sábado, 7 de março de 2020

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Humanos extintos podem ter transmitido tecnologia de pedras para milhares de gerações

Posted: 06 Mar 2020 02:21 PM PST

Arqueólogos na Etiópia descobriram fragmentos de crânio e ferramentas pertencentes ao Homo erectus, um dos hominídeos mais bem sucedidos que já existiram. É importante ressaltar que as ferramentas de pedra recém-descobertas vieram de duas tradições tecnológicas diferentes, destacando a diversidade e a flexibilidade desses hominídeos extintos.

Quando se trata de espécies humanas extintas, os neandertais tendem a dominar os holofotes. Mas outro grupo de humanos primitivos, o Homo erectus, é igualmente merecedor do nosso amor e atenção.

O H. erectus surgiu na África há cerca de 2 milhões de anos — uma estreia que ocorreu cerca de 1,7 milhão de anos antes do aparecimento de nossa espécie, Homo sapiens. Não está claro se somos descendentes diretamente dessa espécie (o Homo heidelbergensis é um candidato mais provável), mas certamente compartilhamos um ancestral comum. Como hominídeo, o H. erectus teve bastante sucesso, com uma faixa geográfica que se estendia à Eurásia e Indonésia e um mandato que finalmente terminou entre 117.000 e 108.000 anos atrás.

A escassez de evidências fósseis tornou desafiador para os arqueólogos o estudo dessa espécie, mas novas pesquisas publicadas revista científica Science Advances estão colocando essas pessoas notáveis ​​em um foco mais claro. O novo artigo foi liderado por Sileshi Semaw, do Centro Nacional de Pesquisa em Evolução Humana, na Espanha, e pelo Projeto de Pesquisa Paleoantropológica Gona, na Etiópia.

Ferramentas de pedra encontradas no site da DAN5, na Etiópia. Imagem: Michael J. Rogers, Universidade Estadual do Sul de Connecticut

Fragmentos de crânio de dois indivíduos foram descobertos recentemente em Gona, Afar, Etiópia, ao lado de ferramentas de pedra associadas — uma raridade na arqueologia. Ainda mais rara é a descoberta de ferramentas de pedra oriundas de duas tradições tecnológicas diferentes, uma descoberta que pode alterar uma noção convencional que associa espécies humanas únicas a tecnologias de ferramentas de pedra únicas. As descobertas também estão lançando uma nova luz sobre os hábitos alimentares do H. erectus e as diferenças físicas que existiam entre homens e mulheres.

Os fragmentos do crânio foram encontrados em dois locais diferentes, localizados a 5,7 quilômetros de distância: Norte de Dana Aoule (DAN5) e Norte de Busidima (BSN12). O fragmento de crânio feminino, designado DAN5/P1, foi datado de 1,26 milhão de anos, e o fragmento de crânio masculino, BSN12/P1, foi datado de 1,6 milhão a 1,5 milhão de anos.

Mapa da área de estudo de Gona. Imagem: Michael J. Rogers, Universidade Estadual do Sul de Connecticut

Arqueólogos e antropólogos caracterizam ferramentas de pedra primitivas com base em seu nível de sofisticação e período em que foram construídas. Tão importantes são as ferramentas de pedra para a arqueologia que hominídeos e subgrupos culturais inteiros são identificados de acordo com seu modo de indústria lítica. O povo Clovis da América do Norte é um bom exemplo — um grupo de humanos literalmente conhecido por suas icônicas Lanças Clovis.

De relevância para o novo estudo, os autores referenciam as ferramentas Mode 1, nas quais várias peças são presas em uma pedra para produzir arestas afiadas, e as ferramentas Mode 2, que são mais complexas, com todos os lados desgastados para produzir uma espécie de machado de mão. As ferramentas Mode 1 também são chamadas de ferramentas Oldowan e as Mode 2 como Acheulian.

As evidências arqueológicas existentes sugerem que o H. erectus construiu as ferramentas Mode 2, enquanto os grupos de hominídeos anteriores inventaram e usaram as ferramentas do Mode 1. O novo estudo, no entanto, sugere que o H. erectus usou ferramentas de pedra Oldowan e Acheulian ao longo de centenas de milhares de anos, o que vai contra a visão de uma única espécie/única tecnologia dos primeiros seres humanos.

“As evidências de Gona sugerem que o H. erectus tinha diversidade comportamental e flexibilidade no nível populacional, com um uso prolongado e simultâneo das tecnologias Mode 1 e Mode 2″, escreveram os autores do novo estudo.

Os pesquisadores atribuíram a variabilidade na tecnologia da pedra a vários fatores, como proximidade com matérias-primas, mudanças no ambiente ao longo do tempo, população, tamanho e grau de contato com outros grupos. O novo artigo também é significativo, pois documenta a presença de fragmentos de crânio de hominídeos com os dois tipos de ferramentas de pedra em vários locais.

Michael Rogers, pesquisador do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual do Sul de Connecticut e coautor do novo artigo, disse que a perspectiva de uma única espécie/única tecnologia do Homo primitivo provavelmente remonta às descobertas de Mary e Louis Leakey sobre o Homo habilis e as ferramentas de pedra básicas no desfiladeiro Olduvai da Tanzânia na década de 1960.

"Mary Leakey chamou essas ferramentas simples de pedra de ‘Oldowan’ e agora elas são reconhecidas como as primeiras ferramentas habitualmente conhecidas usadas por nossos ancestrais, as mais antigas datadas de 2,6 milhões de anos atrás, em locais como Gona e Ledi na Etiópia", disse Rogers ao Gizmodo. "Mais tarde, quando o Homo erectus foi descoberto na África, um hominídeo com um tamanho cerebral maior que o H. habilis, reconheceu-se que uma ferramenta mais sofisticada era frequentemente encontrada em associação indireta – que seriam os machados e picaretas de mão, com formas propositais e maiores, da tecnologia acheuliana (Mode 2)".

Os coautores do estudo Michael Rogers (esquerda) e Sileshi Semaw (direita) segurando o crânio DAN5.

Essa história, pelo menos em um nível básico, faz sentido: quanto maior o cérebro, melhor a tecnologia. Além disso, o extenso período de tempo das ferramentas de pedra do H. erectus e Acheulian, que duraram mais de um milhão de anos (de 1,7 milhão a 300.000 anos atrás), serviu para reforçar essa correlação simples entre espécies humanas primárias e tecnologia de pedras, explicou Rogers. À medida que mais fósseis e artefatos estão sendo descobertos, no entanto, os arqueólogos estão percebendo que “a história da tecnologia humana inicial não é tão simples”, disse Rogers, mesmo que os contornos gerais da história ainda sejam amplamente válidos.

