segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Instagram irá avisar usuários antes de publicarem legendas ofensivas

Posted: 16 Dec 2019 01:35 PM PST

Pessoa mexendo em um celular

O Instagram quer mesmo ser a rede social menos tóxica (pelo menos entre as principais). A plataforma anunciou que a partir de agora todos os usuários irão ver um aviso antes de publicar algo que possa ser ofensivo.

A empresa anunciou em um seu blog nesta segunda-feira (16), que começou a liberar a ferramenta que informa as pessoas que sua legenda “pode ser considerada ofensiva”, em um esforço para incentivar os usuários “a parar e reconsiderar suas palavras antes de publicar.”

A funcionalidade usa inteligência artificial para detectar linguagem similar a frases e palavras que foram reportadas como ofensivas. Quando percebe legendas “potencialmente ofensivas”, a pessoa que está digitando irá ver uma janela que dá a elas a opção de “editar a legenda”, “saber mais” ou “compartilhar mesmo assim”. Ou seja, a ferramenta não censura os usuários, só avisa que eles estão sendo babacas.

No anúncio, o Instagram disse que o recurso tem como objetivo reduzir o bullying na plataforma, e que é uma extensão de uma ferramenta lançada em julho que notifica os usuários se seus comentários poderiam ser ofensivos. Na época, o Instagram escreveu que a “intervenção dá às pessoas a chance de refletir e desfazer seus comentários e evita que o destinatário receba a notificação de comentários prejudiciais.”

O Instagram alega que os resultados de sua intervenção foram “promissores”, já que a mensagem encorajou os usuários a “reconsiderar suas palavras quando lhes foi dada uma chance.”

Esse recurso segue também uma ferramenta chamada “Restringir”, lançada em outubro. A atualização permitiu que os usuários ocultasse qualquer pessoa que quisessem, para evitar ver comentários de pessoas que pudessem intimidá-las ou publicar comentários ofensivos.

A rede social disse que a nova ferramenta de alerta de legendas será lançada nesta segunda para alguns países, e se expandirá pelo mundo nos próximos meses.

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Aproveite o Amazon Prime com este cupom exclusivo que dá desconto em livros

Posted: 16 Dec 2019 12:56 PM PST

Clientes Amazon Prime têm muitas vantagens. Além da entrega rápida, do frete grátis e de filmes, séries, músicas e e-books, quem assina o programa também tem acesso a ofertas e cupons exclusivos. E este é bem bacana: usando o cupom “PRIME15”, você ganha 15% de desconto em qualquer livro impresso no Brasil e vendido pela Amazon.

Isso mesmo: 15% off em qualquer livro nacional. Vale para mangás, HQs, ficção, não ficção, clássicos, mas não vale para importados e e-books do Kindle.

Se você ainda não assina o Amazon Prime, vale a pena conhecer melhor sobre tudo que o programa oferece. Os primeiros 30 dias são grátis para testar.

Para ajudar você a aproveitar esse desconto, selecionamos algumas ofertas e recomendações. Lembrando que estes são os preços ainda sem o desconto de 15%. O cupom é válido até o dia 22 de dezembro.

Ao entrar na Amazon pelos links dessa página e fazer qualquer compra, você ajuda o Gizmodo Brasil — você não paga nada a mais por isso, e nós ganhamos uma pequena comissão sobre o valor da sua compra.

Os preços foram consultados na tarde da segunda-feira (16). Pode haver alterações.

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Polícia dos EUA derruba dois serviços de streaming ilegais que tinham mais conteúdo que a Netflix

Posted: 16 Dec 2019 11:49 AM PST

Duas das mentes por trás dos maiores serviços de streaming piratas dos Estados Unidos, iStreamItAll e Jetflicks, se declararam culpados de acusações de violação de direitos autorais, disseram autoridades federais na sexta-feira (13). 

Um júri federal indiciou os dois homens, Darryl Julius Polo, 36, e Luis Angel Villarino, 40, junto com outros seis co-réus em agosto, depois que os agentes federais invadiram sua suposta sede em Las Vegas, Nevada. Em seu termo de confissão, Polo disse às autoridades do Departamento de Justiça que seu serviço por assinatura ilícito, iStreamItAll, oferecia mais de 118.000 episódios de programas de TV e 10.000 filmes por uma taxa mensal. Os dois homens também admitiram trabalhar como programadores de computador para o Jetflicks, outro serviço de streaming baseado em Las Vegas que Villarino afirmou hospedar quase 200.000 episódios de TV piratas.

Tudo isso soma mais conteúdo do que Hulu, Netflix, Vudu e Amazon Prime juntos, de acordo com os promotores. E tudo pirateado de alguns dos sites de torrents mais populares do mundo, evitando o consentimento dos proprietários dos direitos autorais e causando a eles um prejuízo que o Departamento de Justiça estima que pode chegar a milhões de dólares.

"Especificamente, Polo usou sofisticada programação de computadores para vasculhar sites piratas globais em busca de novos conteúdos ilegais; baixar, processar e armazenar essas obras; e depois disponibilizar os programas e filmes em servidores no Canadá para assinantes [iStreamItAll] para streaming e download", disseram funcionários do Departamento de Justiça.

Os serviços ostentavam dezenas de milhares de assinantes em todo os EUA, de acordo com os réus, e foram projetados para funcionar em vários dispositivos e plataformas, incluindo smartphones, tablets e consoles de jogos. Como parte de suas campanhas publicitárias, Polo disse às autoridades que ativamente roubou clientes de serviços de streaming licenciados e pediu que eles fizessem a troca, destacando a biblioteca de conteúdo comparativamente maior do iStreamItAll em campanhas por e-mail. Embora o relatório do Departamento de Justiça não entre em mais detalhes, imagino que ele tenha mantido em segredo que os clientes estavam saindo no lucro com esse serviço.

