quinta-feira, 23 de abril de 2020

Gizmodo Brasil

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Agora dá para pagar pedidos no app do iFood com vale-refeição e vale-alimentação

Posted: 23 Apr 2020 02:53 PM PDT

Aplicativo do iFood. Crédito: iFood/Facebook

Boa parte das pessoas que trabalham com carteira assinada ganha vale-refeição e/ou vale-alimentação, e às vezes isso era um problema para quem gosta de pedir comida por aplicativo. A boa notícia é que o iFood se juntou a outras plataformas e passará a aceitar os dois tipos de cartão.

De acordo com a empresa, a funcionalidade passará a funcionar na cidade de São Paulo, nos restaurantes que aceitam esta modalidade de pagamento. O aplicativo aceita cartões das bandeiras Alelo, Sodexo e VR.

Apesar de estar limitado à São Paulo num primeiro momento, o iFood diz que espera que o recurso seja disponibilizado para demais cidades do País nas próximas semanas.

A ideia é interessante, sobretudo para quem estiver trabalhando de casa. Antes, só era possível pagar com cartão de débito ou crédito diretamente no aplicativo. Quem quisesse usar algum tipo de vale só podia fazer isso se pedisse para o entregador trazer a máquina.

O iFood diz que esta iniciativa tem relação com outras adotadas pela companhia neste tempo de pandemia de COVID-19 para tentar proteger a saúde de clientes e entregadores. No início da quarentena, por exemplo, a empresa adotou a entrega sem contato físico, em que o portador deixa o pedido no portão da casa ou na portaria do prédio.

Como cadastrar o vale-refeição/vale-alimentação no iFood

  • Com o app do iFood aberto, vá até a opção Perfil (no lado direito inferior);
  • Selecione a opção Pagamento;
  • Toque em Vale Refeição e cadastre os dados do seu cartão. Passo a passo para incluir vale refeição no iFood

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Autoridade sanitária dos EUA é retirada de cargo por pedir mais provas científicas sobre hidroxicloroquina

Posted: 23 Apr 2020 01:39 PM PDT

Cartelas de hidroxicloroquina

O especialista em vacinas do governo federal dos EUA, Rick Bright, foi realocado de seu cargo nesta semana. Ele diz que irá apresentar uma queixa alegando que foi retirado do cargo por se recusar a apoiar as alegações da Casa Branca de que a hidroxicloroquina poderia acabar com a pandemia do coronavírus.

A administração do presidente Donald Trump retirou abruptamente Bright de seu cargo de diretor da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado Biomédico (BARDA, na sigla em inglês), que desenvolve medidas civis de contenção a ameaças químicas, nucleares e radiológicas, bioterrorismo e pandemias, para um outro papel nos Institutos Nacionais de Saúde nesta semana.

De acordo com o New York Times, Bright disse em comunicado que resistiu à pressão para direcionar dinheiro para a droga, que ele descreveu como uma das várias “drogas potencialmente perigosas promovidas por pessoas com conexões políticas”.

Bright não foi informado de sua rescisão e só soube quando sua conta de e-mail foi bloqueada e seu nome foi removido do site da BARDA no fim de semana, como contou uma fonte ao Politico.

Trump tem afirmado repetidamente que a hidroxicloroquina, que ainda não tem um histórico comprovado contra o vírus, poderia ser um “divisor de águas” na luta contra o coronavírus. Ele não é o único presidente a defender o medicamento.

Nas semanas seguintes das declarações do presidente dos EUA, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) atualizaram seu site para instruir os médicos sobre o uso de medicamentos nos pacientes – pouco tempo depois, essas instruções foram removidas.

A revista científica que publicou um pequeno estudo francês afirmando a utilidade do medicamento, a International Society of Antimicrobial Chemotherapy, chegou a emitir uma nota dizendo que a pesquisa ficou aquém do “escrutínio científico e das melhores práticas”.

Outro estudo francês envolvendo 181 pacientes constatou que o medicamento não teve impacto estatisticamente significativo na mortalidade ou admissão na UTI, mas estava associado ao desenvolvimento de arritmia cardíaca.

Outro estudo com 368 pacientes com coronavírus nos centros médicos Veterans Affairs constatou que as taxas de mortalidade chegaram a 27,8% entre 97 indivíduos que receberam hidroxicloroquina, comparado a mortalidade de 11,4% entre o grupo de outros pacientes.

Os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA têm, desde então, aconselhado que há “dados clínicos insuficientes” para determinar se o medicamento deve ser prescrito e que os pacientes devem ser monitorados quanto a “efeitos adversos”.

No entanto, a opinião médica ainda não tem um consenso sobre esse tratamento experimental, ou seja, seria enganoso dizer que ele foi conclusivamente descartado.

Nenhuma das pesquisas até agora tem sido definitiva – inclusive a que envolve outros medicamentos. Outro estudo em Nova York, o maior até o momento, ainda não foi divulgado, e um ensaio em escala global da Organização Mundial da Saúde está em andamento.

Ao longo das últimas semanas, a mídia de direita, incluindo a favorita de Trump, Fox News, promoveu agressivamente o tratamento experimental e acusou céticos e cientistas por trás de pesquisas conflitantes de conspirar para impedir deliberadamente o público de um tratamento que salvaria vidas só para maltratar o presidente – essa tese também chegou a ser ventilada no Brasil, por perfis de militantes.

Bright alegou que ele foi removido de seu posto na BARDA depois de se recusar a dedicar consideráveis recursos financeiros de emergência ao estudo com hidroxicloroquina em vez de terapias comprovadas.

“Acredito que essa transferência foi em resposta à minha insistência de que o governo investisse os bilhões de dólares alocados pelo Congresso para enfrentar a pandemia de COVID-19 em soluções seguras e cientificamente controladas, e não em medicamentos, vacinas e outras tecnologias que carecem de mérito científico”, disse Bright em um comunicado à imprensa. “Estou me manifestando porque para combater esse vírus mortal, a ciência – não a política ou o compadrio – tem que liderar o caminho.”