A chave para a nova descoberta foi demonstrar que os fósseis e as ferramentas de pedra eram relacionados. Isso provou ser um processo bastante simples no local do BSN12, no qual o fragmento do crânio e duas ferramentas acheulianas estavam cobertas pela mesma cinza vulcânica. Os cientistas encontraram subsequentemente artefatos adicionais, também conhecidas como ferramentas Mode 1, dentro da mesma camada de cinzas.

Quanto ao local DAN5, no entanto, isso exigiu mais “paciência” e literalmente anos de trabalho duro, de acordo com Rogers. O fragmento do crânio foi encontrado em associação com as ferramentas do Mode 1, mas os artefatos do Mode 2 foram encontrados próximos à superfície e não puderam ser imediatamente ligados ao fóssil. Uma escavação subsequente, a apenas 50 metros de distância, revelou mais ferramentas do Mode 2 na camada do solo, mas não imediatamente ao lado do fragmento do crânio. Os pesquisadores continuaram a analisar o local ao redor do crânio por muitos anos, encontrando eventualmente os artefatos do Mode 1 e do Mode 2.

Essa descoberta também está adicionando nova cor às nossas concepções das tradições culturais da Idade da Pedra, em termos de como elas se originaram e como foram mantidas por longos períodos de tempo. De acordo com a  explicação de Rogers, as novas evidências sugerem que as populações locais de H. erectus em Gona construíram as ferramentas de pedra Mode 1 e Mode 2, mas dado o registro arqueológico mais amplo na África de 1,7 milhão a 1 milhão de anos atrás, é totalmente plausível que diferentes grupos de H. erectus podem ou não ter feito ferramentas de pedra no Mode 2.

"O fato de que a tradição do Mode 2 parece ser conservada por tanto tempo e por longas distâncias levanta questões sobre a funcionalidade das ferramentas de pedra do Mode 2, a força das tradições culturais e o grau de interações entre grupos amplos", disse Rogers ao Gizmodo. “É notável que a tradição do Mode 2 tenha sido transmitida com sucesso por milhares de gerações, especialmente à luz da variabilidade que estamos vendo nos registros paleoantropológicos”.

A implicação dessas descobertas, disse Rogers, é que é necessário um melhor entendimento das “condições sob as quais certos artefatos da Idade da Pedra foram criados”, sejam fatores ambientais, funcionais, sociais ou culturais.

Dentes do crânio DAN5. Imagem: Scott W. Simpson, Universidade Case Western Reserve

Os próprios fragmentos do crânio forneceram novas pistas sobre o dimorfismo sexual existente em H. erectus, ou seja, diferenças físicas entre homens e mulheres. O crânio feminino, DAN5/P1, é menor e mais fino em comparação com o dos homens. Foi determinado que o crânio pertencia a uma jovem adulta, uma vez que todos os seus molares haviam crescido e que alguns dentes exibiam sinais de desgaste (ela até tinha um dente do siso, que normalmente nasce aos 18 anos em humanos modernos).

Curiosamente, o DAN5/P1 é agora o menor crânio de H. erectus já encontrado na África, apontando para uma variabilidade física significativa da espécie como um todo. O que faz sentido, como escreveram os autores no estudo:

A ampla dispersão e provável baixa densidade populacional de H. erectus criaram oportunidades para o desenvolvimento anatômico regional [diferenças físicas] devido a períodos de interrupção do fluxo gênico [isto é, isolamento do grupo]. Como demonstrado por estudos recentes de DNA antigo, os hominídeos poderiam e de fato se reconheceram como parceiros viáveis, mesmo após muitas centenas de milhares de anos de separação, de modo que uma interrupção temporária no fluxo gênico não resulta necessariamente em especiação.

Uma análise isotópica de um dente retirado do fóssil DAN5/P1 aponta para uma dieta onívora diversa. Esses humanos provavelmente consumiam plantas, ovos, insetos e herbívoros. Rogers disse ao Gizmodo que essa população específica de H. erectus parece ter adquirido seus alimentos de um ambiente florestal, o que foi inesperado, uma vez que as espécies adotaram uma dieta orientada para pastagens em outras partes da África Oriental. Novamente, “nosso estudo documenta mais variabilidade física e comportamental do que havíamos visto antes”, disse Rogers.

É importante ressaltar que isso foi o resultado de anos de trabalho. Descobertas como essas não acontecem da noite para o dia; elas exigem enormes quantidades de trabalho físico e mental.

“Devemos uma gratidão aos nossos colegas da Afar, com quem trabalhamos há mais de 20 anos em Gona”, disse Rogers ao Gizmodo. “São eles que encontram a maioria dos fósseis e artefatos, escavam a maioria dos locais e vasculham a maioria dos sedimentos em busca de nossa ancestralidade comum”.

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Três filmes para você que gosta de ficção científica

Posted: 06 Mar 2020 01:09 PM PST

A ficção científica é um gênero que normalmente traz feitos científicos ou técnicos que poderiam acontecer no futuro – fundamento esse que faz com que ela se diferencie do gênero fantástico, da pura ficção. É esse caráter crível, essa possibilidade, que a torna tão existencial e dramática. É mais do que um exercício de imaginação, de futurologia; é sobre reflexos, contextos sociais e os caminhos que a vida tomou para chegar numa possível distopia. A melhor mídia para retratar esses caminhos visual e narrativamente de um jeito verossímil? O cinema.

Pensando nisso, em parceria com o Telecine, separamos algumas indicações para você que gosta de ficção científica. Confira!

Eu, robô

Clássico da ficção científica. Em 2035 a existência de robôs é algo corriqueiro, sendo usados constantemente como empregados e assistentes dos humanos. Os robôs possuem um código de programação chamado Lei dos Robóticos, que impede que façam mal a um ser humano. Esta lei parece ter sido quebrada quando o Dr. Miles aparece morto e o principal suspeito de ter cometido o crime é justamente o robô Sonny.

Inspirado na obra homônima de Isaac Asimov, o longa aborda temas como o próprio conceito de existência e consciência. Discussões como estas, que certamente poderiam parecer absurdas na década de 1940, época em que Asimov criou as Três Leis da Robótica, hoje se tornam cada vez mais pertinentes graças aos colossais avanços tecnológicos.

Assista no streaming do Telecine.

Metrópolis

Metrópolis, ano 2026. Os poderosos ficam na superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na Cidade dos Trabalhadores. O longa se desenrola nesse cenário de segregação e opressão.

A história não é centrada unicamente na dominação da tecnologia e alienação dos trabalhadores e dos mestres. Há um fortíssimo conteúdo político e ideológico no longa: visões que dão a Metrópolis uma crítica ao fascismo e referências ao comunismo; cristianismo e messianismo; e a dualidade entre o feminismo e o machismo.

Assista no streaming do Telecine.

