segunda-feira, 6 de abril de 2020

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[Review] Huawei Y9 Prime 2019: uma câmera que salta

Posted: 05 Apr 2020 01:29 PM PDT

Oficialmente, a Huawei vende somente dois smartphones no Brasil: P30 Pro e o P30 Lite. Mas esses não são os únicos aparelhos da marca que chamam a atenção dos consumidores brasileiros. O Y9 Prime 2019 também atrai os olhares de quem está procurando um modelo que tenha visual elegante e especificações decentes a um preço acessível.

As lojas que importam o modelo o vendem por meio da Amazon, MercadoLivre ou outras plataformas e costumam cobrar entre R$ 1.200 a R$ 1.500 no modelo. Para um smartphone com tela de 6,59 polegadas (Full HD+), processador Kirin 710F (octa-core), câmera tripla na traseira, câmera de selfie retrátil, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento, não é nada mal.

Passei algumas semanas testando o aparelho, que foi enviado ao Gizmodo Brasil pela própria Huawei. Nos próximos parágrafos, conto o que essa salada de letrinhas e números significa na prática e para quem esse aparelho pode ser interessante.

Tela e acabamento

A tela do Huawei Y9 Prime 2019 chama bastante atenção, principalmente por ocupar praticamente todo o espaço frontal do aparelho. As bordas são pequenas, com exceção do “queixo” do aparelho que reserva mais espaço. Sobre o painel em si, as cores são vibrantes e com um nível bacana de nitidez, graças à resolução Full HD+.

Não tem nada de notch (ou entalhe), a câmera fica escondida e só aparece quando você ativa algum app que faça uso dela – esse estilo de câmera pop-up é uma solução bacana para evitar recortes nos painéis, mas confesso que tenho bastante receio em relação à resistência do mecanismo. Durante as semanas que utilizei, nunca tive medo de quebrar, nem reparei nada de estranho, mas é compreensível ficar com um pé atrás sobre da durabilidade disso – as marcas, como sempre, garantem que vai funcionar por muito tempo.

Câmera

A câmera de selfies abre rapidinho ao ser acionada, coisa de alguns centésimos de segundos, e faz um barulhinho típico de engrenagem. A Huawei incluiu um sistema interessante para evitar problemas caso o aparelho caia com o sensor aberto: o acelerômetro do celular percebe o movimento brusco e o software trata de recolher a casinha da câmera – quando isso acontece, um aviso aparece na tela: “Seu telefone pode ter caído. Para evitar danos, a câmera foi automaticamente recolhida. Continuar usando a câmera?”

O sensor para selfies tem 16 megapixels com lente f/2.0. As fotos não saem incríveis, mesmo quando há bastante iluminação, mas dá para o gasto. A primeira coisa que eu fiz quando usei a câmera pela primeira vez foi desativar o modo embelezamento que retira toda a nitidez das fotografias e mesmo assim o nível de detalhes não é surpreendente.

Na traseira, são três câmeras, posicionadas no lado esquerdo superior e com uma escolha curiosa. Dois dos sensores estão agrupados sob um mesmo vidro – um com 16 megapixels e f/1.8 e outro com 8 megapixels e lente ultrawide, de ângulo aberto. O terceiro sensor fica à parte, solitário, e funciona como um leitor de profundidade para as fotografias em modo retrato.

Os retratos, inclusive, geralmente saem bons com apenas uma tentativa. Mas, como é de costume, cabelos esvoaçantes e detalhes demais no plano de fundo podem confundir o software responsável pelo desfoque e deixar parte da pessoa totalmente borrada.