Bright não citou explicitamente Trump em sua declaração, embora seja claro que a pressão política a que se referiu emanou dele e de outros altos funcionários do governo federal dos EUA: “Minha formação profissional me preparou para um momento como este – para enfrentar e derrotar um vírus mortal que ameaça os americanos e as pessoas ao redor do mundo. Até aqui, tenho liderado os esforços do governo para investir na melhor ciência disponível para combater a pandemia de COVID-19 […] Eu insisti para que esses medicamentos fossem fornecidos apenas a pacientes hospitalizados com COVID-19 confirmado, sempre sob a supervisão de um médico.”

Os funcionários da Casa Branca deram outra versão para o NYT, dizendo que Bright tinha “entrado em choque repetidamente” com o secretário assistente de saúde para preparação e resposta, Dr. Robert Kadlec, e que ele era uma “figura polarizadora” no Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

No entanto, eles não especificaram os motivos, mas mostraram um vazamento de e-mails que foi enviado à agência de notícias Reuters na semana passada e que precisa mostrar que a Food and Drug Administration (FDA, uma agência similar à Anvisa), tinha baixado os padrões para apressar a aprovação de emergência de uma versão alternativa de hidroxicloroquina fabricada pela Bayer.

A porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Caitlin Oakley, enfatizou o papel de Bright na aprovação do uso emergencial do medicamento.

“No que diz respeito à cloroquina, foi o Dr. Bright quem solicitou uma Autorização de Uso Emergencial da Food and Drug Administration (FDA) para doações de cloroquina que a Bayer e a Sandoz fizeram recentemente para a Estocagem Estratégica Nacional para uso em pacientes COVID-19”, disse Oakley ao NYT. “Os EUA é que disponibilizaram os produtos doados para combater o COVID-19”

Um ex-funcionário de alto escalão do governo dos EUA disse ao Politico que Bright havia sido removido do cargo porque “a BARDA não foi tão responsiva durante a crise” como deveria ter sido, acrescentando que “em vez de priorizar terapias que poderiam estar disponíveis em semanas, Bright focou em produtos que levariam semanas ou meses”.

O Politico escreveu que um exemplo disso poderia ser que BARDA esperou cinco semanas após a declaração de uma emergência de saúde pública para solicitar propostas de desenvolvimento de tratamentos contra o coronavírus, embora a declaração do ex-funcionário ao site também pudesse ser interpretada como uma tentativa clara de criar uma narrativa amigável à Casa Branca em torno do ceticismo de Bright em relação à hidroxicloroquina.

Outra fonte disse ao NYT que Bright tinha sido pressionado a apressar a aprovação da droga depois que Trump falou sobre ela com o presidente da Oracle, Larry Ellison, uma das várias figuras próximas à Trump que têm promovido a hidroxicloroquina e não tem formação médica.

O NYT escreveu que a fonte disse que Bright foi “direcionado a colocar em prática um programa de acesso expandido em todo o país para tornar as drogas disponíveis em uma base ampla sem controles específicos.”

Segundo a CNN, Bright foi afastado, mas se recusa a renunciar ao seu posto.

Trump, que tem um histórico de mentir ao dizer que desconhece pessoas envolvidas em escândalos e polêmicas, disse nesta quarta-feira (22) que nunca ouviu falar de Bright.

“Você acabou de mencionar o nome, eu nunca ouvi falar dele”, disse Trump aos repórteres. “Quando isso aconteceu? Eu nunca ouvi falar dele. O cara diz que ele foi expulso de um emprego. Talvez ele tenha sido. Talvez ele não tenha sido; eu teria que ouvir o outro lado. Eu não sei quem ele é.”

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Apple deverá ter Macs em 2021 com CPUs próprias; compatibilidade de apps pode ser um problema

Posted: 23 Apr 2020 01:11 PM PDT

Laptops MacBook. Crédito: Alex Cranz/Gizmodo

Não é segredo que a Apple tem trabalhado para criar processadores personalizados para uso em seus computadores. A questão nunca foi se, mas quando. E agora, uma nova reportagem está adicionando ainda mais peso à crença de que a Apple começará a vender Macs equipados com chips desenvolvidos pela própria companhia em 2021.

De acordo com fontes familiarizadas com o assunto e que conversaram com a Bloomberg, a Apple está atualmente desenvolvendo três processadores baseados no próximo chip A14 da empresa (que deve estrear no iPhone 12). Eles foram projetados para serem usados em uma variedade de de futuros computadores Mac — com pelo menos um desses novos Macs sendo anunciado no próximo ano.

Esta previsão está de acordo com as previsões mais recentes de Ming-Chi Kuo, um notável especialista em Apple, que inicialmente previu o primeiro Mac com um chip personalizado da Apple chegaria no fim de 2020, mas depois revisou sua previsão par algum momento de 2021 devido a atrasos causados pelo novo coronavírus.

Os novos chips de computador feitos pela Apple estão sendo projetados como parte de uma iniciativa maior denominada Kalamata, que busca expandir o uso da Apple de seus chips de série A para sua divisão de PCs, enquanto a empresa tenta reduzir sua dependência de terceiros, como a Intel.

A fonte da Bloomberg informa que a nova serie de chips A da Apple será baseada em ARM em vez da arquitetura x-86 usados nos computadores e laptops atuais da Apple, com a Apple fazendo uma parceria para fabricação com a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) para tirar vantagem do processo de fabricação de 5 nm.

Além disso, parece que o primeiro dos novos chips Kalamata da Apple será um chip de 12 núcleos, o que representa uma grande atualização de desempenho em relação aos chips de quatro núcleos usados nos iPads Pro de atualmente. Diz-se que o novo chip possui uma mistura de oito núcleos de alto desempenho, codinome Firestorm, e outros quatro núcleos de eficiência energética, codinome Icestorm, destinados a lidar com tarefas menos intensas e ajudar a preservar o tempo útil da bateria.

Como a Apple ainda está tentando aumentar o desempenho de seus chips de computador personalizados, o primeiro Mac a apresentar um dos novos chips da Apple quase certamente será um laptop ou dispositivo móvel semelhante, com chips mais potentes para uso em sistemas como o iMac ou Mac Pro vindo na sequência para serem lançados mais tarde.

Para a Apple, são claras as vantagens de mudar para chips de laptop e desktop projetados internamente. Não apenas daria à companhia maior controle sobre a arquitetura e os recursos usados em seus chips, como também ajudaria a deixar de se preocupar com atrasos e ciclos de produtos incompatíveis causados por terceiros.

