sábado, 18 de janeiro de 2020

Gizmodo Brasil

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Por que lentes de contato inteligentes podem não ser uma boa ideia ainda

Posted: 17 Jan 2020 02:01 PM PST

Imagine colocar uma lente de contato no seu olho e, em vez de apenas enxergar melhor, você pudesse ter uma visão aprimorada do seu ambiente. É isso que a Mojo Vision está dizendo que seu novo protótipo de lente de contato inteligente poderia fazer. Eventualmente. Parece um conceito direto de um filme de ficção científica. Mas enquanto tudo é possível na ficção, a vida real tem limitações muito reais – e há muitas perguntas que a Mojo Vision precisa responder antes que alguém se empolgue com as lentes inteligentes.

O objetivo da Mojo Vision é nobre. Seu primeiro protótipo foi projetado para ajudar pessoas com visão reduzida através de uma tela minúscula de 14.000 ppi. Ele também inclui sensores para ajudar a detectar movimento, além de um rádio para interagir com um dispositivo vestível ou smartphone.

Os relatos das demonstrações feitas na CES observam que um produto totalmente funcional pode ajudar alguém com baixa visão a enxergar no escuro. Mas ajudar a resolver uma necessidade médica não é a única coisa que a mídia tecnológica divulgou sobre esse produto específico e lentes de contato inteligentes em geral. É a ideia de um computador invisível que você coloca nos seus olhos que pode agir como um par de óculos inteligentes.

Já entramos em muitos detalhes sobre os obstáculos enfrentados por óculos inteligentes no Gizmodo, e muitos desses mesmos problemas se aplicam às lentes de contato inteligentes. Dito isto, há outro elemento para as lentes de contato que merece muito mais atenção: o fato de que as lentes precisam ficar diretamente no seu olho. Isso tem implicações importantes para a saúde. Pergunte a qualquer amigo que usa lentes de contato e você provavelmente vai descobrir que conhece alguém que tem dificuldades em tirá-las todas as noites ou garantir que elas sejam desinfetadas adequadamente. Higiene à parte, agora há muitas perguntas no campo dos vestíveis sobre a eficácia desses aparelhos como dispositivos médicos.

O protótipo da Mojo Vision é uma lente escleral rígida, que não é a mesma que a lente macia com a qual você provavelmente está familiarizado. É um tipo especial de lente de contato que repousa na esclera, a parte branca do olho, e é usada para tratar várias condições oculares. A Mojo Vision disse ao Gizmodo por e-mail que um dos motivos pelos quais eles escolheram uma lente escleral é que “toca menos nervos e é muito confortável porque é adaptado à forma do seu olho”. Ela também oferece uma estabilidade que uma lente macia não tem. Outro benefício: as lentes duras não são descartáveis ​​da mesma forma que as lentes macias, o que é bom se você decidir investir em uma tecnologia cara.

Também é útil se você tem visão reduzida. Mas, para as pessoas comuns e saudáveis, não é tão simples, conveniente ou fácil como você imagina para uma substituição futurista do Google Glass.

“As lentes esclerais são dispositivos médicos incríveis que são usados ​​para pacientes com doenças da córnea, astigmatismo irregular ou olho seco severo”, disse ao Gizmodo Suzanne Sherman, professora assistente de ciências oftalmológicas da Columbia University Medical Center. "Embora sejam dispositivos incríveis, eles podem ser um incômodo. Você precisa de uma certa solução – salina – para ser colocada nas lentes. Você precisa de certos produtos para cuidar delas. É mais desafiador colocar".

Sherman continuou explicando que as lentes esclerais são uma ferramenta médica valiosa, mas não é provável que uma pessoa comum as prefira. Além de exigir um certo nível de habilidade para inserir ou remover, elas também devem estar adequadamente ajustadas ou o paciente pode enfrentar alguns problemas sérios. Se você for um dos primeiros a adotar a tecnologia, pode presumir que poderia ir a uma farmácia e comprar uma solução multiuso para suas lentes inteligentes. Mas a realidade é que usar a solução errada pode resultar em uma reação tóxica.

Além disso, as lentes esclerais precisam ser manuseadas com delicadeza. Os pacientes só podem usá-las por um número limitado de horas por dia. As lentes também precisam ter o mais alto nível de permeabilidade ao oxigênio e não devem complicar cirurgias anteriores. Você também teria que visitar seu oftalmologista regularmente para garantir que tudo está indo bem e nada piorando. É uma grande questão para os consumidores que, em geral, já disseram às empresas de tecnologia com suas carteiras que ainda não precisam de algo como óculos inteligentes.

Existem outras preocupações com lentes de contato inteligentes. No caso da Mojo Lens, é realmente sensato ter um dispositivo projetando luz diretamente nos seus olhos por um longo período de tempo? É difícil dizer porque o Mojo ainda não possui um protótipo funcional. Provavelmente, é um fator que a startup está considerando ao desenvolver seu produto. O Dr. Sherman observou que existem precauções sobre quanta luz direta deve ser refletida nos olhos. Por exemplo, você deve tomar cuidado com ferramentas como lasers, mas também luz natural e luz artificial de telas. Até o sol pode causar danos permanentes se você ficar olhando por muito tempo. Já foram realizados estudos rigorosos sobre como as projeções de realidade aumentada de óculos inteligentes e lentes de contato inteligentes podem impactar a visão ao longo do tempo? Provavelmente não, considerando o quão incipiente é a tecnologia. (Mas deveriam ser feitos antes de um consumidor colocar um dispositivo desses nos olhos.)

A questão do calor também levanta algumas preocupações. A Mojo Lens claramente possui um componente de bateria – afinal, a empresa diz que você precisa carregar e desinfetar as lentes todas as noites. Baterias significam calor. As lentes também vão se carregar via indução sem fio e, se você já usou carregadores de indução sem fio…sabe que os produtos podem esquentar. Nessa frente, a Mojo Vision diz que sua potência alvo para a lente é de 1 miliwatt e que o impacto térmico ou de aquecimento deve ser mínimo. A empresa também afirma que pretende trabalhar dentro das diretrizes da FDA para garantir que o dispositivo atenda aos limites térmicos para dispositivos implantáveis ​​ou próximos ao corpo.

