quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Gizmodo Brasil

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O que sabemos até o momento sobre o Galaxy S20 e suas diferentes versões

Posted: 29 Jan 2020 01:48 PM PST

Galaxy S20 Ultra

Saberemos detalhes sobre o próximo aparelho topo de linha da Samsung, que deve se chamar Galaxy S20, em 11 de fevereiro. Como é natural, com a proximidade do evento, também rolam muitos vazamentos, e agora temos fotos bem convincentes das três versões do próximo aparelho da Samsung.

As imagens foram divulgadas pelo notório vazador Evan Blass (@evleaks) e mostram as três possíveis versões do aparelho, além de opções de cores em cada uma das versões.

Imagem vazada por @evleaks mostra diferentes cores e versões do Galaxy S20De cima para baixo: Galaxy S20, Galaxy S20+ e Galaxy S20 Ultra. Crédito: @evleaks

Abaixo, a título de organização, tentamos reunir as informações de vazamentos que já ouvimos falar de cada uma das versões. Vamos da mais simples para a mais sofisticada, que é a que a gente tem mais ouvido falar via rumores.

Galaxy S20 e Galaxy S20+

Por dentro eles devem vir com o processador Snapdragon 865 ou Exynos 990, da própria Samsung, e tela com 6,2 e 6,7 polegadas, respectivamente. RAM não deve ser um problema, pois os modelos devem vir com 12 GB, além de terem 128 GB para armazenamento.

Galaxy S20Galaxy S20. Crédito: @evleaks

Como no Galaxy S10, eles devem vir com sensor ultrassônico sob a tela. Assim como o Galaxy Note 10, não haverá entrada para fone de ouvido convencional. Aliás, um pessoal tem falado que a Samsung dará de presente um fone de ouvido sem fio Galaxy Buds+, com cancelamento de ruído, para quem comprar na pré-venda.

A bateria do Galaxy S20 deve ser de 4.000 mAh, enquanto a do S20+ deverá ser um pouco maior, de 4.500 mAh. O carregador que deve acompanhar o aparelho é de 25 W, o que já deve ser de grande ajuda para recarregá-lo rapidamente, mesmo sem estar entre os mais potentes do mercado.

Galaxy S20 PlusGalaxy S20 Plus. Crédito: @evleaks

Quanto à câmera traseira, eles terão três sensores, sendo dois de 12 MP (sensor principal e ultrawide) e um de 64 MP (telefoto). A versão plus contará ainda com um sensor ToF (Time of Flight), que auxilia nas fotos em modo retrato, dando mais precisão para este tipo de clique. Para selfies, os aparelhos devem vir com um sensor de 10 MP.

Galaxy S20 Ultra

O jeitão do S20 Ultra vai ser o mesmo dos seus irmãos menores, assim como o processador. A tela deverá ser de 6,9 polegadas, com opção de memória RAM de 12 GB ou 16 GB e armazenamento de 128 GB ou 512 GB.

Existe uma certa dúvida sobre como será isso da memória RAM, pois tudo indica que a Samsung deverá ter para todos os aparelhos uma versão 4G e outra 5G. Como no ano passado, as melhores especificações devem ficar reservados para o dispositivos com suporte a redes 5G.

Na traseira, ele deve ter quatro câmeras: um sensor principal de 108 MP, um sensor telefoto de 48 MP com zoom óptico de 10x (combinado com o digital, o zoom deve ser de 100x), um sensor ultrawide de 12 MP e um sensor ToF. Na frente, ele deve contar com uma câmera selfie de 10 MP.

Para ter uma boa autonomia, a bateria deve ser de 5.000 mAh, que deve vir acompanhada com um carregador super-rápido de 45 W.

Como nas outras vezes, a Samsung não deve demorar para trazer o aparelho para o Brasil. No ano passado, com o Galaxy S10, o intervalo foi de quase duas semanas — aliás, parece que o Galaxy S20+ já foi homologado pela Anatel.

Então, o fã da Samsung deve ter em mente duas coisas:

  1. os aparelhos estarão logo disponíveis por aqui;
  2. o preço dos Galaxy S10 devem cair mais ainda.

Temos quase duas semanas até o lançamento, então até lá devemos ter ainda mais detalhes do grande lançamento da Samsung para o primeiro semestre.

[Android Authority e Verge]

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Dois satélites desativados podem colidir, e isso deve se tornar cada vez mais comum

Posted: 29 Jan 2020 12:56 PM PST

Um par de satélites desativados corre o risco de colidir ainda hoje, potencialmente produzindo centenas, senão milhares, de novos fragmentos espaciais. Independentemente do que aconteça, no entanto, esse incidente ilustra nossa extrema necessidade de práticas sensatas de gerenciamento do espaço.

Normalmente, os operadores na Terra podem ajustar a inclinação orbital de seus satélites no caso de uma colisão em potencial, mas nenhum dos satélites envolvidos nessa possível colisão é funcional. Um dos dois, o Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS) da NASA-Holanda, pesa cerca de 1.073 kg e está no espaço desde 1983. O outro, GGSE-4 (também conhecido como Poppy 5B), foi lançado em final da década de 1960 pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA e pesa 83 kg.


Tradução: 1/ Nós estamos monitorando um evento de aproximação envolvendo o IRAS (13777), o telescópio espacial desativado que foi lançado em 1983, e o GGSE-4 (2828), um equipamento experimental dos EUA lançado em 1967.

2/ Em 29 de janeiro, às 23:39:35 UTC, esses dois objetos vão passar próximos um ao outro a uma velocidade relativa de 14,7 km/s (900km diretamente acima de Pittsburgh, PA). Nossas últimas métricas do evento mostram que a colisão pode não ocorrer por uma distância prevista de 15 a 30 metros [entre os satélites].

A uma velocidade relativa de 14,7 quilômetros por segundo, uma colisão entre esses dois satélites geraria uma quantidade enorme de detritos espaciais, aumentando as chances de mais uma colisão em algum momento no futuro. Os satélites desativados terão a maior aproximação às 18h39 ET na quarta-feira (29 de janeiro de 2020) nos céus do leste da América do Norte – mas não se preocupe, os detritos permaneceriam na baixa órbita terrestre (LEO).

A possível colisão foi detectada pelo LeoLabs, uma empresa privada que monitora satélites e detritos na baixa órbita terrestre. A empresa opera três estações de radar, duas nos EUA e uma na Nova Zelândia, e pode rastrear objetos tão pequenos quanto 10 centímetros de diâmetro.


Tradução: 1/ Nossa última atualização esta manhã para o IRAS/GGSE 4 mostra uma distância de 12m evitando o colapso, com uma Probilidade de Colisão (Pc) de volta para 1 em 100.
Aqui está um gráfico com as atualizações dos últimos cinco dias em relação à distância sobre o evento:

Em uma atualização recente, o LeoLabs tuitou sua última avaliação da situação. As chances de uma colisão estão de volta a 1 em 100, depois que a empresa atribuiu brevemente uma chance de 1 em 1.000 mais cedo hoje. Os satélites passaram um pelo outro a uma distância de cerca de 12 metros – um número extremamente preocupante, de qualquer forma. A aproximação maior acontecerá a uma altitude de 900 quilômetros acima da superfície da Terra.