Dito isto, os SoCs (system on a chip) modernos são incrivelmente complicados, pois são compostos de vários componentes, incluindo CPUs, GPUs, modems e até coisas como chips de segurança dedicados que precisam trabalhar juntos e compartilhar o mesmo espaço num pedaço de silício. Sem contar os desenvolvedores de software que precisariam ajustar ou reescrever seus aplicativos para trabalhar em uma arquitetura de CPU diferente.

Não custa lembrar que a Microsoft não se deu bem ao fazer um Surface baseado em ARM, e um dos problemas era justamente a falta de softwares compatíveis. A Apple, ainda segundo a Bloomberg, está trabalhando em formas de tornar os softwares que funcionam em chips Intel funcionarem na sua plataforma.

Portanto, embora a decisão da Apple de usar processadores personalizados pela própria empresa em seus laptops e desktops prometa várias melhorias (podemos até vislumbrar a criação do primeiro Mac com uma tela sensível ao toque), ela pode acabar sendo uma transição difícil para os engenheiros e consumidores da Apple, que talvez precisem se acostumar com uma nova e potencialmente muito diferente geração de Macs.

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Cidade americana quer usar drones para verificar distanciamento social e detectar tosse e febre

Posted: 23 Apr 2020 11:45 AM PDT

A polícia de Westport, no estado americano de Connecticut, anunciou esta semana que está testando um “drone de pandemia”. Ele pode detectar quando as pessoas em um local estão com febre. O novo sistema também será usado para determinar quando as pessoas estão a menos de um 1,8 metro de distância umas das outras. A polícia poderá emitir um aviso através do alto-falante do drone para quem não praticar o distanciamento social.

A nova tecnologia de drones foi desenvolvida por uma empresa chamada Draganfly Inc., que existe desde o final dos anos 90. Ela usa os drones de quatro hélices da polícia de Westport com seu software próprio.

A Draganfly trabalhou com uma empresa de aprendizagem profunda chamada Vital Intelligence Inc. e com pesquisadores da Universidade da Austrália Meridional para desenvolver a nova tecnologia, de acordo com um comunicado.

Um dos recursos da plataforma de drones é saber quando as pessoas se aproximam a uma distância menor do que um 1,8 metro. Parece aquele sistema de visão do Exterminador do Futuro, mas na vida real.

As diretrizes de distanciamento social desenvolvidas pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) enfatizam que 1,8 metro é uma distância segura, porque, teoricamente, esta é a distância que pequenas gotículas de espirros e outras secreções faciais podem viajar pelo ar.

GIF: Draganfly Inc./YouTube

Os operadores de drones que usam a tecnologia da Draganfly veem cidadãos com um círculo verde ao seu redor quando eles estão a um 1,8 metro de distância de outra pessoa. Mas assim que eles ficam a uma distância menor que esta, o círculo fica vermelho.

A afiliada local da NBC em Connecticut acompanhou a polícia em uma vistoria a um supermercado local e observou como as diretrizes de distanciamento social estavam sendo violadas, de acordo com o software de detecção do drone.

GIF: Draganfly Inc./NBC Connecticut

“O ‘Programa Piloto Achatar a Curva’ e suas tecnologias podem ser uma ferramenta inovadora para ajudar a comunidade a praticar o distanciamento social seguro, identificando possíveis sintomas de coronavírus e de outras doenças que causam risco de vida”, disse a polícia de Westport em um post no Facebook.

Os drones podem detectar tudo, desde batimentos cardíacos até anormalidades respiratórias nas pessoas em terra, de acordo com a Draganfly. Ela também fornece tecnologia para os militares australianos. Os drones estão equipados com câmeras 4K padrão, segundo a empresa. O ingrediente secreto para fazer a diferença parece ser o software que eles estão usando.

GIF: Draganfly Inc./YouTube

O Departamento de Polícia de Westport enfatizou que os drones seriam usados ​​para monitorar populações “em risco” e não serão usados ​​em “áreas privadas”. Mesmo assim, quando você vê os vídeos promocionais, ainda parece uma tecnologia digna de uma distopia de ficção científica.

“O software do drone usa leituras biométricas para entender os padrões populacionais e permite um tempo de reação mais rápido a eventos ou possíveis ameaças à saúde no momento em que elas acontecem”, disse a polícia de Westport no Facebook.

"O objetivo é fornecer um melhor suporte de monitoramento de saúde para potenciais grupos de risco, incluindo idosos, bem como para multidões em praias, estações de trem, parques e áreas de recreação e shopping centers. Ele não será usado em pátios particulares, nem emprega tecnologia de reconhecimento facial."

Atualmente, Connecticut identificou 22.469 casos de COVID-19 e 1.544 mortes, de acordo com os últimos números compilados pelo rastreador de coronavírus da Universidade Johns Hopkins. Os EUA têm mais de 842 mil casos e pelo menos 46.785 mortes, segundo dados da quinta-feira (23) de manhã, o número mais alto do mundo.

A polícia de Westport acredita que o uso de drones não apenas manterá o público seguro, mas também permitirá que os policiais fiquem fora de perigo. Pelo menos 4.435 membros do Departamento de Polícia de Nova York contraíram COVID-19, segundo o New York Post, e 30 morreram da doença. Não há relatos de nenhum policial em Connecticut que tenha falecido por causa do novo coronavírus.

“O Departamento de Polícia de Westport e os socorristas de todo o mundo estão procurando maneiras eficazes de diminuir a disseminação do COVID-19 e manter suas comunidades seguras”, disse o chefe de polícia de Westport, Foti Koskinas, em um comunicado à imprensa.

"Essa tecnologia não apenas aumenta a segurança de nossos oficiais e do público, mas a ideia de usar drones continua sendo uma tecnologia essencial para alcançar as áreas mais remotas, com pouca ou nenhuma mão de obra necessária. Também ajuda nossos oficiais a adquirir dados de qualidade necessários para fazer as melhores escolhas em qualquer situação."

A Draganfly não respondeu imediatamente a uma pergunta do Gizmodo na manhã de quinta-feira sobre quantos outros departamentos de polícia nos EUA podem estar testando a nova plataforma de drones da empresa. Atualizaremos este artigo se recebermos resposta.