Mas isso não responde a questão de higiene das lentes de contato. A maioria dos amigos que conheço e alguns dos funcionários do Gizmodo que entrevistei são o pior pesadelo de um oftalmologista quando se trata de cuidados com lentes de contato. E, embora seja realmente responsabilidade de cada indivíduo ser diligente sobre como trata seus olhos, também é fácil se viciar em tecnologia e no fluxo interminável de informações. Também é fácil usar atalhos quando se trata de desinfetar adequadamente as lentes de contato da maneira que os oftalmologistas recomendam. E como você pode dormir com lentes macias e ficar bem com elas por um longo período de tempo, muitas pessoas – embora não todas – foram levadas a uma falsa sensação de complacência. Parte desse problema é que é fácil esquecer que seu olho é um órgão.

“Você não teria um dispositivo à venda no mercado para envolver seu fígado, seu coração ou outros órgãos apenas por diversão”, disse Sherman. "Muitas vezes esquecemos que a visão é uma coisa incrível, mas temos que ter cuidado. Esquecemos que as lentes de contato são um dispositivo médico. Se o seu cardiologista disser: ‘Use este dispositivo por 12 horas no máximo, não mais’, você não o utilizará por 15 horas. Mas com os olhos, as pessoas fazem".

Embora os óculos inteligentes apresentem uma questão cultural única no que diz respeito à privacidade, o fato de que eles são bastante visíveis e facilmente removíveis pode ser uma razão pela qual eles são preferíveis às lentes inteligentes. "Esse [Mojo Lens] soa como um produto incrível, e se não houvesse risco – como no Google Glass em que você o coloca e ele não tocava nos seus olhos – seria incrível", disse Sherman. “Mas há muito mais risco no uso de lentes de contato do que a maioria das pessoas imagina ou quer reconhecer.”

Isso não quer dizer que não exista nenhum caso de uso para uma lente de contato inteligente. A Mojo Vision tem razão em tentar descobrir uma maneira pela qual a tecnologia possa ajudar pacientes com baixa visão. Mas isso é, novamente, uma necessidade médica. Nesse caso, os benefícios são claros. Mas para os consumidores do mercado de massa?

Idealmente, a Mojo Vision – e empresas com ideias semelhantes – deveria investir na realização de estudos clínicos rigorosos com a FDA [órgão americano análogo à Anvisa], órgãos reguladores e a comunidade médica. Em um e-mail, a Mojo Vision observou que possui três optometristas na equipe e está em parceria com especialistas do setor em optometria, oftalmologia, ciência de baixa visão, software médico, testes clínicos e aprovação regulatória. No entanto, a empresa observou que, no momento, é muito cedo para comentar ou fornecer qualquer informação sobre um prazo para estudos e ensaios de viabilidade – algo que parece uma bandeira vermelha, dados vários relatos afirmando que a Mojo Vision espera ter algo pronto nos próximos dois anos.

Caso contrário, esse ainda pode ser outro caso da tecnologia se movendo rapidamente enquanto a medicina se move lentamente – um problema que afeta muito a tecnologia vestível que espera servir como dispositivos médicos (outro exemplo: o Withings Move ECG). Obstáculos tecnológicos à parte, no entanto, pode ser bom para os consumidores saudáveis ​​realmente pensar se a promessa de lentes de contato inteligentes vale os possíveis riscos e incertezas.

“Os benefícios precisam superar os riscos”, disse Sherman. “Para uma pessoa saudável média, não acho que os benefícios superem os riscos”.

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Marca Pocophone se torna independente da Xiaomi

Posted: 17 Jan 2020 01:09 PM PST

Um dos modelos mais populares da Xiaomi foi o Pocophone F1, lançado em 2018 e que chamou a atenção de muita gente pelas especificações parrudas a um preço competitivo. O sucesso do aparelho foi tanto que a companhia chinesa decidiu criar uma marca independente chamada “POCO”.

Segundo o Android Authority, que recebeu um comunicado de imprensa da Xiaomi, a Poco terá identidade própria, um time próprio para tomada de decisões e marketing independente.

O Pocophone F1, inclusive, foi um dos primeiros escolhidos pela importadora DL para a estreia no Brasil. O modelo chegou por aqui em março de 2019 custando a partir de R$ 2.999.

“O que começou como uma sub-marca com o Poco cresceu com sua própria identidade em um curto período de tempo. Poco F1 é um celular muito popular entre diferentes grupos de usuários, e permanece um competidor em sua categoria mesmo em 2020. Sentimos que é a hora certa para deixar que POCO opere sozinha”, disse o vice-presidente da Xiaomi e diretor de gerência para Índia, Manu Jain, em um comunicado.

A marca Redmi também se tornou independente, em 2018, mas o modelo para a POCO é diferente. A Xiaomi provavelmente não terá nenhuma ligação com a nova marca, enquanto a Redmi continua sob o guarda-chuva da fabricante chinesa. O Android Authority diz que a empresa não quis divulgar mais detalhes sobre a empreitada.

Por enquanto, isso significa que poderemos ver um novo Pocophone em breve. O Gizmodo Brasil entrou em contato com a DL para saber se a empresa pretende fechar algum acordo comercial com a POCO. O post será atualizado se obtivermos respostas.

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Como o YouTube está lucrando com desinformação sobre mudanças climáticas

Posted: 17 Jan 2020 11:53 AM PST

Se você procurar vídeos sobre mudanças climáticas no YouTube, poderá encontrar um do PragerU chamado "O que eles não nos disseram sobre mudanças climáticas". No vídeo, um consultor de energia canadense chamado Patrick Moore afirma que o mundo não ficou significativamente mais quente no século 21 (o que não é verdade) e que não há uma forte correlação entre as temperaturas globais e os níveis de dióxido de carbono (também obviamente falso). Moore, um infame negador de mudanças climáticas, é apresentado como cofundador do Greenpeace, o que também não é verdade!