Um cálculo ainda mais alarmante do LeoLabs leva em consideração as barras de 18 metros de comprimento anexadas ao GGSE-4. Com isso, as chances de uma colisão saltam para 1 em 20, de acordo com o LeoLabs.

Imagem conceitual de um modelo anterior, o Poppy 4D, com suas longas extensões. Imagem: NRO/USN

Essas chances podem parecer (relativamente) baixas, mas os operadores de satélite alertam quando as chances se aproximam de 1 em 10.000. Portanto, embora a chance de uma colisão pareça pequena, isso é motivo de grande preocupação. Em um e-mail para o Gizmodo, McDowell disse que dois satélites se aproximando “ainda são raros”, mas estão se tornando “mais frequentes à medida que a LEO fica mais cheia”.

A situação atual com o IRAS e o GGSE-4 decorre de seu status imóvel, mas McDowell disse que esse problema acabará se estendendo aos satélites ativos. Os operadores terão que mover um número crescente de satélites para evitar colisões, o que pode potencialmente colocá-los no caminho de outros satélites “dependendo da precisão das previsões”, disse ele, acrescentando que outro problema será a capacidade de executar previsões de satélite com um dia de antecedência. Idealmente, ele espera que os operadores de satélite acabem por trabalhar em resoluções de 10 metros, em vez dos atuais 100 metros de nível de precisão. Isso “ajudaria”, disse McDowell, “mas não sabemos como chegar lá”.

"Sempre houve riscos no espaço – para não mencionar colisões acidentais -, mas certamente estamos nos tornando mais conscientes deles à medida que nossa capacidade de identificar e monitorar objetos no espaço através da conscientização situacional do espaço melhora", escreveu Jessica West, diretora de programa do Project Ploughshares e editora executiva do Space Security Index, em um e-mail para o Gizmodo. "Para satélites ativos, isso significa que há mais oportunidades de manobra para evitar uma colisão. Mas para os satélites desativados, ainda não há o que fazer além de esperando e assistir com os dedos cruzados".

Tabela mostrando colisões não intencionais entre objetos espaciais. Imagem:Space Security Index/Jessica West

O fato de a baixa órbita terrestre estar ficando superlotada não é segredo. Números da rede de Vigilância Espacial dos EUA mostram que aproximadamente 29.000 objetos maiores que 10 centímetros estão atualmente na LEO, muitos dos quais circulam a velocidades que chegam a 10 quilômetros por segundo. Esse número deve aumentar devido aos custos mais baixos para lançar objetos no espaço e à tendência de satélites mais compactos. O aumento das megaconstelações, como a Starlink da SpaceX, resultará em milhares de outros satélites.

Claro, a LEO parece vasta, mas a quantidade de espaço no espaço é uma ilusão. O espaço e o tempo encolhem devido às tremendas velocidades envolvidas. O tráfego espacial não é como na superfície da Terra, onde as velocidades são medidas em termos de distância por hora e não por segundo. Os movimentos de satélite no espaço são semelhantes a assistir filmes em velocidade aumentada.

McDowell descreveu como um problema n-quadrado. Um aumento de 10 vezes no número de satélites resulta em um aumento de 100 vezes no número de acidentes e colisões reais, disse ele, acrescentando que “estamos prestes a ver um”.

Mesmo uma colisão seria ruim. Se o IRAS e o GGSE-4 colidirem um com o outro hoje à noite, a energia cinética resultante explodiria detritos nas órbitas vizinhas, aumentando ainda mais as chances de outra colisão. Isso pode resultar em um efeito cascata hipotético conhecido como Síndrome de Kessler, na qual uma nuvem cada vez maior de detritos espaciais eventualmente torna a LEO inacessível.

Em termos de soluções técnicas para o problema, West diz que poderíamos reduzir a quantidade de satélites não-funcionais em órbita "projetando-os com a capacidade e a intenção de desorbitar no final de sua vida útil". Satélites na LEO, ou seja, abaixo de 600 quilômetros “serão naturalmente arrastados para a atmosfera da Terra e se desintegrarão em 25 anos”, disse West ao Gizmodo, mas “25 anos é muito tempo – tempo demais, dada a intensidade com que estamos usando essa órbita e as dezenas de milhares de novos satélites sendo potencialmente lançados”.

Dito isto, o IRAS e o GGSE-4 estão muito mais altos, cerca de 800 quilômetros, uma altitude em que os objetos “permanecerão em órbita por décadas, a menos que sejam desorbitados intencionalmente, o que não é a norma”, disse West.

Atualmente, estão em andamento vários indicadores para planejar formas de organizar a LEO, mas essas soluções trazem suas próprias desvantagens, incluindo custos elevados e inúmeras considerações de segurança. Por fim, West diz que esse último incidente “aponta para a necessidade de uma melhor governança global das atividades no espaço sideral”.

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Google pode estar trabalhando em gravação de chamadas e traduções em tempo real

Posted: 29 Jan 2020 12:07 PM PST

O Google está sempre mexendo em alguma coisa, mas os últimos rumores sugerem que a gravação nativa de chamadas e as traduções em tempo real estão a caminho. Ah, e parece que os dois recursos também permitirão transcrições.

Há duas semanas, o lançamento do Google Phone 43 continha um código que indicava a capacidade de gravar chamadas telefônicas. Agora, parece que o lançamento do Google Phone 44 também contém um código que indica que você pode transcrever chamadas gravadas. O código foi detectado inicialmente pelo XDA Developers, que foi capaz de ativar e testar o recurso.

A gravação de chamadas, embora imensamente útil, apresenta algumas questões legais complicadas – pense em todas as vezes em que você ligou para algum serviço de suporte ao cliente e a voz automatizada informou que sua chamada poderia ser gravada.

De acordo com o XDA Developers, parece que o novo recurso de gravação de chamadas incluirá um pop-up de isenção de responsabilidade indicando que a pessoa que está ligando pode precisar obter permissão para gravar chamadas, conforme estabelecido pela lei em alguns lugares. Uma voz automatizada também anunciará sempre que as gravações começarem ou terminarem. Quanto à transcrição, o 9to5 Google detectou uma única linha de código que indica que as chamadas gravadas podem ser usadas para criar transcrições.

Você pode assistir a um vídeo do novo recurso de gravação de chamadas do 9to5 Google abaixo.

O Google introduziu sua primeira tecnologia de transcrição em tempo real através do aplicativo Recorder quando anunciou o Pixel 4 no ano passado. Embora não seja perfeito – não falar de forma clara ou usar muitas gírias ou jargões pode não funcionar – é uma ferramenta útil para quem já teve que passar por longas chamadas, palestras, reuniões ou entrevistas.

Nesse sentido, no início desta semana, o Google também deu uma demonstração de transcrições de tradução ao vivo, quase em tempo real, para seu aplicativo Google Translate. O recurso ainda está em andamento  e provavelmente exigirá uma conexão com a Internet para iniciar, mas você supostamente poderá gravar áudio em um idioma e assistir a sua tradução e transcrição em outro. O Verge observa que o recurso não funcionará com arquivos de áudio inicialmente – apenas com áudio ao vivo.