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TVs Samsung terão app do Apple Music

Posted: 23 Apr 2020 11:03 AM PDT

Apple Music na TV da Samsung

As Smart TVs mais novas da Samsung terão o aplicativo do Apple Music disponível. A notícia parece incomum, dada a concorrência das empresas no ramo de smartphones, mas faz parte dos planos da empresa da maçã de expandir a sua presença no mercado de streaming – além disso, a Samsung tem o privilégio de ser a primeira marca a oferecer o app em TVs.

O aplicativo parece ser bastante parecido com o Apple Music da set-top-box Apple TV. Ele dá acesso a todas as funções do serviço, como as playlists personalizadas, transmissão das rádios como a Beats 1 e o conteúdo “Em casa com o Apple Music”.

Os consumidores que tiverem uma TV Samsung das mais novas – de 2018 para frente – devem encontrar o app na loja e poderão usufruir de 90 dias gratuitos (somente novos usuários).

A Samsung também foi uma das primeiras marcas de TV a anunciar suporte ao Apple TV+ (serviço de assinatura) e ao AirPlay 2, que permite transmissão de dispositivos iOS.

A Apple lançou recentemente o aplicativo web do seu serviço de streaming de músicas, apesar de a configuração ser um pouco chata.

[Samsung]

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Twitter vai começar a apagar tuítes que incitem danos à infraestrutura 5G

Posted: 23 Apr 2020 09:05 AM PDT

Logo do Twitter

O 5G já foi ligado às mais doidas teorias conspiratórias, mas talvez a mais maluca seja a que liga a nova tecnologia de rede com a pandemia de coronavírus. A coisa chegou a um ponto em que torres de celular foram incendiadas em países europeus.

Para conter a disseminação das teorias da conspiração e informações falsas, o Twitter anunciou que iria apagar tuítes que “podem causar danos” à infraestrutura 5G.

Tradução: Ampliamos nossa orientação sobre afirmações não verificadas que incitam as pessoas a se envolverem em atividades prejudiciais que podem levar à destruição ou dano à infraestrutura crítica de 5G, ou podem levar a pânico generalizado, agitação social ou desordem em larga escala.

Em um comunicado ao TechCrunch, o Twitter disse que estão “priorizando a remoção do conteúdo relacionado ao COVID-19 quando há uma chamada para ação que pode causar danos” e que “não irão tomar ações para todos os tuítes que contiverem informações incompletas ou contestadas sobre COVID-19”.

A rede social diz ainda que já removeu mais de 2.200 tuítes desde que iniciou a implementação dessas novas políticas, em 18 de março, além de ter testado 3,4 milhões de contas com comportamento de spam ou manipulação e que tinham como alvo discussões sobre COVID-19.

O Twitter tem adotado uma política mais rigorosa durante a crise da COVID-19 e chegou a apagar tuítes de presidentes que fizeram alegações que iam na contramão das recomendações dos especialistas da saúde.

Quando relatos de incêndios apareceram no Reino Unido, o YouTube prometeu conter a propagação dessas teorias conspiratórias na sua plataforma. O Facebook também anunciou medidas para remoção de posts com conteúdos relacionados à teorias conspiratórias envolvendo o 5G e o coronavírus.

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Quem aceita todo mundo no Facebook tem mais chance de virar alvo de contas falsas, diz estudo

Posted: 23 Apr 2020 08:23 AM PDT

Vários Mark Zuckerberg. Crédito: Getty Images

Se seu feed do Facebook está cheio de teorias da conspiração, a culpa pode ser sua, segundo um estudo da própria rede social. Dois pesquisadores do Facebook e um de Harvard testaram um algoritmo que analisa a atividade dos seus amigos para detectar contas falsas. O estudo mostra que um grupo de pessoas que aceita solicitações de amizade de pessoas aleatórias tem mais chances de ser alvo de contas falsas. Então, é melhor parar de fazer isso, né?

O Facebook se orgulha de informar que é bom em detectar contas falsas. A empresa diz que desativou cerca de 2,2 bilhões de contas no primeiro trimestre de 2019, na maioria das vezes em questão de "minutos após a criação da conta", segundo o estudo. Mas algumas dessas contas falsas sobrevivem o suficiente para fazer conexões com usuários reais, e o estudo descobriu que 5% dos 2,37 bilhões de usuários ativos do Facebook são fakes.

E elas ficaram mais "espertas" em relação aos seus alvos, diz o estudo. A maioria das pessoas reais tendem a rejeitar solicitações delas, um pequeno grupo aceita contas falsas e reais igualmente, e esses usuários inocentes costumam ser presas fáceis.

"Para certos usuários, o fato de uma solicitação de amizade vir de uma conta falsa ou de uma conta real é altamente determinante para sua decisão aceitar ou rejeitar", descobriram os pesquisadores. Eles apontam para uma correlação entre altas taxas de aceitação de solicitações de amizade e solicitações de amizade de contas falsas. A partir disso, o Facebook extrapola que as decisões de "aceitadores" em excesso podem ser "alavancadas", pois sinalizam que é mais provável que seus amigos sejam falsos.

Imagem: Do Facebook:

Imagem: Do Facebook: "A distribuição da taxa de rejeições (número de solicitações rejeitadas comparada com o total de solicitações). Como a figura mostra, a taxa de rejeição de contas falsas é enviesada para direita, o que significa que suas solicitações são rejeitadas com maior frequência do que as solicitações de usuários reais." Crédito: Facebook

Imagem: Do Facebook:
Imagem: Do Facebook: "1 indica a probabilidade de pessoas aceitarem contas falsas e reais; maior que 1 indica aceitação de mais pessoas reais; menor que 1 indica a probabilidade de aceitar mais pessoas falsas que reais". Crédito: Facebook

Imagem: Do Facebook:

Imagem: Do Facebook: "As pessoas do lado > 1 do lote têm mais probabilidade de receber solicitações de pessoas reais, enquanto as pessoas do lado < 1 têm mais chances de receber solicitações de contas falsas. Dessa forma, podemos aumentar a probabilidade de o solicitante ser falso ou real com base no alvo do solicitante”. Crédito: Facebook

Se você é do grupo de pessoas com mais discernimento, o estudo descobriu que é mais provável que um usuário desconhecido que adicionou você seja real, e seus rejeições poderiam ajudar a detectar perfis falsos. "[O algoritmo SybilEdge] precisa de apenas algumas rejeições de usuários reais cuidadosos para que uma conta abusiva seja sinalizada como tal", escrevem os autores.

