quinta-feira, 16 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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Contas de Twitter de Elon Musk, Bill Gates e Apple são invadidas e usadas para golpe de bitcoin

Posted: 15 Jul 2020 03:10 PM PDT

Logotipo do Twitter em smartphone. Crédito:Alastair Pike (AFP via Getty Images)

Várias contas do Twitter de personalidades do Vale do Silício, políticos, celebridades e grandes empresas foram hackeadas e usadas para disseminar um golpe de bitcoin.

Todas elas publicaram uma mensagem semelhante, dizendo que o responsável pela conta estava se sentindo generoso e sensibilizado por causa do COVID-19 e que, por isso, ia devolver em dobro toda quantia que recebesse em bitcoins. Nem preciso dizer que ninguém ia devolver nada, né?

As contas que postaram a mensagem indicavam a mesma carteira de bitcoin. Algumas também mencionavam um site chamado Crypto for Health que, segundo o BuzzFeed News, foi criado nesta quarta (15) mesmo com dados falsos. Vários dos posts já foram deletados, o que sugere que os donos das contas e suas equipes recuperaram o controle.

Imagem: Twitter via Gizmodo en Español

O primeiro a ter a conta invadida foi Elon Musk, CEO da Tesla. Depois dele, vieram, sem ordem específica, o candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, o rapper Kanye West, o co-fundador da Microsoft Bill Gates e o CEO da Amazon, Jeff Bezos, além de empresas como Apple (que até então nunca tinha tuitado!) e Uber, entre muitos outros. Muitas contas ligadas ao bitcoin e a criptomoedas foram hackeadas também. Como todas eram verificadas, ficava essa impressão de que poderia ser uma campanha real.

Até o momento, não se sabe quem é a pessoa por trás da misteriosa carteira de bitcoin que pedia doações. De acordo com o BuzzFeed News, a carteira recebeu US$ 60 mil dólares, mas não se sabe se foram vítimas do esquema ou a própria pessoa que colocou esse dinheiro para tentar fazer de conta que a ação era confiável como forma de convencer outras pessoas a fazer o mesmo.

Em um tuíte, a conta de suporte do Twitter disse estar ciente de um incidente de segurança que estava impactando pessoas na rede social e que estava tomando medidas para investigar e corrigir o problema. Ao que tudo indica, a rede bloqueou todas as contas verificadas, que estão impedidas de postar enquanto a companhia não resolve a situação.

Esse tipo de golpe não é uma novidade no Twitter. Nos últimos anos, se tornou comum ver contas falsas se passando por celebridades deste mesmo quilate, inclusive com nomes de usuário bem parecidos, oferecendo bitcoins em transações parecidas. A estratégia de invadir contas verificadas, porém, é novidade.

Estamos atentos aos desdobramentos dessa história e atualizaremos este post quando houver mais informações.

Atualização [22h01]: Depois de um tempo de bloqueio, o Twitter liberou novamente as contas verificadas para voltarem a tuitar, mas alerta que a funcionalidade pode ficar instável enquanto tenta corrigir os problemas.

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A Oppo tem um novo adaptador que pode carregar seu smartphone em 13 minutos

Posted: 15 Jul 2020 02:28 PM PDT

Adaptador da Oppo de 125 W; marca diz que ele pode carregar um aparelho em 13 minutos. Crédito: Oppo

As velocidades de carregamento de celulares tem melhorado bastante nos últimos anos, mas hoje a fabricante chinesa Oppo pode ter revelado o carregador de smartphone mais rápido do mundo.

Desenvolvendo sua tecnologia SuperVOOC, o novo adaptador da Oppo tem potência de 125 W e promete carregar um smartphone com bateria de 4.000 mAh até 41% da capacidade em apenas cinco minutos. Para chegar até 100%, são necessários ao todo 13 minutos nas condições ideais.

Francamente é muito mais do que a maioria das pessoas jamais precisaria. Mesmo assim, naquela situação em que você está prestes a sair de casa e acabou de perceber que se esqueceu de carregar o celular, a tecnologia de carregamento da Oppo pode salvar sua vida.

Existem algumas limitações para a tecnologia, no entanto. Por exemplo, em condições normais em que a temperatura do telefone chega a 40°C ou menos, a Oppo diz que carregar de 0% a 100% levará cerca de 20 minutos — o que ainda é extremamente rápido.

Gráfico carregamento Gráfico mostrando evolução de carregamento com novo adaptador da Oppo: de 0 a 41% em 5 minutos. Crédito: Oppo

Além disso, enquanto a Oppo diz que seu novo adaptador Flash Charge de 125W é compatível com telefones antigos com suporte para protocolos de carregamento Super VOOC e VOOC, como o Oppo Reno 2, nenhum dos dois são padrões da indústria e devem aparecer como um diferencial da marca.

Para ajudar a atingir essas velocidades de carregamento super-rápidas, o Oppo oferece suporte a carregamento de 20 volts a 6,25 amperes, enquanto também usar três motores de carregamento para fornecer uma impressionante eficiência de carregamento de 98%.