Depois da terra

Há 1000 anos, um cataclismo tornou a Terra um lugar hostil e forçou os humanos a se abrigarem no planeta Nova Prime, morando em naves espaciais. Depois de uma missão, o general Cypher Raige retorna à sua família, mas uma chuva de asteroides faz com que a nave onde moram caia na Terra. Com o pai correndo risco de morte, seu filho deverá aprender sozinho a domar este planeta, encontrando água, comida e cuidando de seu pai.

Temas como a relação homem x natureza e as relações familiares são o ponto motivacional para a narrativa. Depois da Terra apresenta um ambiente vívido e verdejante, em que a natureza evoluiu de forma soberana e livre da presença de pessoas por mil anos.  A premissa é simples: mostrar que em meio a adversidades reais é possível atingir metas que não foram cumpridas em situações simuladas. Para isso, é utilizado o clássico artifício do monomito.

Assista no streaming do Telecine.

Este conteúdo é apresentado pelo Telecine, única plataforma dedicada exclusivamente a filmes. E vale lembrar que agora o Telecine é bem mais do que canais na sua televisão. Ele é também streaming para você assistir ao filme que quiser, pelo dispositivo que quiser e onde quiser.  Ao todo, o catálogo é formado por mais de 2.000 títulos, dos clássicos aos lançamentos saídos do cinema. Conheça os planos disponíveis e assine já!

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Perguntas e respostas sobre o coronavírus: máscaras, prevenção e outras dúvidas

Posted: 06 Mar 2020 01:03 PM PST

O surto em curso de um coronavírus recém-descoberto e às vezes fatal faz com que muitas pessoas se perguntem o quanto deveriam alterar suas vidas diárias para evitar infecções. A doença conhecida como COVID-19 está se espalhando por vários países – no Brasil, já são 13 casos confirmados. Por isso, compilamos respostas para as perguntas mais comuns enviadas por nossos leitores, amigos e colegas de trabalho.

Quanto tempo o vírus pode sobreviver em superfícies? Os sprays e toalhas desinfetantes funcionam contra ele?

Ainda há muitas incógnitas sobre o novo coronavírus, oficialmente chamado SARS-CoV-2. Isso inclui coisas como quanto tempo ele pode sobreviver fora do corpo. Mas os coronavírus não são uma nova ameaça para as pessoas em geral: outros tipos regularmente causam o resfriado comum, e o novo vírus é geneticamente próximo ao vírus da SARS, amplamente estudado. Isso significa que podemos fazer algumas suposições bem informadas sobre o assunto, de acordo com Marcus Plescia, diretor médico da Associação de Agentes Estaduais e Territoriais de Saúde, que representa agências de saúde pública estaduais e locais nos EUA.

Plescia disse ao Gizmodo que o vírus provavelmente só pode “viver” em superfícies por algumas horas, no máximo. E não há nada de especial em sua biologia que o torne impermeável aos desinfetantes domésticos, portanto eles devem funcionar também. (Ontem, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA divulgou uma lista de desinfetantes recomendados.) As autoridades de saúde alertaram que a exposição a superfícies ou objetos contaminados com o vírus pode ser uma possível fonte de transmissão, mas o maior risco de pegá-lo permanece o contato próximo com pessoas infectadas e respirando gotículas da tosse ou espirro de alguém.

As máscaras faciais são eficazes para impedir a propagação desse coronavírus? Eles vão me proteger?

As máscaras cirúrgicas – as que você mais costuma ver as pessoas usando em público – são melhores para captar as partículas virais muito pequenas que uma pessoa infectada tosse do que para impedir que uma pessoa saudável entre em contato com partículas virais. As máscaras que formam uma vedação contra a face e contêm filtros de ar embutidos são mais eficazes na prevenção da transmissão, mas devem se encaixar corretamente e devem ser colocadas e retiradas corretamente para serem eficazes.

Especialistas com quem o Gizmodo conversou argumentaram que as máscaras podem ter um efeito positivo indireto, porque lembra as pessoas de não tocarem seus rostos. Mas em muitos lugares agora, o suprimento doméstico de máscaras faciais pode acabar, o que representa um risco para os profissionais de saúde (que usam máscaras como parte crucial da segurança no trabalho). Portanto, nosso melhor conselho, por enquanto, é usar uma máscara se você estiver doente ou cuidar de uma pessoa doente, e continuar lavando as mãos com frequência, evitando tocar no rosto e mantendo distância de outras pessoas para evitar a infecção.

Devo cancelar minha viagem?

Não existe uma resposta simples. No Brasil, ainda não há transmissão sustentada (entre pessoas que não viajaram e nem tiveram contato com indivíduos infectados), então não é necessário se preocupar tanto com viagens locais. Se você planeja viajar para o exterior, é importante verificar a lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de países onde há evidências de surto do vírus.

Além disso, muitos países ainda estão tentando conter seus surtos através de quarentenas e isolamento, e a situação está mudando diariamente. Portanto, você deve se preparar para a possibilidade de ficar preso em algum lugar mais do que o esperado (traga remédios extras, um laptop, etc.). Muitas empresas também estão começando a aprovar suas próprias restrições de viagem, enquanto as organizações estão cancelando grandes reuniões e convenções, portanto, fique de olho em todos os eventos dos quais você planeja participar.

Devemos parar de cumprimentar com apertos de mãos?

A parte potencialmente perigosa de apertar as mãos durante esse surto não é o contato com o outro – é tocar seus olhos, boca ou nariz com as mesmas mãos imediatamente depois. Portanto, se você não quiser se sentir mal-educado, ainda pode cumprimentar alguém, mas lave as mãos o mais rápido possível com água e sabão ou use um desinfetante para as mãos com pelo menos 60% de álcool.

As pessoas também estão adotando ou usando rapidamente outras maneiras de cumprimentar, como tocar com os cotovelos ou fazer uma leve reverência. Então vá em frente e crie uma nova tendência!

Qual a probabilidade de o vírus se tornar uma praga anual e sazonal como a gripe?

Nós não sabemos. Os recentes surtos de doenças recém-descobertas como a SARS começaram fortes, mas se espalharam em questão de meses para nunca mais voltar. Outras doenças, como o Zika, foram introduzidas em novas partes do mundo, como a América do Sul, causando epidemias generalizadas em 2016. Mas, embora o Zika continue infectando as pessoas por aqui, esses surtos não são tão potentes quanto antes.

O COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, certamente poderia seguir o caminho do zika, tornando-se um resfriado leve como os causados ​​por outras espécies de coronavírus. Mas não é uma regra que novas doenças que se tornam endêmicas sempre diminuam (prova disso: HIV). Da mesma forma, há a esperança de que temperaturas mais altas possam atenuar o surto, preparando o cenário para que ele se transforme em uma doença sazonal como a gripe. Mas isso não é garantia, já que estamos vendo o COVID-19 aparecer nos países mais quentes da América do Sul e da Austrália, em pleno verão.