Como parte de seus acordos, ambos os homens se declararam culpados de acusações criminais de direitos autorais e Polo se declarou culpado de uma acusação adicional de lavagem de dinheiro. Atualmente, a sentença deles está prevista para sair em março de 2020.

E isso apenas mostra a você, caro leitor, que a pirataria é ruim e você nunca deve contribuir com isso; afinal, você não roubaria um carro, então não roube Stranger Things e outros títulos.

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Google interrompe atualização do Chrome 79 no Android por apagar dados do usuário

Posted: 16 Dec 2019 10:35 AM PST

Logotipo do Google Chrome

A última atualização do Google Chrome no Android precisou ser pausada por causa de um bug que apaga os dados dos usuários em diversos aplicativos. A falha está relacionada ao WebView, o navegador embutido que desenvolvedores incluem para abrir links em seus apps.

No Twitter, por exemplo, ao tocar em um link, um browser aparece dentro do próprio aplicativo. Alguns outros apps praticamente rodam inteiros nesse motor do Chrome.

De acordo com o Android Police, uma das mudanças no Chrome 79 foi a localização do armazenamento de dados web. A página de bugs do motor Chromium aponta que dois tipos de armazenamento comumente utilizados – localStorage e WebSQL – por aplicativos não foram migradas corretamente.

Isso fez com que dados desses aplicativos fossem perdidos, embora não tenham sido apagados (estão armazenados no celular, só não podem ser acessados). O problema afetou os desenvolvedores desses aplicativos que usam o WebView, que começaram a receber críticas de seus usuários.

De acordo com o Google, atualização do Chrome foi interrompida para 50% da base de usuários e eles estão trabalhando para resolver o problema.

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Mesmo sem o Adobe Acrobat Reader, é possível criar um formulário profissional em PDF

Posted: 16 Dec 2019 09:56 AM PST

formulário em pdf

Um formulário em PDF pode ser muito útil ao realizar um inquérito, um questionário ou qualquer outra atividade que envolve recolher dados de múltiplas fontes. A maioria das pessoas prefere ferramentas profissionais como o Adobe Acrobat Reader, mas essa não é uma opção barata. Se não deseja gastar muito dinheiro, pode optar por soluções mais acessíveis que fazem o trabalho igualmente bem. 

3 Melhores Formas de Criar um Formulário em PDF sem o Adobe Acrobat Reader

Solução 1: PDFelement 7

A mais recente versão do PDFelement da Wondershare oferece todas as funcionalidades poderosas de versões anteriores e adiciona ainda mais músculo às suas capacidades de criação de formulários PDF. Com esta ferramenta você pode criar um formulário em PDF do zero ou editar um já existente para o personalizar de acordo com as suas necessidades. Confira como criar um formulário em PDF e também como modificar um já existente.

Como Criar um Formulário PDF do Zero

O PDFelement oferece a opção de começar com um documento PDF em branco e também de criar um formulário utilizando o editor intuitivo WYSIWYG (What you see is what you get) que possui todas as funcionalidades que você pode precisar. Uma vez que o programa for executado, clique na opção "Ficheiro" e selecione "Novo" para começar um ficheiro em branco. Depois, siga os passos conforme demonstrado abaixo:

Passo 1: Vá até a aba "Formulário" e clique em "Editar" para tornar possível preencher o formulário em PDF mais tarde. Defina o design escolhendo um fundo e adicione um cabeçalho e rodapé utilizando os botões da barra de ferramentas principal.

Passo 2: Para adicionar um elemento interativo, clique na ferramenta de Preenchimento de Formulário para especificar o tipo de input. Leve em consideração a informação que precisa recolher. Ou seja, por exemplo, se for uma questão de "sim" ou "não", você pode utilizar um botão de opção. Já para capturar informação não-padronizada, pode utilizar um campo de texto e assim sucessivamente.

Passo 3: Utilize o seu mouse para selecionar para onde deseja ir. Clique na área para inserir o campo e faça duplo clique sobre o mesmo para definir as suas propriedades (nome, aparência, estilo…). 

Passo 4: Pode também adicionar texto ao seu formulário PDF clicando em "Editar" e "Adicionar Texto". Clique no documento com que quer trabalhar e depois insira o texto.

Passo 5: Para completar a edição e pré-visualizar o seu formulário preenchível, simplesmente clique em "Fechar Edição de Formulário" e guarde o ficheiro para poder fazer a sua pré-visualização.

Como Tornar um Formulário PDF Existente Preenchível

Se você já tem um formulário, pode também facilmente fazer com que ele seja preenchível com o PDFelement 7. Confira o passo a passo abaixo:

Passo 1: Clique em "Abrir Ficheiro" na janela principal do programa e abra um formulário existente. Se o ficheiro já tiver campos de input, pode clicar na opção "Reconhecimento de Formulário" na aba "Formulário". Depois do processamento, verá que os campos do formulário são agora preenchíveis. É tão simples assim!

Passo 2: Se não tiver campos no formulário existente, pode facilmente adicionar um clicando em um dos elementos de campo interativos na barra de ferramentas principal. Uma vez que tenha selecionado Texto, Botão Rádio ou qualquer uma das outras opções, clique no formulário em que quer adicionar o elemento. Faça duplo clique para alterar o seu estilo, cor, etc..

Passo 3: Guarde o ficheiro para poder pré-visualizar o documento.

Além disso, pode também extrair dados a partir de formulários preenchidos que tenham sido digitalizados, editar formulários, extrair dados em lotes, realizar cálculos e muito mais. O programa também suporta Formulários com Arquitectura XML, também conhecidos como XFA. Com tantas funcionalidades robustas relativas a formulários, não é de se admirar que não precise do Adobe Acrobat Reader para criar um formulário profissional em PDF. 