Enquanto isso, para ajudar a impedir que sua carga de 125 W danifique seu aparelho, a Oppo faz medições usando dez sensores de temperatura adicionais para evitar superaquecimento e também utiliza mecanismos de proteção contra sobretensão por fusível.

Nova linha de carregadores e adaptadores da Oppo. Crédito: OppoNova linha de carregadores e adaptadores da Oppo. Crédito: Oppo

Embora tudo isso pareça bom em teoria, ainda resta ver que tipo de impacto o carregamento de 125 watts terá sobre a saúde e a longevidade de bateria de um telefone. Ter um carregador rápido é ótimo, porém se a bateria do telefone for durar só um ou dois anos antes de precisar ser substituída, pode não valer a pena.

Dito isto, se você estiver interessado em um carregamento sem fio mais rápido, a Oppo também apresentou seu novo pad de carregamento AirVOOC de 65 watts, que a empresa alega poder recarregar um telefone com uma bateria de 4.000 mAh em apenas 30 minutos.

Para reduzir o calor gerado pelo sistema, a Oppo adicionou um resfriador de semicondutores na parte inferior do bloco. E como o AirVOOC é compatível com Qi, ele deve funcionar em quase todos os telefones modernos com carregamento sem fio. Por outro lado, não está claro se os telefones com padrão de Qi terão as mesmas velocidades de pico do carregamento de 65 watts.

Para completar a nova linha de tecnologias de carregamento da Oppo, a empresa apresentou dois carregadores portáteis: um Mini Flash Charger de 110 watts e um Mini SuperVOOC de 50 watts.

Este segundo, de acordo com a Oppo, é o menor e mais fino adaptador do gênero. Medindo apenas 10,5 mm de espessura, o carregador Mini SuperVOOC usa componentes de nitreto de gálio e uma nova técnica de carregamento por pulso para fornecer um carregador incrivelmente pequeno e com baixo consumo de energia.

Embora a Oppo ainda não tenha revelado preços ou disponibilidade para sua nova gama de equipamentos de carregamento, provavelmente podemos ver alguns deles disponíveis no final deste ano, juntamente com a nova linha de smartphones Oppo.

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Chromecast não conecta no Wi-Fi? Veja como resolver

Posted: 15 Jul 2020 01:12 PM PDT

Chromecast 3

O Chromecast é uma mão na roda para quem não tem Smart TV: por meio dele você consegue conectar a TV na internet e transmitir filmes e séries de vários aplicativos como Netflix, Prime Video e Globo Play, controlando tudo pelo seu smartphone. A configuração do Chromecast é simples, mas às vezes alguns problemas de conexão Wi-Fi geram dores de cabeça.

Abaixo, vamos indicar soluções para diversos problemas, então pode ser que você precise tentar algumas delas até ter sucesso. Se o seu Chromecast não está conectando no Wi-Fi de casa, vale a pena seguir alguns passos básicos – que geralmente tentamos fazer quando produtos eletrônicos dão problema – então separamos em uma ordem de eliminação de problemas.

Verifique se o Chromecast e o celular estão na mesma rede

Para o Chromecast funcionar e aparecer no seu celular para transmitir conteúdo, é preciso que o smartphone e o Chromecast estejam conectados na mesma rede Wi-Fi. Certifique-se de que o seu celular está na mesma rede que você configurou o aparelhinho inicialmente.

Reinicie seu modem e roteador

Se os dois dispositivos estão na mesma rede e mesmo assim você não consegue usar, tente reiniciar o seu modem e roteador. Vá lá e desligue os aparelhos por 10 segundos, ligue novamente e espere as luzes de conexão acender.

Reinicie o Chromecast

Se o seu Chromecast estava funcionando antes e parou do nada, vale a pena tirar ele da tomada ou porta USB de sua TV, esperar alguns segundos e ligá-lo novamente. O aparelho pode demorar um pouco para ligar novamente e se conectar.

Aproxime seu roteador do Chromecast

Um dos problemas mais comuns que dificultam a conexão com o aparelho é a distância entre ele e o modem – o Google recomenda que os dois não estejam a muitos metros de distância, então vale tentar aproximá-los.

É importante notar também que o Chromecast de 1ª geração não é compatível com redes de banda 5 GHz. Geralmente, os roteadores que oferecem essa banda também tem uma conexão de 2,4 GHz (que é compatível), então certifique-se de se conectar nela.

Verifique a data e a hora do seu celular

Pode parecer improvável, mas se houver uma falha de sincronização da data e hora do smartphone e do Chromecast, a conexão pode não funcionar direito. Em seu celular, vá até as configurações e procure pelos ajustes de data e hora e certifique-se de que marcou o fuso horário correto.

Resetar o Chromecast

Tente configurar tudo de novo para se certificar de que as coisas entrem em sintonia. A melhor forma de fazer isso é restaurando as configurações de fábrica direto pelo dispositivo.

