quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Pirate Bay disponibiliza novamente filmes e séries para streaming

Posted: 10 Dec 2019 02:26 PM PST

Fazer streaming no Pirate Bay provavelmente não será tão fácil quanto clicar para assistir no Netflix. Também não será legal. Mas definitivamente será gratuito.

Segundo o TorrentFreak, o Pirate Bay parece mais uma vez estar oferecendo uma funcionalidade de streaming. O site diz que um ícone “B” se materializou abaixo do nome dos arquivos de filmes e séries. Clicar nesse ícone, segundo a publicação, redireciona em alguns casos para um site chamado BayStream, que suporta streaming de alta qualidade no navegador.

Não está claro se o BayStream é operado pelo Pirate Bay. Anteriormente, a empresa lançou um site chamado BayFiles, que ficou temporariamente offline após uma batida policial em Estocolmo em 2014. Navegar no site do BayStream exibe uma página que diz que o site permite uploads de arquivos de até 20 GB e não se limita ao conteúdo de vídeo. O TorrentFreak relata que os arquivos não precisam ser totalmente baixados para iniciar a transmissão.

Em 2016, o Pirate Bay tinha um botão “Stream It” que permitia aos usuários assistissem a filmes e séries sem precisar terminar o download através de um site chamado Torrents Time. No entanto, a experiência deixava a desejar em relação à das plataformas legais. Geralmente, os vídeos eram de baixa qualidade e irregulares. No entanto, eles eram gratuitos.

Isso deve causar a ira das empresas que estão lançando serviços para concorrer com a Netflix e tentar garantir alguns assinantes pagos — para não dizer a própria Netflix, obviamente.

Em algum momento, todos esses serviços e testes gratuitos vão secar, e as empresas vão querer ver o retorno dos investimentos em conteúdo original, que estão causando uma hemorragia financeira nos balanços dessas companhias.

O problema é que o preço está passando da casa de centenas de dólares por ano. Aí vai ficar difícil competir com streamings de alta qualidade (ilegais) que custam exatamente zero dinheiro. Até o Werner Herzog sabe disso.

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Os modelos climáticos criados nas últimas décadas estavam certos

Posted: 10 Dec 2019 02:02 PM PST

Os modelos de previsão de impactos futuros do aquecimento global estavam certos, como revela um novo estudo.

Publicada na revista Geophysical Research Letters na última semana, a pesquisa examinou 15 modelos climáticos criados entre 1970 e 2007 para prever o quão quente a Terra iria se tornar atualmente.

Agora que o mundo viveu o período das estimativas dos cientistas, os pesquisadores foram capazes de determinar que seus antecessores fizeram ótimos modelos que puderam prever com precisão o aumento da temperatura da superfície global associada às emissões de gases de efeito estufa.

“A temperatura global da superfície é a primeira coisa que as pessoas pensam com relação à mudança climática ou ao aquecimento global,” disse o autor do estudo e candidato ao doutorado no MIT, Henri Drake, ao Gizmodo.

“E isso nos diz algo sobre outras previsões, porque coisas como chuvas extremas estão correlacionadas com a temperatura, portanto, se você previu bem a temperatura, também previu bem algumas dessas outras coisas”, completou.

Os modelos climáticos baseiam-se em duas informações fundamentais: a quantidade de gases do efeito estuda que os seres humanos poderão emitir numa determinada data futura e a percepção científica da resposta física que a Terra terá em relação a essas emissões.

Não podemos saber ao certo quanto vamos emitir no futuro, porque isso tem pouco a ver com ciência e mais com política, economia e, bem, pessoas.

Ou seja, embora alguns dos estudos publicados durante as décadas de análise possam ter errado em suas previsões específicas de aquecimento, isso deve-se apenas ao fato de terem estimado incorretamente a quantidade de gases de efeito de estufa que iríamos emitir.

Então, o que essa equipe – que inclui cientistas do Instituto Goddard da NASA para Estudos Espaciais e do MIT – fez foi inserir a quantidade real de emissões globais de gases de efeito estufa nos modelos criados anteriormente para ver se eles poderiam prever corretamente o aumento da temperatura global desde que os modelos foram criados. E os modelos funcionavam corretamente.

Drake e sua equipe querem ver como esses modelos se comportam na previsão de diferentes padrões regionais, dentro desses aumentos globais de temperatura. Essa é a próxima tarefa deles.

E se os cientistas do século 20 conseguiram prever com precisão o aquecimento atual, imagine o que os modelos mais novos e mais robustos podem conseguir fazer.

“Presumivelmente, eles farão um trabalho melhor ainda na previsão do aquecimento global”, disse Drake.

Estes modelos atuais vão além do aumento da temperatura. Eles fornecem detalhes sobre o que uma Terra mais quente significará para as nossas comunidades: aumento do nível do mar, aumento das temporadas de neve, ondas de calor, entre outros fenômenos.

E isso é o que realmente importa para as pessoas. Elas precisam ver como serão essas mudanças globais localmente.

E os modelos climáticos ajudam a tornar isso possível. Não dá para saber como será o futuro, mas a ciência pode nos dar uma boa ideia.