As fotos tradicionais só atendem às expectativas em ambientes muito bem iluminados. Não fiquei satisfeito com algumas fotografias que tirei dentro de casa, mesmo de dia – pouca nitidez, principalmente se o assunto da foto estiver mexendo (no meu caso, um cachorro, que nem estava se movimentando tanto). Resumindo: não dá para esperar grandes fotografias em todos os momentos, apesar de a Huawei destacar que seu conjunto de câmeras conta com uma série de recursos de inteligência artificial para garantir o melhor clique – vai depender bastante da sua paciência para tirar uma foto bacana, já que elas costumam sair, mas é preciso esperar a IA processar a cena. Para um celular desse preço, as imagens estão dentro do esperado.

Desempenho

Para falar de desempenho, primeiro vamos aos números: o processador é o Kirin 710F, que tem oito núcleos — um conjunto com quatro núcleos de 2,2 GHz e outros quatro núcleos de 1,7 GHz –, e a GPU que o acompanha é a Mali-G51 MP4. É possível dizer que é uma CPU equivalente ao Qualcomm Snapdragon 660, chip mais comum em smartphones vendidos no Brasil — mas vale notar que cada um tem suas particularidades, já que o aparelho da Huawei não é capaz de detectar redes Wi-Fi de 5 GHz, por exemplo. Completam as especificações técnicas 4GB de RAM.

Esses números, na prática, significam um desempenho satisfatório para tarefas cotidianas. Dificilmente você notará algum engasgo ou travamento nas animações — tive essa experiência uma ou duas vezes no Chrome, abrindo sites cheios de imagens. É claro que existem celulares mais potentes, mas o Y9 Prime está preparado para o dia-a-dia, mesmo daqueles que trocam de apps com frequência.

Na verdade, quando falo de desempenho nos smartphones atuais (considerando os intermediários para cima), estou mais preocupado com a longevidade dos aparelhos — quase todos entregam performance satisfatória. Para um celular de R$ 1.200, não dá para esperar que ele manterá todo esse vigor por anos, embora seja difícil de afirmar isso categoricamente.

O smartphone roda o Android 9 com a EMUI 9.0, camada de personalização da Huawei, e tem os serviços Google. YouTube, Chrome, Gmail, todos os aplicativos estão lá. Apesar disso, não consegui instalar o aplicativo da Netflix no celular — um aviso genérico da Google Play dizendo que o modelo não era compatível. Consultamos a assessoria de imprensa da Huawei no Brasil sobre esse caso e até agora não obtivemos respostas.

O aparelho ainda vem com todos os aplicativos e serviços do Google porque foi fabricado antes das sanções impostas pelos EUA. A Huawei faz parte de uma “Lista de Entidades”, impede que empresas americanas façam negócios com a Huawei sem uma licença especial. A justificativa é a de que a companhia chinesa oferece riscos à segurança nacional. Para os próximos aparelhos, como o P40 que deve ser lançado em 2020, a história deve ser diferente.

Bateria

Antes de pegar o Y9 Prime para testar, estava usando um smartphone mais antigo, um Zenfone 4 (lançado em 2017) e que já não tinha muita lenha para queimar quando se tratava de bateria. Passar alguns dias com o modelo da Huawei me permitiu respirar aliviado: ele é bastante competente no gerenciamento de energia e aguenta um dia inteiro fora da tomada tranquilamente, com seus 4.000 mAh.

Tirando o celular da tomada perto das 8h, usando-o um pouco até o meio-dia e fazendo uso mais intenso a partir do começo da noite, consegui chegar ao final do dia entre 30% e 40% restante. Em dias que eu não o usei tanto, cheguei a carregá-lo depois de cerca de 36 horas.

Decepciona o fato de que o carregador que vem na caixa não tem tecnologia de carregamento rápido e demora bastante para o aparelho chegar aos 100%.

Conclusão

Dificilmente você encontrará um smartphone competente como o Y9 Prime por menos de R$ 1.500 — lembrando, o aparelho não é vendido oficialmente no Brasil e importadores costumam cobrar cerca de R$ 1.200. Os concorrentes que me vêm a cabeça (Galaxy A80, Motorola One Zoom) custam a partir de R$ 1.700 no varejo.