Solução 2: Criar um Formulário em PDF Preenchível com um Formulário em Word

Criar um formulário em Word pode ser bastante complicado. O primeiro passo é ter um modelo apropriado e, depois, acesso às ferramentas de desenvolvimento. Isto envolve um processo conhecido como "controle de conteúdo". Ele pode ser adicionado indo à aba "Desenvolvedor" e clicando no "Modo Design". A partir disso, pode adicionar vários controles, por exemplo, as caixas de verificação, campos de texto, menus cascata…

Com isso feito, selecione "Ficheiro" > "imprimir" e quando clicar na opção "Imprimir Para…" basta selecionar PDFelement para converter o ficheiro em um documento em PDF preenchível. Então, é possível editar o PDF, adicionar cmapos, alterar o design e etc. 

Solução 3: Como Criar um Formulário Profissional com o LibreOffice

Se você utiliza um computador Linux, é bem provável que use o  LibreOffice. Afinal, ele é uma excelente opção gratuita para substituir o Word ou as funcionalidades do formulário em PDF. Siga os passos descritos abaixo para criar um formulário em PDF preenchível no LibreOffice.

Passo 1: Abra um documento em branco no LibreOffice e clique em Visualizar > Barras de Ferramentas. É necessário permitir as opções "Controles de Formulário" e "Design de Formulário", uma de cada vez.

Passo 2: No lado esquerdo da faixa de Design de Formulários logo abaixo do documento, adicione os campos de formulário (botões, campos de inserção de texto, etiquetas de texto…). Uma vez adicionado estes elementos, pode fazer duplo clique para editar as suas propriedades, tais como o tamanho, posição, visibilidade, entre outras.

Passo 3: Assim que finalizar o modelo e o design do documento, salve o mesmo e faça a sua exportação para PDF. Para o fazer, clique em Ficheiro > Exportar Como > Exportar Como PDF… Na janela de Opções do PDF, selecione "Criar Formulário PDF" e depois clique em Exportar.

O ficheiro pode agora ser aberto com qualquer editor de PDF, tal como o PDFelement, e editado para alterar qualquer um dos seus elementos interativos.

Estas são três formas para criar um formulário profissional em PDF o Adobe Acrobat Reader. O PDFelement tem uma vantagem sobre os restantes métodos porque tem todas as funcionalidades da Acrobat a um preço muito acessível. Faça o seu registo para obter um teste gratuito do recém lançado PDFlelement 7 e comece a criar formulários profissionais em PDF hoje.

E o melhor: você, leitor do Gizmodo Brasil, tem um baita desconto. Clique aqui!

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Xiaomi domina o mercado de relógios e pulseiras inteligentes, segundo Canalys

Posted: 16 Dec 2019 09:16 AM PST

O mercado de pulseiras e relógios inteligentes tem crescido ultimamente, com diversas marcas apostando na tecnologia. O terceiro trimestre de 2019, especificamente, observou um crescimento de 65% em relação ao mesmo período no ano passado, atingindo um recorde de 45,5 milhões de unidades vendidas. Os números são da Canalys, uma empresa de pesquisa e estatística que produziu um relatório sobre o mercado global de vestíveis. 

A pesquisa categorizou os dados em quatro regiões: Américas, Ásia Pacífico (não inclui a China), EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e Grande China (que abrange a China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan). A área denominada Grande China é responsável pelo maior número de vendas globalmente, contabilizando 40% do total e com um crescimento de 60% ao ano. 

A região Ásia Pacífico é a menor de todas, contribuindo com apenas 16% das vendas de wearables. No entanto, ela é a que apresenta o crescimento mais acelerado, com um aumento de 130% em relação ao terceiro trimestre de 2018. 

Venda e crescimento anual de wearables globalmente. Fonte: Canalys Wearable Band Analysis, Novembro de 2019

Em relação às marcas, a Xiaomi liderou o ranking, com 12,2 milhões de pulseiras inteligentes vendidas globalmente, além de apresentar um crescimento de 74% ao ano. Com esses números, a gigante de tecnologia chinesa conseguiu atingir sua maior participação no mercado global, com 27%, desde o terceiro trimestre de 2015. Segundo a Canalys, isso se deve à forte performance no mercado interno chinês e à expansão agressiva da empresa no exterior. Aqui no Brasil, por exemplo, a Mi Band 4 custa R$ 334,99; enquanto que os preços do Watch Series 5, da Apple, começam em R$ 3.999. (Claro que são dois dispositivos diferentes e com funcionalidades distintas, mas, ainda assim, a diferença de preço entre os dois wearables é enorme.)

A Apple ficou em segundo lugar, registrando seu maior crescimento desde o segundo trimestre de 2017. O Apple Watch Series 5, lançado em setembro deste ano, foi responsável por cerca de 60% das vendas do trimestre. O terceiro lugar foi ocupado pela Huawei, com 5,9 milhões de unidades vendidas e um crescimento anual de 243%. De acordo com a Canalys, o mercado doméstico permitiu que a Huawei ficasse à frente da Fitbit, recém-comprada pelo Google – a quarta colocada do ranking e a única que não teve crescimento em relação ao ano anterior.

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Google já cobriu incríveis 16 milhões de quilômetros em imagens do Street View

Posted: 16 Dec 2019 07:50 AM PST

Carro do Google Street View em frente à Praça dos Três Poderes

O Google, sua frota de carros equipados com câmeras do Street View e os outros dispositivos que ajudam na coleta de imagens tem fotografado o mundo pedaço por pedaço há uma década.

Agora, todas essas fotos totalizam um número impressionante: mais de 16 milhões de quilômetros de imagens no Street View e 58 milhões de quilômetros quadrados de imagens do Google Earth. Os números foram revelados pela empresa em uma reportagem do CNET.

O Google mapeou 98% das partes do mundo onde as pessoas vivem a partir do serviço de mapeamento aéreo, de acordo com a CNET. Enquanto isso, os 16 milhões de quilômetros de imagens do Street View somam 400 voltas ao redor do mundo.