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Mac Pro custará quase meio milhão de reais na versão completa quando chegar ao Brasil

Posted: 10 Dec 2019 12:58 PM PST

Apple Mac Pro de lado

A Apple começou a vender o novo Mac Pro nos Estados Unidos nesta terça-feira (10). O computador para profissionais começa em US$ 5.999 na gringa e sua versão mais parruda sai por US$ 52.599. Essa potência toda também chegará ao Brasil, com preços surreais: R$ 55.999 o modelo básico, e R$ 428.799 a versão monstruosa. Quase meio milhão de reais num computador.

Os valores foram consultados pelo Tecnoblog, que conseguiu acessar os links de personalização da máquina. No site oficial da Apple, embora o Mac Pro esteja listado como disponível “em breve” e o preço dos modelos básicos apareçam, ainda não é possível fazer as customizações.

O modelo que custa R$ 55.999 já é uma baita máquina, com exceção do armazenamento. Vem com processador Intel Xeon W de 8 núcleos de 3,5 GHz, 32 GB de RAM, placa de vídeo Radeon Pro 580X e 256 GB de armazenamento SSD. São inclusos ainda o Magic Mouse 2 e o teclado da Apple – quase um brinde. A versão com racks tem preço inicial de R$ 59.999.

Já a versão de R$ 428.799 tem processador Intel Xeon W de 28 núcleos de 2,5 GHz, 1,5 TB de RAM, duas placas de vídeo Radeon Pro Vega II Duo e 4 TB de armazenamento SSD. Por esse preço você leva ainda o Apple Afterburner, uma placa aceleradora “capaz de reproduzir três streams de vídeo 8K ProRes RAW ao mesmo tempo”. Tem que muito, mas muito profissa para comprar uma máquina dessas.

O item que mais encarece a máquina se você incluir a configuração máxima é a RAM – 1,5 TB sai por R$ 200.000 adicionais. Já o item mais “barato” em sua opção mais parruda é o SSD, R$ 11.200 pelos 4 TB. Você pode conferir a lista detalhada do preço de cada componente lá no Tecnoblog.

Ainda não há data prevista para lançamento dos modelos no Brasil, mas eles devem chegar em breve. Até lá, dá para ir juntando a grana – afinal, o desconto para o pagamento à vista é de 10% — ou pelo menos ir sonhando com ela.

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O passo a passo para você criar o seu próprio game

Posted: 10 Dec 2019 11:54 AM PST

game

Todo aficionado por game já ponderou como seria criar o seu. A mecânica, a narrativa, as estratégias e o gameplay. Controle total da criação, da gestão e do desenvolvimento de um mundo cheio de ideias e interativo. Mas toda ideia megalomaníaca – mesmo que seu jogo seja simples – requer bastante planejamento, sistema de metas e pés no chão. 

Existem alguns passos que você precisa mapear primeiro antes de começar a botar a mão na massa, de um jeito que não te complique fazer uma mudança de curso com o barco já na água. São as diretrizes do jogo, os fundamentos inalteráveis dele, que vão te ajudar a poli-lo sempre com um norte, com uma identidade e um direcionamento.

Primeiro de tudo, defina uma mecânica

Essa é a parte que você define as regras de jogabilidade. Como o jogo irá funcionar. É como você vai fazer com que um jogador não queira sair do seu game. Toda mecânica bem projetada é aquela que prende o player no controle, seja pela facilidade de atirar, pela agilidade de andar, pular, correr, pelos poderes que você pode utilizar, se seu objetivo é ultrapassar obstáculos, escapar de inimigos ou vencer um chefão ao término de cada fase.

Mas para definir todas essas regrinhas do jogo, você primeiro tem que definir uma categoria para ele. Seu jogo será de ação? De aventura? Estratégia? RPG, esporte, simulação? Definido o gênero, você vai para a parte mais prática, como sua física, quantas fases ele terá, qual seu objetivo em cada fase, se ele será online ou offline, single ou multiplayer.

Regras estabelecidas, defina uma narrativa

Assim como um livro ou um filme, um jogo de sucesso tem uma boa história por trás dele. É aí que entra mais um importante elemento de game design: a narrativa.

Na narrativa você precisa caracterizar os detalhes do enredo. Personagem principal, vilão, os personagens secundários, o cenário onde o jogo passa, em que tempo ele passa. Para criar seu primeiro jogo, não é obrigatório fazer uma história mirabolante, você pode apenas definir o básico de uma narrativa coesa para que o jogador entenda o objetivo daquilo que ele esteja fazendo.

O próximo passo é tecnologia do jogo

O jogo será 2D ou 3D? Qual linguagem de programação será usada? Quais plataformas seus jogos irão rodar? Você pode optar por programá-lo ou pode usar ferramentas de desenvolvimento que não precisam de tanto conhecimento em programação.

As linguagens de programação mais usadas são: Javascript, C#, C++, Java e Python. Com elas você pode criar qualquer jogo, seja Mobile, PC ou videogame. Já as principais game engines do mercado para criar um jogo são: Unity, RPG Maker, Unreal, KODU Game Lab, CryENGINE, 001 Game Creator, Godot engine, XNA Game Studio Express, Game Maker, Construct2 e Roblox.

Quer se capacitar para se tornar um desenvolvedor de games?