No entanto, o YouTube está promovendo esse vídeo com seu algoritmo de recomendação e exibindo anúncios do Greenpeace. E embora esse seja um exemplo flagrante de desinformação sendo divulgada, dificilmente é a única negação climática que o YouTube está promovendo e lucrando com isso.

Um novo estudo da Avaaz, organização sem fins lucrativos de direitos humanos, descobriu que o YouTube tem “promovido ativamente” vídeos que disseminam ideias de negação das mudanças climáticas e colocado anúncios neles. O grupo pesquisou os termos “mudança climática”, "aquecimento global” e “manipulação climática”, concentrando-se especificamente no conteúdo sugerido pelo YouTube em sua barra de sugestões e no recurso "Próximo”. Ao todo, foram encontrados 5.537 vídeos que negam as mudanças climáticas. Juntos, os vídeos tiveram 21,1 milhões de visualizações.

Nesses vídeos, a Avaaz encontrou anúncios de 108 marcas, incluindo grandes como Samsung e L’Oréal. Um em cada cinco desses anúncios era de marcas ambientais ou “éticas”, como o Greenpeace, o World Wildlife Fund e o Save the Children. Isso significa que o YouTube está lucrando com a negação das mudanças climáticas e, por meio de seu programa de parceria com criadores, garantindo que os negadores também recebam parte do lucro.

Não é de se surpreender que uma empresa de US$ 160 bilhões esteja ganhando dinheiro de maneiras perversas. Afinal, não há realmente nenhuma maneira de ganhar tanto dinheiro de forma ética. Mas no atual momento da crise climática, essa situação é especialmente assustadora.

Com a baixa confiança na mídia de massa (o que é totalmente justo), mais pessoas estão recorrendo a recursos como o YouTube para obter suas informações. De acordo com uma pesquisa do Pew Research divulgada no mês passado, 28% dos adultos nos EUA obtêm suas notícias a partir da plataforma. E embora a maioria dos usuários do YouTube tenha dito que, pelo menos ocasionalmente, se depara com desinformação óbvia no site, algumas das desinformações que a Avaaz encontrou podem não ser tão  óbvias.

Esse vídeo do PragerU é um exemplo. Ele é apresentado por um velho, branco, vestindo um blazer. Tem fontes simples e gráficos simples. Se você ainda não sabe que o PragerU é na verdade uma fonte monstruosa de desinformação de direita, você pode facilmente confundi-lo com algo de uma universidade real e confiável (é isso que o “U” significa, apesar de o PragerU não ser uma universidade credenciada ou oferecer qualquer tipo de aula). Eu entenderia se alguém não percebesse o quão errado os vídeos são.

Essa está longe de ser a primeira vez que o YouTube tem sido criticado por deixar desinformação se espalhar por sua plataforma. No ano passado, um estudo descobriu que menos da metade dos vídeos encontrados pesquisando termos relacionados à ciência climática e engenharia geográfica representavam o consenso científico.

Há um ano, o YouTube disse que iria parar de promover conteúdos “duvidosos”. Pouco depois, eles disseram em um documento que vão "começar a evitar que os nossos sistemas ofereçam conteúdo que possa desinformar os usuários de forma prejudicial, particularmente em assuntos que dependem de veracidade, como ciência, medicina, notícias, ou eventos históricos". O estudo da Avaaz mostra que, se eles realmente querem aderir a isso, têm muito mais trabalho a fazer nessa frente. Porque mais uma vez, apesar do que esses vídeos promovidos dizem, o mundo está ficando muito mais quente, e há consenso científico de que isso é por causa de gases de efeito estufa.

O Gizmodo procurou o YouTube para comentar, mas a empresa não estava disponível para responder imediatamente. Em uma declaração pública, a companhia disse que os anunciantes podem “optar por excluir conteúdo que não se alinha com sua marca” e que “investiram significativamente na redução de recomendações de conteúdo duvidoso e desinformação prejudicial, além de promover vozes de autoridades no YouTube”.

Isso pode ser um pouco complicado, porque não são apenas os vídeos periféricos do YouTube que sustentam visualizações incorretas sobre as mudanças climáticas. Um dos vídeos destacados no estudo da Avaaz é da Fox News, que inclui "desinformação prejudicial". Mas a Fox é considerada mídia convencional, não "conteúdo duvidoso", apesar de várias histórias e vídeos questionáveis.

Mas a Avaaz não está pedindo ao YouTube para se livrar de todos os vídeos que negam as mudanças climáticas em sua plataforma. Eles estão apenas pedindo para priorizar vídeos que não contêm muitas mentiras sobre a maior ameaça que a humanidade já enfrentou. É o mínimo que o YouTube pode fazer, mesmo que custe à empresa algum dinheiro. Tenho certeza que o YouTube pode pagar.

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Seis filmes de época para você mergulhar no passado

Posted: 17 Jan 2020 10:35 AM PST

Assistir filmes de época é como entrar em uma máquina do tempo rumo à eras passadas. Comportamentos, figurinos, cenários, disputas políticas e sociais. Basicamente, um retrato de como funcionava a sociedade em períodos que ajudaram a construir todas as nossas concepções contemporâneas. É rico e interessante. Normalmente, são obras em que a fotografia se destaca e os diálogos remetem a um dicionário não mais convencional aos dias atuais.

Pensando nisso, em parceria com o Telecine, separamos algumas indicações para você que gosta de consumir experiências que remetem à outras épocas. Confira!

A favorita

Na Inglaterra do século XVIII, Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough, exerce sua influência na corte como confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Anne. Seu posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail, nova criada que logo se torna a queridinha da majestade e agarra com unhas e dentes à essa oportunidade apresentada.