Resumindo: é melhor não confiar em quem você não conhece. Ser gentil pode fazer com que seu feed do Facebook fique terrível.

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Como pular linha no Instagram para deixar legendas organizadas

Posted: 23 Apr 2020 07:53 AM PDT

Ícone do Instagram

O Instagram é uma rede social voltada para a fotografia, mas as legendas podem ajudar bastante a contextualizar um evento ou informação, por exemplo. Se você já tentou fazer uma legenda um pouco maior, deve ter percebido que o Instagram às vezes não pula as linhas, deixando um grande bloco de texto que pode ficar confuso para os leitores.

Há algumas regras para o app entender a quebra de linha e alguns macetes ajudam a garantir que o seu texto ficará do jeito que você imaginou. Neste guia, iremos mostrar as soluções.

Usando a tecla Enter

O jeito mais simples de pular a linha no Instagram é utilizando o recurso que todos conhecemos: a tecla Enter, também presente nos teclados dos smartphones. Apesar dessa possibilidade, você irá perceber que nem sempre o aplicativo interpretou que você queria pular de linha. Isso acontece porque há duas condições:

  1. Não usar emojis no início do parágrafo que vem depois da quebra de linha;
  2. Não adicionar espaço antes ou depois de uma quebra de linha.

Posts do Instagram com quebra de linha

Exemplos de posts no Instagram com quebra de linha. Siga o Gizmodo Brasil no Instagram!

Essas duas regras podem dificultar a sua vida, principalmente se você quiser criar uma legenda em formato de listas com emojis no começo de cada item, por exemplo.

Usando uma ferramenta web simples

Para contornar o problema que mencionamos, existem algumas ferramentas web simples que fazem o trabalho para você. Basta colar o seu texto na ferramenta e copiar o resultado – depois, cole o texto novamente, só que desta vez na legenda do Instagram.

Existem diversas ferramentas web para pular linha no Instagram. O Hashtagie é uma das mais interessantes por ter uma interface organizada e funcionar bem pelo navegador do celular. É simples de usar:

  1. Acesse o site do Hashtagie;
  2. Cole o seu texto na caixa;
  3. Toque no botão “Copy”;
  4. Cole a legenda no Instagram.

Para facilitar a sua vida, adicione esse site aos seus favoritos. É possível até mesmo incluir um ícone na tela inicial do seu celular – um atalho rápido, como se fosse um aplicativo.

Aplicativo web para pular linhas no Instagram

No Android, abra o Chrome, acesse o site e toque no ícone de opções (três pontinhos) na parte superior direita e procure o item "Adicionar à tela inicial".

Para fazer isso no iOS, abra o Safari, acesse o site e toque no ícone de “Compartilhar” (na parte inferior da tela, o 3º ícone) e depois escolha a opção “Adicionar à Tela de Início“.

Deste modo, sempre que precisar pular as linhas, é só procurar o ícone do Hashtagie na tela inicial, colar o texto e copiá-lo, conforme o nosso guia. Existem outras opções e o passo a passo é o mesmo, entre eles o Caption Maker e o Instagram Line Break.

Usando o caractere invísivel

Por último, você pode guardar em um bloco de notas do seu smartphone o caractere invisível para colocar entre uma linha e outra.

Para usar esse método:

  1. Copie o espaço entre as aspas aqui ao lado. Não copie as aspas. “⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀”;
  2. Pule a linha normalmente no Instagram;
  3. Cole o caractere invisível no espaço que entre as linhas.

Usando qualquer um desses métodos, você pode deixar a legenda da sua foto mais organizada. Uma dica importante: se você não quiser que o texto comece logo após o seu nome de usuário, inclua uma quebra de linha no começo do texto.

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Zoom libera atualizações de segurança para evitar zoombombing e outras falhas

Posted: 23 Apr 2020 06:23 AM PDT

Pessoas usando a plataforma de videoconferência. Crédito: Anthony Wallace/Getty Images

O Zoom, aplicativo de videochamadas que se tornou uma das opções mais populares durante a pandemia do coronavírus, sofreu com diversos relatos de graves falhas de segurança – incluindo, entre outras coisas, problemas com os protocolos de criptografia.

Como parte de um plano de 90 dias para corrigir os problemas do serviço e reforçar a segurança, a Zoom anunciou nesta quarta-feira (20) uma série de atualizações que incluem suporte à criptografia AES 256-bit GCM, bem como recursos destinados a tornar o controle dos aspectos de segurança das reuniões Zoom mais intuitivo.

A atualização do Zoom 5.0, que está sendo lançada esta semana, também introduz a capacidade de reportar um usuário ao Zoom e habilita o recurso de sala de espera e senhas de reuniões por padrão.

No início deste mês, a Zoom lançou um ícone de segurança para que os anfitriões possam acessar rapidamente ferramentas para limitar a forma como os participantes de uma chamada podem se envolver – um recurso que pode ajudar a conter os chamados Zoombombings, quando alguém invade a sala.

O ícone permite que um anfitrião faça coisas como bloquear a reunião, remover participantes e controlar a capacidade dos participantes de compartilhar suas telas, conversar ou renomear a si mesmos.

As falhas de segurança do Zoom levaram o serviço a ser banido em alguns lugares, como o Senado dos EUA e até mesmo as reuniões da Anvisa, no Brasil. Além disso, os problemas fizeram com que a empresa fosse alvo de múltiplas investigações.

Empresas como o Google proibiram o uso do app, citando preocupações com a segurança. E no início deste mês, a Zoom foi processada por um acionista que alegou que a empresa deturpou seus protocolos de segurança, ao alegar que suportava criptografia de ponta a ponta quando na verdade tinha apenas criptografia de transporte.

Oded Gal, diretor de produto da Zoom, disse em um comunicado que as mudanças realizadas sessa semana têm o objetivo de ajudar os milhões de novos usuários a encontrar as ferramentas de segurança necessárias enquanto utilizam o serviço.

“Da nossa rede à nossas funcionalidades, passando pela nossa experiência de usuário, tudo está passando por um rigoroso escrutínio”, disse ele. “Estou muito entusiasmado com o ícone Segurança na barra de menu da reunião. Isso coloca nossos recursos de segurança, existentes e novos, na frente e no centro dos nossos anfitriões de reuniões.”

