10 +Os de cima são os Note 10+, enquanto os de baixo são os Note 10; a diferença deles está no tamanho e nas câmeras. Crédito: evleaks

O rabicho (ou dongle, no termo chique em inglês) é muito parecido com outros oferecidos pela Apple ou a Motorola, e seu uso não tem muito segredo. A grande desvantagem é que, por ser pequeno, pode ser facilmente perdido pelo usuário.

Fora essa questão do rabicho, sabemos, por meio de vazamentos, que o Galaxy Note 10 terá tela de 6,2 polegadas, enquanto a versão maior terá 6,8 polegadas. Eles contarão com chip Qualcomm Snadpragon 855+, porém em alguns mercados será o chip Exynos, de fabricação da própria Samsung, e que nos EUA deverão ter modelos com Snapdragon 855.

Rabicho usado no Galaxy Note 10Crédito: Sam Mobile

A Samsung até o momento foi a única marca que continuou com a entrada de fone de ouvido convencional de 3,5 mm em seus aparelhos topo de linha. Entre os concorrentes do mundo Android, as fabricantes resolveram tirar a entrada de fone de ouvido em smartphones mais sofisticados, enquanto as linhas mais básicas mantêm a tradicional saída de som. A Apple foi a pioneira ao incluir esses rabichos a partir do iPhone 7. Em modelos mais novos, os smartphones da maçã vem com um fone de ouvido Lightning.

[SamMobile]

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[Review] Moto G7 Play: o barato está ficando bom

Posted: 02 Aug 2019 04:10 AM PDT

A sétima geração da família G da Motorola traz mais uma vez um aparelho barato, que promete ter bom custo-benefício. É o Moto G7 Play. Ele não tem mais a grande bateria do seu antecessor — esse recurso ficou para o G7 Power — mas ganhou um processador mais potente para dar mais agilidade.

Aparelhos básicos sempre levantam dúvidas: afinal de contas, o que dá e o que não dá para esperar deles? Eu testei um Moto G7 Play por mais de um mês e conto o que achei do celular.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

O que é

Na mão, o Moto G7 Play me pareceu bastante leve, bem mais do que smartphones que estou acostumado a testar. Usá-lo é bastante confortável, e as 5,7 polegadas da tela, distribuídas em uma proporção mais alongada (19:9) estão sempre ao alcance dos dedos.

A tela, aliás, é bem bonita. Ela tem a mesma resolução HD do G7 Power, mas, como é menor, a densidade de pixels acaba um pouco mais alta, o que ajuda a formar imagens mais suaves. Não senti falta de um painel Full HD. Ela tem um notch, aquele recortezinho na borda superior para abrigar câmera frontal (com flash), alto-falante e sensores. Continuo sem achar bonito, mas com o tempo, você se acostuma e passa a não se incomodar com ele ali.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Usando

O Moto G7 Play tem especificações bem modestas. 2 GB de RAM é algo que já está nos smartphones há bastante tempo, e mesmo modelos mais baratos começam a superar essa marca. O processador, pelo menos, é um pouco mais potente: um chip da linha 6xx da Qualcomm, o Snapdragon 632, octa-core com 1,8 GHz de clock.

Mesmo assim, eu fiquei com medo de o G7 Play ter um desempenho tão ruim quanto o de outro Motorola barato que testei, o E5 Plus, do ano passado, que também tem 2 GB de RAM, mas vem com um processador Snapdragon 425.

Fui surpreendido: o desempenho do G7 Play fica entre o bom e o razoável. Você não encontra lentidão nos aplicativos mais comuns, como redes sociais, e-mail, vídeos no YouTube, streaming de música e alguns jogos bem básicos.

A memória RAM baixa, porém, é um gargalo na hora de alternar entre apps e abrir notificações. Nesses dois casos, o aparelho não trava, mas a demora é um pouco mais longa do que em aparelhos mais caros. Se você estiver vindo de um aparelho com 3 GB ou 4 GB de RAM, sente bem a diferença. Como eu falei, porém, ele é aceitável: nas semanas que passei com ele, não senti saudades de outro aparelho nem quis desistir para trocar.

A bateria do Moto G7 Play tem 3.000 mAh, um número que fica na média do que os smartphones costumam trazer hoje em dia. É suficiente: como a tela HD e o processador Snapdragon 632 são bem econômicos, ela aguenta bem entre sair da tomada de manhã e voltar para a força à noite, sem sustos ou surpresas desagradáveis.

Moto G7 Play
Smartphone, Motorola, Moto G7 Play, XT1952-2, 32 GB, 5.7", Indigo
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De acordo com dados do AccuBattery, no período que estive usando o smartphone entre 8% e 9% da bateria a cada hora com a tela ligada. Em modo de espera, esse consumo fica em torno de 2% por hora. No meu uso diário, ele aguentava entre 16 horas e 18 horas longe da tomada. Não é nada impressionante, mas é bem confiável.

O carregador que acompanha o Moto G7 Play tem uma boa velocidade, colocando algo entre 35% e 40% por hora. Em pouco mais de duas horas, você tem bateria suficiente para seu dia.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Câmera

A câmera sempre foi um ponto fraco dos aparelhos da Motorola. Na sétima geração da linha G, porém, ela parece ter evoluído. Ainda não está no ponto de tirar fotos maravilhosas, até porque não dá para esperar isso de um aparelho que custa menos de R$ 1 mil.

O conjunto traseiro é composto por apenas uma lente de abertura f/2.0 e um sensor de 13 megapixels. Nada extraordinário, mas eu fiquei satisfeito com a câmera — a qualidade de imagem é entre razoável e boa em fotos em ambientes bem iluminados. O nível de detalhe não é dos melhores, mas o quadro geral é bonito o suficiente para ir para o Instagram ou para o Facebook. Em situações com menos luz, ela não faz milagre e aparece muito ruído.

O aplicativo da câmera ainda conta com modos para destacar uma cor e deixar todo o resto em tons de cinza e para modo retrato, identificando o contorno do rosto e desfocando o fundo com uso de software. Para quem gosta de tirar selfies, a câmera frontal (de 8 megapixels e abertura f/2.2) conta também com um LED de flash.

Conclusão

O Moto G7 Play chegou às lojas custando R$ 999, mas já dá para encontrá-lo na casa dos R$ 700. É um aparelho bem honesto: barato, não faz milagre e cumpre o básico. A câmera serve para registrar cenas com alguma qualidade, a bateria não desaponta, o aparelho é lento mas não trava. Se você quiser uma câmera excelente ou um desempenho de alto nível, é melhor procurar outro aparelho. Como celular para acessar redes sociais, ver vídeos e tirar algumas fotos de vez em quando, ele se sai bem e é uma boa opção de compra.

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