Os números servem para ressaltar a quantidade absurda de dados com que o Google trabalha quando se trata de seus aplicativos e serviços.

“As imagens estão no centro de tudo o que fazemos. Pensamos nisso como a base de todo o processo de mapeamento”, disse Ethan Russel, diretor de produto do Google Maps, à CNN.

O Street View foi criado pelo cofundador do Google Larry Page em 2004, quase uma década antes de a Apple lançar o primeiro concorrente do Google Maps.

Naquela época, o Google usava apenas uma frota de carros com câmeras que faziam um mapa de 360 graus. Posteriormente, a empresa colocou câmeras em pedestres, ovelhas e até camelos para chegar onde os carros não conseguiam.

O Google Maps percorreu um longo caminho e passou a oferecer mais do que visualizações em 360 graus. Hoje, há opções para ver instruções de caminho em realidade aumentada e ferramentas de tradução de placas, por exemplo.

Como acontece com a maioria das grandes empresas de tecnologia, essa expansão vem uma parcela de dilemas de privacidade entre os usuários. No entanto, eu diria que se você acha que o Google sabe muito sobre você, imagine como a Terra se sente.

[CNET]

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Estrela de K-pop conseguiu perder 33 pares de AirPods

Posted: 16 Dec 2019 07:05 AM PST

Kim Namjoon, ao centro, do BTS

Trinta e três pares de AirPods.

Vou repetir: trinta e três. Pares. De AirPods.

São 66 dos pequenos acessórios brancos, mais de US$ 5.000 em fones de ouvido espalhados pelo mundo. 

Neste fim de semana, o rapper de K-pop e estrela do BTS Kim Namjoon revelou em uma sessão de perguntas e respostas ao vivo com os fãs que ele está de alguma forma no seu 34º par de AirPods depois de perder o resto. Enquanto os fones de ouvido sem fio da Apple têm uma reputação de serem notoriamente fáceis de perder – meu colega Jennings Brown chamou os AirPods perdidos de "uma praga na cidade de Nova York" – um fã de K-pop com quem eu conversei para este artigo me disse que isso é extremamente típico de Namjoon. A celebridade pop perdeu seu passaporte tantas vezes no passado que inspirou os fãs a criar uma conta no Twitter.

Mas vamos recuar um pouco e colocar esse número em perspectiva: a US$ 159 pelos fones de ouvido da Apple, completos com estojo de carregamento, é claro, já que eles não são vendidos sozinhos, isso significa que ele perdeu o valor equivalente a um Mac Pro nos AirPods. 

E RM (seu nome artístico) não especificou se algum desses pares era o novo modelo sofisticado de US$ 250 da Apple, o AirPods Pro, de modo que o número de US$ 5.000 é uma estimativa baixa. Mas acho que quando você é o vocalista da boyband mais popular do mundo, você tem dinheiro para gastar.

Depois de ouvir isso, as ARMY, um apelido para os milhões de fãs da banda, imediatamente começou a rir de Namjoon no Twitter, chamando-o de fada do AirPod e sugerindo que, se é para ele perder tantos, ele deveria autografar todos os seus fones de ouvido, caso os fãs encontrem eles.

Tradução: Namjoon está no seu 34º AirPod? Como você consegue perder 33 AirPods

Tradução: Namjoon teve e perdeu 34 pares de AirPods?????? Distribuindo AirPods pelo mundo como uma fada do AirPod???? Santa Joon. Namjoon, cliente fiel da Apple Store.

Tradução: Imagine andar pelo rio Han e encontrar os AirPods dele jogados por aí… 

Minha teoria da conspiração favorita é uma disseminada por alguns fãs: obviamente, isso é um esforço elaborado e disfarçado do RM para redistribuir a riqueza para os pobres. Isso mesmo: Namjoon é o próprio Robin Hood secreto do K-pop.

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New Orleans declara estado de emergência após ser atacada por ransomware

Posted: 16 Dec 2019 06:16 AM PST

A cidade de New Orleans, em Louisiana, declarou estado de emergência e interrompeu o uso de computadores devido a um ataque de ransomware – um tipo de vírus que, ao invadir um computador, criptografa todos os dados – realizado na última sexta-feira (13). As autoridades disseram que nenhum pedido chegou a ser realizado para a cidade e ainda não está claro quando a operação deve voltar ao normal.

De acordo com a chefe da secretaria de TI de New Orleans, Kim LaGrue, não há evidências de que senhas tenham sido comprometidas, nem dados tenham sido perdidos. Ela disse ainda que há indícios de tentativas de golpes de phishing via e-mail e ataques de ransomware.

Apesar disso, não se sabe o tamanho do prejuízo – todas as máquinas foram desligadas para evitar que o ransomware se espalhasse, e a cidade se juntou a especialistas do governo federal para resolver o problema.

Serviços públicos essenciais continuam funcionando em New Orleans, a base do papel e da caneta. A cidade, inclusive, tem se mostrado preparada para lidar com a situação. Reportagens locais citam que os funcionários públicos passaram por treinamentos de cibersegurança e a região consegue operar sem os computadores.

No mês passado, o estado de Louisiana havia sido atacado por um ransomware. Na ocasião, o governo conseguiu restaurar o uso das máquinas sem pagar o resgate dos dados aos cibercriminosos. A experiência parece estar ajudando a cidade a diminuir os problemas, que podem afetar serviços essenciais como o atendimento médico, policial e dos bombeiros, por exemplo.

Governos e entidades públicas são um dos alvos mais comuns de ransomware, apesar de esses vírus infectarem todos os tipos de usuários – o que interessa para o cibercriminoso é fazer o ataque valer a pena, e entidades maiores têm mais chances de lucro.