O Gizmodo Brasil, em parceria com a Udemy – a maior plataforma de cursos livres do mundo -, selecionou algumas oportunidades para você que quer se capacitar nessa área. O melhor de tudo? Com um preço superacessível!

A Udemy entende a dificuldade do brasileiro conseguir investir em sua educação. Mais do que isso, entende a falta de tempo, a rotina, a ansiedade e as oportunidades que ficam para trás devido a distância imposta por cursos longos e com custos fora do padrão.

Se você ficou interessado sobre as linguagens de programação e as game engines que mencionamos, confira os cursos Guia Definitivo para Desenvolvimento de Jogos com Unity; Aprendendo a criar games com C++ e a Unreal Engine 4; Torne-se um desenvolvedor de jogos com Game Maker Studio 2!; Aprenda a Criar Jogos com Construct 2 – 10 Cursos em 1; Crie jogos profissionais 100% de graça com a Godot 3.0; e Programação em Scratch para Crianças! Crie 9 Jogos Completos. Aproveite, pois a Udemy está com preços especiais: cursos a partir de R$ 23,99 até o dia 14/12.

Você terá acesso a todos os diferenciais da plataforma, como aquisição vitalícia ao conteúdo, que é constantemente atualizado; você não arca com mensalidade – apenas realiza um pagamento único no boleto ou cartão; e ganha certificado de carga horária e conclusão de curso. Além disso, você também tem garantia de satisfação de 30 dias ou recebe o seu dinheiro de volta. 

A Udemy

Sediada em São Francisco, Califórnia, a Udemy oferece mais de 130.000 cursos online e já tem mais de 40 milhões de estudantes. O Brasil conta com um dos cinco escritórios da empresa no mundo, na cidade de São Paulo. Com a missão de melhorar vidas através da aprendizagem, a Udemy é o destino para aprendizado online que ajuda pessoas, empresas e governos a adquirir as habilidades necessárias para competir na Nova Economia. 

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Mi Note 10, o smartphone da Xiaomi de cinco câmeras, chega ao Brasil custando até R$ 5.000

Posted: 10 Dec 2019 11:49 AM PST

Pouco mais de um mês após o lançamento mundial, a DL, representante oficial da Xiaomi no Brasil, anunciou o início das vendas do Mi Note 10 (ou Mi CC9 Pro em alguns países) no mercado brasileiro em parceria com a Vivo. Ele começa a ser vendido a partir de 18 de dezembro nas lojas da operadora e ele será atrelado a preços de planos pós, fazendo com que o valor mais caro do aparelho seja de R$ 5.000.

Estes são os preços do Mi Note 10 na versão de 6 GB de RAM + 128 GB de armazenamento:

  • R$ 4.099 no plano Vivo V500 GB (um plano de mensalidade de R$ 1.299)
  • R$ 4.499 no plano Vivo Família 60 GB (um plano de mensalidade de R$ 319,99)
  • R$ 4.999 no plano Vivo Controle (um plano de mensalidade de R$ 84,99)

Após algum tempo, o Mi Note 10 também será vendido tanto na loja física da Xiaomi como na loja virtual oficial da marca.

O destaque do aparelho são as cinco câmeras traseiras, sendo o sensor principal da Samsung de 108 megapixels (sim, isso mesmo!). Além disso, ele conta com uma bateria grande e carregamento rápido.

Entendendo as múltiplas câmeras do Mi Note 10

Começando pelas câmeras, o sensor principal é SOCELL Bright HMX, da Samsung, de 108 megapixels. Ele tem 1/1,33 polegadas, o que é, a título de comparação, três quartos do sensor do sensor da câmera Sony RX100 VII da Sony, uma das principais compactas da marca japonesa.

Apesar de o número de megapixels, por si só, não significar qualidade, o sensor abre possibilidades interessantes, como gravar vídeos em resolução 6K ou combinar os pontos e tirar fotos de 27 megapixels em condições de iluminação ruins. A ver como tudo isso se sai na prática.

Detalhamento de câmeras do Mi Note 10

E as outras câmeras? Tem duas para zoom óptico. Uma aproxima a imagem em 2x e tem sensor de 12 megapixels. A outra aproxima em 5x e tem sensor de 5 megapixels.

Por fim e não menos importante, o Mi Note 10 tem uma câmera selfie de 32 megapixels.

Outros itens do Mi Note 10 que não tiram foto

O Mi Note 10 vem com o processador Qualcomm Snapdragon 730G, com processo de 8 nm, e 6 GB de RAM. A bateria é de 5.230 mAh de capacidade, que vem acompanhada com um carregador de 30 W. A tela é Amoled curvada de 6,47 polegadas com resolução Full HD+. Quanto ao armazenamento, ele será vendido apenas na versão com 128 GB de armazenamento.

Cores do Mi Note 10

 

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Primeira inciativa de sequenciamento genômico do Brasil quer desvendar DNA da população

Posted: 10 Dec 2019 10:54 AM PST

Nesta terça-feira (10), o Google anunciou que vai participar do projeto de sequenciamento genômico DNA do Brasil, liderado por Lygia da Veiga Pereira, professora da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a empresa de medicina diagnóstica Dasa. O objetivo é criar um banco com dados genéticos da população para auxiliar em pesquisas na área de saúde, considerando que menos de 0,5% dos estudos realizados no mundo contemplam a população brasileira.