A questão da compra de aparelhos via importadores pode ser bem complexa para o consumidor médio. Geralmente, a única garantia na compra de aparelhos via marketplace é que lojas que atuam no Brasil são obrigadas por lei a dar 90 dias de garantia. Fora isso, não tem assistência técnica oficial ou garantia por algum defeito depois desses 90 dias. Logo, é por conta e risco do consumidor se arriscar a comprar este tipo de aparelho.

No caso da Huawei, ainda que a marca tenha presença no Brasil e o aparelho ter sido cedido para teste pela assessoria de comunicação local da marca, não existe assistência oficial ao aparelho.

Desconsiderando esses entraves, o Y9 Prime foi bem competente na minha mão: tela bonita e desempenho dentro da média. Durante o período de festas, sempre recorri aos celulares dos parentes para tirar fotos, com a certeza de que um iPhone 8 faria um trabalho melhor — quem curte fotografia não vai se dar tão bem com o modelo, mesmo com a abundância de câmeras.

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Zoom adota medidas básicas de segurança após onda de ataques de trolls

Posted: 05 Apr 2020 10:26 AM PDT

Pessoas usando a plataforma de videoconferência. Crédito: Anthony Wallace/Getty Images

A partir deste domingo (5), o Zoom começará a exigir senhas e habilitar salas de espera virtuais por padrão, na tentativa de conter a enxurrada de ataques de trolls que acompanharam sua base de usuários em expansão após a pandemia de COVID-19.

A base de usuários da plataforma de videoconferência saltou de 10 milhões de pessoas no fim do ano passado para mais de 200 milhões em março, transformando o Zoom de uma solução corporativa para um nome familiar, à medida que um número crescente de pessoas começa a trabalhar de casa e aderindo a diretrizes de distanciamento social. E com esse sucesso, a empresa está descobrindo  que tem recebido muito atenção indesejada , principalmente de trolls que ficam entediados na auto-quarentena.

Isso levou aos chamados "Zoom bombings", nos quais pessoas participam de reuniões aleatórias em vídeo e transmitem pornografia e imagens violentas. Como as reuniões do Zoom são definidas como públicas e permitem que qualquer participante compartilhe a tela por padrão, é fácil para qualquer pessoa aleatória com um link sequestre a sala de aula virtual ou teleconferência do conselho da cidade com vídeos perturbadores.

O Zoom visa mudar isso com um conjunto de novas medidas de segurança. Em uma postagem no blog da empresa neste sábado (4), a empresa anunciou que as reuniões agora terão o recurso Waiting Room (Sala de Espera) ativado automaticamente para que os hosts possam rastrear os participantes com mais facilidade antes de permitir sua participação. É uma medida padrão lançada para todos os usuários depois que o Zoom começou a tornar o recurso padrão para salas de aula virtuais. Embora o Zoom tenha começado a tornar o recurso uma configuração padrão para suas salas de aula na terça-feira, ele será lançado para todos os usuários a partir de domingo.

As teleconferências agora também estarão protegidas por senha, o que vem com várias condições

"Para reuniões agendadas para o futuro, a senha da reunião pode ser encontrada no convite. Para reuniões instantâneas, a senha será exibida no cliente Zoom. A senha também pode ser encontrada no URL de ingresso na reunião", a empresa escreveu em um e-mail para os usuários, como foi vista pela primeira vez no TechCrunch.

Mais importante, porém, significa que as pessoas que tentarem ingressar manualmente usando uma ID da reunião — tags que trolls frequentemente rastreiam nas mídias sociais e compartilham para ataques coordenados — também deverão inserir a senha correspondente. Pode não reprimir completamente os "Zoom Bombing", pois alguns hackers particularmente tenazes ainda podem descobrir e circular o ID e a senha de uma reunião, mas é um passo na direção certa para evitar a prática.