Nos últimos anos, centros médicos, hospitais e até agências de transporte foram atacadas – esse tipo de malware ficou mais famoso depois do caso WannaCry. Em 2018, por exemplo, a cidade de Atlanta, na Georgia, ficou mais de uma semana travada por causa de um ataque desse tipo. Na semana passada, uma província na Argentina também foi atacada e teve 10 anos de dados sequestrados.

A moeda de troca dos ransomwares são os dados, e a melhor forma de evitar o pagamento de um resgate é manter um backup de tudo que é importante. Alguns malwares mais sofisticados buscam pelos seus backups para criptografá-los também. Então, a melhor ideia é ter um HD externo que esteja desconectado da sua rede.

[NOLA]

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Conferência da ONU para discutir mudanças climáticas chega ao fim sem consenso sobre questões importantes

Posted: 16 Dec 2019 04:16 AM PST

A mais longa conferência climática global em seus 25 anos de história terminou no domingo (15). As negociações duraram quase dois dias a mais do que o prazo inicial. Infelizmente, as discussões em Madri na COP25 foram tão bem quanto em todas as edições anteriores da cúpula historicamente ineficaz da Organização das Nações Unidas (ONU): muito dedo na cara, poucos compromissos que poderão ser cobrados no futuro ​​e muitas decisões cruciais deixadas para ano que vem, quando possivelmente serão postergadas para outro dia.

Os Estados membros adiaram a finalização de várias medidas sobre perdas e danos para a conferência do ano que vem, e as poucas regras que eles conseguiram estabelecer carecem de muitos dispositivos que as façam valer de verdade.

Um ponto de discórdia, principalmente entre os países mais ricos, foi o mecanismo permitiria que os países mais ricos (que estão por trás da maior parte das emissões de carbono do nosso planeta) pagassem para os países em desenvolvimento (que não têm culpa pelas mudanças climáticas) quando os desastres climáticos ocorreram.

Os representantes também não chegaram a uma conclusão sobre uma parte polêmica do Acordo de Paris conhecida como Artigo 6, que se concentra nos mercados de carbono. Algumas das estipulações do artigo foram sugeridas pela gigante petrolífera Shell.

A briga sobre como regulamentar um complexo sistema de mercado de carbono, no qual os países poderiam comercializar poluição de carbono para complementar seus esforços individuais de redução de emissões, tem sido central nas negociações pós-Acordo de Paris. As negociações deste ano adiaram mais uma vez o acordo sobre esse artigo.

O Brasil estava entre os países que tentaram diluir o Artigo 6, permitindo essencialmente que os países contassem duas vezes suas reduções de emissões. Fazer isso essencialmente tornaria impossível o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5°C em relação às temperaturas pré-industriais.

O texto da decisão final das discussões de Madri gira em falso. Ele “enfatiza com séria preocupação a necessidade urgente de abordar a lacuna significativa entre o efeito agregado dos esforços de mitigação das Partes em termos de emissões anuais globais de gases de efeito estufa até 2020 ( …)” e também “enfatiza a urgência de uma ambição aprimorada, a fim de garantir os mais altos esforços de mitigação e adaptação possíveis por todas as Partes.”

Quanto aos dedos na cara que mencionei anteriormente: EUA, Brasil, Austrália, Arábia Saudita e outros países do G20, juntamente com as principais empresas de petróleo, gás e carvão, foram os principais responsáveis ​​por impedir negociações e obstruir qualquer mudança significativa. Além disso, grupos da sociedade civil e países em desenvolvimento criticaram o Canadá, Japão, China e Índia por sua complacência e fracasso em pressionar por uma resposta coletiva mais forte na defesa de nações menores e mais vulneráveis.

Laurence Tubiana, CEO da Fundação Europeia do Clima, que desempenhou um papel fundamental na definição do Acordo de Paris, disse em comunicado que o resultado foi um "pacote confuso e muito distante do que a ciência nos diz ser necessária".

A diretora executiva do Greenpeace, Jennifer Morgan, foi mais direta em sua declaração sobre o resultado. Ela chamou o que aconteceu de “totalmente inaceitável” e disse que “os responsáveis ​​pelas decisões agora precisam voltar para casa, se reagrupar e pensar em como avançar, pois 2020 será um ano crítico”.

As reuniões do próximo ano estão previstas para ocorrer em Glasgow, na Escócia, e os países devem anunciar promessas mais ambiciosas para reduzir sua poluição de carbono, além de lidar com o Artigo 6 e perdas e danos.

O mundo está se aproximando rapidamente de um momento de “agora ou nunca”. Apesar de 25 anos de negociações, as emissões de carbono continuam a quebrar recordes quase todos os anos. O mundo precisa começar a reduzir a poluição de gases do efeito estufa em mais de 7% ao ano na próxima década para ter alguma esperança de atingir a meta de 1,5°C.

Com o fraco acordo da COP25 e os EUA — o maior emissor histórico do mundo — prestes a sair do Acordo de Paris em novembro do próximo ano, o caminho para evitar uma crise total fica cada vez mais difícil.

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Como será a internet em 2030?

Posted: 16 Dec 2019 03:10 AM PST

Ilustração de quatro policiais fardados protegendo um computador numa arredoma de vidro

Algo aconteceu com a nossa ideia de futuro. Nos filmes ou programas de TV antigos, o futuro era frequentemente descrito como um mundo totalmente alienígena, uma paisagem quase irreconhecível de carros voadores e clones fora de controle.

Em uma série como Black Mirror, por outro lado, o futuro geralmente se parece muito com o presente, mas com realidade virtual de maior qualidade. Essa disparidade imaginativa  poderia ter algo a ver com a progressão da internet?

A web foi o salto tecnológico mais significativo em gerações, cujo potencial parecia ilimitado – e ela permaneceu mais ou menos com a mesma cara por mais de uma década. O Twitter e o Facebook podem parecer diferentes comparados com o que eram em 2009, mas não tão diferentes. Parece que alcançamos uma espécie de estagnação, e não está claro o que poderia mudar isso.