O CEO da Zoom, Eric S. Yuan, disse nessa semana que as atualizações são “apenas o começo”.

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Huawei FreeBuds 3: portabilidade e cancelamento de ruído bom para ambientes fechados

Posted: 23 Apr 2020 05:18 AM PDT

FreeBuds 3

O mercado de fones de ouvido totalmente sem fio está em crescimento. Num primeiro momento, tínhamos apenas o AirPods, da Apple, e opções da Samsung (primeiro os Gear IconX e depois os Galaxy Buds). Depois veio a Xiaomi com os baratos e acessíveis AirDots. Neste ano, a Huawei, que não teve um 2019 muito fácil, resolveu trazer os FreeBuds 3 para o mercado brasileiro, para concorrer justamente com as opções da Apple e da Samsung no Brasil.

Usá-los foi uma experiência interessante, até porque mexi muito pouco em fones de ouvido wireless nos últimos anos. De antemão, é possível dizer que os FreeBuds 3 são uma ótima opção, mas você deve entender os prós e contras de ter um portátil desses.

Huawei FreeBuds 3

Huawei FreeBuds 3
Fones sem fio da Huawei com sistema de cancelamento de ruído.

Preço
R$ 1.200 (sugerido), mas você encontra no varejo por R$ 850.

Gostei
Qualidade do som, case discreto, opção na cor preta e cancelamento de ruído em ambientes controlados.

Não gostei
Pouca autonomia (por volta de 4 horas) e não tem app para iOS.

Tirando os FreeBuds 3 da caixa

Os FreeBuds 3 vêm em um case redondo com bateria de 400 mAh, o que dá umas quatro cargas dos fones. Para carregá-lo, há uma porta USB-C (na caixa vem um cabo USB-C – USB-A) e um LED, que fica verde quando ainda há carga no case – e vermelho quando a carga está baixa ou quase nula.

Tem ainda um botão super discreto no lado direito que deve ser pressionado, caso você queria facilitar que os FreeBuds 3 sejam encontrados pelo dispositivo que quiser parear.

Os fones em si são um pouco mais compridos que os AirPods convencionais e contam com três buracos, sendo um principal e outros dois de mesmo tamanho, que ficam em contato direto com o canal auricular.

Huawei Freebuds 3

Para poder parear os FreeBuds 3 com o seu telefone, é necessário ativar o Bluetooth do seu aparelho e deixar o case aberto. Isso fará com que ele fique no modo de busca de dispositivos. Aí, basta ir aos ajustes ou configurações de Bluetooth do seu aparelho e escolher os FreeBuds 3.

Se não der certo, no case tem um pequeno botão que ativa o modo descoberta dos fones de ouvido — no iPhone, por exemplo, eu só consegui parear os fones depois de pressioná-lo. No Android, bastou abrir o case (estojo).

Já é possível ouvir música dessa forma, porém não dá para aproveitar muito bem o gadget, pois a única informação que você terá desse modo é o nível de bateria (que aparece junto ao ícone de Bluetooth do seu smartphone) em aparelhos Android.

Para ter dados detalhados sobre a carga do case e dos fones, além de ter melhores controles sobre cancelamento de ruído, só baixando o app AI Life, da Huawei, que está disponível para Android. Para iOS, eu não achei um app oficial, mas também não consegui fazer configurações e descobrir o nível de bateria quando conectado a um iPhone.


Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Ears-on

Ao colocá-los no ouvido, ele faz um pequeno barulhinho, mostrando que há uma espécie de sensor que detecta que ele está em contato com o canal auricular. Isso, segundo a Huawei, ajuda a captar melhor a voz enquanto se está em uma chamada telefônica.

Aliás, fazer chamadas com eles é bem confortável. Não é necessário gritar: só falar normalmente, inclusive mesmo falando baixo, o microfone dos FreeBuds 3 capta tranquilamente a voz.

Sobre o cancelamento de ruído, devemos dar o crédito à Huawei por ter sido pioneira em implementar esta tecnologia em fones tão pequenos. Mas, é bom? Funciona direito?

Olha, devo confessar que minhas expectativas eram altas, pois nos últimos anos testei alguns headphones bem bons com esta funcionalidade. No entanto, com o tempo, deu para entender que os FreeBuds 3 na verdade fazem um sistema de cancelamento de ruído, mas não tão intenso — até porque, se eles tivessem um desempenho parecido com o de fones concha grandes, seria uma vergonha para os fabricantes dos fones convencionais.

FreeBuds 3
Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Voltando ao assunto, o cancelamento de ruído dos fones da Huawei funcionam bem em escritório (ou em casa, que é de onde estou trabalhando há pelo menos um mês). Usando eles em casa, ele bloqueou barulho de parentes e o latido de cachorro. Numa ocasião que precisei sair, ele "cancelou" o ruído de um tênis meu velho, que fazia um "nhéc" a cada pisada, porém não deu para competir com o ônibus que passava na avenida.

Trocando em miúdos, em ambientes controlados, os fones executam muito bem o recurso de cancelamento de ruído. Em áreas externas, eles não conseguem isolar completamente o usuário, o que pode ser bom, já que você pode ser atropelado, né?

Durante o uso, o acessório recebeu pelo menos umas três atualizações. Geralmente, eram sobre estabilidade da conexão dos fones com o smartphone e de funcionalidades. Com o tempo, por exemplo, descobri que dar um duplo toque no fone direito, avançava para a próxima música. Já um duplo toque no no fone esquerdo ativava ou desativava o cancelamento de ruído. Se você quiser é possível personalizar estes comandos por meio do app AI Life.

Huawei AI Life
Interface do app AI Life, nele é possível ajustar o nível de cancelamento de ruído, configurar atalhos e checar nível de bateria do estojo e dos fones. Crédito: Captura de tela

Ok, mas para quais situações os FreeBuds 3 são recomendados? Olha, se você trabalha em um escritório e às vezes têm problemas para se concentrar, eles devem segurar bem as pontas. Os fones também são ótimos para se ouvir durante uma caminhada, seja durante seu trajeto até o ponto de ônibus ou para não ficar sedentário. Agora, se você quiser correr, talvez não seja a melhor opção.