A Favorita gira em torno de três grandes mulheres. A primeira delas, a rainha Anne, encarnada exemplarmente como uma figura infantilizada, é inclinada a terceirizar suas responsabilidades de monarca. Sua melhor amiga e conselheira, Sarah, geralmente serve de interlocutora entre ela e seus membros de conselho, então em polvorosa por conta de uma guerra contra a França. Já Abigail, ascende rapidamente das humilhações da cozinha aos salões em que são tomadas decisões capitais. Logo é estabelecido um triângulo, com a confidente e a novata digladiando-se pela atenção da mais alta autoridade da Inglaterra. 

Duas rainhas

Mary, ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Elizabeth I, a Rainha da Inglaterra. 

O filme ressoa bastante para uma mulher, pois, ao longo dele, há uma fúria e um cansaço crescente em relação aos homens que tentam controlar essas duas figuras históricas. Por conta da atuação das protagonistas e a influência da diretora teatral Josie Rourke, Duas Rainhas tem qualidade e impacto expressivo. As influências shakespearianas da realizadora são gritantes tanto no figurino quanto no modo calculado que, por exemplo a personagem de Elizabeth se porta.

O conto dos contos

No reino de Longtrellis, o rei e a rainha vivem com uma frustração, já que não podem ter filhos. Em busca de uma solução, eles entram em contato com um mago, que oferece uma receita: é preciso capturar o coração de um monstro marinho e fazer com que uma virgem o cozinhe, sem que alguém esteja por perto. Entretanto, ele faz um alerta: toda vida criada exige uma perda, para que o equilíbrio seja mantido.

O filme prima pela exuberância visual, já que nele até mesmo as criaturas mais abjetas reforçam, por contraposição, a beleza envolvente. O Conto dos Contos não é constituído de fábulas inocentes. Mesmo almejando invariavelmente a beleza, não se furta de expor o lado feio dessa terra habitada por aristocratas, plebeus, magos, monstros e toda sorte de criaturas que reagem umas às outras.

O Homem da Máscara de Ferro

No século XVII, o desinteressado e cruel Luís XIV manda clandestinamente para a masmorra, para não tomar o seu poder, seu irmão gêmeo, mas o mosqueteiro Aramis descobre o segredo e convence seus companheiros a salvar o prisioneiro. Só este ato de misericórdia pode ajudá-los a realizar o sonho de voltar a servir um grande rei. Fazem-no pelo reino – para que volte a ser como antes – e por cada um deles. Um por todos e todos por um.

Os personagens realmente existiram, inclusive o tal homem da máscara, mas nunca ficou provado que se tratava de um irmão gêmeo do rei. O caso realmente é um grande mistério na França, e o escritor Alexandre Dumas aproveitou essa hipótese, para escrever o romance.

Madame Bovary

O romance, adaptado da obra de Gustave Flaubert em 1857, conta a história de Emma, uma pequeno-burguesa sonhadora criada no campo, que baseia sua vida em obras da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um entediante médico interiorano, mas se sente presa ao matrimônio. Ela dá início a uma relação extraconjugal para tentar se promover na sociedade e melhorar seu status social. Porém, suas atitudes levam-na ao oposto deu seus objetivos.

Madame Bovary já ganhou inúmeras adaptações, incluindo uma versão de 1993 assinada por Jean Renoir, outra de 1949 do diretor Vincente Minnelli, a adaptação de Claude Chabrol de 1991 e, mais recentemente, uma versão para a TV inglesa estrelada por Frances O’Connor em 2000. A direção agora é de Sophie Barthes.

Anna Karenina

No século XIX, Anna Karenina é casada com Alexei Karenin, um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky, que passa a cortejá-la. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles.

A ideia de levar uma nova abordagem à adaptação do clássico de Liev Tolstói veio da leitura de Natasha’s Dance, em que Orlando Figes descreve a aristocracia russa como “pessoas vivendo em cima de um palco, onde tudo era encenado”. O diretor Joe Wright tomou para si o conceito e decidiu transformar a metáfora para exageros sociais no fio condutor do seu filme.

Este conteúdo é apresentado pelo Telecine, única plataforma dedicada exclusivamente a filmes. E vale lembrar que agora o Telecine é bem mais do que canais na sua televisão. Ele é também streaming para você assistir ao filme que quiser, pelo dispositivo que quiser e onde quiser.  Ao todo, o catálogo é formado por mais de 2.000 títulos, dos clássicos aos lançamentos saídos do cinema. Conheça os planos disponíveis e assine já!

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Facebook desiste (por enquanto) de colocar propaganda no WhatsApp

Posted: 17 Jan 2020 09:44 AM PST

Ícones dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp e Telegram no iOS

Os planos do Facebook para colocar propagandas no WhatsApp foram suspensos, de acordo com informações do Wall Street Journal. No lugar deles, a gigante das mídias sociais vai investir em ganhar dinheiro com o aplicativo de mensagens por meio de recursos de atendimento ao cliente e vendas para empresas e negócios.

Segundo o WSJ, a equipe dedicada a esse projeto foi desfeita pelo Facebook, e os códigos criados por esse time foram removidos do WhatsApp. A reportagem, porém, diz que os planos foram suspensos, mas não descartados, e que poderemos ver propagandas no Status (como é chamada a versão do WhatsApp para os Stories do Instagram) em algum momento.

Como lembra o Engadget, os fundadores do app tinha opiniões bastante fortes e contundentes contra a propaganda — tanto que eles saíram da empresa entre 2017 e 2018.

Em um post de 2012 — dois anos antes da venda para o Facebook, portanto — eles criticam duramente o modelo de negócio baseado em anúncios, chegando inclusive a chamá-los de insultos à inteligência. Vale lembrar que o WhatsApp não era gratuito — ele custava US$ 1 por ano no Android e US$ 1 no momento da compra no iOS.