Para o Chromecast de primeira geração (modelo quadradinho), mantenha o botão do dispositivo pressionado por pelo menos 25 segundos ou até que a luz LED uniforme do Chromecast comece a piscar, a tela da TV fique em branco e a sequência de inicialização comece.

Para o Chromecast de segunda geração em diante (que é redondo), pressione e segure o botão na lateral do dispositivo. O LED piscará na cor laranja. Quando a luz do LED ficar branca, solte o botão, e o Chromecast iniciará a sequência de reinicialização.

Se você seguiu todos esses passos e nada deu certo, existem outras opções para fazer com que o Chromecast funcione.

Configure o canal de sua conexão

O Chromecast costuma ter problemas ao se conectar com redes Wi-Fi que operam em canais maiores do que a 13. Esse, inclusive, foi um problema que eu passei pessoalmente – meu roteador estava configurado para o canal 13 e eu sequer conseguia concluir a instalação do Chromecast.

Roteador da DlinkCrédito: Scott Beale/laughingsquid.com

Seria impossível listarmos o passo a passo para alterar o canal em cada modelo de roteador e modem que existe, mas não é um bicho de sete cabeças. Iremos indicar as instruções gerais aqui, que devem funcionar sem muita dificuldade.

Primeiro, descubra o endereço de acesso ao seu roteador Wi-Fi, algo como 192.168.0.1.

No Windows, vá ao menu iniciar, digite cmd e aperte enter. Depois, digite ipconfig e veja o endereço que aparece em Gateway padrão.

No macOS, vá até as Preferências do Sistema, então em Rede, clique em Avançado e TCP/IP, depois veja o endereço que aparece em Roteador.

  1. Acesse a página de configurações do seu roteador e coloque o usuário e senha (geralmente disponíveis no manual ou em baixo do roteador);
  2. Procure pelas configurações do Wi-Fi;
  3. Procure pela opção “Channel” ou “Canal”;
  4. Escolha o canal 11 (recomendado, mas você pode testar outros menores);
  5. Salve as alterações e reinicie o seu roteador.

Algumas pessoas indicaram em fóruns que os canais 11, 6 e 1 costumam ser os que funcionam melhor para o Chromecast, mas você pode testar as opções. Essa solução resolveu o meu problema, mas é importante também se certificar de que você não está em um canal que é muito utilizado pelos seus vizinhos. Veja esta dica para entender melhor.

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Um ingrediente das panelas Teflon ajuda a tinta branca a refletir até 98% do calor do Sol

Posted: 15 Jul 2020 11:57 AM PDT

Edifício pintado de branco com um muro com grafites

Geralmente você não sairia na rua vestido todo de preto em pleno verão; roupas com cores mais claras ajudam a refletir o calor do Sol. Essa estratégia funciona para construções também, e graças a pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), uma nova fórmula para a tinta branca poderia refletir efetivamente até 98% do calor do Sol, reduzindo a demanda por sistemas de refrigeração artificiais.

Como resultado da mudança climática, o mundo vai ficar ainda mais quente, o que deve colocar uma carga maior em sistemas de climatização, que puxam energia e custam caro.

Para ajudar a reduzir essa demanda, pesquisadores da Escola de Engenharia da UCLA e do Departamento de Física e Matemática Aplicada da Universidade de Columbia chegaram a uma nova fórmula de tinta branca que é ainda mais eficaz para proteger um edifício da luz do Sol.

Os objetos brancos têm essa aparência porque refletem toda a luz do espectro de cores visíveis. Já os objetos coloridos refletem apenas comprimentos de onda específicos, absorvendo o resto. É por isso que usar uma camisa branca em um dia quente pode ajudá-lo a se refrescar um pouco. No entanto, a eficácia de uma superfície de refletir luz e calor também depende do que ela é feita.

A tinta branca, por exemplo, é capaz de refletir a maior parte do espectro de luz visível e também a luz infravermelha invisível, que de outra forma contribuiria significativamente para que o calor fosse absorvido.

Os químicos já criaram tintas brancas especificamente projetadas para refletir o máximo possível dos raios solares. Usando ingredientes adicionais como óxido de titânio, que são altamente eficazes para refletir a luz visível e quase infravermelha, estas tintas ostentam uma reflexão de quase 85% da radiação solar. Elas são frequentemente usadas para pintar os telhados de edifícios em regiões quentes que demandam ar-condicionado, por exemplo.

A nova fórmula da UCLA substitui o óxido de titânio – que ainda absorve a luz violeta e ultravioleta – com barita, um cristal que tem muitas aplicações, incluindo o uso como pigmento branco para tingir tecidos e papel, assim como o politetrafluoroetileno, um fluoropolímero sintético mais conhecido pelo nome usado comercialmente para chefs domésticos: Teflon. O mesmo material escorregadio que facilita na hora de limpar panelas e frigideiras também demonstrou aumentar a reflexão solar de uma tinta branca para quase 98%.