Algum remédio natural pode curar o coronavírus?

A lista de remédios caseiros recomendados para o coronavírus, a partir da experiência deste repórter, até agora inclui extrato de sabugueiro, alho e vários chás de ervas. Em outros lugares, alguns já tentaram vender coisas como homeopatia e prata líquida.

A verdade é que, comparadas às infecções bacterianas, as infecções virais são apenas mais difíceis de tratar. Não há tratamentos aprovados para o coronavírus, embora existam alguns medicamentos antivirais experimentais e off label sendo testados agora e que tenham se mostrado promissores.

Como a maioria das pessoas (em torno de 85%, se não mais) terá sintomas leves, mais como um resfriado do que uma pneumonia com risco de vida, medicamentos de venda livre, incluindo acetaminofeno e anti-inflamatórios não esteroides (por exemplo, ibuprofeno) deve ajudar com sintomas de febre. Pastilhas de zinco também foram mencionadas como uma maneira de prevenir ou reduzir infecções por coronavírus, mas não há fortes evidências de que eles possam funcionar.

Você deve confiar em remédios caseiros para mantê-lo protegido contra o coronavírus? Provavelmente não, e você definitivamente não deve confiar em nenhum produto que está sendo vendido como uma “cura”. Mas desde que você não esteja evitando cuidados médicos reais ou tomando qualquer medicamento que possa interagir mal com um remédio caseiro, não é o fim do mundo se você beber alguns smoothies de alho. O efeito placebo é muito real, afinal.

Como posso agir de forma responsável durante tudo isso?

Essa pergunta abrange muitas preocupações que as pessoas tiveram, desde se deveriam estocar suprimentos domésticos até se ainda é bom visitar seus parentes mais velhos.

O vírus pode se espalhar por pessoas que não apresentam sintomas, mas não acreditamos que esses casos silenciosos sejam os principais responsáveis ​​pelo surto. Há relatos de que o período de incubação do vírus – o tempo que leva para mostrar os sintomas após a infecção – dura 27 dias, mas, novamente, a maioria das pessoas parece ficar doente dentro de duas semanas e até dois dias após a infecção. Portanto, se você não estiver se sentindo doente, seria bom visitar e passar um tempo com pessoas de alto risco (idosos e/ou pessoas imunocomprometidas) sem se preocupar com a infecção; certifique-se de seguir todos os conselhos usuais, no entanto, como lavar as mãos com frequência.

Você também pode estar se perguntando o quão preocupado e proativo você deveria estar. Durante semanas, especialistas em saúde pública e repórteres (incluindo este) compararam o COVID-19 à gripe, que mata regularmente dezenas de milhares de pessoas nos EUA. Embora as pessoas devam levar a gripe mais a sério, esse surto não é algo a ser ignorado – será pior do que uma temporada típica de gripe.

Ao contrário da gripe, não temos uma vacina ou tratamentos para atenuar o impacto ou a propagação do COVID-19. Embora sua verdadeira taxa de mortalidade não seja clara, é provável que seja várias vezes mais mortal que a gripe, especialmente para pessoas mais velhas e imunocomprometidas. No momento, as agências de saúde estão tentando encontrar e conter surtos locais da doença. Mas esses esforços provavelmente falharão e você deve se preparar para fazer mudanças a fim de manter você e seus entes queridos em segurança.

Você não precisa transformar drasticamente sua vida ainda. Mas talvez você possa comprar um suprimento maior de alimentos não perecíveis e outras coisas que você usa regularmente, especialmente sabão. Se você tem uma doença crônica que requer medicação, verifique se você tem um suprimento constante de prescrições que podem durar algumas semanas.

Se o COVID-19 começar a se espalhar na sua cidade, comece a trabalhar de casa, se puder. Se você estiver doente (mesmo que você pense que é apenas um resfriado leve), definitivamente fique em casa e longe dos outros. Se você estiver gravemente doente – a ponto de ter problemas para respirar – consulte um médico para fazer o teste. Infelizmente, todas essas coisas serão muito mais difíceis de fazer para as pessoas que trabalham com salários baixos e sem licença remunerada.

Em termos gerais, não há problema em sentir medo quando você ouvir alguém tossir e evitar reuniões sociais com grandes grupos de pessoas. Mas não deixe esse medo se transformar em ódio e preconceito contra outras pessoas – o vírus não se importa com a etnia das pessoas que infecta, e você também não deveria.

A maioria das pessoas que ficam doentes, principalmente crianças pequenas, conseguem lidar bem com a doença, e isso é bom. Mas também não descarte isso como um incômodo inofensivo – é melhor fazer planos agora, antes que a situação piore.

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Procon-SP vai notificar Apple depois de acordo milionário para indenizar donos de iPhone nos EUA

Posted: 06 Mar 2020 11:14 AM PST

A Apple foi processada nos EUA por deixar os iPhones mais lentos depois de uma atualização de sistema. Esta semana, a empresa fechou um acordo para ressarcir donos do aparelho, e o valor total pode chegar a US$ 500 milhões. E no Brasil? Bom, o Procon-SP também fez essa pergunta e notificou a Apple para saber a resposta.

A informação foi dada em primeira mão na coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo. Ao G1, o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, disse que o órgão quer que a Apple informe se pretende pagar os consumidores brasileiros, “uma vez que o produto é o mesmo, o dano e a lesão são idênticos”. A Apple se recusou a comentar o caso.

A ação do Procon-SP não é a primeira a interpelar a Apple para obter ao menos uma posição da empresa sobre o BatteryGate.

Recapitulando o que foi o BatteryGate: em 2017, uma atualização do iOS deixou os telefones mais lentos. Testes de benchmark mostraram a queda no desempenho, e a Apple, por fim, admitiu que o código do sistema limitava o hardware por causa do desgaste da bateria.

Para tentar compensar isso, a empresa ofereceu um programa de trocas de bateria de iPhones a preços mais baratos inclusive no Brasil. Mesmo assim, ações coletivas nos EUA e das promotorias da França e da Itália obtiveram vitórias contra a companhia.

Tilt, do UOL, mostrou como estão e que fim levaram alguns dos processos e investigações contra a Apple. A Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, abriu investigação, mas a arquivou depois de considerar que não havia provas suficientes. O mesmo foi feito pelo Procon do Rio de Janeiro e pelo Procon do Paraná.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) recebeu reclamações de consumidores, mas não ingressou com uma ação porque o Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI) já havia feito isso. Ele pedia indenização de quase R$ 1 bilhão por danos morais e o ressarcimento dos valores pagos nos aparelhos. Nas duas primeiras instâncias, a Justiça recusou o pedido, mas há recursos aguardando no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Pão de Açúcar agora tem loja em que é possível driblar a fila e pagar direto pelo celular

Posted: 06 Mar 2020 10:26 AM PST

Aplicativo do Pão de Açúcar mostra itens escaneados

Em maio do ano passado, visitamos uma loja dentro da sede do GPA (Grupo Pão de Açúcar) na qual era possível fazer compras apenas pelo smartphone. Nesta sexta-feira (6), tivemos a chance de experimentar o recurso em uma loja Pão de Açúcar Minuto em São Paulo e que está aberta para qualquer um que quiser visitar.

