segunda-feira, 30 de setembro de 2019

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Este é o Shapeshifiter, o robô conceito que deve explorar a lua Titã de Saturno

Posted: 29 Sep 2019 02:10 PM PDT

Conceito artístico do robô Shapeshifter, que deve explorar a lua Titã de Saturno

Por que enviar um robô para explorar um mundo quando você pode enviar um monte de uma vez só vez? Esse é o pensamento por trás do conceitual Shapeshifter, da NASA — um robô modular e de montagem automática, capaz de implantar várias máquinas menores.

O conceito Shapeshifter está atualmente sendo desenvolvido como parte do programa NIAC (NASA’s Innovative Advanced Concepts), que encoraja pesquisadores a pensarem em formas criativas de explorar mundos distantes. O robô está sendo desenhado e construído pelo JPL (o laboratório de propulsão à jato da NASA) pela roboticista Ali Agha e seus colaboradores da Universidade de Stanford e da Universidade Cornell, de acordo com um comunicado da NASA.

Este robô anfíbio aéreo ainda está em seu estágio embrionário de desenvolvimento, mas, se o conceito for viável, a máquina poderá ser usada para explorar o ambiente dinâmico na lua de Saturno, Titã, o único objeto no Sistema Solar, tirando a Terra, a hospedar um líquido na superfície — mesmo que seja um metano líquido sujo de óleo.

Conceito real do robô ShapeshifterProtótipo do robô Shapeshifter. Crédito: NASA/JPL-Caltech

Até agora, os primeiros testes do Shapeshifter parecem promissores. Atualmente, o protótipo impresso em 3D pode se mover rolando no chão, mas também pode se dividir ao meio, com a parte superior voltando sob a forma de um drone aéreo. Agha e seus colegas dizem que isso é apenas o começo. Eventualmente, eles equiparão o robô com componentes capazes de nadar, flutuar e navegar pelas cavernas, entre outras possibilidades.

De fato, essa engenhoca seria perfeita para a Titã, com seus vastos mares de metano e topografia complexa. A Titã, além de hospedar sistemas de cavernas, também pode conter vulcões gelados que explodem amônia ou água, segundo a NASA. Ter um robô explorando esses recursos seria incrível, para dizer o mínimo.

"Temos informações muito limitadas sobre a composição da superfície. Terreno rochoso, lagos de metano, criovulcões — nós potencialmente temos tudo isso, mas não sabemos ao certo", disse Agha, no comunicado da NASA. "Então pensamos em como criar um sistema versátil e capaz de percorrer diferentes tipos de terreno, mas também compacto o suficiente para ser lançado em um foguete".

Em sua forma final idealizada, o Shapeshifter seria um robô modular, de montagem automática, composta por robôs menores chamados de "cobots". Cada cobot seria equipado com uma pequena hélice, permitindo que se movessem independentemente de um do outro. Os cobots "também podem ser usados para exploração de cavernas, formando uma ligação em cascata para manter contato com a superfície", segundo a NASA. "Ou eles podem se transformar em uma esfera para rolar em superfícies planas e economizar energia".

Conceito do robô Shapeshifter

Uma vez na superfície de Titã, a parte de aterrissagem do sistema, ou "mothercraft", nas palavras de Agha, forneceria uma fonte de energia par seu exército de cobots. O aterrissador também seria equipado com vários instrumentos e ferramentas científicas. A equipe estima que 10 cobots caberiam dentro de uma sonda de cerca de 3 metros de largura — em torno do tamanho da sonda de Huygens, que visitou Titã em 2005. Mas, ao contrário de outras sondas, essa seria capaz de voar através da atmosfera densa da lua.

Em sua forma atual, o Shapeshifter é semi-autônomo, exigindo alguma orientação humana. Eventualmente, o robô será totalmente autossuficiente, o que terá que ter as complexidades de explorar Titã, sem mencionar todas as suas partes móveis. Ter controladores de missão operando totalmente o sistema da Terra seria super estranho, já que leva mais de 70 minutos para os sinais chegarem à Titã.

Obviamente, ainda há muito trabalho a ser feito, e o Shapeshifter está longe de estar pronto. Felizmente, ainda temos o Dragonfly, da NASA, pela frente. A sonda está prevista para ser lançada em 2026 e chegará à Titã por volta de 2034.