Provavelmente não demorará muito para que as tintas refletivas que utilizam esses novos ingredientes cheguem ao mercado, pois não são materiais exóticos e a nova receita pode ser facilmente reproduzida utilizando as mesmas técnicas de fabricação e produção e equipamentos já em uso hoje em dia.

Considerando a importância de materiais de construção eficientes em termos energéticos para nos ajudar a suportar os efeitos das mudanças climáticas, é bom que eles cheguem ao mercado o mais rápido possível.

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As coisas mais legais que encontramos na Amazon nesta semana

Posted: 15 Jul 2020 09:31 AM PDT

Logo da Amazon em uma parede amarela.

Como você deve saber, a Amazon vende uma infinidade de coisas. E para ajudar você a explorar este mundo, reunimos aqui alguns produtos que tem tudo a ver com quem lê o Gizmodo. Tem desde acessórios para melhorar a produtividade no trabalho até itens de decoração inspirados em games e clássicos da fantasia, passando por utilidades para casa e livros inspiradores.

Além disso, nos itens vendidos pela Amazon, você pode contar com a entrega do Amazon Prime — veja aqui tudo sobre o programa.

Eletrônicos

Mega Drive
Tectoy Console Mega Drive com 22 Jogos, 16 bits
R$ 399,00

Cultura geek

Quebra-Cabeça Star Wars 500 Peças
Quebra Cabeça 500 Peças - Star Wars Ix - Ascensão Skywalker, Toyster
R$ 70,00

Casa

Moedor de Café Hamilton Beach
Moedor de Café Ajustável, Preto, 110v, Hamilton Beach
R$ 180,00

PlayStation 4

Dualshock 4 The Last of Us II
Controle Dualshock 4 - PlayStation 4 - The Last of Us II
R$ 309,00

Xbox One

Stardew Valley
Stardew Valley
R$ 117,00

Livros

O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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Uber desiste de operação de patinete em São Paulo

Posted: 15 Jul 2020 08:11 AM PDT

Patinetes da Uber em São Paulo

Os patinetes pareciam estar pegando tração no final do ano passado, com investimentos e novas iniciativas espalhadas pelas capitais do Brasil. Em janeiro, começaram algumas más notícias e o mercado parecia desacelerar e com a pandemia parece que o negócio vai capotar. As opções da Uber em São Paulo, que estrearam em março, não devem voltar a operar na capital e em Santos.

A informação foi publicada no blog Avenidas, do jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Gizmodo Brasil. Os patinetes tinham sido retiradas em meio à pandemia do novo coronavírus e não devem voltar mais.

Em maio deste ano, a Uber fez um acordo com a Lime, outra empresa do setor, investindo US$ 170 milhões e repassando os seus serviços de bicicletas e patinetes. As opções de mobilidade podem ser encontradas por meio do app da Uber nos países em que opera – não é o caso do Brasil, já que a Lime fez uma rápida aparição e se despediu no começo deste ano.

O mercado de mobilidade foi afetado pela pandemia por causa das medidas de isolamento social e quarentena. A Uber demitiu 14% de sua força de trabalho em meio à crise e viu uma redução de receitas de US$ 3,5 bilhões no primeiro trimestre.

Por outro lado, a companhia tem tentado investir no setor de delivery. No começo deste mês, a Uber anunciou a compra da Postmates nos EUA por US$ 2,7 bilhões. O Uber Eats viu as reservas dispararem 52%, para US$ 3,1 bilhões. Enquanto isso, a receita líquida dessa divisão do negócio aumentou 121% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Em nota, a Uber confirmou a saída dos patinetes das cidades paulistas:

No dia 7 de maio, a Uber anunciou a fusão da Jump, sua divisão de micromobilidade, com a empresa Lime, que está dando seguimento a uma operação combinada nas cidades que atende. Com essa fusão, as operações de patinetes elétricos da Uber em São Paulo e Santos, suspensas desde o início da pandemia, foram descontinuadas.

A Uber continua acreditando firmemente na micromobilidade e em seu poder para transformar positivamente as cidades e reconhece que a escala e o foco da Lime serão fundamentais para avançar com essa transformação. Por meio do aplicativo da Uber, nossos usuários continuarão tendo acesso aos veículos operados pela Lime onde a empresa tiver atividades.

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Tudo que havia de errado com aquele influente estudo sobre hidroxicloroquina

Posted: 15 Jul 2020 07:11 AM PDT

O cientista francês Didier Raoult. Crédito: Christophe Simon/Getty Images

Um estudo polêmico e altamente influente envolvendo o medicamento hidroxicloroquina como tratamento para COVID-19 — que ajudou a lançar meses de pesquisa e fracassou em ensaios clínicos — agora foi fortemente criticado nas páginas da mesma revista científica que o publicou. A nova revisão por pares pós-publicação destaca uma variedade de falhas sérias no estudo e conclui que os autores foram "totalmente irresponsáveis" na forma como apresentaram suas descobertas.