Não existe uma linha do tempo concreta para quando poderemos ver esse recurso, além de um vago ‘em algum momento no futuro’. Ainda assim, o recurso pode ser um salva-vidas ao viajar para um país onde você provavelmente não entende quase nada da língua local, não importa quantas sessões de Duolingo você conclua com antecedência. Embora o Google Tradutor não seja aquela maravilha com algumas traduções mais complicada, ele até que funciona bem com frases básicas que você pode precisar para andar por aí.

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Um novo tipo de aurora boreal foi descoberta graças a cientistas cidadãos

Posted: 29 Jan 2020 10:43 AM PST

Aurora boreal em formato de dunas

Uma colaboração entre físicos e cientistas cidadãos levou à descoberta de uma forma desconhecida de aurora boreal. Denominada “as dunas”, a espetacular forma de aurora está dando novas pistas sobre a mesopausa, uma das últimas camadas da atmosfera da Terra.

A pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista AGU Advances descreve as auroras de dunas, que aparecem como ondas ondulantes e de tonalidade verde no céu noturno.

As dunas surgem na atmosfera superior e provavelmente representam um processo físico previamente desconhecido. A física Minna Palmroth da Universidade de Helsinki e seus colegas são os primeiros a documentar este tipo de aurora, mas a descoberta não teria sido possível sem a ajuda de cientistas cidadãos.

Essa história começa em 2018, quando Palmroth estava preparando um livro chamado Revontulibongarin opas, que em finlandês significa “guia para observadores da aurora boreal”. As formas de aurora vêm em vários tipos, e cada uma está associada a um conjunto específico de processos físicos que acontecem ao longo da borda do espaço. O projeto do livro de Palmroth, que surgiu de seu trabalho com os entusiastas de auroras boreais no Facebook, descreveu várias formas aurorais, mas seus leitores notaram que um certo tipo de aurora vista no livro não havia sido categorizada. Eles o chamaram de “dunas”.

“Eu olhei as fotos e pensei, talvez precisemos fazer uma nova categoria, porque elas não pareciam nada que eu tivesse visto antes”, disse Palmroth ao Gizmodo. “Então começamos a investigar isso juntos, usando as fotos dos cidadãos como dados científicos, e como não tínhamos feito esse tipo de coisa antes, tivemos que desenvolver novos métodos”.

Novas formas de auroras não são descobertas todos os dias. Um efeito atmosférico conhecido como STEVE fez manchetes recentemente, mas esse estranho show de luzes não é tecnicamente uma aurora, mas um fenômeno óptico que ainda precisa de uma explicação.

As auroras, por outro lado, ocorrem quando partículas solares interagem com gases na ionosfera terrestre (a parte da atmosfera do nosso planeta que é ionizada pela radiação solar e cósmica). O nitrogênio reage por meio do azul e roxo brilhantes, enquanto o oxigênio emite luz verde e vermelha. No caso das dunas recentemente documentadas, acredita-se que estas auroras monocromáticas são ondas brilhantes de átomos de oxigênio, que estão sendo atingidas por correntes de elétrons, de acordo com a nova pesquisa.

Por um acaso, as dunas apareceram no céu noturno em 7 de outubro de 2018 – poucos dias antes da data prevista para a publicação do livro de Palmroth. Observadores amadores capturaram várias fotos das dunas ao mesmo tempo, a partir de diferentes locais na Finlândia. Fotos tiradas pelos cientistas cidadãos coletadas em outros lugares em diferentes momentos formaram posteriormente a “espinha dorsal” do novo estudo, como os autores escreveram no artigo.

Usando estrelas de fundo como pontos de referência, Palmroth e sua equipe conseguiram triangular a posição das dunas de dois locais na Finlândia que estão separados por 172 quilômetros. Os resultados mostraram que as dunas estavam a uma altitude de 100 quilômetros. Para o evento de 7 de outubro de 2018, a distância entre cada ondulação auroral, ou comprimento de onda, foi medida em cerca de 45 quilômetros, com base no aparecimento de seis dunas consecutivas.

Neste diagrama, uma onda de gravidade em ziguezague (branca) sobe e se curva na atmosfera superior, causando um aumento na densidade dos átomos de oxigênio na mesosfera. As partículas que chegam do Sol excitam estes átomos, causando o seu brilho. Imagem: Jani Närhi

As dunas foram vistas dentro da mesosfera e ligeiramente abaixo da região imediatamente acima dela, conhecida como mesopausa, região limítrofe com a termosfera. Esta parte da atmosfera, onde a atmosfera do nosso planeta se cruza com o espaço, é difícil de estudar, levando os cientistas a se referirem a ela como a “ignorosfera”.

“A ignorosfera é muito alta para radares e balões, mas muito baixa para satélites, portanto, há poucas medidas dela, quase todas de foguetes”, disse Palmroth a Gizmodo.

As dunas provavelmente se formam devido a um aumento da densidade do oxigênio nesta parte do céu. Os pesquisadores atribuíram isso a um efeito chamado “furo mesosférico”, que pode ser comparado a um macaréu, quando acontece o choque das águas de um rio caudaloso com as ondas durante o início da maré enchente.

Mais tecnicamente, os furos mesosféricos são “um tipo de perturbação da onda de gravidade que se propaga pelo ar, por vezes criando padrões de ondulação em nuvens de alta altitude que podem ser vistas a olho nu”, de acordo com a União Geofísica Americana.

Como Palmroth explicou ao Gizmodo, mais luzes de aurora acontecem em lugares onde o oxigênio é denso, e menos luzes de aurora acontecem onde o oxigênio é escasso. As ondas de perfuração estão fazendo com que a densidade de oxigênio aumente e diminua, “e é por isso que vemos as dunas”, disse ela.

Isto é importante porque os pesquisadores são capazes de “ver” o furo em virtude da aurora, o que nunca foi feito antes. “Investigando as dunas, podemos obter informações sobre as ondas do furo”, disse Palmroth. Além disso, a presença desses furos mesosféricos na ignorosfera pode dar aos cientistas uma nova forma de investigar essa região, acrescentou.

Para o futuro, Palmroth gostaria de recolher mais observações das dunas para permitir mais pesquisas. Mais uma vez, os esforços dos observadores amadores das dunas seriam bem-vindos.

“Foi muito bom trabalhar com os cientistas cidadãos”, disse Palmroth. “Gostamos muito.”

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Congresso dos EUA apresenta projeto de lei para enviar humanos a Marte em 2033

Posted: 29 Jan 2020 09:38 AM PST

Um novo projeto de lei de autorização da Câmara dos EUA quer atrasar o prazo da NASA para levar seres humanos à Lua até 2028 em vez de 2024, ao mesmo tempo em que pede um pouso tripulado em Marte em 2033. As reações a essa proposta foram variadas, com o chefe da NASA, Jim Bridenstine, infeliz com a forma como a agência deveria executar este plano recomendado.

O projeto de lei de autorização, chamado de Lei Nacional de Autorização da Administração Aeronáutica e Espacial de 2020, foi apresentado pelo Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara em 24 de janeiro, relataSpaceflight Now.