A experiência em si é bacana, mas é restrita, pois exige um celular e um cartão de crédito — mais adiante descrevemos o passo a passo.

Após vários testes, a companhia implementou a tecnologia Scan & Go em uma loja 24 horas localizada no número 407 da avenida Paulista. O processo, segundo a empresa, faz parte de uma iniciativa para tentar facilitar a vida do cliente. "Nossa ideia é tirar o atrito da jornada de compra, que geralmente é representado pelas filas", disse João Francisco Mariano, diretor de design do GPA, em conversa com o Gizmodo Brasil.

Apesar de possibilitar o pagamento pelo celular, a companhia parece não ter planos de querer mudar uma chave para ter várias lojas com esta tecnologia. "Implementamos primeiro nesta loja, pois a tecnologia precisa fazer sentido. Aqui, por exemplo, temos um fluxo de 2.000 pessoas por dia, que é um número bem alto, além disso temos um público que vai desde funcionários de empresas da região a idosos que moram no bairro”, disse Mariano.

Por esta razão, mesmo com este tipo de pagamento tecnológico, a unidade do Pão de Açúcar Minuto conta com alguns caixas convencionais e estações de self-checkout, onde o consumidor passa o código de barra em um caixa vazio e paga a compra, tudo isso sem a interferência de um funcionário.

Como é usar o Scan & Go

Para começar, a pessoa precisa baixar o aplicativo do Pão de Açúcar Mais, que está disponível para iOS e Android. Na sequência, é necessário fazer um cadastro com nome, CPF e o número de cartão de crédito.

Para iniciar as compras, o usuário deve ir na opção Leitor do aplicativo e escanear um QR Code que identifica a loja, que geralmente fica na entrada do estabelecimento. A partir disso, basta apontar a câmera para os códigos de barra dos produtos que se quer comprar e checar o carrinho de compras para ver se está tudo ok.

Função Scan & Go do aplicativo Pão de Açúcar Mais

Ao optar para finalizar a compra, o app perguntará se você quer uma sacola (se sim, é acrescentando R$ 0,08 no seu carrinho). Em seguida, o aplicativo pedirá para que o usuário inclua o código CVV do cartão para finalizá-la.

Por fim, basta escanear um QR Code próximo aos caixas físicos, mostrar a tela para um funcionário e ir embora.

No ano passado, quando testamos a solução numa loja na sede do Pão de Açúcar, havia uma espécie de cancela, que o usuário deveria mostrar o celular para liberar o acesso e sair. Porém, a companhia achou melhor remover este obstáculo para tentar deixar a experiência mais fluída.

A loja não estava tão cheia, então a experiência foi bem tranquila. O maior incômodo foi recordar o CVV do meu cartão de crédito, pois ele é exigido no momento em que a compra é finalizada. No entanto, entendo que o Pão de Açúcar fez isso para implementar uma camada de segurança. Assim, em caso de roubo do smartphone, o usuário não terá compras exorbitantes feitas no cartão dele.

Esta loja de proximidade — como a empresa chama estes estabelecimentos menores sob o nome Pão de Açúcar Minuto, geralmente localizados em bairros — conta ainda com outros diferenciais. Ela tem uma cafeteria (que conta com um menu virtual), padaria e uma adega com opções de bebidas geladas. Se você nunca entrou numa dessas, este tipo de estabelecimento costuma ter itens básicos de cozinha, algumas bebidas, opções de comida congelada e um monte de snacks (salgadinhos, bolachas e afins).

Por ora, a ideia do Pão de Açúcar é avaliar os resultados desta primeira loja aberta ao público para, posteriormente, levar para outros estabelecimentos. Neste tempo de teste, um terço das operações feitas na loja da Paulista foi feita usando o Scan & Go ou self-chekout.

Segundo Frederic Garcia, diretor executivo de proximidade do Multivarejo (grupo que reúne marcas como Pão de Açúcar, Extra e Minuto Pão de Açúcar), a ideia é abrir entre 30 e 50 lojas deste tipo até o fim deste ano. Se vão ter a tecnologia Scan & Go ou não, vai depender das características do local.

Acabar com as filas de mercados é ótimo. A pena é que, por enquanto, existem poucas iniciativas do tipo — a Zaitt é outra rede de mercados com opção semelhante —, pois perder tempo em fila é um pé no saco. Não é nada como o que é proposto pela Amazon com suas lojas Amazon Go, mas já é um ótima iniciativa para gente sem paciência e que não gosta de interagir com os outros.

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Apple rejeita apps com informações de fontes não oficiais sobre coronavírus

Posted: 06 Mar 2020 09:52 AM PST

À medida que as redes sociais correm para conter a disseminação de informações falsas sobre o COVID-19 e a Amazon tenta eliminar as listagens de álcool gel com preços abusivos, a Apple está adotando sua própria estratégia: rejeitar aplicativos de coronavírus enviados por desenvolvedores que não são afiliados a organizações de saúde oficiais ou governos, informou a CNBC.

Uma pesquisa por coronavírus na App Store exibe alguns aplicativos oficiais de saúde e alguns jogos relacionados a vírus. Mas quatro desenvolvedores disseram à CNBC que tentaram enviar aplicativos que usam dados da Organização Mundial da Saúde para ajudar as pessoas a rastrear a disseminação do COVID-19, mas foram rejeitados pela Apple.

Segundo a CNBC, pelo menos um desenvolvedor recebeu um aviso por escrito da Apple de que “aplicativos com informações médicas atuais precisam ser enviados por uma instituição reconhecida”.

Os desenvolvedores estão irritados, principalmente aqueles que enviaram aplicativos com altas classificações no passado. Mas a Apple recentemente atualizou suas Diretrizes da App Store e parece que a adição mais recente cobre aplicativos relacionados ao coronavírus:

"Os aplicativos que fornecem serviços em campos altamente regulamentados (como serviços bancários e financeiros, assistência médica e viagens aéreas) ou que exigem informações confidenciais do usuário devem ser enviados por uma entidade legal que fornece os serviços, e não por um desenvolvedor individual".

Lutar contra a desinformação sobre o coronavírus é como brincar de pega-pega para algumas empresas, mas a Apple é capaz de conter a maré antes que um aplicativo idiota ganhe força e convença as pessoas de que a vodca pode substituir o desinfetante para as mãos. Se, de fato, a empresa exige que os desenvolvedores sejam afiliados a organizações ou governos oficiais de saúde, honestamente não é algo totalmente ruim. Na verdade, pode ser uma decisão boa e sábia para evitar danos.