Entendendo o estudo original

O artigo original, de autoria de uma equipe de pesquisadores na França, foi publicado no final de março no International Journal of Antimicrobial Agents. Ele envolvia 20 pacientes hospitalizados com COVID-19 que foram tratados com hidroxicloroquina, alguns dos quais também receberam o antibiótico azitromicina.

Comparado a um grupo de controle de pacientes, segundo o estudo, as pessoas com hidroxicloroquina apresentaram níveis mais baixos do vírus em média ou eliminaram a infecção mais rapidamente; a adição de azitromicina foi associada a uma recuperação ainda mais rápida.

Embora houvesse experimentos anteriores e promissores de hidroxicloroquina para tratar o COVID-19 em outras partes do mundo, o estudo francês despertou um enorme interesse científico e político pela droga. O próprio presidente Trump tuitou sobre o estudo no dia seguinte à publicação, anunciando a terapia combinada como um "divisor de águas" para a pandemia. Logo depois o governo dos EUA e outros, incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde), anunciaram que iniciariam testes em larga escala para testar a hidroxicloroquina e o medicamento relacionado à cloroquina.

Críticas ao estudo francês

Mas não demorou muito para que outros cientistas começassem a levantar questões sobre o estudo, como foi realizado e os cientistas que o conduziram, principalmente o principal autor, um médico microbiologista chamado Didier Raoult.

Embora Raoult tenha genuinamente contribuído para pesquisas importantes no passado, ele e seu laboratório também foram anteriormente acusados de erros flagrantes e má conduta em seus trabalhos publicados, com um episódio levando à proibição de um ano de uma importante revista de microbiologia. Uma vez que seu estudo com hidroxicloroquina começou a criar ondas, os pesquisadores descobriram outros supostos exemplos de falsificação de dados em algumas de suas pesquisas anteriores.

Desde então, faltam evidências de que a hidroxicloroquina possa ajudar a tratar
casos particularmente graves de COVID-19. A OMS encerrou seu ensaio clínico de hidroxicloroquina no mês passado depois que os dados não mostraram nenhum benefício real, enquanto outros países como os EUA pararam de recomendar seu uso.

Embora o artigo tenha passado por uma revisão de pares, esse processo também foi marcado por críticas, depois que ficou claro que um dos co-autores de Raoult, Jean-Marc Rolain, também era editor-chefe da revista em que foi publicado.

Em 3 de abril, a Sociedade Internacional de Quimioterapia Antimicrobiana, que administra a revista, declarou que o estudo não atendia ao "padrão esperado" para publicação, mas não se descobriu que Rolain tivesse participado do processo de revisão por pares.

Embora as revisões por pares após a publicação não sejam uma prática usual, eles começaram a ganhar mais atenção como uma maneira de corrigir muitos dos problemas e lacunas que surgem com o processo padrão. Nesse caso, o estudo foi revisado por Frits Rosedaal, epidemiologista clínico do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda.

A crítica contundente de Rosedaal ecoa muitas das mesmas críticas feitas por cientistas externos após a publicação do estudo. Em particular, ele condena a decisão da equipe de Raoult de excluir dos resultados finais do estudo seis pacientes que tomaram hidroxicloroquina, incluindo quatro cuja condição piorou, um dos quais acabou morrendo durante o período do estudo (nenhum no grupo de controle morreu).

Também houve outras inconsistências, como material suplementar mencionando que vários pacientes assintomáticos foram incluídos no estudo, enquanto a linguagem real do estudo alegava ser um exame de pacientes hospitalizados (é improvável que pessoas sem sintomas tenham sido hospitalizadas por COVID-19).

Esses e outros problemas com os dados foram suficientes para tornar o estudo "quase, se não completamente não informativo", escreveu Rosendaal. O tom excessivamente esquisito do artigo na promoção da hidroxicloroquina como um tratamento de COVID-19 não é apenas infundado, acrescentou ele, "mas, dada a desesperada demanda por um tratamento de COVID-19, associado aos efeitos colaterais potencialmente graves da hidroxicloroquina, totalmente irresponsável".

Um outro estudo, publicado nesta segunda-feira (13), critica de forma parecida o estudo francês, observando que "este estudo tem várias questões metodológicas importantes, incluindo o design, a medida do resultado e as análises estatísticas".

Embora pareça que as principais consequências desta pesquisa foram e desapareceram, com a maioria dos países não entusiasmados com a hidroxicloroquina e outros medicamentos que se mostraram promissores para o tratamento de COVID-19 agora disponível, suas repercussões podem durar muito mais tempo.

Ainda existem apoiadores obstinados da droga, incluindo o presidente Trump e autoridades do governo brasileiro, que continuam distribuindo a medicação para tratar COVID-19.

De acordo com o Washington Post, Trump e membros de seu governo estão pressionando a FDA (Food Drug Administration) a autorizar mais uma vez o medicamento para COVID-19, após um estudo rapidamente criticado publicado na semana passada que encontrou alguma evidência para o seu benefício. O próprio Raoult continua apoiando sua pesquisa e promovendo a droga, alegando no final de junho que havia tratado com sucesso mais de 3.700 pessoas.