O documento de 102 páginas recomenda que o primeiro pouso lunar de Artemis com tripulação ocorra em 2028, em vez de 2024, que é o prazo atual e controverso. Ao mesmo tempo, o Comitê da Câmara propõe uma linha do tempo bastante agressiva para a exploração de Marte, na qual astronautas norte-americanos chegariam à órbita marciana em 2033, seguidos logo depois por uma missão à superfície.

A legislação bipartidária foi introduzida pela representante Kendra Horn (D-Oklahoma), que preside o subcomitê de espaço e aeronáutica do comitê. Está prevista uma sessão para amanhã, quando o documento poderá sofrer alterações substanciais. Provavelmente, levará meses para que ocorra uma votação para promulgar a legislação proposta, também conhecida como HR 5666.

A razão principal das mudanças recomendadas é posicionar o programa lunar Artemis como um passo inicial para o objetivo maior de enviar pessoas para Marte. O "objetivo de exploração espacial humana dos EUA deve ser o de enviar seres humanos para a superfície de Marte", de acordo com o projeto de lei proposto. Ao mesmo tempo, serão necessárias missões à Lua para reduzir riscos e demonstrar as “capacidades e operações necessárias para apoiar uma missão humana em Marte”.

No ano passado, a NASA disse que uma missão a Marte até 2033 era uma possibilidade distinta, mas esse projeto de lei de autorização transformaria a especulação e a ilusão em um plano concreto.

O objetivo especificado do programa pendente "Lua para Marte", como é denominado no projeto de lei, será " pousar humanos em Marte de maneira sustentável o mais rápido possível", com o "objetivo provisório de enviar uma missão tripulada para a superfície lunar até 2028 e o objetivo de enviar uma missão tripulada para orbitar Marte até 2033".

Entre outras recomendações, o projeto especifica que o módulo de aterrissagem lunar Artemis será lançado como um componente único, em vez de uma embarcação modular de várias peças que seria construída no espaço. A NASA manteria a propriedade total do sistema de pouso lunar de Artemis, o que seria uma mudança drástica nos planos, já que a agência espacial está atualmente solicitando propostas do setor privado.

O projeto de lei HR 5666 renovaria o compromisso da NASA com o projeto Lunar Gateway, mas propõe que o posto avançado não seja colocado na órbita lunar, mas no ponto de Lagrange Terra-Lua – um ponto gravitacional entre a Terra e a Lua. Nesse local, o terminal habitável poderia apoiar missões à Lua e Marte, de acordo com o projeto, que não descartou a possibilidade de uma órbita lunar.

O projeto de lei pede o estabelecimento de um escritório do programa "Lua para Marte", completo com seu próprio diretor, e uma Iniciativa Tecnológica para Marte, com o “objetivo de desenvolver e testar as tecnologias e capacidades necessárias para uma missão humana em Marte”. Os itens na lista de tarefas pendentes incluem o desenvolvimento de motores de propulsão, sistemas de pouso em Marte, proteção contra radiação, um veículo de transporte em Marte, sistemas de suporte à vida, habitats marcianos e roupas espaciais para exploradores, entre outras necessidades tecnológicas.

Dada a linha do tempo agressiva, a NASA precisaria configurar seu escritório de "Lua para Marte" dentro de 60 dias após a promulgação da lei, desenvolver uma arquitetura e um plano geral da missão dentro de 120 dias e enviar orçamentos estimados dentro de 240 dias, de acordo com a proposta de lei.

A NASA também teria que providenciar duas missões lunares tripuladas a cada ano após o pouso inaugural em 2028, além de criar um plano para desmantelar a Estação Espacial Internacional (ISS) e considerar possíveis substituições, incluindo contribuições do setor privado.

O projeto também afirma que a NASA deve garantir o acesso da tripulação à ISS e atualizar e substituir trajes espaciais da ISS, incluindo peças sobressalentes, para “acomodar a diversidade da tripulação da ISS”, em uma resposta óbvia a um desastre no ano passado em que uma caminhada espacial de mulheres foi cancelado porque não havia roupas suficientes disponíveis para a tripulação feminina. Outros itens do projeto de lei incluem o desenvolvimento de tecnologia para defesa, o monitoramento das mudanças climáticas, novos telescópios e até a busca por inteligência extraterrestre.

Em uma declaração da NASA divulgada na segunda-feira, 27 de janeiro, o diretor da agência Jim Bridenstine expressou algumas preocupações sobre a proposta.

“Estou preocupado que o projeto imponha algumas restrições significativas à nossa abordagem à exploração lunar”, disse Bridenstine. "Como vocês sabem, a NASA promoveu com sucesso o desenvolvimento de uma economia comercial em rápida expansão para o acesso ao espaço. Gostaríamos de continuar promovendo esse sucesso à medida que desenvolvemos as arquiteturas de missão e as abordagens de parceria mais eficientes para atingir nossos objetivos comuns".

Bridenstine está preocupado, principalmente, com a abordagem proposta para a construção do módulo lunar. Um sistema de aterrissagem operado por e de propriedade do governo seria “ineficaz”, disse ele. Em sua forma atual, o projeto de lei impediria a “capacidade da NASA de desenvolver uma arquitetura flexível que aproveite toda a gama de recursos nacionais – governo e setor privado – para atingir objetivos nacionais”, afirmou. Consequentemente, o chefe da NASA espera “algumas modificações” na legislação pendente.

Como a SpaceNews relata, alguns membros do setor privado também não ficaram satisfeitos com o projeto de lei:

Em uma carta de 27 de janeiro aos quatro co-patrocinadores do projeto, Eric Stallmer, presidente da Commercial Spaceflight Federation, fez críticas ainda mais fortes, dizendo que ele "exclui explícita e injustamente a participação da indústria comercial norte-americana de voos espaciais, impedindo irracionalmente a concorrência justa das iniciativas de exploração espacial da NASA". Stallmer pediu ao comitê que revogasse o projeto e "se envolvesse em um processo totalmente transparente" com todas as partes interessadas.

Dito isso, o projeto parece ter seus apoiadores, incluindo a The Coalition for Deep Space Exploration (uma organização que apoia a indústria espacial privada) e a Aerospace Industries Association (uma associação comercial dos EUA), de acordo com a SpaceNews.

Acompanharemos a sessão da Câmara agendada para amanhã para ver como esse projeto de lei pode ser modificado e para entender as próximas etapas, como quando uma votação pode ocorrer. Independentemente disso, o governo dos EUA tem grandes planos para a NASA nas próximas décadas, pois a próxima era da exploração espacial humana parece ser iminente.

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Uso de álcool em qualquer quantidade durante a gravidez pode causar danos à saúde do feto, mostra novo estudo de revisão

Posted: 29 Jan 2020 08:31 AM PST

Mão segurando uma taça de vinho

Um novo estudo de revisão realizado na terça-feira tem uma conclusão preocupante para as mulheres grávidas: o consumo de álcool aumenta o risco de o bebê nascer com problemas cognitivos e baixo peso.

Agências de saúde pública, como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), recomendam há muito tempo que as mulheres evitem beber álcool em qualquer momento da gravidez, citando o aumento do risco da chamada síndrome do alcoolismo fetal. Esses distúrbios têm uma variedade de sintomas, desde dificuldades de aprendizado até problemas cardíacos, pulmonares e ósseos.