A internet parecerá radicalmente diferente em dez anos ou apenas um pouco mais elegante? Para o Giz Pergunta desta semana, contatamos vários especialistas para ter uma ideia de como a internet pode parecer daqui a uma década.

Sarah J. Jackson

Professora Presidencial Associada da Escola Annenberg de Comunicação, Universidade da Pensilvânia

Em 2030, a forma da internet dependerá totalmente se defensores e formuladores de políticas de justiça puderem restabelecer e fortalecer a neutralidade da rede. Se não puderem, e dado o recente desmantelamento da neutralidade da rede e outras políticas que centralizam o acesso democrático, em 2030 a internet irá apresentar mais anúncios, velocidades mais lentas, mais conteúdo e plataformas selecionadas corporativamente refletirá menos diversidade de usuários. As elites terão acesso a uma internet privada cara e mais rápida e melhor, e as antigas preocupações com a exclusão digital terão um novo significado.

"Em 2030, a forma da internet dependerá totalmente se defensores e formuladores de políticas de justiça puderem restabelecer e fortalecer a neutralidade da rede."

Brian McCullough

Apresentador do Podcast Techmeme Ride Home e autor de Como a Internet aconteceu: do Netscape ao iPhone

Com certeza, estamos prestes a ver uma internet bifurcada. Já estamos vendo isso acontecer. Não é apenas que haverá uma versão chinesa da internet e uma versão “ocidental” da internet, onde uma é mais trancada/vigiada/censurada e a outra ainda é o bem comum baseado em padrões abertos, amplamente não regulamentado que nós usamos há pelo menos 30 anos. A questão está se ampliando para: outros governos serão atraídos para essa noção de uma internet bloqueada? Haverá uma versão russa da internet? Uma versão indiana da internet?

E então a pergunta se torna: e a Europa e o RGPF [Regulamentação Geral sobre a Proteção de Dados]? As empresas e plataformas já precisam apresentar serviços diferentes para os usuários na Europa. Até que ponto veremos a internet se dividir em uma galáxia de diferentes "internets", com base nas leis locais e até mesmo nos costumes? Plataformas e empresas já tinham que decidir se, e de que maneira, tentariam fazer negócios na internet da China. Até 2030, será uma questão de fazer essa escolha caso a caso, país a país?
Por outro lado, a "internet ocidental aberta" já foi, em grande parte, consumida pelas principais plataformas de qualquer maneira. Não vejo esse processo ficar mais lento tão cedo. De fato, todo o objetivo do oligopólio que está no topo da internet é estrangular qualquer concorrente (leia-se: inovação; leia-se: interrupção). Pelo jeito que as coisas andam, acho que minha resposta geral é de extremo pessimismo. Em 2030, poderemos olhar para trás há 10, 15 anos e lembrar da era de ouro da internet?

"Até que ponto veremos a Internet se fragmentar em uma galáxia de diferentes ‘internets’ com base nas leis locais e até nos costumes?"

Sarah Ann Oates

Professora e pesquisadora sênior de jornalismo da Universidade de Maryland, cujas pesquisas se concentram na mídia e democratização, especialmente o papel da internet em estados não-livres

Embora a conexão com a internet tenha se tornado muito mais direta e automática em 2030, o público online global será dividido em clãs e tribos. Algumas dessas tribos terão natureza nacional, especialmente quando regimes autoritários isolam seus cidadãos em plataformas nacionais limitadas. Isso já está acontecendo em países como a China, mas também ocorrerá quando as pessoas se afastarem de grandes plataformas genéricas de mídia social e se envolverem mais com grupos de afinidade. Haverá um aumento de micro-influenciadores à medida que as pessoas investem mais tempo e atenção em seus próprios interesses particulares. Em outras palavras, as pessoas estão menos interessadas em uma internet genérica e muito mais orientadas para comunidades e experiências online menores e mais íntimas.

2019 já viu o fim da privacidade, não apenas em termos de inúmeras violações de dados, mas também porque percebemos que nosso comportamento online cria uma identidade distinta e reconhecível. Espera-se que 2030 também traga o fim do anonimato online, já que o anonimato é impossível em uma esfera na qual seu comportamento online é tão distinto quanto uma impressão digital. Embora o reconhecimento do fim do anonimato possa ser doloroso para alguns usuários que gostam de alterar ou assumir identidades online, isso pode significar comportamentos menos indesejáveis, como trollagem e fraudes online. Isso significa que não haverá mais revelações de choque do tipo Ashley Madison e mais comportamento cívico.

A privacidade está morta, vida longa à personalização.

"As pessoas estão menos interessadas em uma internet genérica e muito mais orientadas para comunidades e experiências online menores e mais íntimas".

Nicole Starosielski

Professora Associada de Mídia, Cultura e Comunicação da Universidade de Nova York, cuja pesquisa se concentra na distribuição global de mídia digital e a relação entre tecnologia, sociedade e ambiente aquático. Ela é autora de The Undersea Network.

Em 2030, a internet estará submersa. É verdade que grande parte da internet já está submersa – viajando através de cabos de fibra óptica que transportam quase todo o tráfego transoceânico. E os cabos ainda serão a base da internet global em 2030. Mas amplas áreas da arquitetura da internet que nunca foram submersas – cabos terrestres, data centers e escritórios de provedores de internet – serão afetados pelas mudanças climáticas. Os efeitos disso não serão simplesmente interrupções. A mudança climática e o custo econômico de mitigá-la se transformarão em conteúdo. O que já é um sistema de várias camadas se tornará ainda menos democrático ou rizomático. Quem puder pagar terá acesso a redes de backup e arquiteturas resistentes. Quem não puder, sacrificará sua privacidade e autonomia para se conectar. A base desse sistema já está em vigor. Levará apenas uma década de tempestades catastróficas para concretizá-lo completamente.