Ainda não está claro se a pós-revisão do trabalho de Raoult levará a outras ações por parte da revista. Nem a Sociedade Internacional de Quimioterapia Antimicrobiana nem a Elsevier, que co-publica a revista, responderam a um pedido de comentário do Gizmodo.

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Google investe US$ 4,5 bilhões na operadora indiana Jio

Posted: 15 Jul 2020 06:11 AM PDT

Logo do Google

O Google está se juntando ao Facebook na lista de empresas que investiram uma grana para pegar um pedacinho da Jio Platforms, a maior operadora de telefonia da Índia. A gigante das buscas anunciou nesta quarta-feira (15) que assinou um acordo de US$ 4,5 bilhões para ficar com o controle de 7,73% da companhia.

Em abril, o Facebook também injetou uma grana na operadora. Foram US$ 5,7 bilhões para ficar com o controle de 9,99% da empresa e se tornar a maior acionista minoritária da Jio.

O investimento do Google vai sair de um fundo de US$ 10 bilhões que a companhia anunciou especificamente para a Índia. Além do investimento monetário, o acordo prevê colaboração no desenvolvimento de smartphones Android de baixo custo.

A companhia está de olho no mercado em potencial: a Índia é o seguindo país mais populoso do mundo, ficando atrás somente da China. São 1,3 bilhão de pessoas no país e, segundo o Google, a maioria delas ainda não têm acesso à internet, nem possuem um smartphone.

“A parceria vem em um momento animador mas crítico da digitalização da Índia. Tem sido incrível ver as mudanças na tecnologia e nos planos de rede que permitiram que mais de meio bilhão de indianos se conectem à internet”, diz o comunicado.

A Jio Platforms, subsidiária da Reliance Industries, foi fundada por Mukesh Ambani, a pessoa mais rica da Ásia. Os empreendimentos de Ambani compreendem a área petrolífera, de moda, varejo e, mais recentemente, telefonia.

A empresa, fundada em 2016, permitiu que 388 milhões de pessoas se conectassem à internet nos últimos 4 anos. A empresa de telefonia passou a oferecer serviços 4G a preços baixos após comprar a única companhia tinha tinha as licenças do espectro LTE ao redor do país. Outro trunfo da operadora foi o JioPhone, um celular básico com KaiOS (que roda o WhatsApp) e que foi oferecido gratuitamente na compra de alguns planos 4G.

No começo de julho outras duas companhias fizeram investimentos na Jio, só que mais modestos. A Intel injetou US$ 250 milhões para ficar com 0,39% das ações da operadora, enquanto a Qualcomm colocou US$ 97 milhões por 0,15%. O foco de ambas as empresas está na computação na nuvem e no desenvolvimento do 5G.

A revista Fortune aponta que é provável que a Jio esteja preparando seu IPO – uma abertura de capital na bolsa de valores.

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Pare o que está fazendo e atualize seu Windows para corrigir um bug de 17 anos

Posted: 15 Jul 2020 05:07 AM PDT

Logotipo da Microsoft. Crédito: Denis Charlet/AFP (Getty Images)

A Microsoft liberou nesta terça-feira (14) um patch que corrige o que parece ser uma falha importante de longa data no Sistema de Nomes de Domínio do Windows (Windows Domain Name System). A correção, que acompanha a atualização regular do Windows, corrige um problema chamado SigRed, descoberto pela empresa de segurança israelense Checkpoint, informa a Wired.

O DNS é como uma lista telefônica, e seu endereço de IP é como seu número de telefone. Cada computador receber um endereço IP exclusivo por meio do seu provedor, e o DNS converte nomes de domínio em endereços IP. É como pegar sua agenda telefônica, procurar um nome do seu melhor amigo e pressionar o botão para fazer uma chamada. Seus números de telefone são o que permitem que você se conecte. De maneira semelhante, o DNS é necessário para que seu navegador possa carregar um site.

O SigRed não apenas explorar o DNS do Windows, mas também um bug "desagradável", o que significa que ele pode espalhar de um computador para outro via DNS.

Tanto a Checkpoint e a Microsoft disseram que é uma falha crítica, informou a Wired, com uma pontuação de 10 de 10 no sistema comum de pontuação de vulnerabilidades (CVSS, da sigla em inglês), que é um padrão do setor para avaliar problemas de segurança de computadores. O DNS do Windows é usados nos servidores de "praticamente todas as organizações de pequeno e médio porte do mundo", diz a Wired. Por isso é obviamente um problema importante — ainda mais porque passou despercebido nos últimos 17 anos.