As críticas contra isso é que a Apple tem poder demais sobre os aplicativos permitidos na App Store. Em muitos casos, esse argumento é válido. Durante uma crise de saúde pública em que a desinformação poderia literalmente causar mortes? Talvez não.

O Google também tem regras para o Google Play Store que impedem aplicativos que capitalizam desastres naturais ou eventos trágicos. A pesquisa por coronavírus mostra zero resultados.

O Gizmodo entrou em contato com a Apple para comentar e atualizará esta história com uma resposta.

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DuckDuckGo fez uma lista gigante de empresas que estão rastreando você online

Posted: 06 Mar 2020 08:07 AM PST

A DuckDuckGo, uma empresa de tecnologia focada em privacidade, lançou algo chamado Tracker Radar — uma lista de código aberto, gerada automaticamente e atualizada continuamente que contém mais de 5.000 domínios utilizados por mais de 1.700 empresas para rastrear pessoas online.

A ideia por trás do Tracker Radar, como aponta o CNET, é compartilhar os dados que a DuckDuckGo coletou para criar um conjunto melhor de bloqueadores de rastreadores. A DuckDuckGo diz que a maioria dos dados dos rastreadores existentes se divide em dois tipos: listas de bloqueio e identificação de rastreadores no navegador.

A questão é que o primeiro se baseia em crowdsourcing e manutenção manual. O último é difícil de dimensionar e também pode ser potencialmente abusador devido ao fato de estar gerando uma lista com base em seus hábitos de navegação reais. O Tracker Radar supostamente contorna alguns desses problemas, observando os rastreadores entre sites mais comuns e incluindo uma série de informações sobre seu comportamento, coisas como prevalência, impressões digitais, cookies e políticas de privacidade, entre outras considerações.

Isso pode ser complicado, especialmente se os detalhes da tecnologia de anúncios não são seu assunto preferido. A questão é que, sabe aquele sentimento assustador que você tem quando vê anúncios nas mídias sociais do produto que pesquisou no outro dia? Tudo isso é alimentado pelos tipos de rastreadores ocultos que a DuckDuckGo está tentando bloquear.

Além dos dados de compras, esses rastreadores também podem coletar seu histórico de pesquisa, dados de localização e várias outras métricas. Isso pode ser usado para inferir dados como idade, etnia e sexo para criar um perfil que é compartilhado com outras empresas que buscam lucrar com você sem o seu consentimento explícito.

Quanto à forma como as pessoas podem realmente tirar proveito disso, é um pouco mais indireta. Uma pessoa comum pode se beneficiar usando…os aplicativos mobile do navegador da DuckDuckGo para iOS e Android ou extensões de navegador de desktop para Chrome, Firefox e Safari.

Quanto aos desenvolvedores, a DuckDuckGo está incentivando-os a criar suas próprias listas de bloqueio de rastreadores. A empresa também está sugerindo que os pesquisadores usem o Tracker Radar para ajudá-los a estudar o rastreamento online. Você pode encontrar os dados aqui.

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YouTube desmonetiza vídeos que mencionam coronavírus e força produtores a improvisar para falar da doença

Posted: 06 Mar 2020 07:25 AM PST

Os criadores de conteúdo no YouTube, de comentaristas de games a Perez Hilton, começaram a reclamar depois de perceber que a plataforma está desmonetizando qualquer conteúdo que mencione o coronavírus.

O YouTube sabe bem que os anunciantes não querem que suas marcas sejam associadas à desinformação, e a empresa diz que não consegue filtrar proativamente as 500 horas de vídeo que são enviados a cada minuto para identificar esse tipo de conteúdo.

Por outro lado, pequenos criadores dizem estar sentindo que isso é mais uma lei da mordaça da plataforma, que há muito mima seus Logan Pauls e deixa os pequenos abandonados à própria sorte.

Tom Leung, diretor de gerenciamento de produtos do YouTube, anunciou publicamente no mês passado que a empresa classificou o coronavírus como um “evento sensível” e que, a partir de agora, todos os vídeos focados no assunto serão desmonetizados “até novas instruções”. “Eventos sensíveis” incluem crises globais de saúde, ataques terroristas e conflitos armados.

Em 2016, a classificação de “eventos sensíveis” causou alvoroço com a hashtag #YouTubeIsOverParty, que apareceu quando os criadores começaram a receber notificações por e-mail informando que “assuntos controversos ou sensíveis”, como tragédias naturais, seriam desmonetizados, pois o conteúdo era considerado “não amigável para anunciantes”.

Então, as pessoas estão fazendo o possível para desviar do algoritmo.

Linus Sebastian, que tem um canal para testar aparelhos, abriu seu episódio mais recente com: “No vídeo de hoje, não vou comentar diretamente as notícias recentes relacionadas à saúde porque: a) Eu não sou um profissional médico, e b) Não preciso que meu vídeo seja desmonetizado”.

O episódio, que explica por que as pessoas deveriam comprar computadores agora, descreve a recente interrupção da cadeia de suprimentos na China. A causa é um fenômeno sem nome. O episódio tem anúncios antes do vídeo e no meio dele.

Esse tipo de solução alternativa pode não ser tão fácil para pessoas como o comentarista político David Pakman, que, por razões óbvias, precisa discutir os eventos atuais. Ele criticou o YouTube por priorizar a mídia corporativa. Pakman disse ao Gizmodo que ele não ignorará o assunto.

“Prefiro não dizer muito sobre as técnicas que estamos usando [para evitar desmonetização], pois isso pode chamar a atenção para elas”, disse ele. “Mas tomamos a decisão de não restringir a cobertura da questão por causa apenas da desmonetização, já que considero que a questão é de significativa importância para a saúde pública.”

O YouTube não respondeu ao pedido de comentário do Gizmodo, mas a empresa disse ao Verge que os canais dedicados a cobrir assuntos sensíveis ainda “deveriam” ter permissão para coletar receita com anúncios de conteúdo relacionado ao coronavírus.

No entanto, isso não se reflete na plataforma e, dada a imensidão do conteúdo, a ideia de que o YouTube classificará retroativamente os canais caso a caso soa como uma ilusão para criadores menores que já passaram por esse circo antes.

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Falha incorrigível em chipsets Intel pode abrir dados criptografados para hackers

Posted: 06 Mar 2020 07:06 AM PST

Laptops com chips Intel

Se o seu computador utiliza um chipset Intel fabricado nos últimos cinco anos, ele pode estar deixando seu PC vulnerável a invasões graças a uma falha crítica na memória somente de leitura (ROM). A solução? Aparentemente não há. A menos que você esteja disposto a comprar um computador novinho.

Pesquisadores de cibersegurança da Positive Technologies alertaram sobre a vulnerabilidade em uma publicação em seu blog nesta quinta-feira (5), descrevendo uma ameaça “catastrófica”.