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Estes shorts robóticos podem facilitar sua corrida e sua caminhada

Posted: 29 Sep 2019 11:06 AM PDT

Homem correndo vestindo um exoesqueleto

Exoesqueletos — tecnologias vestíveis robóticas que aumentam nossas capacidades físicas — estão lentamente deixando o mundo dos quadrinhos para se tornar uma realidade. Isso porque cientistas mostrarem recentemente uma espécie de shorts que permitiu um novo marco, ajudando usuários tanto a andar como a correr com menos esforço.

O exoesqueleto é o resultado de uma colaboração entre pesquisadores do Instituto de Engenharia Biologicamente Inspirada de Harvard, da Universidade de Nebraska em Omaha e da Universidade de Chung-Ang, em Seul, na Coreia do Sul. Talvez descrito com mais precisão como um par de exoshorts, o dispositivo é leve, totalmente portátil e, principalmente, feito de um material flexível (a exceção é a bateria e a unidade do motor). Ele funciona usando motores para puxar cabos que ajudam a estender os quadris de maneira natural à medida que movemos as pernas, o que deve reduzir a quantidade de energia que nosso corpo gasta para se mover.

Exoesqueletos anteriores poderiam reduzir os gastos de energia ao caminhar, segundo Philippe Malcolm, que é biomecânico da Universidade de Nebraksa em Omanha e pesquisador sênior do projeto. Alguns mais novos são mais suaves e conseguem auxiliar nos movimentos sem que haja rigidez ou restrição da amplitude do movimento. Mas houve menos sorte na criação de tecnologia portátil que aprimora a capacidade de uma pessoa de correr, que depende de diferentes movimentos articulares e corporais do que caminhar. E embora um humano típico possa facilmente passar da caminhada para a corrida a qualquer momento, o mesmo não aconteceu com os exoesqueletos.

"Para poder ajudar não apenas correr ou caminhar, precisávamos de um sistema", disse Malcolm ao Gizmodo por telefone. Para superar este obstáculo, a equipe criou um algoritmo que detecta se a pessoa está correndo ou andando. Dependendo do movimento, ele alterna para o "perfil de força" necessário para que o exoesqueleto faça seu trabalho.

Detalhes do exoesqueleto que ajuda a caminhar e correr

Depois de criarem o protótipo, eles o testaram com voluntários humanos saudáveis em diferentes cenários de caminhada e corrida, incluindo em uma esteira e durante uma caminhada ao ar livre. Durante esses testes, eles mediram quanta energia os voluntários estavam gastando, monitorando a quantidade de oxigênio necessária para respirar. Os resultados desses experimentos, publicado na Science, são modestos, mas impressionantes.

"Conseguimos uma redução de 9% no consumo de energia durante a caminhada e uma redução de 4% durante a corrida", disse Malcolm. "Houve reduções mais altas por outros dispositivos que auxiliam apenas na caminhada ou apenas na corrida. Mas estas [reduções] são estatisticamente mais significativas. E elas estão dentro de uma ordem de magnitude em que melhorias de desempenho podem ser esperadas".

As reduções podem equivaler a retirar 7 ou 5 quilos da cintura enquanto caminha ou corre, respectivamente. Mas é preciso fazer mais pesquisas para realmente mostrar que o exoesqueleto pode ajudar a pessoa comum a correr mais ou mais rápido. Por exemplo, embora o dispositivo agora pese quase 5 kg, a equipe está trabalhando em um sistema que pesaria apenas 2,7 kg.

Embora os exoesqueletos exijam algum treinamento para serem usados, eles não são terrivelmente complicados.

"Testamos o dispositivo com pessoas saudáveis que já treinaram para várias sessões com o exoesqueleto real, então você precisa de um tempo para se adaptar e aprender como se beneficiar do sistema", observou Malcolm. "[Mas] não há instruções específicas. Você o veste e começa a andar e correr algum tempo com ele."

Por enquanto, esta pesquisa é um vislumbre do futuro desses dispositivos, que podem ser modificados para diferentes fins e funções, dependendo da situação. Exoesqueletos com suporte para a coluna poderiam ajudar pessoas a transportar cargas pesadas com menor risco de lesões, disse Malcolm, enquanto outras poderiam ajudar as pessoas com deficiência a se reabilitarem ou caminharem por conta própria.