Esta falha de segurança em particular está localizada nas DNSSEC (Extensões de Segurança do Sistema de Nomes de Domínio do Windows), que fortalece a autenticação DNS. Sem o DNSSEC, é muito mais fácil para um hacker interceptar consultas DNS e redirecioná-lo para um site falso, que pode induzi-lo a inserir informações pessoais, como o número do seu cartão de crédito ou CPF, e roubar sua identidade. Pequenas e médias empresas de varejo online que usam o DNS do Windows podem ser especialmente vulneráveis ao SigRed.

Se isso não bastasse, Omri Herscovici, chefe de pesquisa de vulnerabilidades da Checkpoint, disse à Wired que o DNS do Windows pode ser explorado sem nenhuma ação do alvo. Alguém que foi hackeado nem perceberia que um indivíduo desconhecido ganhou acesso e controle de seu servidor.

"Uma vez dentro do controla de domínio que executa o servidor DNS do Windows, expandir seu controle para o resto da rede é realmente fácil", disse Hewrscovici.

Para que o ataque funcione remotamente, o servidor DNS de destino teria que ser exposto diretamente à internet, o que Herscovici diz ser raro, já que a maioria dos administradores executa o DNS do Windows por trás de um firewall. No entanto, se um hacker puder acessar o Wi-Fi ou a rede local de uma empresa, ele ainda poderá assumir o controle do servidor. A Checkpoint também adverte que quaisquer empresas que fizeram alterações de arquitetura em suas redes para que funcionários pudessem trabalhar de casa durante a pandemia podem ter se tornado mais vulneráveis a esse tipo de ataque.

Embora o SigRed não tenha sido explorado até o momento, é importante atualizar seus servidores e PCs o quanto antes. Herscovici comparou o SigRed ao ataque de criptografia de ransomware WannaCry de 2017 que visava máquinas Windows bloqueando os computadores e exigindo pagamentos de resgate em criptomoeda (entre US$ 300 e US$ 600). O surto durou apenas quatro dias, mas afetou mais de 200 mil computadores em 150 países em hospitais, escolas, empresas e residências. Pagar o resgate também não desbloqueou os computadores.

Se isso lhe interessa (e deve interessar), imediatamente baixe e instale a atualização do Windows. Você pode acessar isso em Configurações ou simplesmente digitar "atualizações" na barra de pesquisa da barra de tarefas.

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O sonho lúcido existe mesmo?

Posted: 15 Jul 2020 04:03 AM PDT

Sonho lúcido. Ilustração por Angelica Alzona/Gizmodo

A realidade tem muitas saídas: drogas fortes, televisão, certos cantos das mídias sociais. Mas a fuga mais envolvente da realidade pode muito bem ser o sonho lúcido, em que o sonhador reconhece que está sonhando e passa a remodelar sua paisagem de sonho de acordo com suas próprias especificações.

Uma ligeira desconfiança costuma ser associada ao fenômeno – parece uma ficção de pátio da escola, o tipo de coisa que uma criança inventaria para impressionar seus amigos. Mas existem milhares que afirmam experimentá-los regularmente e inúmeros guias online pretendem ensiná-lo a alcançá-los. Então, o sonho lúcido é real? E – se for – qual é a ciência por trás disso? Para descobrir, no Giz Pergunta desta semana, contatamos vários especialistas nas áreas inter-relacionadas de sono e sonhos.

Jessica Payne

Professora Associada de Psicologia da Universidade do Arizona, cuja pesquisa se concentra em como o sono e o estresse influenciam a memória humana e a função psicológica.

Definitivamente, é real, mesmo que pareça loucura – como algum tipo de descoberta misteriosa que nunca poderia ser cientificamente replicada. Mas, na verdade, há um trabalho empírico real em apoio ao sonho lúcido.

Há um equívoco de que é raro ou realmente difícil de alcançar. Na verdade, sabemos que muitas pessoas podem aprender a fazê-lo.

Há muitas evidências vindas do meu laboratório e outros lugares de que o cérebro adormecido processará seletivamente instruções ou memórias que você fornece antes de ir para a cama.

Por exemplo, se você está estudando para uma prova, uma das melhores coisas que pode fazer é ler suas anotações uma última vez antes de dormir, porque você está dizendo ao cérebro adormecido no que se concentrar. Isso também funciona se você estiver tentando resolver um problema ou tiver uma ideia ou uma solução criativa.

Nos meus estudos, pelo menos 80% das pessoas que vão dormir com a intenção de se lembrar de seus sonhos por três semanas começam a relatar sonhos muito vívidos. Muitas vezes, são pessoas que nunca se lembraram de seus sonhos antes, que estavam convencidas de que não sonham.

O sonho lúcido é mais difícil do que isso, mas você pode ensinar as pessoas a começar a tentar tomar consciência de coisas que não fazem muito sentido. Uma instrução comum é olhar para as suas mãos: você tem o número certo de dedos? Eles estão no lugar certo? Se há um relógio no seu sonho, é um tempo razoável? As mãos estão no lugar certo? Geralmente, quando as pessoas estão aprendendo a ficar lúcidas, elas passam por um rápido momento de lucidez e depois acordam. Com o tempo, se você continuar praticando, muitas pessoas ficarão melhor nisso.