"Em 2030, a internet será debaixo d'água."

Melissa Terras

Professora do Patrimônio Cultural Digital na Universidade de Faculdade de Artes, Humanidades e Ciências Sociais de Edimburgo e Diretora do Centro de Edimburgo para Dados, Cultura e Sociedade

Conforme a internet chega aos seus 60 anos, e a World Wide Web passa dos 40 anos, os primeiros dias de ausência de regulamentação, criatividade computacional, liberdade de movimento digital e acesso igual às redes parecerão história antiga.

Aqueles que se lembram dos primórdios da World Wide Web, em grande parte, vão lembrar de uma era em que os Geocities parecerão uma terra de conto de fadas para contar aos netos. É provável que, em seu lugar, tenhamos um ambiente digital cada vez mais bloqueado, onde os usuários também entendam que todas as atividades que realizam podem e serão rastreadas e monetizadas. Como vimos nos últimos anos, a construção e a hospedagem de plataformas para armazenar conteúdo se tornarão cada vez mais complexas e, portanto, caras, resultando em um bloqueio adicional de oportunidades para o desenvolvimento de tecnologia para o bem social, se isso não estiver em conformidade com modelos dominantes de financiamento da economia capitalista de vigilância.

O que eu gostaria é que tenhamos encontrado maneiras de lidar com o pior do comportamento humano que temos visto nas mídias sociais nos últimos anos, com uma série de freios e medidas introduzidos para identificar e impedir o assédio moral e o assédio indesejados, de uma maneira que não sufoque o debate quando for bem-vindo. Eu gostaria que houvesse ferramentas de mídia social menos contundentes, sobre as quais os usuários possam assumir o controle, permitindo interações significativas. Eu gostaria que as organizações sem fins lucrativos que governam a internet recebessem mais poderes legais para intervir em questões éticas e para desafiar o domínio do grande comércio. Eu gostaria que a cultura e a história humanas tivessem igual precedência na internet para transações financeiras e que a construção de conexões humanas significativas estivesse no centro do desenvolvimento tecnológico. Eu gostaria que a experiência comunitária em rede fosse utilizada de maneiras inovadoras para enfrentar as mudanças climáticas e a crise ambiental. Eu gostaria que houvesse maior diversidade em tecnologia e seus produtos. Eu gostaria que isso fosse financiado por impostos sobre a rede no grande comércio e nos setores financeiro e de tecnologia.

Na falta disso (todas elas oportunidades que precisamos começar a explorar agora se quisermos que elas aconteçam), veremos crescentes porções da sociedade que evitariam a internet e seus caminhos invasivos: recusantes que encontram maneiras de permanecer fora da rede. Apesar dos grandes objetivos e promessas iniciais para a sociedade, a internet pode ter se consumido até 2030 e ser rebaixada para um conjunto de serviços prescritos, em vez da área de recreação e da estrutura de apoio que poderia ter sido. A WWW dos anos 90 era ótima, mas você tinha que estar lá.

"É provável que… tenhamos um ambiente digital cada vez mais bloqueado, onde os usuários também entendam que todas as atividades que realizam podem e serão rastreadas e monetizadas"

Sally Wyatt

Professora de Culturas Digitais na Maastricht University, Holanda , cujo trabalho se concentra no que as tecnologias digitais significam para que as pessoas encontram e entendem as informações de saúde e como as ciências estão mudando. Ela também é diretora do programa interdisciplinar Sociedade Digital, e co-autora de Cyber Genetics: Health Genetics and New Media

Onze anos é muito tempo na vida da internet. Se voltarmos a 2008, muitos especialistas ainda estavam defendendo que a internet só poderia trazer coisas boas – democracia para países que sofrem sob regimes autoritários, novas formas de trabalho e organização que trariam maior flexibilidade para trabalhadores e consumidores, enormes possibilidades criativas para ambos os amadores quanto os profissionais. Se voltarmos a 1997, a internet ainda era relativamente nova para os consumidores comuns, tendo sido lançada para o público geral apenas alguns anos antes. Nesse ponto, muitos governos estavam investindo na infraestrutura e estavam preocupados com a melhor forma de superar as divisões digitais que pudessem surgir.

Agora, a maioria dos especialistas reconhece que tudo é mais complicado. A internet pode ser usada por diferentes partidos e regimes políticos, nem sempre no interesse da abertura e da democracia. Muitos mais milhões de pessoas têm acesso à internet do que há 22 anos, mas nem todas a usam para se informar sobre sua saúde ou para expressar sua criatividade. Alguns o usam para fins criminosos ou como um dispositivo de procrastinação infinito.

Quem sabe como será em 2030? Alguns dias temo que viveremos em um mundo pós-apocalíptico no qual muitos dos ganhos sociais, políticos e tecnológicos do século 20 serão perdidos e que a internet terá desempenhado um papel importante na criação desse desastre. Ela terá acelerado o desastre climático por seu crescimento contínuo e pelas enormes necessidades de energia de bitcoin, inteligência artificial e big data. Também terá contribuído para o colapso da confiança entre indivíduos e entre países, através da disseminação de informações erradas e da maior qualidade das deep fakes.

Em dias mais otimistas, espero que as promessas e o potencial da internet sejam cumpridos. Mas isso não vai acontecer por conta própria. Os governos precisam levar a sério suas responsabilidades para legislar sobre o poder econômico e político de algumas empresas. Embora a internet traga novos desafios éticos e legais, já existe muita legislação que poderia ser implementada, talvez não universalmente, mas em algumas jurisdições locais, nacionais e supranacionais. Existem muitos exemplos de leis que lidam com discurso de ódio, sonegação de impostos, abuso de poder de monopólio, privacidade e direitos humanos. Mas aplicar essas leis à internet e às inúmeras atividades que ela permite exige que legisladores e cidadãos aprendam muito mais sobre como a internet funciona e o que é possível, legal e tecnicamente.