Em vez de propagandas, segundo o WSJ, a aposta do Facebook para ganhar dinheiro com o WhatsApp é apostar na plataforma como canal de vendas e atendimento ao cliente para empresas.

O WhatsApp Business, lançado em 2018, vai nesse sentido. Ele oferece um serviço de atendimento ao cliente que é gratuito para usar, mas cobra caso a companhia demore mais de 24 horas para responder seu consumidor. Essa parece ser uma estratégia esperta para consagrar o WhatsApp como canal mais rápido para conseguir ter sua reclamação atendida e mudar o modelo de cobranças mais adiante.

Mais recentemente, o aplicativo também ganhou o recurso de catálogo, que é bem útil para pequenos empreendedores que vendem produtos usando o WhatsApp.

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O Huawei P40 deve ser bastante inspirado no Galaxy S10

Posted: 17 Jan 2020 08:00 AM PST

Huawei P40

O celular da foto acima te lembra algum outro aparelho? É bem verdade que os smartphones estão bastante parecidos uns com os outros, mas é sempre curioso quando vemos essas semelhanças. Em um vazamento do Evan Blass (@evleaks), fonte que costuma antecipar tudo quanto é lançamento, o Huawei P40 parece ser bastante inspirado no Samsung Galaxy S10+ na parte frontal.

O “buraco” para a dupla de sensores para selfies, o formato de tela que vai ao redor da borda e a parte inferior do novo topo de linha da Huawei lembra bastante o modelo da Samsung. A diferença é que as câmeras estão posicionadas na esquerda, em vez da direita — afinal, trata-se de uma marca chinesa.

Smartphone Galaxy S10 PlusEste é o Galaxy S10+. Parecido, né? Imagem: Alessandro Feitosa Jr/Gizmodo

A parte traseira não tem tantas semelhanças, já que o módulo com cinco lentes tem posicionamento distinto do modelo da Samsung, mas parece que o material utilizado no acabamento será similar. Falando nisso, a Huawei — que tem investido em conjuntos poderosos para as suas câmeras — parece ter exagerado: aparentemente, as lentes vão ao equivalente de lentes fotográficas de 18mm a 240mm.

É um alcance de zoom considerável, indo de uma grande angular a um zoom óptico de 13x, aproximadamente, como aponta o Verge.

A imagem vazada do aparelho de lado mostra que a protuberância para abrigar esse monte de câmeras é considerável. Os botões do celular parecem estar todos do lado direito e há uma porta USB-C na parte inferior.

Os últimos lançamentos da linha P da Huawei aconteceram em Paris, no mês de março. Se a companhia mantiver a tradição, não deve demorar muito para vermos os primeiros teasers oficiais e convites para o lançamento.

A situação comercial e diplomática entre a Huawei e os EUA continua complicada e a empresa deve lançar o smartphone sem suporte para serviços do Google — portanto, sem aplicativos como YouTube, Gmail, Google Maps, entre outros.

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Vírus misterioso que surgiu na China chega a outros países da Ásia

Posted: 17 Jan 2020 07:18 AM PST

Equipe de Resposta a Emergências de Higiene de Wuhan ao sair do Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, na cidade de Wuhan, em Hubei, China, no dia 11 de janeiro de 2020

Autoridades de saúde na Tailândia e Japão anunciaram que um novo vírus estranho, que já matou duas pessoas e adoeceu dezenas outras na China, apareceu em seus territórios. O vírus, conhecido como 2019-nCoV, foi identificado originalmente em Wuhan, na China, no fim de dezembro e ainda há questões sobre sua transmissão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Autoridades na Tailândia identificaram o novo vírus no país no dia 13 de janeiro e anunciaram um segundo caso nesta sexta-feira (17). Já as autoridades de saúde na Japão anunciaram o primeiro caso da doença misteriosa na quinta-feira (16), destacando que um homem em seus 30 anos tinha sido diagnosticado com o vírus antes de melhorar o suficiente para ter alta do hospital no dia 15 de janeiro.

A doença é um coronavírus, parte de uma grande família de vírus que pode causar sintomas que vão desde uma constipação comum até à síndrome respiratória aguda grave, mais comumente conhecida como SARS.

O novo 2019-nCoV apresenta-se como tendo sintomas semelhantes aos da pneumonia e 41 pessoas testaram positivo para o vírus até agora, com cinco pessoas ainda em estado crítico de “infecções graves“.

As autoridades de saúde acreditam que o novo vírus só pode ser transmitido de animais para humanos e que o Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, em Wuhan, que vende animais vivos, pode ser o culpado. E embora ainda não tenha havido confirmação de transmissão de humano para humano, os novos pacientes na Tailândia e no Japão não visitaram esse mercado em particular.

“Considerando os padrões globais de viagens, é provável que haja casos adicionais em outros países”, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma declaração publicada nesta quinta-feira.

A primeira morte de 2019-nCoV foi registrada no dia 9 de janeiro, após um homem de 61 anos de idade em Wuhan ter contraído a doença. A segunda morte na China foi relatada nesta quinta-feira — um homem de 69 anos de idade também em Wuhan, que se descobriu ter graves danos a múltiplos órgãos e tuberculose pulmonar.

No Japão, os sintomas de um homem começaram em 3 de janeiro, enquanto ele viajava em Wuhan. O homem que não foi identificado viajou de volta ao Japão no dia 6 de janeiro e foi hospitalizado ao retornar da China, de acordo com o New York Times.

As autoridades sanitárias estão preocupadas com o seu caso, já que ele não visitou nenhum mercado com animais vivos, embora tenha tido contato próximo com outros pacientes com pneumonia, de acordo com o Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas (CIDRAP) da Universidade de Minnesota.

O vírus apareceu na Tailândia depois que uma chinesa de 61 anos, de Wuhan, visitou o país, segundo o Ministério de Saúde Pública da Tailândia. A mulher não visitou o mercado de frutos do mar em Wuhan, mas visitou um mercado diferente que pode ter tido animais vivos.