A Dasa será responsável pelo sequenciamento das amostras utilizando o equipamento Nova Seq em seu Centro de Diagnóstico em Genômica. Segundo comunicado do Google, o centro processa exames genéticos de mais de 800 laboratórios no Brasil e conta com geneticistas especialistas em onco, cardio, neurogenética e outras áreas. A Illumina, outra parceira do projeto, vai fornecer os insumos utilizados no processo de sequenciamento.

Por fim, o Google Cloud vai contribuir processando os dados de sequenciamento na nuvem. Dessa forma, os pesquisadores poderão utilizar ferramentas de analytics e machine learning para estudar as informações coletadas. De acordo com o Google, essa parceria permitiu que o custo de processamento para o DNA do Brasil caísse 90% em comparação ao que seria necessário para uma infraestrutura própria de data center.

Já em relação aos participantes do projeto, primeiramente será realizado o sequenciamento do genoma de 15 mil brasileiros, entre 35 e 74 anos de idade, que fazem parte do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil).

Essa é a maior pesquisa epidemiológica do país, financiada pelo Ministério da Saúde e CTIC (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação), e conta com o apoio das Universidades Federais da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e da Fiocruz (RJ). Nesse estudo, o grupo foi acompanhado clinicamente desde 2008 e as informações genéticas coletadas agora serão incluídas no novo banco de dados do projeto.

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Exército dos EUA teme preconceitos contra soldados ciborgues por causa de filmes como “O Exterminador do Futuro”

Posted: 10 Dec 2019 08:56 AM PST

O Exército dos EUA está trabalhando duro tendo em mente o que os híbridos homem-máquina do futuro serão capazes de realizar nos campos de batalha de 2050. Mas as pessoas encarregadas de manter o país seguro também têm suas preocupações. Especificamente, elas estão preocupadas com o fato de os seres humanos serem tendenciosos contra soldados ciborgues mortais. Isso acontece, segundo este braço das Forças Armadas, porque assistimos à franquia O Exterminador do Futuro, e a história não é muito favorável aos humanos.

O Exército dos EUA lançou um novo relatório no mês passado intitulado “Soldados Ciborgues 2050: Fusão Humano/Máquina e as implicações para o futuro do DOD [Departamento de Defesa dos EUA]”, que descreve as maneiras mais prováveis ​​de soldados humanos serem aprimorados com coisas como orelhas e cérebros cibernéticos conectado à internet. Relatado pela primeira vez pela Vice, o relatório é o resultado de um estudo de um ano para “determinar o potencial de máquinas fisicamente integradas no corpo humano para aumentar e aprimorar o desempenho dos seres humanos nos próximos 30 anos”.

E, embora seja razoável supor que muitas das coisas neste relatório não serão uma realidade até 2050, esse tipo de futurismo geralmente cria novas vias de pensamento para os fornecedores militares que querem saber em que tipos de tecnologias distantes eles devem focar. O relatório também inclui algumas recomendações curiosas, como apresentar ao público americano que as tecnologias de combate ciborgue não devem ser temidas.

O estudo incluiu quatro estudos de caso envolvendo maneiras diferentes pelas quais os humanos podem ser alterados com máquinas para lutar no Exército do futuro.

O primeiro analisou o “aprimoramento ocular”, que inseria uma tecnologia de imagem especial no lugar de um ou mais olhos.

O segundo estudo de caso inclui roupas com sensores implantados sob a pele para dar aos soldados controle sobre-humano, seja em relação à força, velocidade ou qualquer outra coisa.

O terceiro estudo de caso envolve aprimoramento auditivo — basicamente, modificar o ouvido junto com recursos de rede que, novamente, tornariam qualquer soldado sobre-humano.

O quarto e último estudo analisou o “aprimoramento neural direto do cérebro humano”, que é exatamente o que parece. Futuros soldados ciborgues seriam capazes de se conectar diretamente com outros sistemas de armas, drones e qualquer outra coisa eletrônica no campo de batalha. Muitas das melhorias cerebrais desse grupo têm sido um foco da DARPA nos últimos anos.

Mas talvez as observações mais interessantes do estudo sejam que o Exército dos EUA terá que lidar com preconceitos contra híbridos robô-humano por causa da mídia antitecnológica que todos consumimos. A redação dessa parte do relatório é particularmente interessante e parece ter suas próprias visões tendenciosas fortemente a favor dos soldados ciborgues.

Do relatório, com grifo nosso:

Além da aceitação aliada e da interoperabilidade militar, estão os custos políticos globais do uso de ativos militares ciborgues. Os participantes do workshop anteciparam por unanimidade que adversários estatais e não estatais procurarão usar a implementação dos EUA de combatentes aprimorados para minar os interesses dos EUA e estigmatizar o DOD como antiético. Dados os resultados do estudo da Pew, a religião parece uma plataforma provável para galvanizar esses argumentos contra os interesses dos EUA com entretenimento e redes sociais.

Novamente, a maneira como o relatório está redigido parece implicar que o estabelecimento de ciborgues homem-máquina no campo de batalha é inerentemente dos interesses do Exército dos EUA e qualquer pessoa que questione essa suposição está trabalhando contra os interesses do país.