Mas muitas das evidências que mostram os danos do álcool aos fetos humanos são observacionais, o que significa que os estudos acompanham grupos de pessoas ao longo do tempo no mundo real. Esses estudos, por mais importantes que sejam, não podem provar uma relação direta de causa e efeito. Ainda há dúvidas sobre se o uso de álcool leve, particularmente mais tarde na gravidez, apresenta algum risco real à saúde.

Para entender melhor o assunto, os autores da nova revisão, publicada no International Journal of Epidemiology, adotaram uma abordagem diferente. Eles analisaram um ensaio clínico randomizado estudando o uso de álcool em mulheres, bem como outros tipos de estudos que poderiam ser mais capazes de mostrar uma ligação direta entre os dois fatores.

Um estudo, por exemplo, recrutou mulheres grávidas em um teste no qual diferentes métodos foram usados ​​para ajudá-las a beber menos. Outros estudos analisaram o que aconteceu com crianças nascidas de mães mais jovens em uma área antes e depois da idade mínima para beber ser reduzida — fornecendo uma espécie de experimento natural. Dois estudos compararam irmãos nos quais o nível de bebida da mãe havia mudado entre as gestações. Ao todo, eles analisaram 23 pesquisas.

“Nossos resultados mostraram um provável papel prejudicial causal da exposição pré-natal ao álcool nos resultados cognitivos e evidências mais fracas na diminuição no peso ao nascer, confirmando os resultados de estudos observacionais convencionais”, escreveram os autores.

Todos esses estudos têm seus benefícios e desvantagens. Como os autores observaram, eles não podem quantificar a diferença de risco que o uso de álcool pelas mulheres terá em uma gravidez com base apenas nesta revisão.

Uma revisão anterior feita pelos mesmos autores concluiu que dizer às mulheres que evitassem beber até o parto era mais uma precaução do que uma recomendação apoiada por evidências concretas. Mas agora eles alegam que suas novas descobertas apontam “para uma base de evidências mais sólida” que recomendaria a abstinência completa durante a gravidez.

No Reino Unido, onde os pesquisadores estão sediados, a abstinência ao álcool foi promovida por meio de campanhas atraentes nas redes sociais nos últimos anos.

O Dry January (ou janeiro seco, em tradução livre), uma tendência que começou em 2013, foi uma ideia da instituição britânica Alcohol Change, por exemplo.

O governo do Reino Unido também cunhou o #DRYMESTER (um trocadilho com seco e trimestre) como uma nova campanha de conscientização da saúde para mulheres grávidas. Os autores apoiam essas medidas sem nenhuma dúvida.

“Nosso estudo reforça a diretriz dos diretores médicos do Reino Unido: DRYMESTER (abstenção em todos os trimestres) é a única abordagem segura”, disse Luisa Zuccolo, epidemiologista da Universidade de Bristol e principal autora do estudo, em comunicado divulgado pela universidade. “Esta mensagem é mais importante do que nunca, dadas as pesquisas recentes que mostram que a indústria do álcool promove informações confusas sobre as reais implicações para a saúde de beber durante a gravidez.”

De fato, a indústria do álcool tem um histórico sombrio de promover ideias inseguras. Em 2018, um grupo australiano enfureceu as organizações de saúde pública quando distribuiu pôsteres para hospitais que diziam: “Não se sabe se o álcool é seguro para beber durante a gravidez.”

Enquanto isso, nos EUA, o álcool está matando mais americanos do que nunca. No mundo todo, segundo a OMS, o álcool é responsável por 5% de todas as mortes.

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Estudo mostra por que existem tão poucos físicos negros e como mudar isso

Posted: 29 Jan 2020 07:50 AM PST

Uma força-tarefa organizada pelo Instituto Americano de Física, uma organização sem fins lucrativos formada por outras sociedades de física americanas, divulgou os resultados de um estudo sobre por que os estudantes afro-americanos são persistentemente sub-representados ao receber diplomas de graduação em física e astronomia.

A Força Tarefa Nacional para Elevar a Representação Afro-Americana na Graduação em Física e Astronomia, ou TEAM-UP, conversou com alunos e presidentes de departamento, entrevistou estudantes afro-americanos, visitou cinco departamentos de física de faculdades e revisou a literatura existente para determinar quais fatores estavam contribuindo ou prejudicando o sucesso dos estudantes em física. Eles identificaram cinco influências principais: um sentimento de pertencimento à comunidade, autopercepção como físico, apoio acadêmico, apoio pessoal e as prioridades da liderança física existente.

A força-tarefa fez uma série de recomendações “abrangentes e desafiadoras”, que "exigem mudanças filosóficas e práticas na maneira como a comunidade educa e apoia os alunos”. Seu objetivo geral “é pelo menos dobrar o número de diplomas de bacharelado em física e astronomia concedido aos afro-americanos até 2030".

“[Os] desafios mundiais de sub-participação dos afro-americanos na física permanecem”, escreveu Shirley Malcolm, consultora sênior da Associação Americana para o Avanço da Ciência e diretora da iniciativa STEM Equity Achievement Change, no prefácio do relatório. “Em relação aos diplomas de bacharel em física para afro-americanos, quase nada mudou desde 2006”.

O artigo de Malcolm, em 2006, descreveu o triste estado de diversidade na física naquela época: os negros americanos receberam 3,5% dos diplomas de bacharel em física em 2003, e essa porcentagem quase não mudou desde então, apesar do número geral de diplomas de física dobrar nos últimos 20 anos.

Esses números não surpreenderam muito os envolvidos na elaboração do relatório. "Para mim, não eram informações novas, principalmente por causa da minha própria experiência sendo estudante negro de física, que passou toda a carreira acadêmica sem ter um instrutor negro de física, sendo o único estudante negro de muitas das minhas aulas de física", disse Brian Beckford, cientista assistente de pesquisa e ex-bolsista presidencial de pós-doutorado da Universidade de Michigan, ao Gizmodo. Beckford foi anteriormente gerente do Programa Bridge da American Physical Society, uma iniciativa destinada a apoiar estudantes sub-representados que buscam um doutorado em física através de programas de orientação e transição.

O relatório da força-tarefa observa que "os estudantes afro-americanos têm a mesma motivação, intelecto e capacidade de obter diplomas de física e astronomia que os estudantes de outras raças e etnias", mas estão optando por diplomas em outros campos que consideram mais acolhedores ou financeiramente lucrativos. A razão é sistêmica; a sub-representação dos estudantes afro-americanos em física e astronomia, no mais alto nível, deve-se a um sistema que não oferece a esses alunos um ambiente favorável, bem como aos grandes desafios financeiros enfrentados pelos estudantes e pelos departamentos que historicamente apoiou-os.

O relatório recomenda que os departamentos de física "estabeleçam e comuniquem consistentemente normas e valores de respeito e inclusão por meio de políticas, espaços físicos, ofertas programáticas e todas as formas de comunicação com os alunos". Eles também sugeriram que os departamentos diversificassem seu corpo docente por raça, etnia, gênero e outras identidades sociais, ofereçam oportunidades de orientação voltadas para alunos sub-representados e incentivem os presidentes de departamento a estabelecer normas em seu departamento que valorizem a inclusão e incentivem os professores que apoiam ativamente os alunos sub-representados.