As preocupações com o novo vírus devem ser menores se ele não puder ser transmitido de pessoa para pessoa. Se a doença passar somente de animal para humano, existem precauções relativamente simples que podem ser tomadas para que ela não se espalhe. O Huanan Seafood Market foi fechado e limpo no dia 1º de janeiro, apenas um dia após a potencial ligação ter sido descoberta em 31 de dezembro. Desde então, o mercado reabriu.

Viajantes passam por um scanner térmico durante a chegada ao aeroporto de Narita, em 17 de janeiro de 2020, no, JapãoViajantes passam por um scanner térmico durante a chegada ao aeroporto de Narita, em 17 de janeiro de 2020, no, Japão. Foto: Getty Images

Alguns aeroportos como o de Narita, no Japão, estão fazendo exames térmicos de passageiros para detectar qualquer pessoa que apresente febre. E uma equipe do Centro Alemão de Pesquisa de Infecções em Berlim desenvolveu um novo teste de laboratório para 2019-nCoV que foi publicado ontem pela OMS.

“Agora que esse teste de diagnóstico está amplamente disponível, espero que não demore muito até que sejamos capazes de diagnosticar de forma confiável os casos suspeitos. Isto também ajudará os cientistas a entender se o vírus é capaz de se espalhar de humano para humano”, disse o professor Christian Drosten em um comunicado. “Este é um passo importante na nossa luta contra esse novo vírus”.

O professor Drosten fazia parte da equipe por trás do teste do vírus Zika que se tornou o padrão mundial.

“O fato de que alguns casos não parecem estar ligados ao mercado de frutos do mar de Huanan significa que não podemos excluir a possibilidade de transmissão limitada de humano para humano”, disse a OMS em um tuíte no início desta semana.

“Ainda estamos nos estágios iniciais de compreensão deste novo vírus, de onde ele veio e como ele afeta as pessoas”. Ainda há muitas incógnitas, e a situação pode continuar a evoluir”.

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Galaxy Fold chega ao Brasil custando R$ 12.999

Posted: 17 Jan 2020 06:02 AM PST

Após uma estreia internacional conturbada, o Galaxy Fold da Samsung se preparou para um relançamento e agora chega ao Brasil custando R$12.999. O anúncio foi feito na quinta-feira (16), quando a empresa apresentou o aparelho, que é o primeiro dobrável a desembarcar por aqui.

Como já era de se esperar pelas especificações, o Galaxy Fold não é para o bolso de qualquer um. Para fazer valer todo esse investimento, a Samsung diz que vai oferecer um "serviço premium" para quem comprar o aparelho. Isso significa que esses clientes terão um serviço de atendimento exclusivo, com especialistas disponíveis 24 horas por dia, além de fila expressa em assistências técnicas, serviço de retirada e entrega do aparelho quando precisar de reparos e um Fold reserva durante o período em que estiver na assistência técnica.

Oficialmente, as vendas começam em 22 de janeiro, às 21h, mas os ansiosos já podem realizar um pré-registro no site da Samsung a partir desta sexta-feira (17) ou ver o aparelho de perto nas lojas físicas da marca. Aqui no Brasil, o Galaxy Fold estará disponível apenas na cor preta.

Durante o evento de lançamento, a Samsung também revelou alguns números sobre a receptividade do aparelho no exterior. Segundo a empresa, já foram vendidas 400 mil unidades nos países em que o Galaxy Fold foi lançado. Além disso, os dados internos da companhia mostram que 80% do uso do aparelho concentra-se no display maior (quando a tela está "desdobrada") e apenas 20% na tela menor, sendo que cada usuário abre o smartphone 44 vezes por dia, em média.

Características do Galaxy Fold

Para começar, o Galaxy Fold aberto tem 7,3 polegadas; fechado ele conta com um display de 4,6 polegadas.

Ele tem um processador octa-core Snapdragon 855 da Qualcomm, 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento — companhia sul-coreana ressalta que este é o primeiro telefone com UFS 3.0, o que deve oferecer altas velocidades para abertura de apps e downloads.

Um telefone com super especificações também vem com um monte de câmeras. A Samsung equipou o Galaxy Fold com SEIS: três na traseira (16 MP, 12 MP e 12 MP), duas na lateral (10 MP e 8 MP) e uma na frente (10 MP).

Fora isso, o dispositivo conta com um sensor de impressão digital na lateral e uma bateria de 4.380 mAh, que é divida entre os dois módulos do smartphone. O alto-falante, como os outros aparelhos topo de linha da marca, é da AKG. Os fones de ouvido dele são os Galaxy Buds.

Uma ressalva é que ele ainda roda o Android 9, enquanto outros modelos, como o Galaxy S10 Lite e Galaxy Note 10 Lite, já estão no Android 10.

[TechTudo, Samsung]

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Alphabet, a dona do Google, passa a fazer parte do rol de empresas que valem US$ 1 trilhão

Posted: 17 Jan 2020 05:04 AM PST

Funcionários do Google em protesto

A Alphabet, subsidiária dona do Google, dormiu na quinta-feira (16) como uma empresa que vale mais de US$ 1 trilhão. Das grandes, a companhia era a única que não tinha atingido esta marca, que conta com empresas como Apple, Amazon e Microsoft.

Como pontua o Guardian, as ações da companhia de Wall Street tiveram alta nesta quinta-feira fazendo com que cada ação valesse US$ 1.450,16 — em 2004, quando fez sua abertura de capital na bolsa, a ação da companhia valia US$ 85. No fim das contas, ao multiplicar isso pela quantidade de shares, a Alphabet conseguiu entrar no rol de empresas trilionárias.

A notícia em si mostra que a empresa parece ser uma boa alternativa para os investidores.

Fora isso, o anúncio vem um mês após o comunicado de que os dois fundadores da companhia deixarão as atividades do dia a dia com Sundar Pichai, que é CEO do Google e acumulará a função de CEO da Alphabet.

