domingo, 15 de março de 2020

Gizmodo Brasil

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Apple decide fechar todas as suas lojas fora da China devido ao coronavírus

Posted: 14 Mar 2020 03:00 PM PDT

Após cancelar o evento presencial da WWDC e optar pela transmissão online da conferência devido ao surto de coronavírus (COVID-19), a Apple agora anunciou que vai fechar todas as suas lojas fora da China até o dia 27 de março.

Em comunicado assinado por Tim Cook, o CEO da empresa diz que a medida foi tomada com base em aprendizados após o início do surto na China – onde agora todas as lojas já foram reabertas. "Uma das lições é que a maneira mais eficaz de minimizar o risco de transmissão do vírus é reduzir a concentração de pessoas e maximizar a distância social. À medida que as taxas de novas infecções continuam a crescer em outros lugares, estamos tomando medidas adicionais para proteger os membros da nossa equipe e nossos clientes".

Ainda segundo a empresa, os funcionários não serão afetados pela decisão e continuarão recebendo seu salário normalmente, incluindo aqueles que são pagos por hora. As políticas de afastamento também serão reavaliadas para atender às necessidades de saúde dos funcionários e seus familiares relacionadas ao COVID-19.

[Apple, TechCrunch]

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Satélites mostram a diminuição da poluição atmosférica da Itália após surto de COVID-19

Posted: 14 Mar 2020 01:00 PM PDT

Dados de satélite mostrando as emissões de dióxido de nitrogênio sobre o norte da Itália em 7 de março (esquerda) e 8 de fevereiro (direita)

Depois da China, a Itália foi o segundo país mais atingido pela pandemia de COVID-19 em todo o mundo. Em um esforço para conter o número de casos, o governo italiano restringiu as viagens no norte da Itália — o epicentro da pandemia no país — antes de estender as restrições a todo o país.

Em circunstâncias similares, os cientistas tinham observado uma enorme queda na poluição chinesa que era visível do espaço. Na época, Fei Liu, pesquisador de qualidade do ar da NASA, disse que era a primeira vez que via “uma queda tão dramática em uma área tão ampla para um evento específico”. Agora, parece que a mesma coisa está acontecendo no norte da Itália, já que a região está parando.

O satélite Sentinel-5 da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) é capaz de rastrear todos os tipos de poluição causada pelo homem, incluindo dióxido de nitrogênio. Essas emissões provêm dos escapamentos dos carros e da produção de eletricidade, particularmente das centrais elétricas alimentadas a carvão. Com a Itália restringindo severamente as viagens e setores inteiros da economia essencialmente fechando e utilizando menos energia, parece que as emissões de dióxido de nitrogênio diminuíram.

As imagens feitas por Santiago Gassó, pesquisador de ciências atmosféricas da NASA, mostra a grande diferença de antes e depois do surto de COVID-19. As imagens no topo da página mostram as emissões de dióxido de nitrogênio em 7 de março e 7 de fevereiro, respectivamente.

Santiago tuitou que os dados ainda precisam de uma verificação mais formal, mas ele disse ao Gizmodo em um e-mail que “nas últimas 48 horas, os colegas pesquisadores têm postado tendências similares de outros sensores, e mesmo essa manhã a ESA exibiu um vídeo confirmando o que eu apontei. Então, de fato, a tendência parece real”.

O vídeo em questão mostra que a queda na poluição é extremamente rápida. Os dados do Sentinel-5 no vídeo da ESA vão de janeiro a meados de março. A mancha vermelha e laranja de poluição sobre o norte da Itália vai diminuindo pouco depois de o governo ter emitido as ordens de bloqueio no domingo passado.

A queda na poluição é uma coisa boa, particularmente num momento em que as pessoas com problemas respiratórios pré-existentes enfrentam riscos maiores com a COVID-19. Mas a causa da queda é definitivamente ruim. Dados rastreados pela Universidade Johns Hopkins mostram que, desde sexta-feira à tarde, já houve mais de 1.000 mortes na Itália em meio a mais de 15.000 casos relatados.

O número de casos em outros países continua a subir. Do mesmo modo, as precauções para evitar a propagação do coronavírus também aumentaram. Diversos países anunciaram medidas de cancelamento de grandes eventos, por exemplo. É provável um declínio acentuado da poluição em outras partes do mundo, à medida que as pessoas tentam impedir que a doença se espalhe ainda mais.