A força-tarefa também aponta o sucesso de faculdades e universidades historicamente negras (HBCUs) em apoiar estudantes afro-americanos – mas, ao mesmo tempo, as HBCUs tiveram um declínio de 42% em seu financiamento federal para cada estudante em período integral de 2003 a 2015, enquanto que as doações recebidas correspondem a 70% de instituições comparáveis, de acordo com o relatório. O estudo estima que a comunidade de física tenha perdido 150 estudantes afro-americanos anualmente apenas das HBCUs devido aos desafios que essas escolas enfrentam. Eles sugeriram que um consórcio de sociedades de ciências físicas levantasse uma doação de US$ 50 milhões para estudantes marginalizados e sub-representados em física e astronomia, com um objetivo provisório de angariação de fundos para essas sociedades levantarem US$ 1,2 milhão anualmente para diminuir a dívida dos estudantes de graduação afro-americanos.

Os cientistas não envolvidos no relatório ficaram felizes em ver seus resultados. “Mais de uma década depois que o  Dr. Quinton Williams, membro da força-tarefa, levantou essa questão pela primeira vez, fico feliz por haver uma atenção maior ao declínio preocupante de estudantes negros que se formam em física”, disse Chanda Prescod-Weinstein, professora assistente de física na Universidade de New Hampshire, ao Gizmodo em um e-mail. "’Diversidade e inclusão’ é um tópico de discussão popular, mas como os departamentos de física das HBCUs foram deixados em dificuldades, o mesmo aconteceu com os estudantes negros de física. Espero que a comunidade reconheça essa tendência como a crise que está ocorrendo, e espero que seja dada muita atenção às recomendações relativas às HBCUs, que historicamente existem para estudantes negros quando outras instituições se recusaram a reconhecer nossa humanidade".

Beckford disse ao Gizmodo que o TEAM-UP se concentrou especificamente nos estudantes afro-americanos, embora acredite que muitas das recomendações também beneficiariam outros grupos de estudantes.

A força-tarefa incentivou físicos e astrônomos a lerem este relatório e reconhecerem que há espaço para seus próprios departamentos apoiarem melhor os estudantes afro-americanos.

Ciência e física, em especial, é um campo criativo que requer pensar sobre problemas de maneiras novas. Ter cientistas mais diversos é crucial para o avanço da pesquisa. Estudos contam histórias diferentes desse progresso, dependendo do grupo; a porcentagem de pessoas que recebem diplomas de bacharel em ciências que se identificam como hispânicos-americanos aumentou nos últimos 20 anos, enquanto a porcentagem de estudantes mulheres e negros estagnou. A inclusão dessas vozes requer a criação de um ambiente em que sejam bem-vindos.

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Companhias aéreas cancelam voos para a China devido ao surto de coronavírus

Posted: 29 Jan 2020 06:45 AM PST

À medida que um surto de coronavírus que supostamente se originou em Wuhan, na China, continua a se espalhar, as companhias aéreas dos EUA começam a ser impactadas por alertas de viagem e uma diminuição na demanda por voos para a China.

A United Airlines disse ao Gizmodo em um comunicado por e-mail que suspendeu alguns vôos para vários locais na China como resultado do vírus, com 24 vôos atualmente impactados durante a primeira semana de fevereiro. Os vôos para o oeste serão afetados a partir de 1º de fevereiro, enquanto os vôos para o leste serão reduzidos a partir de 2 de fevereiro.

“Devido a um declínio significativo na demanda por viagens para a China, estamos suspendendo alguns vôos entre nossas cidades centrais e Pequim, Hong Kong e Xangai, de 1º a 8 de fevereiro”, disse a companhia aérea. “Continuaremos a monitorar a situação à medida que ela se desenvolver e ajustaremos nosso cronograma conforme necessário”.

A companhia aérea observou que, embora reduza o número de vôos de e para a China, ainda está operando fora de seus eixos. A Delta Air Lines disse ao Gizmodo que atualmente oferece uma isenção de viagem a seus clientes, mas ainda não fez alterações em sua programação. Enquanto isso, a American Airlines disse ao Gizmodo que está trabalhando com as autoridades de fronteira e de saúde, mas ainda não fez nenhum ajuste de voo.

“A saúde e a segurança de nossos clientes e membros da equipe são nossa principal prioridade”, afirmou a companhia aérea. “Estamos em contato próximo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos EUA, com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e com autoridades de saúde pública e coordenaremos com eles todas as medidas necessárias relacionadas à saúde e segurança”.

A Air Canada informou em comunicado que está cancelando “voos selecionados” para a China e notificando os clientes.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendou na terça-feira que os viajantes evitem todas as viagens não essenciais à China, observando que houve “milhares” de casos relacionados ao surto na China e cinco casos relatados nos EUA entre aqueles que viajaram recentemente para Wuhan.

Na terça-feira, 32 pessoas haviam testado negativo para o vírus, enquanto 73 ainda estavam pendentes. Um total de 110 pessoas de 26 estados dos EUA foram examinadas para o vírus até essa semana.

No Brasil, existem três casos suspeitos de coronavírus – em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e São Leopoldo (RS). Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, empresas como Vale, Facebook e Nissan suspenderam viagens de seus funcionários ao país. Nenhuma companhia aérea brasileira realiza voos para a China, mas a agência China Turismo disse ao jornal que também cancelou todas as viagens em janeiro e fevereiro, seguindo as orientações do governo chinês.

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Usar máscaras pode conter disseminação de doenças?

Posted: 29 Jan 2020 05:30 AM PST

Homem usa máscara facial de papel

O uso de máscaras faciais em público é comum em países da Ásia e essa cultura tem se espalhado para outras regiões durante o avanço do novo coronavírus, numa tentativa de conter o contágio e transmissão da doença que já matou pelo menos uma centena de pessoas. Embora as máscaras possam passar uma sensação de proteção, o quão úteis elas são em cenários reais para conter a propagação de doenças?

A lógica por trás de usar uma máscara é simples. O vírus de Wuhan, formalmente chamado de 2019-nCoV, é um coronavírus capaz de ser transmitido entre as pessoas por meio do contato próximo.

Embora ainda não esteja claro o quão contagioso o vírus é, ou mesmo se ele pode se espalhar antes dos sintomas aparecerem, as vítimas infectadas muitas vezes começam a ter tosse e coriza, que tornam o vírus mais suscetível a se espalhar através das gotículas transportadas pelo ar.

O tipo mais comum de máscara usada em público são aquelas cirúrgicas feitas de papel. Mas profissionais de saúde podem usar respiradores mais robustos que filtram ativamente as partículas infecciosas do ar durante esses tipos de surtos. As máscaras respiratórias mais comuns são conhecidas como máscaras N95.

Estudos avaliaram eficácia das máscaras

E apesar dessa prevenção, ainda é discutível se as máscaras são realmente eficazes contra vírus como 2019-nCoV. Uma análise de 2014 realizada por pesquisadores canadenses examinou estudos de alta qualidade que testaram se as máscaras cirúrgicas ou respiratórias poderiam proteger profissionais da saúde contra o vírus da SARS, um parente próximo do novo coronavírus, ou do vírus RSV, uma fonte comum de doença respiratória. Eles chegaram a um veredito que ficou em cima do muro: três estudos concluíram que havia um efeito protetor e três não concluíram nenhum efeito.