O Zoom também planeja implementar uma opção de criptografia de ponta a ponta nos próximos meses, disse o CEO Eric Yan recentemente ao Wall Street Journal — algo que o Zoom alegou ter apresentado feito anteriormente e que especialistas falaram que era balela. Na reportagem, ele também reafirmou um pedido de desculpas público emitido na sexta-feira (3) por essas falhas de segurança.

"Realmente errei como CEO, e precisamos recuperar a confiança deles [os usuários]. Esse tipo de coisa não deveria ter acontecido", disse Yuan.

A falha do Zoom em combinar seu crescimento exponencial com medidas essenciais de segurança cibernética não é apenas amplamente considerada irresponsável, mas também atraiu a atenção de várias autoridades dos EUA. Na última emana, os procuradores-gerais de Nova York e Connecticut lançaram investigações sobre as práticas do Zoom, e o FBI emitiu um aviso oficial sobre a segurança negligente da empresa.

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Os melhores games do mês para Android e iOS

Posted: 05 Apr 2020 07:28 AM PDT

Smartphone rodando o jogo PUBG Mobile

Em nossa lista de melhores games para Android e iOS, destaques vão para os clássicos Missile Command Recharged e Castlevania. Além disso, temos bons RPGs e o game de charadas Adivinhados. Veja nossa seleção.

Atari Mobile Missile Command Recharged é a reinvenção de um clássico feito pela Atari. No jogo, você defenderá suas bases ao disparar mísseis intermináveis contra seus inimigos. Além da nostalgia, é um game bacana para quem estiver de bobeira na quarentena e quiser se divertir um pouco.

Download: Atari Mobile Missile Command Recharged para Android (grátis) e iOS (grátis)

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Conhecida pelo Perguntados, a argentina Etermax agora tem o Adivinhados. Como o nome sugere, é um game que dá para jogar contra a máquina ou contra amigos para tentar resolver charadas. No começo, tem desafios bem simples como "qual ave é associada a paz", mas com o tempo as coisas vão ficando bem difíceis.

Download: Adivinhados para Android (grátis) e iOS (grátis)

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Se você curte games de estratégia, este é um jogo ambientado no mundo de The Witcher. Em GWENT: The Witcher Card Game, você tem um deck de guerreiros que lhe ajudarão a conquistar o mundo. Dependerá de sua habilidade em saber usar as cartas para evoluir no game.

Download: GWENT: The Witcher Card Game para Android (grátis) e iOS (grátis)

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Jogo móvel Castlevania
Versão do RPG de videogames chega aos smartphones com gráficos e trilhas clássicas do game. Em Castlevania SotN (Symphony of the Night), como no console, você é Alucard, que entra no castelo de Drácula e deve enfrentar uma série de criaturas e inimigos esquisitos.

Download: Castlevania: SotN para Android (R$10,90) e iOS (R$ 10,90)

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Green é um puzzle (quebra-cabeça) conceitual. Nele, você deve decifrar cada um dos níveis que tem sua lógica própria. Caso esteja perdido, você pode usar o botão de interruptor que fica no lado direito superior. É um game meio intrigante, então você deve ter um pouco de paciência, pois os desafios não são resolvidos logo de cara.

Download: Green para Android (grátis) e iOS (grátis)

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Em Evil Hunter Tycoon, o Dark Lord levou a destruição para o mundo e você deve derrotá-lo por meio de uma série de missões. É preciso, num primeiro momento, reconstruir sua cidade destruída, depois criar Hunters e, depois, ir atrás do vilão do jogo. Importante ressaltar que as características dos monstros criados são aleatórias, então é bom prestar atenção na sua equipe antes de entrar em batalhas.

Download: Evil Hunter Tycoon para iOS (grátis) e Android (grátis)

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Plexicle
Plexicle é um game de navinha no qual o destino da humanidade na busca por fontes de energias renováveis está em suas mãos. Sua sobrevivência dependerá de toques na tela para manter a nave ascendente, de modo a evitar asteróides e arranha-céus.