O relatório continua:

Os meios de comunicação de massa, incluindo filmes e literatura, também são um estágio conhecido para a demonização de ciborgues.

A demonização dos ciborgues! Parece um enredo satírico do Futurama, em que o Bender faz campanha por direitos dos robôs ou algo assim.

De Frankenstein ao Exterminador do Futuro, a mensagem geralmente é que a integração da tecnologia com a do corpo humano rouba o espírito humano de sua compaixão e leva à violência e graves consequências indesejadas. No entanto, a ficção também pode refletir aplicações imaginativas de tecnologias emergentes, bem como preocupações reais com essas tecnologias. Por essas razões, a ficção pode ser uma ferramenta poderosa para envolver o público em discussões sobre bioética. Um público melhor informado que cria e consome mídia relacionada a tecnologias emergentes pode, assim, ajudar o DOD e seus parceiros a prever as preocupações de implicações éticas, legais e sociais para mitigar os problemas desde o início no desenvolvimento de recursos relacionados ao aprimoramento de capacidades.

Mas o Exército não acha que o público vai acabar aprendendo a amar os robôs soldados do futuro.

O grupo de estudo recomendou que sejam feitos esforços para reverter as narrativas culturais negativas das tecnologias de aprimoramento e alavancar a mídia como um meio de envolver o público. Em mídias sociais e de código aberto populares, literatura e cinema, o uso de máquinas para melhorar a condição física da espécie humana recebeu uma narrativa distorcida e distópica em nome do entretenimento. Uma descrição mais precisa da tecnologia e suas aplicações na mídia de ficção e não-ficção poderia lançar as bases para uma nova geração que vê oportunidades de benefícios sociais nas tecnologias de ciborgues.

A ideia de que uma narrativa distópica é “menos precisa” certamente precisa ser discutida. Quero dizer, essas pessoas viram o que fizemos com nossa tecnologia nos anos 2010? E eles sabem que a ascensão global do fascismo está colocando nossas tecnologias mais mortais nas mãos de loucos literais?

Para que a tecnologia se torne um parceiro mais íntimo no aprimoramento físico da espécie humana, o pessoal do Departamento de Defesa deve ajudar a alterar as narrativas climáticas distorcidas. Uma narrativa realista e equilibrada (se não mais positiva) servirá para educar melhor o público, mitigar as apreensões da sociedade e remover barreiras à adoção produtiva dessas novas tecnologias. Embora não seja intrinsecamente uma missão do Departamento de Defesa, a liderança em defesa deve entender que, se pretenderem usar essas tecnologias, as percepções públicas e sociais precisarão ser entendidas e superadas. 

Você pegou a última parte? As percepções sociais que preocupam as pessoas em relação ao nosso futuro fundido com robôs devem ser “compreendidas e superadas”. Superadas. O relatório não diz exatamente como fazer isso, mas é uma aposta segura que podemos esperar ver muito mais parcerias com Hollywood nos próximos anos.

As Forças Armadas dos EUA já gastam uma quantidade incrível de tempo em parceria com Hollywood, fornecendo equipamentos, veículos e extras para filmes em troca de poder de veto sobre o roteiro. Então, podemos esperar ver muito mais filmes em que os super soldados ciborgue salvam o dia.

Filmes como Capitã Marvel , a sequência Transformers e a continuação de Top Gun, todos tiveram uma enorme ajuda das Forças Armadas dos EUA e são basicamente filmes para recrutar pessoas. Mas a próxima década pode não estar apenas trabalhando para recrutar jovens. Se este novo relatório for alguma indicação, os militares dos EUA querem mais histórias para mostrar que a tecnologia é nossa amiga — mesmo que ela não seja.

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As melhores ofertas que encontramos na Terça Tech da Amazon

Posted: 10 Dec 2019 07:14 AM PST

Mão segurando cartao de crédito em frente a laptop

Pelo menos duas vezes por mês, a Amazon faz um dia de promoções de itens de tecnologia, chamada Terça Tech. Nesta edição, a varejista tem ofertas de até 40% de desconto em alguns itens.

Abaixo, selecionamos algumas ofertas:

Notebooks

Armazenamento

Softwares e acessórios

TVs e monitores

Produtos Amazon

Comprando pelos links desta página, o Gizmodo Brasil ganha uma pequena comissão

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Agência Espacial Europeia aprova missão para remover um pedaço de lixo da órbita

Posted: 10 Dec 2019 06:45 AM PST

A ESA (Agência Espacial Europeia) comandou a primeira missão de todos os tempos para remover um único pedaço de lixo espacial da órbita.

Os seres humanos colocam tantos satélites na órbita baixa da Terra que o espaço ao nosso redor agora está cheio de lixo. Muitos desses detritos se quebram em colisões com outros pedaços de detritos, resultando em mais de 120 milhões de objetos minúsculos (além de dezenas de milhares de pedaços maiores) viajando ao redor da Terra a velocidades de até 28 mil quilômetros por hora.

Esses detritos podem ser perigosos para satélites ativos e missões espaciais, e podem poluir a visão dos astrônomos que observam o céu. A nova missão será lançada em 2025 e tem como objetivo demonstrar que os seres humanos têm a capacidade de remover detritos espaciais da órbita.