E, para realmente entrar no mundo da ficção científica, você pode combinar exoesqueletos com outra tecnologia emergente: implantes que permitem ao cérebro se comunicar e operar dispositivos como se fosse outro membro. Esse tipo de combinação poderia um dia permitir a criação de "neuropróteses implantáveis que podem influenciar ou auxiliar o movimento humano", escreveu Jose L. Pons, engenheiro biomecânico e presidente científico da Legs + Walking Lab no Shirley Ryan AbilityLab, em Chicago, em um editorial de acompanhamento na revista Science. Isso não quer dizer que esses processos já não tenham nenhum impacto no mundo real.

Recentemente, uma empresa de Boston chamada ReWalk Robotics começou a vender um exoesqueleto macio para clínicas de reabilitação física, com base em algumas das tecnologias desenvolvidas pela equipe de Harvard. O ReStore Exo-Suit, como é chamado, foi liberado como um dispositivo médico em junho pela FDA (órgão norte-americano análogo à Anvisa no Brasil) para ajudar na fisioterapia de pessoas com incapacidade nos membros inferiores causada por acidente vascular cerebral. O traje é focado principalmente nos tornozelos, e não no quadril, mas usa o mesmo princípio básico para ajudar as pessoas enquanto andam.

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Oceanos mais quentes estão aumentando o risco de branqueamento de corais ao redor do globo

Posted: 29 Sep 2019 08:39 AM PDT

Branqueamento em um recife de coral em Papa Pay perto de Captain Cook, no Havaí, em 13 de setembro de 2019

Quase todas as regiões do mundo têm apresentado temperaturas recorde ultimamente. Os oceanos absorvem muito deste calor, e isso está ameaçando os corais do planeta.

A mudança climática é amplamente responsável por essa crise — ou, em português claro, a culpa também é nossa, pois fomos nós que fizemos essa bagunça. O Havaí, em particular, viu seus corais sofrerem neste último verão no Hemisfério Norte. Grandes partes das ilhas e oceanos ao redor experimentaram o verão mais quente já registrado em comparação com a média histórica, de acordo com a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration, ou Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA).

Os corais são especialmente vulneráveis a aumentos menores de temperatura. Quando as águas ficam muito quentes, os corais expelem suas algas — que os ajudam a produzir alimentos — e eles podem eventualmente morrer.

No entanto, esse clareamento se estende muito além do Havaí, disse Mark Eakin, coordenador do Coral Reef Watch da NOAA, ao Gizmodo. Essas altas temperaturas colocaram os corais em regiões do Pacífico ao Caribe em alerta. O impacto se estende desde o norte de Bermudas, passando pelas Bahamas até Honduras.

A última vez que o branqueamento de coral ocorreu em escala global foi durante o período que durou de 2014 a 2017. Os recifes nas Samoas, Kiribati, Flórida e Caribe, entre outros lugares, sofreram pesadas perdas. Em 2015, os locais no oeste do Havaí perderam quase 50% de sua cobertura de coral, segundo a Divisão de Terras e Recursos Naturais do Havaí.

Agora, os cientistas estão vendo a temperatura do oceano subir perigosamente novamente. No início deste mês, os cientistas anunciaram uma onda de calor aumentando no Pacífico. É a segunda maior onda de calor registrada no Pacífico. Muitos dos corais do oceano ainda estão se recuperando dos danos que sofreram sob a onda de calor de 2014-2017, então o atual pode ser ainda mais perigoso.

"A maior coisa que está motivando isso são as mudanças climáticas", disse Eakin. "Todo esse calor tem que ir a algum lugar, e o calor que normalmente entra na atmosfera é absorvido no alto oceano".

Além disso, a onda de calor do Pacífico está apenas começando. Eakin disse que os modelos climáticos mostram que o estresse térmico pode continuar até novembro. São más notícias para os corais, mas também más notícias para outras formas de vida marinha, como baleias, focas e salmão.

O calor pode prejudicar a cadeia alimentar, incluindo os seres humanos próximos que vivem nas costas. Em todo o mundo, mais de meio bilhão de pessoas dependem de recifes para alimentação e renda, além de proteção contra furacões e tempestades. Sem recifes, os humanos sofrem.

Mapa mostra áreas em que podem haver branqueamento de coraisQuanto mais vermelho no mapa, pior a situação dos corais. Crédito: AP

Infelizmente, à medida que nosso mundo se torna cada vez mais quente, a proteção dos recifes se tornará mais difícil, porque eles terão uma chance menor de se recuperar. É por isso que muitos cientistas estão tentando criar "super corais", que são corais resilientes que não embranquecem tão facilmente (ou de maneira alguma) durante esses eventos. A esperança é que, criando e trazendo mais desses para o meio ambiente, os corais possam evoluir para suportar melhor esse aumento de calor. Então, talvez, não perderemos completamente os corais.