O New York Times nota que com o tempo o Google, a principal empresa do grupo, passou a exibir mais propagandas na busca, retirou dinheiro de empresas como o YouTube e investiu em seu negócio de computação na nuvem, o Google Cloud.

O marco de US$ 1 trilhão também vem com o escrutínio comum de quem fica grande demais. A empresa tem sido alvo de reguladores, sobretudo na Europa, devido ao seu domínio em diferentes áreas, pela forma como lida com dados dos usuários e por polêmicas relacionadas à desinformação e discurso de ódio em suas plataformas. Sem contar que internamente a companhia teve que começar a lidar com a insatisfação de funcionários por causa de projetos ligados a governos e de uma possível versão censurada da busca do Google para funcionar na China.

Apesar de ter o Google como a principal empresa da subsidiária, a Alphabet atua em diversos setores. Com a DeepMind, o foco é em inteligência artificial; enquanto a Sidewalk Labs tem iniciativas no ramo de cidades inteligentes. No setor de ciência tem ainda a Verily, e o Google Fiber, que fornece acesso à internet ultrarrápida em algumas cidades dos EUA.

Agora, resta saber quanto tempo a empresa manterá este valor de US$ 1 trilhão. Como o mercado de ações varia a toda hora, pode ser que a empresa tenha redução ou cresça ainda mais. A Amazon, por exemplo, chegou a US$ 1 trilhão em setembro de 2018, mas atualmente está com valor de mercado na casa dos US$ 940 bilhões.

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Hubble detecta aglomerados de matéria escura observando distorção na luz de objetos distantes

Posted: 17 Jan 2020 04:43 AM PST

Cientistas que usam o Telescópio Espacial Hubble descobriram evidências de pequenos aglomerados de matéria escura distorcendo a luz de quasares distantes.

Antes de mais nada, o que é a matéria escura? A matéria regular, ao que parece, forma apenas uma pequena parte do universo. Uma porção bem maior parece ser material “escuro”, que influencia a matéria regular via gravidade, mas, até agora, ninguém foi capaz de detectá-lo diretamente.

A teoria mais amplamente aceita para explicar a matéria escura sugere que é uma partícula de movimento lento que pode formar aglomerados no universo. Novas observações do Hubble fornecem evidências dos menores aglomerados de todos os tempos, o que, se tudo der certo, levará adiante a busca dos cientistas pelo material misterioso.

Há décadas, os pesquisadores estão cientes de várias discrepâncias entre o comportamento observado dos objetos e o que era previsto pela teoria. Essas discrepâncias poderiam ser corrigidas com uma fonte de massa não observada.

Isso levou a uma teoria predominante que incluía uma matéria escura "fria" ou de movimento lento (versus matéria escura rápida e "quente") e também a várias pesquisas usando telescópios, coletores de partículas e detectores de partículas sensíveis para encontrar a identidade dessa massa. A matéria escura e fria deve se agrupar em escalas muito menores que uma galáxia, mas os cientistas não haviam encontrado evidências desses aglomerados — até agora.

A busca por aglomerados se baseia em um conceito chamado lente gravitacional. A massa distorce a forma do próprio espaço-tempo. Por isso, os cientistas podem procurar fontes de massa recorrendo a alterações na aparência de uma luz de fundo distante.

Essa distorção pode fazer com que objetos brilhantes apareçam como várias cópias no céu noturno. Os cientistas Leonidas Moustakas e Ben Metcalf, no início dos anos 2000, desenvolveram um método no qual eles focavam em determinados objetos. Uma galáxia no meio do caminho distorcia a luz e criava um “quad”, como eles chamaram o conjunto de quatro imagens replicadas da fonte de luz de fundo. Geralmente, essa fonte é um objeto distante e brilhante chamado quasar.

Porém, objetos menores, como aglomerados de matéria escura, também podem alterar o brilho das imagens. A comparação de cada uma das quatro imagens permite que os pesquisadores determinem se existem halos ou aglomerados menores de matéria escura no caminho.

Mas as observações passadas tinham um problema: outros objetos de luz também podiam causar distorções e criar um sinal que imitava a matéria escura. Esse efeito é chamado microlente.

A cientista Anna Nierenberg, que agora trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato da CalTech, percebeu que os quasares liberam um tipo de radiação chamada “emissão de linha estreita nuclear” que não é afetada por microlentes e que o Hubble seria capaz de detectar essa emissão.

Ela e sua equipe apresentaram uma proposta para estudar essas emissões pela primeira vez em 2014, quando ela ainda era uma estudante de graduação. Após uma longa espera, que incluiu aquisição de dados e análise em oito desses “quads”, eles divulgaram seus resultados em um artigo no periódico Monthly Notices, da Royal Astronomical Society.

“É uma grande validação para mim enquanto cientista no início da carreira”, disse Nierenberg ao Gizmodo. Ela também contou que ficou animada por sua proposta ter sido selecionada e por ter durante algum tempo o poder de escolher para onde o Hubble deveria apontar.

Um segundo artigo no mesmo periódico, liderado por Daniel Gilman, da UCLA, argumenta que os dados concordam melhor com modelos de matéria escura fria que incluem aglomeração do que com modelos sem aglomeração.

Os menores aglomerados que produziriam os efeitos observados teriam entre 1 milhão e 10 milhões de vezes a massa do Sol, uma massa muito menor que a de uma galáxia e talvez pequena demais para conter estrelas. Seria apenas um grande agrupamento de matéria escura.

É uma observação emocionante. "As lentes de subestrutura têm sido objeto de sonho, pois poderiam revelar a natureza da matéria escura. Elas foram procuradas por quase duas décadas devido a problemas técnicos — durante muito tempo, havia apenas sete lentes adequadas para estudos de lentes de subestrutura", Annika Peter, professora associada em física na Universidade Estadual de Ohio que não participou do estudo, disse ao Gizmodo em um e-mail. “O artigo [de Gilman], com essa grande amostra, mostra o quão grandes podem ser  as restrições à natureza da matéria escura.”