O Conselho Ministerial da ESA firmou um contrato para a missão na reunião do Space19 + no mês passado, de acordo com um comunicado de imprensa da ESA. Eles selecionaram uma startup suíça chamada ClearSpace, fundada por pesquisadores da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, para liderá- la. A missão conta com uma espaçonave, ClearSpace-1, que será lançada primeiro a 500 quilômetros acima da superfície da Terra para testes. Então, os operadores da espaçonave elevarão a nave a uma órbita mais alta e usarão quatro braços robóticos para agarrar o estágio superior da Vespa de 100 kg que a ESA deixou em órbita em 2013. A nave, segurando os destroços, irá então desacelerar para desorbitar e queimar na atmosfera.

Obviamente, um único pedaço de entulho não diminui o problema. Mas a missão ClearSpace-1 espera mostrar que a tecnologia funciona antes de passar para alvos mais difíceis ou vários objetos ao mesmo tempo.

Detritos espaciais se tornam um problema maior com cada objeto adicional que os humanos lançam no espaço. Um artigo de 1978 teoriza que cada colisão entre pedaços de detritos aumenta a probabilidade de colisões adicionais, criando uma cascata que eventualmente leva a um anel de lixo espacial ao redor do planeta.

O ClearSpace-1 segue os passos do experimento RemoveDEBRIS, que recentemente usou um arpão para se fixar em um alvo de lixo espacial simulado de 10 centímetros que ele próprio trouxe para o espaço. O teste dessa missão terminará em março, quando será lançada uma vela para desacelerar.

Os impactos que os seres humanos causam no ambiente baixo da Terra são claros, desde detritos espaciais a inúmeros satélites de comunicação que podem até interferir na astronomia. Esse tipo de missão é um passo em direção a uma solução – mas quanto mais esperarmos para agir, pior será o problema.

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YouTube transmitirá 12 jogos da Copa do Nordeste 2020

Posted: 10 Dec 2019 05:18 AM PST

Pouco a pouco, a internet vai começando a disputar o espaço da TV nas transmissões esportivas. Já aconteceu com a Copa Libertadores da América e com a Champions League, que passam no Facebook Watch. A mais nova competição a ter jogos por streaming é a Copa do Nordeste. Em 2020, 12 partidas serão transmitidas pelo o YouTube.

Os jogos da Lampions League, apelido da competição entre os torcedores, serão transmitidos gratuitamente. Além disso, haverá vídeos de melhores momentos, materiais sobre clubes e jogadores, entrevistas e bastidores de partidas. O comunicado do YouTube diz que essa é a primeira competição esportiva com transmissão pela plataforma confirmada para o ano que vem — será que vem mais por aí?

Além do YouTube, a Copa do Nordeste também é transmitida pelo SBT Nordeste na TV aberta, pelo Fox Sports na TV fechada e pelo site LiveFC.

A competição reúne 20 clubes — quatro já foram eliminados na fase preliminar, realizada em setembro deste ano. Os 16 restantes foram divididos em dois grupos. Cada time enfrenta as oito equipes do outro grupo, e os quatro melhores de cada chave avançam para a fase de mata-mata. O vencedor garante vaga direto para a fase de oitavas-de-final da Copa do Brasil 2021.

Streaming

O torneio é mais um a ganhar transmissão para a internet, dando uma opção para quem não tem TV por assinatura ou não mora na região Nordeste para pegar a transmissão na TV aberta.

Quase todos os principais canais esportivos da TV fechada têm opções de streaming: a Fox Sports está disponível no Fox Play, a ESPN está no UOL Esporte Clube, e o Esporte Interativo deixou os pacotes da TV a cabo para ficar só na internet. O SporTV não tem uma alternativa em streaming, mas o Premiere FC, também do grupo Globosat e responsável pelo pay-per-view do Brasileirão, oferece assinatura pela internet.

Em 2018, esses canais ganharam companhia da plataforma DAZN, que transmite a Copa Sul-Americana e os campeonatos nacionais da França, Itália e Inglaterra. O Facebook Watch também transmite Libertadores e Champions League. Para além do futebol, a NBA e a NFL oferecem seus serviços próprios de streaming.

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Google está sendo investigado novamente por práticas trabalhistas

Posted: 10 Dec 2019 04:53 AM PST

Uma busca do Google em inglês em que é dito "É ilegal demitir funcionários por se organizarem"

Para uma empresa associada ao acesso rápido a todo o conhecimento humano, o Google certamente está lutando para se manter dentro até mesmo dos termos mais gerais da legislação trabalhista dos EUA.

Pouco antes do Dia de Ação de Graças (ou Thanksgiving, em inglês), o Google demitiu repentinamente quatro de seus engenheiros, todos os quais, aliás, haviam se envolvido fortemente em protestos liderados por funcionários contra o comportamento da empresa. Os “Thanksgiving Four”, como ficaram conhecidos, prometeram contestar suas demissões por meio de uma acusação de práticas trabalhistas injustas junto ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB), e receberam o apoio do sindicato dos Trabalhadores das Comunicações da América logo em seguida.

Segundo a CNBC, a investigação do NLRB já começou. Espera-se que um veredicto seja dado dentro de aproximadamente três meses.