Download: Plexicle para iOS (grátis)

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Três cursos para você se tornar especialista no Pacote Office nessa quarentena

Posted: 05 Apr 2020 07:00 AM PDT

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O cometa interestelar Borisov simplesmente perdeu um fragmento nesta semana

Posted: 05 Apr 2020 06:23 AM PDT

Imagem do telescópio espacial Hubble mostrando um fragmento se soltando do cometa 2L/Borisov. Crédito: David Jewitt

Imagens recentes do segundo cometa interestelar conhecido por ter visitado o sistema solar parecem revelar um fragmento ou fragmentos que caem do seu núcleo.

O cometa 2l/Borisov fez certo barulho no meio do ano passado, quando os cientistas perceberam que ele tinha uma órbita hiperbólica — implicando que ele era um visitante de fora do sistema solar. Mas, ao contrário do primeiro visitante conhecido, Borisov permitiu uma inspeção mais próxima à medida que orbitava o Sol. Observações recentes revelaram que ele está perdendo matéria.

"Temos observado este cometa com telescópios espaciais há meses desde que ele foi descoberto", disse David Jewitt, um astrônomo da UCLA, ao Gizmodo. "Acabamos de perceber esta mudança na aparência, que se dividiu em duas partes nesta semana".

Uma imagem que Jewitt postou nesta quinta-feira (2) no Astronomer's Telegram tirada com o telescópio espacial Hubble mostra o cometa como um objeto inteiriço já no dia 23 de março, mas que parece se dividir em duas partes até 28 de março.

No entanto, o cometa provavelmente não se dividiu ao meio, disse Jewitt. Outros cometas já mudaram de aparências antes; Borisov provavelmente acabou de perder um fragmento igual a menos de 1% de sua massa. Porém, esse pequeno fragmento é extremamente brilhante, o que os astrônomos acreditam ser devido ao fato de que era um pedaço de gelo antes não exposto e que agora se tornou extremamente ativo como resultado da energia do Sol.

A equipe de Jewiitt não é a única observar os fragmentos do cometa. Outro astrônomo postou no Astronomer's Telegram evidências de um pequeno fragmento separando da rocha. Tudo isso se segue um par de explosões de cometa relatadas em 12 de março por uma equipe de astrônomos na Polônia.

O astrônomo amador Gennady Borisovv viu este visitante interestelar pela primeira vez em 30 de agosto de 2019, e os cientistas logo confirmaram como o segundo objeto interestelar conhecido (o primeiro foi o Oumuamua de 2017). Mas ao contrário do rochoso Oumuamua, o cometa Borisov parecia surpreendentemente familiar — isto é, como um cometa gelado do sistema solar com uma nuvem chamada de coma e uma cauda que, por acaso, chegou de fora do sistema solar.

Os cientistas têm rastreado o objeto com telescópios espaciais desde que ele passou próximo ao Sol em dezembro. Eles já aprenderam bastante sobre ele, disse Jewitt.

Estimativas iniciais sugeriam que Borisov era grande (talvez 8 km de diâmetro), mas observações posteriores fixaram seu raio em algumas centenas de metros. Tem uma composição semelhante aos cometas do sistema solar, com o gelo da água se transformando rapidamente em gás. Mas, segundo Jewitt, ele parece ter grãos de poeira maiores e mais monóxido de carbono do que os cometas do sistema solar.

O monóxido de carbono é um elemento volátil que de outra forma se sublimaria da superfície do cometa a partir da energia solar, mas não tinha acontecido no caso do Borisov. "Esta coisa tem estado num lugar frio por um longo período de tempo", afirmou Jewitt.

Isso significa que Borisov está se desfazendo? Ainda não está claro. Jewitt espera que sim — primeiro, pois proporcionaria um baita show, mas também permitiria um maior conhecimento sobre a composição de seu núcleo e outras propriedade físicas.

Os cientistas continuam a monitorar o cometa Borisov. Como Jewitt, também esperamos que ele se desfaça em pedaços.

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