“O cenário que os arquitetos de sistemas, engenheiros e especialistas em segurança da Intel talvez mais temessem se tornou uma realidade […] Essa vulnerabilidade compromete tudo o que a Intel tem feito para desenvolver uma raiz de confiança e estabelecer uma base sólida de segurança nas plataformas da empresa”, escreveu Mark Ermolov, especialista líder em sistemas operacionais e segurança de hardware.

A publicação entra em alguns detalhes, mas basicamente essa falha permite que atores maliciosos invadam o processo de criptografia do computador, abrindo as portas para todos os tipos de espionagem industrial ou vazamento de informações sensíveis.

Se isso já não fosse ruim o suficiente, o processo é completamente indetectável uma vez que trabalha no nível do hardware, o que permite que qualquer código malicioso rode silenciosamente em relação a maioria das medidas de segurança tradicionais.

O pior é que virtualmente todos os chipsets da Intel fabricados nos últimos cinco anos carregam essa vulnerabilidade, de acordo com a Positive Technologies. Somente os modelos Ice Lake (décima geração) não têm a falha.

A brecha pode ser explorada durante a inicialização do computador, momento em que o Converged Security and Management Engine (CSME) fica desprotegido.

De acordo com Ermolov, existem múltiplas formas de os atacantes colocarem as mãos nas chaves do chipset, um componente essencial para descodificar mensagens criptografadas, abusando dessa falha crítica. Isso não quer dizer que explorar o problema seria fácil — qualquer tentativa de invasão remota, em particular, precisaria de bastante sofisticação, muita experiência e equipamento especializado, o que é improvável. Ainda assim, o potencial de exploração é uma ameaça séria.

“Por exemplo, eles podem extrair [a chave] de um laptop perdido ou roubado a fim de decodificar dados confidenciais. Fornecedores inescrupulosos, terceirizados ou mesmo funcionários com acesso físico a computadores podem obter essa chave. Em alguns casos, os atacantes podem interceptar a chave remotamente, desde que tenham obtido acesso local a um PC alvo como parte de um ataque de múltiplas fases, ou se o fabricante permitir atualizações remotas de firmware de dispositivos internos, como o Intel Integrated Sensor Hub.”

A Intel rapidamente liberou um patch de segurança na quinta-feira que dificulta a exploração do bug e diminui potenciais erros, mas é impossível eliminar completamente a falha, uma vez que o problema está na ROM do chipset e não pode ser alterado por meio de atualizações de firmware (justamente pela memória realizar apenas leituras).

A Positive Technologies recomenda a desativação da criptografia Intel dos dispositivos de armazenamento de dados e realizar análises de sistemas inteiros para ver se eles foram comprometidos. O site da Intel também tem instruções detalhadas com suas recomendações, incluindo entrar em contato com a fabricante do seu dispositivo ou placa-mãe para receber as atualizações que lidam com a vulnerabilidade.

[Positive Technologies]

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Os novos smartphones da TCL mostram como será o futuro dos dobráveis

Posted: 06 Mar 2020 05:54 AM PST

Ainda estamos muito no início dos telefones dobráveis. E embora alguns aparelhos, como o Galaxy Z Flip da Samsung, tenham mostrado seu potencial, a TCL tem uma série de novos dispositivos conceituais que tornam os próximos dobráveis ainda mais emocionantes.

No total, existem três conceitos, cada um adotando uma abordagem diferente para o desafio do telefone dobrável. Nós já vimos o dobrável que parece um livro da TCL na época da CES, então eu não vou gastar muito tempo nele, além de dizer que ele funciona de forma muito similar ao Galaxy Fold da Samsung, mas sem o pequeno vão que o Galaxy Fold apresenta quando sua tela está fechada.

Em seguida, temos uma verdadeira monstruosidade no conceito dobrável de três partes da TCL. É estranho e incrivelmente complicado, mas a simples capacidade de transformar uma coisa em forma de telefone de 6,65 polegadas em um tablet de 10 polegadas ainda é bastante impressionante. Além disso, o conceito dobrável em três partes apresenta dois tipos diferentes de dobradiças, o que a TCL chama de Dragaon Hinge ("dobradiça de dragão", em tradução livre) e Butterfly Hinge ("dobradiça de borboleta"). Eles dobram em direções opostas.

Isso permite que o telefone se transforme em uma enorme variedade de posições. Se você não precisar de tudo isso de tela, poderá dobrar um terço dela para usar como um suporte. Ou, se você estiver em um local com espaço limitado, como em um trem lotado, você pode usar um lado para segurar e ainda ter muito espaço na tela sobrando.

No entanto, há muitas desvantagens no design atual do dobrável de três partes. Ele é pesado, sua dobradiça é bastante rígida embora ainda pareça um pouco instável. Quando reduzido ao seu menor tamanho possível em forma de telefone, ele é super espesso também. Mas eles são dispositivos conceituais, então deve haver pelo menos um pouco de estranheza neles, certo?

Se a TCL puder reproduzir os formatos e a tecnologia de dobradiça, quando os displays flexíveis melhorarem, a TCL deverá estar muito mais preparada para criar dispositivos dobráveis ​​acessíveis e prontos para o consumidor.

E depois há o conceito rolável da TCL (ou melhor, o conceito deslizante), que foi mencionado em um vazamento anterior. Embora sua tela fosse apenas uma maquete impressa em vez de uma tela funcional, essa coisa pode ser ainda mais ambiciosa do que o dispositivo dobrável em três partes TCL.

Em vez de dobrar, ele possui uma tela deslizante que a TCL diz que usará hastes mecânicas para expandir a tela de 17 cm para 20 cm sempre que você desejar usar com um simples gesto. E, ao contrário do dispositivo dobrável em três partes, esse aparelho mede 9 mm de espessura, por isso é pouco mais espesso que um Samsung Galaxy S20 Ultra. E quando a tela não está totalmente "puxada", ela volta para dentro do corpo do telefone, o que torna a coisa toda menos volumosa do que muitas outras dobráveis.

Dito isto, mesmo que seja apenas um conceito, o rolável tem seu próprio conjunto de problemas. O primeiro deles é simplesmente obter uma tela que possa lidar com um raio de curvatura tão apertado sem se destruir no processo. Além disso, mesmo nesta maquete, você pode ver arranhões nos quais o mecanismo deslizante do conceito danificou sua tela falsa. Com um design como esse, é extremamente importante garantir que não haja poeira ou partículas que possam arranhar a tela enquanto ela desliza para dentro e para fora.