Apesar da pesquisa inconclusiva, essa análise descobriu que os respiradores protegem mais do que as máscaras cirúrgicas simples, embora os dados disponíveis fossem limitados.

Isso não significa necessariamente que o uso de máscaras para o conter o coronavírus não tenha valor. Mesmo que ofereçam uma proteção marginal, é melhor usá-las do que ignorar a situação completamente. As máscaras cirúrgicas também podem proteger contra muitas outras doenças contagiosas, como a gripe, justificando seu uso universal em ambientes de cuidados de saúde e até mesmo em público.

Um ensaio clínico feito em 2008, por exemplo, descobriu que as famílias que usavam máscaras de papel após os seus filhos terem visitado um Pronto Socorro com uma doença semelhante à gripe tinham cerca de 80% menos probabilidade de ficarem doentes do que as famílias que não usavam máscaras, desde que as usassem com frequência e de forma correta. Outros estudos em quartos universitários e casas descobriram um efeito protetor semelhante, embora as pessoas nestes estudos também tenham sido convidadas a fazer higiene das mãos com frequência.

Máscaras podem ajudar, mas não são solução definitiva

Mas você não deve superestimar a eficácia de uma máscara cirúrgica, especialmente se você não está doente e apenas tenta evitar os germes de outras pessoas transmitidos pelo ar.

“As máscaras não são concebidas para proteger o usuário dos outros. Em vez disso, elas são projetadas para proteger os outros das gotículas do próprio usuário”, disse Robert Amler, ex-chefe da Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) e atualmente reitor da Faculdade de Medicina de Nova York, ao Gizmodo via e-mail.

O CDC recomenda que qualquer pessoa que tenha contraído o novo coronavírus ou suspeita que possa estar doente use máscaras faciais sempre que estiver em um ambiente com outra pessoa. E se o paciente não puder usar uma máscara, o CDC aconselha as outras pessoas a usarem máscaras. Os profissionais de saúde também devem usar uma máscara enquanto lidam com pessoas que possam estar doentes.

Em comparação com os respiradores, as máscaras cirúrgicas são mais porosas e mais soltas, facilitando a entrada e saída de ar em torno das bordas. “No entanto, elas evitarão que algumas gotículas voem para o seu rosto. Além disso, elas impedem que você mesmo toque no seu rosto, o que a maioria das pessoas faz mais vezes do que imagina”, disse Amler.

As máscaras N95, por sua vez, podem ser bastante inconvenientes. Elas se ajustam bem ao redor do rosto, mas são desconfortáveis de usar e respirar por muito tempo, especialmente se você já tem problemas respiratórios. Elas também não são adequadas para crianças pequenas ou pessoas com pelos faciais.

O mais importante é que utilizar uma máscara pode ser um dos gestos mais simples para manter a si e aos outros livres de doenças. Lavar as mãos com frequência e evitar o contato próximo com pessoas infectadas “são boas medidas de proteção que todos devem praticar”, disse Amler. Se você está se sentindo doente, fique em casa.

“Como as pessoas se preocupam com o novo coronavírus, devemos nos lembrar da importância da vacina da gripe”, disse Brandon Brown, epidemiologista da Universidade da Califórnia em Riverside, ao Gizmodo via e-mail. “Oito mil pessoas já morreram de gripe nos Estados Unidos [nesta temporada], então devemos prestar atenção nisso.”

Higiene das mãos e etiqueta respiratória

A ação mais eficiente para evitar o contágio de vírus é a higiene constante das mãos, que muitas vezes transportam as doenças – como apontou Robert Amler, nós tocamos os nossos próprios rostos com mais frequência do que imaginamos, a maioria das vezes nem percebemos. O Ministério da Saúde tem uma lista com oito recomendações para impedir a disseminação do vírus da gripe, que são basicamente as mesmas para o coronavírus:

  • Evitar o contato próximo com outras pessoas;
  • Cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar;
  • Descartar o lenço em recipiente adequado para resíduos, imediatamente após o uso;
  • Lavar as mãos frequentemente, principalmente após tossir ou espirrar;
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca;
  • Evitar tocar em superfícies como maçanetas, mesas, pias e outras;
  • Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação é menor. Mesmo assim, é importante se prevenir e, de acordo com a pasta, o contágio pode ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Neste momento, existem três casos suspeitos de coronavírus no Brasil: um no Rio Grande do Sul, um no Paraná e outro em Minas Gerais.

Colaborou: Alessandro Feitosa Jr.

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O controle do Nintendo 64 quase teve uma telinha própria para ninguém bisbilhotar a tática do adversário

Posted: 29 Jan 2020 05:15 AM PST

Poucos controles na história dos videogames foram tão chocantes para sua época quanto os N64. Ele não apenas apresentou o controle analógico para os fãs da Nintendo, como também tinha um slot para cartões de memória e o pesado Rumble Pak para vibrações. Mas sabe o que também quase rolou? Um acessório que era uma tela secundária. Mas ele acabou aparecendo em outro clássico console.

Se você tem um mínimo interesse consoles clássicos, principalmente em peças, aparelhos e acessórios que nunca foram lançados, vale a pena seguir Shane Battye no Twitter. Ele compartilha histórias e fotos de sua impressionante coleção de consoles para desenvolvedores e aparelhos retrô.

Há alguns meses, ele compartilhou imagens de um raro protótipo de controle do Nintendo 64 com um design muito superior ao que a empresa acabou usando. Recentemente, Battye compartilhou uma descoberta ainda mais rara, que ter tornado o N64 o console preferido dos fãs de esportes.

Como conta uma edição antiga da revista Electronic Gaming Monthly, aparentemente um desenvolvedor chamado Dane Galden criou uma tela secundária para o N64, Ela era um pequeno display no controle, que poderia ser visto apenas por quem estava jogando. A ideia era semelhante à segunda tela do Nintendo DS — afastar alguns elementos do jogo da tela principal.

De acordo com Galden, ela foi inspirada nas tentativas de seu irmão de trapacear em games de futebol americano e espiar as jogadas que ele estava selecionando. Ao contrário da segunda tela do DS, no entanto, este acessório era completamente passivo: nada de touchscreen. Ele era, aliás, monocromático e com resolução bem limitada.

Apesar das limitações de hardware, havia certamente um potencial interessante para um acessório como esse. Com ele, seria possível esconder seleções ou opções. Em games de futebol americano, por exemplo, selecionar jogadas ou escalações pode ser crucial para a vitória. Jogos de estratégia também podem se beneficiar de uma segunda tela.

Antes da internet, caso você não tenha vivido essa época, jogar videogame com os amigos era assim, com todo mundo olhando na mesma tela. Não havia privacidade — você só podia torcer para que todo mundo fosse honesto e não olhasse no controle do adversário. É óbvio que isso não acontecia.

O protótipo de tela secundária de Galden nunca entrou em produção e, em 2018, foi vendido no eBay. Mas o item no site incluía alguns detalhes interessantes sobre seu desenvolvimento.