O Google chegou a um acordo com o NLRB em setembro, que impediu a empresa de ameaçar ou retaliar seus próprios trabalhadores e permitindo que eles falassem livremente com a mídia sobre as condições de seu local de trabalho. A empresa está sendo criticada há anos por demitir, afastar ou reprimir ativistas dentro da companhia, tentou limitar o acesso dos trabalhadores a ferramentas de organização (como e-mail) e foi recentemente revelado que ela não apenas tentou cancelar uma reunião liderada por um sindicato em seu campus em Zurique, mas também contratou a empresa IRI como consultora, conhecida por práticas contra sindicatos.

Quando pedimos um comentário, o Google não se deu ao trabalho de escrever um novo comunicado e enviou a mesma que eles enviaram ao Gizmodo e a outros meios de comunicação na semana passada:

Demitimos quatro indivíduos envolvidos em violações intencionais e muitas vezes repetidas de nossas políticas de segurança de dados de longa data, incluindo acesso e disseminação sistemática de materiais e trabalho de outros funcionários. Ninguém foi demitido por levantar preocupações ou debater as atividades da empresa.

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Como surgiram as fissuras na lua Enceladus de Saturno

Posted: 10 Dec 2019 04:11 AM PST

Desde 2005, os cientistas têm se intrigado com uma série de longas fissuras vistas nas regiões sul da lua congelada de Saturno, Enceladus. Novas pesquisas explicam como essas chamadas listras de tigre se formaram e por que Enceladus é o único lugar no sistema solar em que esses recursos poderiam ter surgido.

A sonda Cassini, da NASA, avistou as listras em 2005, mostrando o que pareciam ser plumas de água saindo de fraturas na superfície, que foram apelidadas de "listras de tigre" devido à sua aparência ordenada. As características foram vistas como evidência de que um oceano subterrâneo existia sob a crosta de gelo de Enceladus, tornando instantaneamente a lua saturniana um importante objeto de investigação, não apenas de uma perspectiva geológica, mas também de uma perspectiva astrobiológica.

Uma nova pesquisa publicada na Nature Astronomy é a primeira a explicar por que essas listras estão apenas localizadas no pólo sul e por que as fissuras correm em linhas paralelas com intervalos de cerca de 35 km. É importante ressaltar que o novo artigo também explica por que características semelhantes não foram observadas em outros objetos de gelo do sistema solar, como a lua de Júpiter, Europa.

As listras de tigre em Enceladus. A fissura primária de Bagdá é a segunda da esquerda. Imagem: NASA/Cassini

“Compreender as listras de tigre é importante porque essas são as vias oceano-superfície mais ativas e dramáticas conhecidas em qualquer um dos mundos de oceano de gelo em nosso sistema solar”, explicou o cientista planetário Douglas Hemingway, o autor principal do estudo e pós-doutorando na Instituição Carnegie para Ciência em Washington, D.C., em um e-mail para o Gizmodo. “Meus colegas já haviam pensado em como fazer a primeira fratura, mas ainda queríamos entender por que existem múltiplas fraturas e por que elas são quase paralelas”.

As fissuras aparecem como quatro linhas paralelas, medindo cerca de 130 quilômetros de comprimento. Elas estão num estado permanente de erupção, expelindo água líquida a partir do oceano subsuperficial abaixo.

Usando modelos de computador e aplicando conceitos da teoria elástica linear, os pesquisadores conseguiram simular como a concha de gelo responde ao aumento gradual da pressão na superfície. A equipe de pesquisa também incluiu Maxwell Rudolph, da Universidade da Califórnia em Davis, e Michael Manga, da Carnegie Institution for Science.

Um fator crucialmente importante no processo tem a ver com a órbita altamente excêntrica de Enceladus, que afasta a lua de Saturno e depois traz de volta novamente. As tensões das marés produzidas por esse ciclo interminável criam calor, deformando a lua, e é por isso que Enceladus é capaz de manter a água líquida sob sua crosta de gelo.

Essas deformações são sentidas mais fortemente nos pólos, onde o gelo é mais fino. Em algum momento da história da lua, durante um período de resfriamento, a água congelou sob as calotas. E como a água se expande quando congela, isso exerceu uma tremenda pressão sobre a crosta, causando uma fenda gigantesca no pólo sul.

O fato de uma rachadura inicial aparecer pela primeira vez no pólo sul – uma faixa de tigre apelidada de “Bagdá” – e não no pólo norte foi simplesmente uma questão de sorte, de acordo com a nova pesquisa. A fissura primária poderia ter acontecido em qualquer um dos pólos, mas uma vez que a superfície se abriu, não era possível que uma fissura aparecesse no outro pólo. As "tensões de tração são assim aliviadas, impedindo uma falha semelhante no polo oposto", escreveram os autores do estudo.

É importante ressaltar que a fissura de Bagdá permaneceu aberta devido à gravidade de Saturno, permitindo que a água de baixo escapasse para a superfície. Toda essa água, que caiu como gelo e neve, resultou no acúmulo constante de material ao longo da borda da fissura. Eventualmente, algo teve que ceder, resultando nas rachaduras vistas a 35 quilômetros de distância em ambos os lados da fissura de Bagdá, onde a profundidade do gelo tinha cerca de 5,2 quilômetros de espessura.