Mas o que pode ser a parte mais interessante sobre tudo isso é que os telefones conceituais da TCL são apenas três dos mais de 30 conceitos dobráveis ​​que a empresa afirma ter em desenvolvimento. Além disso, a TCL tem uma filosofia muito diferente quando se trata de dobráveis ​​do que uma empresa como a Samsung. A TCL não fabrica TVs super premium ou telefones de US$ 1.000, seu foco é fabricar produtos de médio porte bons que enfatizam seu valor, em vez de tentar exagerar nas especificações mais exigentes.

Então, embora isso signifique que não poderemos ver telefones ​​ou tablets dobráveis da TCL nas prateleiras tão cedo – mesmo este ano, esses conceitos são um bom sinal para quem fica intrigado com o que dispositivos como o Galaxy Fold ou o Galaxy Z Flip podem fazer, mas não querem desembolsar US$ 1.400 ou mais pelo que ainda é muito emergente em tecnologia. A tecnologia de tela flexível já está mudando a maneira como as pessoas abordam o design de smartphones, e é divertido ter uma pequena amostra de até onde as coisas podem chegar.

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Doogee N100 é um smartphone com bateria de 10.000 mAh que custa US$ 140

Posted: 06 Mar 2020 03:50 AM PST

Smartphone DooGee N100

Quando se fala em criar um smartphone com boa autonomia de bateria, é fácil fazer algum trambolho, como a Energizer fez com o gigantesco P18K POP. Mas, para as pessoas que não gostam de carregar um tijolo, agora existe uma alternativa no Doogee N100.

Embora o N100 tenha sido anunciado no ano passado, ele só estava disponível em números muito limitados como parte de uma campanha de pré-venda até recentemente. E mesmo que o N100 tenha apenas uma bateria de 10.000 mAh (em comparação com a bateria de 20.000 mAh do P18K), ainda é o dobro da capacidade da bateria no Galaxy S20 Ultra (5.000 mAh).

Ainda que o Galaxy S20 Ultra tenha duração de 14 horas e 41 minutos em nosso teste de vídeo,  o N100 conta com o dobro de capacidade de bateria, um processador com muito menos consumo de energia e uma tela menor; por isso, eu não ficaria surpreso se o N100 pudesse sobreviver três ou quatro dias de uso regular.

Pelo lado positivo, ao contrário do robusto Energizer P18K Pop, o N100 parece esplêndido. Medindo apenas 0,31 polegadas (cerca de 0.8 cm) de espessura e pesando 266 gramas, você não deve ter grandes problemas para carregá-lo por aí. E talvez a cereja do bolo disso tudo é que ele custa apenas US$ 140.

Smartphone DooGee na virtual
Crédito: Doogee

Dito isto, se você estiver procurando especificações atualizadas ou de velocidades, não as encontrará aqui, pois o N100 vem pré-instalado com o Android 9,  possui o chip MediaTek Helio P23 (anunciado em 2017) e 4 GB de RAM. O N100 também conta com 64 GB de armazenamento, o que é decente, e uma tela FHD de 5,99 polegadas, mas nenhum desses itens é tão empolgante.

Quando se trata de carregamento, a Doogee usa o seu carregador de 24 watts, que leva 3,5 horas para uma carga completa, portanto não é exatamente rápido. No entanto, você obtém suporte para carregamento reverso via cabo, transformando efetivamente o N100 em uma bateria interessante, ainda mais por suportar carregamento sem fio integrado Qi.

DooGee N100 carregando sem fioCrédito: Doogee

Por fim, o N100 conta com uma câmera principal de 21 MP e um sensor wide de 8 MP, além de uma traseira de couro, que é algo que eu gostaria de ver em mais telefones.

Pessoalmente, o N100 não é um aparelho que eu gostaria de usar no dia a dia, mas com preço de US$ 140 e uma bateria gigante, pode ser bom andar por aí com ele, seja para uso pessoal ou para carregar seus outros gadgets.

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Animais de estimação podem pegar coronavírus? O que se sabe até agora sobre COVID-19 em pets

Posted: 06 Mar 2020 03:00 AM PST

O coronavírus conhecido como SARS-CoV-2 traz uma surpresa a cada dia. Especialistas em Hong Kong dizem que há evidências claras de que o vírus pode passar de humanos para cães e possivelmente para outros animais de estimação. Mas eles não acreditam que o vírus cause doenças graves em cães, nem que os cães estejam espalhando o vírus de volta para as pessoas.

No final de fevereiro, funcionários do Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação de Hong Kong (AFCD, na sigla em inglês) relataram que um único cachorro havia testado fracamente positivo para o coronavírus depois que seu dono foi diagnosticado com COVID-19, o nome da doença causada pelo SARS-CoV-2.

Na época, eles especularam que a boca e o nariz do cachorro podem ter sido simplesmente contaminados pelo vírus, sem que fosse capaz de infectar e crescer no cão. Mas mais dias de testes positivos sugerem que o cachorro está realmente infectado.

Segundo a AP, uma ampla gama de especialistas em Hong Kong e da Organização Mundial de Saúde Animal concordaram que provavelmente estamos vendo “um caso de transmissão humano-para-animal”.

A descoberta não é terrivelmente chocante, uma vez que acredita-se que o SARS-CoV-2 tenha passado inicialmente de animais para seres humanos, com os morcegos apontados como o provável hospedeiro principal — ou seja, outras espécies hospedeiras intermediárias podem ser a fonte real de transmissão para as pessoas.

Pelo lado positivo, você não deve se preocupar com seus animais de estimação se tornando a próxima fase de uma pandemia global. Os cães, como os humanos, têm o mesmo tipo de receptores que permitem que os coronavírus como o SARS-CoV-2 infectem suas células.

Mas mesmo outras espécies de coronavírus que evoluíram especificamente para infectar cães tendem a não deixá-los doentes, e as autoridades de saúde disseram que o cachorro não está apresentando nenhum sintoma “relevante” de infecção. Eles também afirmam que atualmente não há evidências de que os cães possam transmitir a infecção de volta aos seres humanos.

É teoricamente possível que os cães possam espalhá-lo para as pessoas, se tiverem altos níveis do vírus em sua saliva, por exemplo. Mas, novamente, neste caso, o vírus não parece estar prosperando o suficiente para que isso aconteça, e nenhum caso de infecção humana foi atribuído a animais de estimação durante o atual surto.

Ainda assim, as autoridades de saúde colocaram o cachorro em questão em quarentena, com planos de devolvê-lo ao proprietário quando ambos testarem negativo. Eles também recomendam que os animais de estimação de qualquer pessoa com infecção confirmada também sejam colocados em quarentena.

Como sempre, a ordem é manter boas práticas de higiene: lavar as mãos antes e depois do manuseio de animais de estimação, evitar contato próximo com animais de estimação se eles ou você estiver doente e fazer o possível para não beijá-los.

Atualmente, o vírus causou mais de 96 mil casos relatados de COVID-19, além de mais de 3.300 mortes, com oito casos documentados no Brasil.

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