O artigo sobre o acessório apareceu na mesma página da EGM que uma matéria sobre o então futuro Dreamcast. Por isso, Galden acredita que sua criação inspirou os engenheiros da Sega a criar a Unidade de Memória Visual (VMU), que era um cartão de memória equipado com tela conectado ao controle do videogame. Ele tinha funções adicionais, incluindo minigames.

Ninguém nunca foi atrás dessa história para saber se ela é ou não verdadeira. A ordem dos fatos e o registro de patentes, porém, endossam a versão do engenheiro. Infelizmente, sua ideia nunca lhe rendeu nenhum centavo.

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Apple continua ganhando rios de dinheiro com iPhone; empresa monitora impacto do coronavírus

Posted: 29 Jan 2020 04:23 AM PST

iPhone 11 Pro

Todo mês de setembro, a Apple revela um novo iPhone. E todo ano, quem acompanha a empresa se pergunta se este será o novo aparelho da marca que os consumidores vão dizer: "Não, estamos bem com o que temos". 2019 não foi este ano ainda. Com uma pequena ajuda das variações de iPhone 11, a Apple obteve um lucro de US$ 22,2 bilhões, com receita de US$ 91,8 bilhões no trimestre das festas de fim de ano (Caso você esteja se perguntando o quanto é isso, é uma quantia absolutamente insana de dinheiro).

Os outros produtos e serviços da Apple, que incluem tudo desde o Apple Watch a AirPods Pro, passando pelo Apple Music e Apple Pay, também foram responsáveis por bastante dinheiro no último trimestre de 2019 que terminou em 28 de dezembro. Mas a receita do iPhone cresceu 8% em relação ao ano anterior, representando US$ 55,97 bilhões dos US$ 91,8 bilhões em receita recorde. As pessoas claramente não se cansam do dispositivo principal da Apple, apesar de ajustes incrementais de design e de recursos.

"Estamos empolgados em informar a maior receita trimestral da Apple de todos os tempos, alimentada pela forte demanda por nossos modelos iPhone 11 e iPhone 11 Pro, além de recordes de todos os tempos de serviços e acessórios", disse Tim Cook, CEO da Apple, no relatório de resultados da empresa. "Durante o trimestre de férias, nossa base ativa instalada de dispositivos cresceu em cada um dos nosso segmentos geográficos e agora atingiu mais de 1,5 bilhão de aparelhos".

Os serviços captaram US$ 12,7 bilhões, e a categoria de outros produtos da Apple que inclui vestíveis foram responsáveis por US$ 10 bilhões. Cook disse durante a chamada de resultados financeiros que o Apple Watch estabeleceu um recorde de receita de todos os tempos durante o trimestre, apesar do fato de que a empresa se esforçou para produzir relógios o suficiente para atender a demanda.

É surpreendente que a Apple continue a estabelecer registros de lucro e receita com um smartphone topo de linha em um momento em que as vendas de smartphone estão diminuindo, embora essa tendência deva se reverter com o lançamento de redes 5G e telefones 5G durante 2020. Espera-se que a Apple lance pelo menos um iPhone 5G neste ano.

Porém, nem tudo é um mar de rosar no mundo da Apple. Computadores Mac e iPads não estão vendendo muito — a receita do iPad caiu 11%, enquanto na área de computadores houve uma queda de 3,4% (embora no ano passado a empresa tenha lançado produtos interessantes antes do último trimestre de 2018).

E a empresa está se preparando para os efeitos do coronavírus, que está se espalhando por toda a China. A Apple fechou uma loja na região de Wuhan, e Cook disse que a empresa está monitorando os desenvolvimentos na China e os efeitos em outras lojas e locais de fornecedores e componentes. O vírus pode afetar as receitas do segundo trimestre da Apple, que a empresa espera cair entre US$ 63 bilhões e US$ 67 bilhões.

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Startup fecha acordo com a NASA para criar um hotel espacial na ISS

Posted: 29 Jan 2020 03:12 AM PST

Um pequeno passo para uma startup, mas um grande salto para finalmente os ricaços irem para o espaço: a NASA anunciou nesta semana que escolheu a empresa Axiom Space para construir o primeiro módulo comercial para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Em post no blog da NASA, a agência disse que o projeto de anexar um hotel espacial à ISS foi um passo importante para “promover o crescimento de uma economia robusta na órbita terrestre baixa”, com o administrador da NASA Jim Bridenstine dizendo que “o trabalho da Axiom para desenvolver um destino comercial no espaço é um passo crítico para que a NASA atenda suas necessidades de longo prazo de treinamento de astronautas, pesquisa científica e demonstrações de tecnologia na órbita terrestre baixa.”

Segundo o TechCrunch, a Axiom foi cofundada em 2016 pelo CEO e ex-gerente do programa da ISS Michael T. Suffredini e tem planos de lançar sua própria estação espacial depois de demonstrar seus módulos na ISS.

Em uma seção do site da Axiom que anuncia viagens particulares ao espaço, Suffredini escreveu que “os astronautas voltam do espaço mudados, com uma perspectiva renovada da humanidade que permanece com eles o resto de suas vidas”, acrescentando que tal viagem “desperta algo que parece primordial e eterno.”

O TechCrunch observou que, em 2018, a empresa se uniu ao designer Philippe Starck para projetar como deveria ser os futuros módulos da estação especial com telas interativas e uma vista privilegiada da Terra e do redor do Espaço. A iniciativa da startup inicia uma espécie de corrida espacial com a Roscosmos, que já tem planos para lançar pessoas ricas para o Espaço.

Projeto do módulo da Axiom para a ISSIlustração: Axiom/Philippe Starck

A NASA tem avançado com seu plano para privatizar grande parte da ISS a partir de 2024 (apesar das preocupações do próprio inspetor-geral da agência de que isso poderia equivaler a gerir a estação como uma fonte de financiamento subsidiada pelo governo para interesses privados, em vez de gerir mais “pesquisa crítica em órbita” até 2028).

De acordo com o site NASA Spaceflight, a parceria NASA-Axiom tem como objetivo criar “um módulo de nó, um ambiente para a tripulação e um módulo de pesquisa e manufatura”, além de uma grande janela com vista panorâmica anexada ao ISS, embora a Axiom tenha liberado “quase zero detalhes sobre qualquer coisa em relação às especificidades sobre o tamanho do módulo, espaço habitável, se ele terá seu próprio sistema de propulsão, como ele será abastecido ou qual veículo de lançamento será usado para lançá-lo em direção à estação.”

O site diz, no entanto, que a Axiom já assinou um contrato de US$ 55 milhões com um passageiro em potencial e que pretendem separar os módulos numa “Estação Axiom” separada, no final da vida útil da ISS.

De acordo com o TechCrunch, os próximos requisitos da Axiom serão negociar termos e preços de seu contrato com a NASA e chegar a um cronograma para que ela tenha o módulo pronto.

“Terá Wi-Fi”, disse Suffredini ao New York Times no ano passado. “Todo mundo estará online. As pessoas poderão fazer telefonemas, dormir, olhar pela janela. […] As poucas pessoas que forem para a órbita como turistas, não terá uma experiência de luxo, será como acampar. […] Em breve enviaremos um mordomo com cada tripulação.”

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