As tecnologias, incluindo a internet, refletem os valores e prioridades das sociedades em que são desenvolvidas. As sociedades possuem as tecnologias que merecem. Cabe a nós – individual e coletivamente – criar, projetar, usar e avaliar as tecnologias. Às vezes, precisamos escolher o contrário e, às vezes, até rejeitar o que está sendo oferecido.

"Alguns dias, temo que viveremos em um mundo pós-apocalíptico, no qual muitos dos ganhos sociais, políticos e tecnológicos do século 20 serão perdidos e que a Internet terá desempenhado um papel importante na promoção desse desastre".

Thomas Hazlett

Professor de Economia e diretor do Projeto Economia da Informação na Universidade de Clemson

A internet comercial com apenas vinte e cinco anos de idade já está se encaminhando para uma crise de meia-vida. A doença prematura é profunda, hormonal. Não preciso listar as pragas de gafanhotos que contamos em nosso sono inquieto. Você os conhece bem – como o Google, Facebook e a República Popular da China compartilharam comigo secretamente.

O que esperar em 2030, daqui a uma década? Eu tremo ao adivinhar, e meu primeiro passo é o contrário. Há uma década, por volta de 2010, nosso mundo estava cheio de esperança e mudança digital, clamando o triunfo da internet, recebendo um presidente americano transformador. E então, em 2000, quando o "gigante da tecnologia" foi anunciado na fusão da AOL-Time Warner, acabou a competição online como o mundo o conhecia.

Esses momentos esmagadores da história acabaram por se mostrar superestimados. Mas eu continuo firme no chute.

A internet de 2030 superará o mundo online de hoje na mesma margem em que a Netflix supera a Blockbuster. A janela da internet de ontem era um painel em cima da mesa; agora é uma tela móvel; 2030 será um sensor na sua parte favorita do corpo. Isso é: na maioria das vezes uma coisa boa. Está surgindo uma idade de ouro da saúde e exercício físico. Os dados a serem gerados por nossos corpos inteligentes nos tornarão fisicamente robustos e mentalmente saudáveis, em relação à tendência do tempo. A IA se banqueteará, não com os pequenos dados de 2020, mas com galáxias de informação em 2030.

Para chegar lá, seguiremos Tim Cook até metade do caminho. Cook ataca Mark Zuckerberg por jogar sujo e oferece uma solução: pague à Apple todo o seu dinheiro. É a imagem do Facebook onde o portão está totalmente aberto, mas você derrama suas informações ao entrar e, portanto, compartilha todos os seus pensamentos. O confronto de tais modelos, com suas barganhas rivais e curadores concorrentes, levará a uma descoberta e solução. Nossa crise de meia-idade será abraçada por uma feliz aposentadoria precoce. Espero que o futurista norte-americano Ray Kurzweil esteja lá para comemorar. E estou tomando minhas multivitaminas diariamente na esperança de um dia me juntar a ele.

"A internet de 2030 superará o mundo on-line de hoje na mesma margem em que a Netflix supera a Blockbuster".

Christian Fuchs

Professor de Estudos de Mídia e Comunicação da Universidade de Westminster, Diretor do Instituto de Comunicação e Pesquisa de Mídia e autor de 500 publicações, incluindo os livros Social Media: Uma Introdução Crítica, Demagogia Digital: Capitalismo autoritário na Era Trump e Twitter e Relendo Marx na Era do Capitalismo Digital

A internet e a sociedade interagem. A aparência da internet em 2030 depende de como a sociedade se desenvolverá. A história é a história das lutas de classes e sociais, e é por isso que o futuro não é determinado e é relativamente aberto. Tudo depende da práxis humana. O futuro da sociedade e a internet variam em um contínuo em que as distopias formam um fim e as utopias concretas outro. Estamos em uma crise que apresenta as alternativas entre a barbárie e o socialismo.

Se as tendências atuais de nacionalismo e autoritarismo continuarem e se intensificar, o futuro será guerra e fascismo. Em uma internet fascista em uma sociedade fascista, haverá constante propaganda da direita sobre plataformas de monopólio corporativo e plataformas controladas pelo Estado, o entretenimento manterá as massas apolíticas e silenciosas, não haverá democracia e liberdade de expressão, qualquer a oposição política – incluindo vozes alternativas e críticas na internet – será esmagada pela violência. Na internet fascista, há uma combinação de vigilância corporativa e estatal.

Para evitar um futuro tão distópico, os humanos precisam lutar pelo socialismo democrático. O socialismo é sempre democrático, caso contrário, não é socialista. Em uma internet socialista na sociedade socialista, encontramos plataformas de serviço público independentes do estado e das empresas, assim como cooperativas de plataforma, organizações autogerenciadas da internet que pertencem e são controladas por trabalhadores e usuários. Sob condições socialistas, há acesso igualitário à educação e desenvolvimento de habilidades e o tempo de trabalho é radicalmente reduzido para que os humanos tenham tempo, espaços e habilidades disponíveis que permitam que todos se desenvolvam como um indivíduo crítico e criativo. Esses indivíduos usarão a Internet de maneiras críticas e criativas, para que surja uma pluralidade dinâmica de novas iniciativas e projetos sociais apoiados pela comunicação presencial e mediada pela Internet.

O futuro da sociedade e da internet pode assumir qualquer forma situada no contínuo entre a barbárie e o socialismo. Em 1915, Rosa Luxemburgo escreveu que "[b] a sociedade burguesa está na encruzilhada, seja na transição para o socialismo ou na regressão à barbárie". Mais de 100 anos depois, a sociedade e a Internet estão em uma encruzilhada semelhante em tempos de crise e bifurcações.

"Se as tendências atuais de nacionalismo e autoritarismo continuarem e se intensificar, o futuro será guerra e fascismo… Na Internet fascista, há uma combinação de vigilância corporativa e estadual."

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