Huawei Freebuds 3
Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Nas poucas vezes que tentei, não deu muito certo. Apesar de encaixar bem nos ouvidos, o impacto da corrida fazia sempre com que um dos fones (geralmente o esquerdo) caísse. Talvez, se eles tivessem pontas de silicone ajudaria a melhorar o encaixe no canal auricular.

Na pior das hipóteses, você pode começar caminhando e, quando for correr, segurar o fone em cada uma das mãos para evitar que eles pulem direto para o bueiro mais próximo.

Sobre a autonomia, com o uso de cancelamento de ruído, os FreeBuds 3 aguentaram umas 3,5 horas seguidas de reprodução de música, o que está próximo do estimado pela marca, que são 4 horas. Costuma ser o suficiente para fazer chamadas ou para o trajeto de ida ou volta do trabalho, mas ainda não é um fone para se usar o dia todo.

A qualidade do som é satisfatória, com um volume bem alto e com bastante detalhes, mas não espere ouvir o pigarro do maestro durante a ópera. É mais do que o suficiente para ouvir música por aí ou fazer chamadas. Se você for sommelier de áudio, é óbvio que opções com fio são melhores, mas também não são tão práticas.

Conclusão

O pulo do gato dos FreeBuds 3 é a portabilidade. É bem bacana encaixá-los na orelha e sair por aí. O máximo que você tem que fazer é carregar o estojo dele, que cabe tranquilamente no bolso de sua bermuda ou calça. Fazer chamadas de voz ou vídeo, então, é sensacional, pois são discretos e você precisa falar de forma natural para ser compreendido. As desvantagens é que se você tem um iPhone, ele funciona, mas de forma limitada, sem fornecer informações detalhadas da autonomia.

Como os AirPods, a opção da Huawei é cara e premium. Os FreeBuds 3 são encontrados em varejistas por cerca de R$ 900, enquanto os Galaxy Buds+, da Samsung, que prometem maior autonomia e não têm cancelamento de ruído, são achados por R$ 835. Já os AirPods Pro, da Apple, são achados na loja da maçã por R$ 2.249.

Huawei Freebuds 3
Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Esta é uma categoria nova de produtos e, vamos combinar, um item de "lifestyle". Se você tem dinheiro e disposição, andar por aí com esses fones, ele pode ser muito bom. Agora, se você quiser tentar um primeiro modelo neste ramo, tem várias opções baratas — Xiaomi, Philco e Philips são algumas das fabricantes mais acessíveis.

Se você quiser se arriscar no mundo dos fones de cancelamento de ruído, você consegue achar fácil modelos tipo concha muito bons com preço na casa dos R$ 800, só que eles são grandes e, obviamente, não cabem literalmente no seu bolso.

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Vírus nos fazem questionar o que significa ‘ser vivo’

Posted: 23 Apr 2020 04:11 AM PDT

Imagem microscópica do SARS-CoV-2

Enquanto o mundo luta para conter o COVID-19, nos lembramos de como os vírus não são como os outros organismos. Na verdade, esses tenazes micro-organismos desafiam as noções tradicionais da própria vida.

Poucas coisas são mais assustadoras do que um inimigo invisível implacável, mas essa é a nossa situação na contínua batalha contra o SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19. O problema não é inédito, pois a humanidade já lidou com sua parcela de pandemias virais ao longo da história. Os vírus, é justo dizer, são uma parte indelével da condição humana.

Os vírus têm uma qualidade inquietante, apresentando características incompatíveis com as definições tradicionais de vida. A chave para esse debate é a incapacidade dos cientistas de chegar a um acordo sobre uma definição padrão de vida e sobre o que significa para algo estar vivo.

O que é vida?

Em 1944, por exemplo, o físico Erwin Schrödinger disse que a vida é qualquer coisa que resiste à entropia, ou seja, coisas capazes de evitar a desordem e a decadência em equilíbrio.

Um pedaço de matéria se torna vivo quando “continua ‘fazendo algo’, se movendo, trocando material com seu ambiente, etc., e isso por um período muito maior do que seria de se esperar que um pedaço de matéria inanimada ‘continuasse’ em circunstâncias semelhantes”, escreveu Schrödinger em seu livro O que é a vida?.

Era uma boa ideia, mas um pouco exagerada, uma vez que Schrödinger estava claramente tentando tirar uma definição por meio da aplicação da Segunda Lei da Termodinâmica e levar para os sistemas vivos.

Em 2010, os biólogos Peter Macklem e Andrew Seely definiram a vida como uma “rede termodinâmica autocontida, autorreguladora, auto-organizadora, autorreprodutiva, interligada, aberta e termodinâmica de componentes que realiza trabalhos, existindo em um regime complexo que combina estabilidade e adaptabilidade na transição de fase entre a ordem e o caos, como uma planta, animal, fungo ou micróbio.”

Estrutura do novo coronavírus COVID-19Ilustração do novo coronavírus. Imagem: CDC

São muitas informações e podem parecer confusas. Uma “transição de fase entre a ordem e o caos”, soa mais como uma letra de música do que ciência, para ser sincero.

Para ajudar os astrobiólogos a identificar a vida extraterrestre caso a encontrassem, a NASA desenvolveu sua própria definição de vida, que é curta e direta: “um sistema químico auto-sustentável capaz de evolução darwiniana.” Bonito, mas talvez muito simplista.

Eu poderia continuar, mas como a BBC apontou em 2017, existem mais de 100 definições de vida, e provavelmente todas elas estão erradas.

Como disse Nigel Brown, ex-presidente da Sociedade de Microbiologia do Reino Unido, ao Gizmodo, “não há uma definição consensual de vida que cubra todos os aspectos dos organismos vivos.”

Por exemplo, um critério típico da vida é que ela seja capaz de se reproduzir, mas “um cristal que semeia um líquido pode se reproduzir”, disse ele, acrescentando que “coisas como crescimento, um ciclo de vida, metabolismo, resposta a estímulos” e outras características consideradas necessárias para a vida “variam entre diferentes organismos.”

O que é um vírus?

A coisa mais irritante sobre os vírus é que eles exibem tanto atributos distintos de vida quanto de ‘não vida’. Ao mesmo tempo, os cientistas não conseguem sequer concordar onde um vírus, como entidade “viva”, começa ou termina, dizendo que se pode fazer a distinção entre um “vírion” e um “vírus”; o primeiro descreve a própria partícula inerte, e só se torna um vírus quando infecta células vivas.