“Descobrimos que as tensões máximas de flexão ocorrem a 35 quilômetros da fratura existente quando a crosta de gelo tem certas propriedades elásticas”, disse Hemingway.

Com as duas novas fissuras abertas e expelindo água, o processo começou novamente nesses locais. A "sequência de fissuras então desce em cascata até que a carga se torne muito fraca ou a espessura da casca do fundo se torne muito grande para permitir fraturas contínuas", de acordo com o estudo. Nesse caso, o processo resultou em um total de duas fissuras secundárias e uma fissura terciária, denominadas Damasco, Cairo e Alexandria (esses nomes foram tirados de Mil e Uma Noites).

De acordo com os modelos, as listras de tigre só podiam acontecer em uma lua com a massa de Enceladus, que mede aproximadamente 500 quilômetros de diâmetro. Hemingway descreveu essa conclusão como um dos resultados mais interessantes do estudo.

“Para luas maiores, a gravidade é tão forte que supera as tensões de flexão, para que esse tipo de fratura não seja capaz de romper toda a crosta de gelo”, disse ele ao Gizmodo. "Esse mecanismo realmente funciona apenas quando a gravidade é muito fraca, como é o caso de Enceladus. Mesmo que isso não fosse algo que originalmente pretendíamos explicar, é sem dúvida uma das perguntas mais importantes sobre as listras de tigre".

Em relação aos próximos passos, Hemingway disse que seria útil simular as listras de tigre com dados de alta resolução para testar seu modelo, pois o estudo atual "usou algumas simplificações e aproximações" que fizeram a superfície parecer "estática e elástica" e não é tão dinâmica quanto na vida real. Além disso, uma das previsões feitas no estudo é que as faixas secundárias são cerca de 100.000 anos, ou possivelmente 1 milhão de anos, mais jovens que a fissura primária de Bagdá.

“Seria interessante encontrar uma maneira de testar essa ideia”, disse Hemingway.

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Cérebros dos exploradores da Antártica encolheram durante uma expedição de 14 meses

Posted: 10 Dec 2019 03:21 AM PST

Passar mais de um ano na desolação da Antártica pode mudar o seu cérebro para pior, de acordo com uma nova pesquisa realizada este mês. Ela parece mostrar que os exploradores polares que viveram por 14 meses em uma estação de pesquisa da Antártica sofreram encolhimento cerebral, provavelmente como resultado de seu isolamento e tédio. Mas os efeitos sobre sua saúde e cognição reais foram leves e provavelmente temporários.

Os autores do estudo usaram a ressonância magnética para escanear os cérebros de oito membros de uma equipe de expedição antes que eles passassem uma longa estadia na estação de pesquisa alemã Neumayer III. Durante sua missão, a equipe periodicamente fazia testes de cognição e memória e fornecia amostras de sangue que permitiam aos autores do estudo medir seus níveis de uma proteína importante para a saúde do cérebro, chamada fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Quando eles retornaram à civilização, eles tiveram seus cérebros escaneados novamente.

Quando comparados aos seus próprios resultados pré-expedição e a um grupo de voluntários com idade e sexo iguais, o cérebro dos exploradores parecia ter menos massa cinzenta, em média, após a viagem. O encolhimento foi mais aparente no hipocampo, uma área do cérebro essencial para a memória e a cognição. Os níveis médios de BDNF também caíram durante a viagem e não melhoraram significativamente, mesmo um mês e meio após terem retornado.

As descobertas do estudo, publicado na New England of Medicine, não são as primeiras a sugerir que longos períodos de isolamento podem mudar o cérebro. Mas praticamente todos os estudos envolveram animais, segundo os pesquisadores.

Dadas as condições severas e implacáveis ​​da expedição, como viver e trabalhar em um único local ao lado de apenas um pequeno grupo de pessoas, é provável que a viagem tenha alterado a plasticidade do hipocampo, o que significa sua capacidade de fazer novas conexões neurais, disseram os autores. Outro culpado pelo encolhimento cerebral pode ter envolvido o que os pesquisadores chamam de “monotonia ambiental” – o tédio que surgiria de olhar para fora e não ver nada além de pura neve branca dia após dia.

Obviamente, um estudo com oito pessoas é incrivelmente pequeno, portanto qualquer uma de suas conclusões deve ser encarada com cautela. E os autores não estão afirmando que esses pesquisadores foram irrevogavelmente danificados por sua experiência. Durante a viagem, por exemplo, eles tiveram um desempenho um pouco pior nos testes de raciocínio espacial e atenção seletiva, mas não em outros aspectos de cognição.

O autor Alexander C. Stahn, agora pesquisador da Faculdade de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, disse ao Science News que os efeitos do hipocampo são provavelmente temporários, desde que os cientistas voltem a uma vida cheia de interações sociais e coisas interessantes para ver.

Ainda assim, considerando que as pessoas continuarão viajando de e para a Antártica por longos períodos de tempo, vale a pena ter em mente as descobertas e explorá-las ainda mais. Elas podem se mostrar relevantes até mesmo para as poucas pessoas que poderão viajar até Marte no futuro, talvez a única missão científica semelhante, de meses de duração, que envolveria um isolamento ainda maior.

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