Basicamente, o modelo mais simples de matéria escura fria ainda funciona e será ainda melhor testado com mais desses quads.

Esta é apenas mais uma evidência da matéria escura fria, e os cientistas ainda estão tentando descobrir do que ela é feita.

Nierenberg disse que não estamos no ponto em que os pesquisadores podem ter certeza de que a matéria escura é uma partícula que será encontrada em um experimento na Terra. Mas este artigo serve para verificar se a fria é o tipo certo de matéria escura para os cientistas caçarem.

Obviamente, a possibilidade de que a matéria escura seja algo completamente maluco, algo sobre o qual os cientistas ainda não pensaram, não está fora de questão. Teremos que ser pacientes. Afinal, essas buscas geralmente levam décadas.

Os pesquisadores continuarão em busca dessas lentes, o que fornecerá mais restrições às propriedades da matéria escura. Nierenberg disse que há mais dados do Hubble para analisar, e possivelmente o futuro Observatório Vera Rubin será capaz de encontrar outros tantos. A busca continua.

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Os melhores apps para ficar offline

Posted: 17 Jan 2020 03:24 AM PST

Seja viajando fora do país, passando por túneis do metrô, com um plano de dados limitado um numa distopia futurística na qual a infraestrutura básica da civilização entrou em colapso, a conexão com a internet nem sempre está ao seu alcance. Mas se você tiver estes aplicativos instalados, não deverá passar apuros.

Google Maps

Captura de tela: Gizmodo

Algo que o Google Maps (Android, iOS) definitivamente faz melhor do que o Apple Maps é oferecer resultados offline. No menu do aplicativo, toque em Mapas offline e Selecione seu mapa (Android) ou Mapa personalizado (iOS) para salvar trechos do mapa no seu celular.

O Maps pode ter salvado alguns locais, como a sua casa e local de trabalho. Não dá para ter atualizações de notícias de trânsito enquanto estiver offline, claro, mas a maioria das outras funções funcionam bem.

Pocket

Captura de tela: Gizmodo

Pocket (Android, iOS) faz um trabalho excelente para quando estamos sem conexão com a internet. Com ele, você pode ler todos aqueles artigos que salvou enquanto está num voo longo, por exemplo. Assim que você abre o app, os artigos são sincronizados e então baixados – não é preciso fazer nada além de ter uma conta. As únicas opções relevantes é se o Pocket deveria salvar uma versão simplificada do texto ou a versão web – isso pode ser ajustado na seção “Baixando offline” das configurações.

Wikipedia

Captura de tela: Gizmodo

Uma função que você pode não ter encontrado na Wikipedia (Android, iOS) para dispositivos móveis é a possibilidade de salvar artigos para ler offline. Isso é feito a partir da função “Listas” do aplicativo e basta tocar no pequeno ícone de marcador na barra de ferramentas para salvar um artigo em uma lista (você pode criar quantas listas quiser). O recurso não exige que você tenha uma conta na Wikipedia, mas se você fizer login, você pode sincronizar suas listas em vários dispositivos.

Guides by Lonely Planet

Captura de tela: Gizmodo

Um dos momentos que é provável que você fique sem conexão é ao viajar. O Guides by Lonely Planet (Android, iOS) pode funcionar sem internet: basta abrir o guia para a cidade que você quiser, escolher Places a partir do menu hambúrguer (três barrinhas) e Tap to download offline map. Apesar de o app estar todo em inglês, vale muito a pena ter guias para mais de oito mil cidades. na palma da mão – um limite na versão gratuita e a assinatura custa US$ 5 por mês.

Google Docs

Captura de tela: Gizmodo

Infelizmente você não pode mais usar a falta de internet como desculpa para não trabalhar. O Google Docs (Android, iOS) funciona offline e irá sincronizar as suas alterações quando uma conexão for encontrada. No menu do aplicativo toque em Configurações e se assegura que a opção Tornar arquivos recentes offline está habilitada. O Docs não especifica o que “recente” significa, então é uma boa ideia abrir os documentos importantes antes de uma viagem longa.

Evernote

Captura de tela: Gizmodo

O Evernote (Android, iOS) tem muitas características interessantes e uma delas é a possibilidade de salvar determinados cadernos e seus conteúdos para acesso offline – mas isso só está disponível na versão Premium (R$ 9/mês). Encontre a página de Configurações no aplicativo do Evernote (no menu do app no Android e na aba Conta do iOS), toque em Cadernos e escolha Cadernos Offline.

Amazon Kindle

Captura de tela: Gizmodo

Que melhor maneira de passar tempo sem internet do que lendo um livro? O aplicativo Amazon Kindle (Android, iOS) sincroniza automaticamente os ebooks com o seu dispositivo para uso offline assim que você os abre, assim você não precisa se preocupar em perder a conexão. Se você também tiver um Kindle físico, seu progresso de leitura é sincronizado entre seu e-reader e seu celular assim que seus dispositivos estiverem online.

Spotify e companhia

Captura de tela: Gizmodo

Spotify (Android, iOS) permite que você armazene playlists para ouvir offline se você for tiver uma conta premium, que custa R$ 16,90 mensais. No topo de cada playlist ou álbum, há um botão que permite fazer o download das faixas listadas. O mesmo recurso está disponível em praticamente todos os outros aplicativos de streaming de música, embora seja quase sempre reservado para assinantes.

Netflix e companhia

Captura de tela: Gizmodo

Assim como streaming de música, o serviço de streaming de vídeo que você usa provavelmente tem suporte para reprodução offline, desde que você se organize para baixar filmes ou episódios com antecedência – e isso inclui o app do YouTube caso você tenha a versão Premium. No caso da Netflix (Android, iOS), você precisa tocar nos ícones de download ao lado de episódios e filmes que você deseja guardar, embora, devido a acordos de licenciamento, nem tudo possa ser salvo.

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