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Instagram remove filtros que afirmam detectar novo coronavírus

Posted: 14 Mar 2020 10:30 AM PDT

Ícone do aplicativo do Instagram

A atual pandemia de COVID-19 tem desencadeado uma série de preocupações em todo o mundo, deixando as pessoas em estado de alerta. A Europa foi declarada como o novo epicentro do vírus, enquanto o presidente norte-americano Donald Trump declarou estado de emergência na última sexta-feira (13), e o Brasil já soma 98 casos confirmados.

Como se já não bastassem as fake news causando dúvidas e pânico entre as pessoas, parece que alguns usuários estão criando filtros no Instagram sobre o coronavírus. Isso inclui desde efeitos de realidade aumentada que afirmam diagnosticar ou curar a doença até quizzes sobre qual marca de papel higiênico você deveria estocar.

Ciente disso, o Instagram decidiu remover efeitos que prometem diagnóstico ou cura, além de esconder outros filtros relacionados ao coronavírus dos resultados de pesquisas – a menos que eles tenham sido desenvolvidos em parceria com uma organização de saúde reconhecida.

“Removemos os efeitos publicados anteriormente e rejeitamos todos os novos efeitos que pretendem prever, diagnosticar, tratar ou curar o coronavírus”, escreveu o Facebook em uma publicação para os criadores de realidade aumentada.

Para ajudar no combate à disseminação de COVID-19, nas próximas semanas, a rede social também vai inserir mensagens com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no topo do feed dos usuários em países com casos confirmados da doença.

[Engadget]

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Trump aprova projeto de lei que impede acordos de operadoras rurais com a Huawei

Posted: 14 Mar 2020 08:00 AM PDT

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na quinta-feira (12) o projeto de lei de “desmonte e substituição”, legislação que corta efetivamente o acesso aos subsídios dos EUA para empresas como Huawei Technologies, ZTE e qualquer outro fabricante estrangeiro que as autoridades considerem um risco à segurança nacional, segundo uma reportagem da Reuters.

A Lei das Redes de Comunicações Seguras e Confiáveis, que antes passava pela Câmara e pelo Senado com aprovação unânime, também aloca US$ 1 bilhão para ajudar as operadoras de telefonia rurais a “desmontar” seus equipamentos e infraestrutura existentes desses provedores proibidos e substituí-los.

O Departamento de Justiça dos EUA emitiu várias acusações contra a Huawei, líder mundial em equipamentos de telecomunicações e um de seus maiores fabricantes de celulares, alegando que a empresa conspirou para roubar segredos comerciais, cometer fraudes eletrônicas e se envolver em extorsão ilegal. A Huawei nega firmemente essas alegações, chamando-as de “injustas e infundadas”, e argumenta que elas são apenas uma ferramenta para as autoridades prejudicarem a concorrência e alavancarem os negócios dos EUA.

Em comunicado à imprensa, a Casa Branca disse que essa legislação “ajudará a proteger a rede de comunicações vital de nossa nação e também garantirá que os Estados Unidos atinjam seu potencial em 5G”.

E, embora a apropriação de US$ 1 bilhão em doações venha mais tarde, a Rural Wireless Association ainda chamou a medida de um importante “primeiro passo para garantir o financiamento necessário para substituir as operadoras rurais”, informou a Reuters.

Essa proibição ocorre em um momento em que a Huawei continua avançando em suas tentativas de implantar sua rede 5G no exterior. No mês passado, o presidente da Huawei, Liang Hua, anunciou que a empresa deseja investir 200 milhões de euros (221 milhões de dólares) para construir uma estação base na França para ajudá-los a abastecer todo o mercado europeu com seus equipamentos de rede. As autoridades francesas também planejam aprovar o equipamento da Huawei para uso na rede 5G do país, de acordo com um relato recente da Reuters.

[Reuters]

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O interferon, fabricado por cubanos, cura o novo coronavírus? Não é bem assim

Posted: 14 Mar 2020 05:30 AM PDT

Lenços de papel e remédios

Relatos sobre uma suposta vacina desenvolvida por Cuba e um medicamento produzido pela ilha que teria curado mais de 1.500 pacientes na China começaram a circular nas redes sociais nesta semana. Mas, será que é isso mesmo? O Gizmodo Brasil foi atrás da história para saber se era verdade.

De bate pronto, dá para dizer que ainda não há vacina: o próprio veículo estatal cubano que divulgou notícias sobre as soluções do país para o coronavírus diz que tudo estaria em fase de pesquisa, em parceria com o governo chinês. O furor nas redes causou a desinformação e muita gente entrou na onda.