Enquanto isso, teremos que esperar e ver como os recifes se saem após o evento de branqueamento deste ano. Vamos torcer para que termine mais rapidamente que o anterior.

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Teste de laboratório encontra químicos tóxicos em cartuchos para vaping com THC comprados no mercado paralelo

Posted: 29 Sep 2019 06:12 AM PDT

Homem usando vape (ou vaporizador)

Um teste com mais de uma dúzia de cartuchos THC (tetraidrocanabinol, a substância psicoativa da maconha) para vaporizadores (ou vapes, se você preferir) feito pela rede NBC News nos EUA estava contaminado por pelo menos um aditivo tóxico, incluindo um produto ligado à misteriosa doença causada por cigarros eletrônicos, que acometeu centenas de pessoas.

O relato vem em meio a uma crescente crise de saúde que se acredita estar relacionada ao vaping. Na última quinta-feira (26), o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) revelou que já registrou 12 mortes por uma doença pulmonar incomum que parece estar ligada ao vaping, e 805 confirmaram casos prováveis da doença.

A NBC News destaca o caso de Fabian Castillo, de 19 anos, que ficou em coma por nove dias devido a graves danos sofridos no pulmão após vários meses de uso que ele acredita ser um cartucho de THC pirata. Ele está em recuperação há oito semanas, mas ainda há problemas em respirar fundo.

A rede de TV norte-americana utilizou a instalação de testes de cannabis CannaSafe para executar testes em 18 cartuchos de THC — o principal composto psicoativo da cannabis.

Três amostras compradas de locais legais testaram negativo para pesticidas, metais pesados e solventes.

Já outras 15 amostras foram compradas no mercado paralelo. Destas, 13 cartuchos continham vitamina E, 10 traços de pesticidas e todos eles continham o fungicida myclobutanil, que pode se transformar em cianeto de hidrogênio quando é queimado.

O vice-presidente de operações da CanaSafe, Antonio Frazier, compartilhou a observação óbvia de que isso é muito ruim. "Você certamente não quer fumar cianeto", disse Frazier à CNBC. "Acho que ninguém compraria um cartucho com o rótulo de cianeto de hidrogênio".

No início deste mês, o Departamento de Saúde do Estado de Nova York disse que sua própria investigação sobre doenças relacionadas ao vape descobriu que o acetato de vitamina E estava em quase todos os produtos vape com THC usados por pacientes doentes que eles testaram. Pouco se sabe sobre os efeitos exatos da vitamina E nos pulmões, mas Sven-Eric Jordt, pesquisador da Universidade Duke, que estuda os efeitos do vaping na saúde, disse ao Gizmodo que existem evidências suficientes para mostrar que a combinação de vitamina E em vaporizadores (vaping) pode ser extremamente perigosa.

"Se inalado em quantidades suficientes, certamente poderia causar problemas respiratórios, talvez até pneumonia lipídica, uma inflamação pulmonar associada à inalação de óleos", disse Jordt ao Gizmodo. "É um antioxidante e pode queimar e desintegrar-se quando aquecido em um cigarro eletrônico, liberando substâncias tóxicas".

À medida que a comunidade de saúde continua a descobrir o quão perigoso é o vaping, está se tornando cada vez mais aparente que o THC e os vapes de maconha são um risco à saúde pública. O CDC relata que, de todas as pessoas que relataram ter doenças pulmonares que parecem estar ligadas ao vaping, 77% dos casos relataram usar vapes contendo THC. E não sabemos quantos dos entrevistados simplesmente não querem admitir que fazem algo ilegal ou que seja um tabu (lembrando que em vários lugares nos EUA o uso recreacional da maconha é legalizado). Talvez essas descobertas encorajem as autoridades a se concentrarem na regulação da maconha legalizada em vez de deixar a segurança para os vendedores do mercado paralelo.

Importante lembrar que os cigarros eletrônicos não são regulados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil. Segundo a agência brasileira, eles não têm autorização para ser vendido aqui, pois "não têm a segurança comprovada para sua utilização". Mesmo assim, é possível achar vapes e cartuchos no mercado paralelo. Por ora, não há relatos de doenças causadas por cigarros eletrônicos no Brasil.

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