Esse é um ponto fascinante, que nos obriga a descrever os vírus e como eles funcionam.

Um modelo Lego de um bacteriófagoUm modelo Lego de um bacteriófago, um tipo de vírus que infecta bactérias. Imagem: Pascal/Wikimedia Commons

Os vírus podem ser interpretados como embalagens organizadas, preenchidas com proteínas e material genético, seja RNA ou DNA. Assim como os peixes fora d’água, esses micro-organismos não são capazes de sobreviver em ambientes extracelulares, ou seja, lugares sem acesso às células biológicas.

Os vírus precisam de células para sobreviver – e não é porque se alimentam de células como uma espécie de carnívoro microscópico. Ao contrário, os vírus sequestram células, apropriando-se delas e reconfigurando-as em máquinas que liberam mais vírus. Além disso, os vírus alteram o próprio organismo hospedeiro, desencadeando sintomas – como espirros, tosse, congestão ou diarréia – o que confere mobilidade ao vírus, permitindo que ele infecte novos hospedeiros.

Em alguns casos, esses sintomas causam a morte do hospedeiro, o que nem sempre é a intenção do vírus. Tudo o que o vírus quer é replicar – e se isso envolver a morte do hospedeiro, que assim seja.

As contradições dos vírus

Dadas essas características estranhas, fica claro porque alguns cientistas talvez não queiram inserir vírus no reino dos organismos vivos: eles não podem se reproduzir de forma autônoma, precisam se apropriar de material biológico estranho para se replicar e não têm metabolismo.

Por essas e outras razões, Amesh Adalja, professor assistente da Escola de Saúde Publica Johns Hopkins, não acredita que os vírus estejam vivos.

Representação do vírus do sarampoRepresentação do vírus do sarampo. Imagem: CDC

“Eu penso na vida como um processo autogerado e autossustentável”, disse Adalja ao Gizmodo. Quando você usa essa definição, os vírus não entram porque são incapazes de ser autossustentáveis, ao contrário, por exemplo, de uma célula bacteriana. Embora os vírus possuam material genético, eles são, em essência, inertes até estarem em contato com uma célula hospedeira na qual o conteúdo da célula hospedeira atua sobre o vírus”.

Nigel Brown diz que os vírus não são parecidos com a vida, pois são basicamente “ácido nucleico do presente”, ou seja, material genético rodeado por uma camada de proteína, às vezes com uma membrana roubada do hospedeiro. Essa camada “consiste em proteínas codificadas no ácido nucleico viral, mas sintetizadas usando os sistemas do hospedeiro”, disse Brown ao Gizmodo.

Ao mesmo tempo, disse Brown, os vírus são vivos, pois “eles têm seu próprio material genético e se reproduzem usurpando a capacidade metabólica do hospedeiro para produzir uma nova geração de partículas de vírus, que passam pelo próximo ciclo de vida de reprodução”, explicou. “Eles também evoluem por mutação.”

Esse é o caso de vírus RNA, como o vírus da gripe, que sofre mutações rápidas, nos obrigando a criar e aplicar novas vacinas contra a gripe a cada ano. O vírus SARS-CoV-2 também é baseado em RNA, o que provavelmente significa que é suscetível à mutação.

Há três anos, um artigo publicado na Science Advances argumentava que os vírus são uma forma de vida. O biólogo evolutivo Gustavo Caetano-Anollés e seus colegas apresentaram evidências mostrando que os vírus provavelmente tiveram origem em células que continham RNA no início.

Os pesquisadores compararam as dobras proteicas de milhares de vírus com muitas células diferentes, a fim de acompanhar a história evolutiva do vírus ao longo do tempo. Os autores concluíram que os vírus estão mais relacionados a células do que se acreditava anteriormente, com vírus e células compartilhando um ancestral comum.

Além disso, eles argumentaram que um vírus por si só não é o vírus inteiro. Pelo contrário, o “verdadeiro ‘eu’ de um vírus é a fábrica intracelular de células infectadas”, e não a partícula viral em si, o vírion, segundo os autores. Isso pode ser um pouco profundo se parar para pensar.

Sete anos antes, o biólogo Patrick Forterre fez o mesmo argumento:

Tem sido reconhecido que os vírus têm desempenhado (e ainda desempenham) um papel inovador importante na evolução dos organismos celulares. Novas definições de vírus foram propostas e a sua posição na árvore universal da vida é ativamente discutida. Os vírus não são mais confundidos com seus vírions, mas podem ser vistos como entidades vivas complexas que transformam a célula infectada em um novo organismo – o vírus – produzindo vírions.

Os vírus, de acordo com essa escola de pensamento, são portanto capazes de se autorreplicar – eles simplesmente se movem de forma diferente. Brown, por outro lado, não compra essa ideia, como explicou em um artigo da Microbiology Society de 2016:

Se um vírus está vivo, não deveríamos também considerar uma molécula de DNA como viva? Os plasmídeos podem transferir como moléculas conjugantes [conectadas], ou ser transferidos passivamente, entre células, e podem carregar genes obtidos do hospedeiro. Eles são simplesmente moléculas de DNA, embora possam ser essenciais para a sobrevivência do hospedeiro em certos ambientes. E os priões? O argumento reductio ad absurdum é que qualquer mineral biologicamente produzido que possa atuar como semente de cristalização para posterior mineralização (satisfazendo assim o critério de reprodutibilidade) também pode ser classificado como vivo!

É um ponto justo. Quem pode dizer, por exemplo, que um vírus sob essa visão não se estende também a todo o organismo hospedeiro em si, já que os vírus podem afetar diretamente o comportamento fisiológico?

A questão de se os vírus estão vivos ou não, embora seja um exercício fascinante, provavelmente terá pouca relevância científica, mas Adalja disse ao Gizmodo que uma questão importante permanece na biologia evolutiva sobre como os vírus surgiram e se eles foram “formas de vida que se transformaram em vírus” ou os próprios progenitores da vida em si. Quanto a Brown, ele disse que o debate vida/não-vida é em grande parte semântico e filosófico.

Vivo ou não, não há discussão de que os vírus podem afetam a vida – e isso é o que realmente importa.

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