O curioso é que a notícia da imprensa cubana é de fevereiro, assim como o tuíte do presidente Miguel Díaz-Canez que divulgou o feito — somente nesta semana a informação ganhou força no Brasil. De acordo com o jornal cubano Granma, o remédio Interferon alfa 2B tem sido utilizado para tratar pacientes com coronavírus na China e tem sido produzido numa fábrica cubana Chang-Heber, localizada na cidade de Changchun, província de Jilin, na China, desde 25 de janeiro. O Interferon foi originalmente descoberto em 1957 pelo bactereologista britânico Alick Isaacs e o microbiólogo suíço Jean Lindenmann.

Interferon para tratar coronavírus

Sobre o medicamento, é bem possível que tenha sido mesmo usado, mas não se trata de um método recomendado para o tratamento de COVID-19, nome da doença causada pelo novo coronavírus, segundo o Dr. João Prats, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que conversou com o Gizmodo Brasil. A droga é utilizada, principalmente, para o tratamento de hepatite C, mas foi deixada de lado com o advento de novas terapias.

“Durante a minha formação de infectologista e até um pouco depois, era muito utilizado [o Interferon] para o tratamento da hepatite C. Eu tratei muita gente com ele. Agora, os tempos mudaram, os novos remédios de ação direta contra o vírus vieram e substituíram completamente o Interferon”, diz Prats.

Segundo o infectologista, a droga potencializa a resposta do corpo contra um vírus, seja ele da hepatite ou o coronavírus. “Ele não é um anti-viral, ele é como se fosse um imuno-modulador — ele modula a sua defesa para atacar o vírus. Só que isso não é maravilhoso, infelizmente é um remédio com muito efeito adverso e eficácia ruim por não ter ação direta”, explica.

De forma didática, o Interferon funciona como um alerta no corpo que ativa a resposta imunológica. Porém, se o corpo exagera na resposta, é possível causar inflamações e piorar a doença.

No entanto, a droga pode ter sido utilizada por alguns países na tentativa de tratar pacientes com o coronavírus, inclusive na China, com o uso do medicamento de fabricação cubana.

Uma reportagem do El País aponta, por exemplo, que a Espanha tem feito um tratamento experimental usando lopinavir/ritonavir, também usado para combater infecções pelo HIV, junto ao interferon beta. O Japão também tinha anunciado tratamentos experimentais com drogas utilizadas para a AIDS.

alguns artigos científicos publicados que dedicam-se ao uso de Interferons para o tratamento de outros coronavírus, como o SARS.

O Dr. João Prats alerta, no entanto, que não é um tratamento definitivo, apenas pesquisa. “A gente não tem nenhum trabalho científico publicado sobre os efeitos de drogas A ou B em seres humanos a respeito do coronavírus. Uma das drogas que pode ter um efeito interessante é o Interferon, mas veja, tem cientista testando Interferon, tem gente tentando Cloroquina, tem gente tentando Lopinavir que é um remédio do HIV, tem o Remdesivir que parece bastante promissor. Não tem nada conclusivo, a recomendação atual é que não se use nenhum tratamento desses ainda, só em protocolo de pesquisa”, diz.

Tratamento atual para o COVID-19

Se essas drogas são utilizadas apenas para pesquisa científica, qual é o tratamento usado atualmente para os pacientes com coronavírus? O Dr. Prats explica que se aplica um tratamento de suporte: “A gente dá suporte para as funções dos órgãos, enfim, cuida do pulmão, cuida dos rins, cuida do coração, mas não dá um remédio que trata diretamente o vírus, ainda não tem nenhuma recomendação assim porque está tudo em protocolo de pesquisa essas drogas. Precisamos tratar os sintomas e as disfunções que o vírus causar”, explica.

Porém, é possível que surja uma droga específica para o coronavírus em breve. Em situações de emergência como a do COVID-19, centros de pesquisa se esforçam para encontrar soluções e agências reguladoras como a Anvisa e o FDA (dos EUA) podem ter um protocolo de urgência para a aprovação, desde que artigos científicos demonstrem a capacidade da droga contra a doença.

“Pula-se algumas etapas de regulação das medicações e aprovam, quando você não tem opções terapêuticas para uma situação de epidemia. Isso aconteceu, por exemplo, com um coquetel pro ebola, uma droga para Influenza em 2009 que foi aprovada no mesmo ano. Para situações urgentes, pode haver uma aprovação ultrarrápida. Assim que sair as pesquisas, pode ser que alguns países já tentem padronizar essas drogas para uso, não é nada impossível,” conclui o Dr. Prats.

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