Há um homem chamado Stephen LaBarge, um psicólogo de Stanford, que estava muito à frente de seu tempo nesse fenômeno. Ele apresentou algumas das evidências mais convincentes anos atrás, e ninguém realmente acreditou.

Talvez algumas pessoas simplesmente não pensassem que era importante. Ele ensinava as pessoas antecipadamente a sinalizar com os olhos – esquerda-direita-esquerda ou outras sequências – para marcar quando começaram a sonhar lúcido.

Quando você está sonhando com lucidez, definitivamente ainda está dormindo – mas "dormir", como termo, é meio que inadequado. O sono é uma coleção de estados cerebrais muito diferentes. E o sono REM de tarde da noite e começo da manhã – que é quando ocorrem sonhos lúcidos – se assemelha de várias maneiras muito mais à uma vigília do que ao sono profundo.

Mas há evidências realmente novas, fascinantes e – devo dizer – preliminares de que o que está acontecendo no sonho lúcido é que as pessoas estão ativando uma parte do cérebro.

Há uma parte do seu cérebro chamada córtex pré-frontal e, durante o sono REM, ele é totalmente desligado – desativado. É a parte do seu cérebro que lhe diz que você não pode voar pelo seu quarto – e é por isso que, nos sonhos do REM, você pode voar sem questionar o quão louco isso é. Você não percebe que isso é bizarro até você acordar. E há evidências preliminares de que o que pode estar acontecendo durante o sonho lúcido do sono REM é que você de alguma forma reativou o córtex pré-frontal, o que permite que você tenha uma ideia dos seus sonhos e (na versão mais extrema da lucidez) controle.

"Quando você está sonhando com lucidez, definitivamente ainda está dormindo – mas 'dormir', como termo, é meio que inadequado. O sono é uma coleção de estados cerebrais muito diferentes. E o sono REM do final da noite e começo da manhã – que é quando ocorrem sonhos lúcidos – se assemelha de várias maneiras muito mais com uma vigília do que com o sono profundo".

Ina Djonlagic

Professora Assistente de Neurologia, Harvard Medical School, cuja pesquisa se concentra em compreender melhor os processos plásticos do cérebro durante o sono, entre outras coisas.

A resposta curta é sim, é real. Seguindo a definição mais ampla do sonho lúcido – ou seja, percebendo que você está sonhando dentro do próprio sonho – acho que muitas pessoas tiveram essa experiência. E existem algumas práticas que as pessoas usam para se treinar para sonhos lúcidos – não apenas para aumentar sua consciência de sonhar dentro de um sonho, mas também para ganhar algum controle sobre o conteúdo do sonho.

Eu acho que o sonho lúcido pode se tornar útil quando se trata de pesadelos. Como médica, já vi alguns pacientes que se treinaram com sucesso em sonhos lúcidos para ajudar a lidar e eliminar seus pesadelos, e há relatos na literatura que confirmam esse fenômeno.

Dito isto, não está claro que sua prática contínua seria benéfica. Como os sonhadores lúcidos têm características de estarem acordados e dormindo simultaneamente, ainda não está claro como isso afeta a qualidade geral do sono e a posterior disposição no dia a dia. Ninguém fez este estudo formalmente – em geral, os estudos sobre o sonho são muito difíceis de conduzir de maneira científica e regulamentada – isso ocorre porque a experiência do sonho não é transparente para o pesquisador e, portanto, eles contam com o participante do estudo que conta o sonho que consiste principalmente de fragmentos e é muito subjetivo.

"…não está claro que sua prática contínua seria benéfica. Como os sonhadores lúcidos têm características de estarem acordados e dormindo simultaneamente, ainda não está claro como isso afeta a qualidade geral do sono e a posterior disposição no dia-a-dia".

Deirdre Leigh Barrett

Pesquisadora de sonhos da Harvard e autora de The Committee of Sleep

Os sonhos lúcidos são reais no sentido de serem sonhos reais; eles ocorrem principalmente no sono REM – o estágio em que ocorre a maioria dos sonhos, embora em uma versão do REM com a ativação de algumas áreas do cérebro no meio do caminho entre o REM e o despertar.

Em uma pesquisa minha intitulada "Quão Lúcidos São os Sonhos Lúcidos?" eu sugeri que, embora estejam por definição lúcidos quanto ao estado normal dos sonhos, nem sempre são tudo o que queremos dizer com "lúcido".

Examinei os sonhos lúcidos de 50 sujeitos sobre se eles também estariam totalmente lúcidos para os seguintes corolários, que devem fluir logicamente do conhecimento de quem está sonhando:

1) as pessoas nos sonhos são personagens de sonhos;

2) os objetos no sonho não são reais, ou seja, as ações não serão concretizadas após o despertar;

3) o sonhador não precisa obedecer à física da vida acordada para atingir uma meta;

4) a memória do mundo em vigília está intacta, e não amnésica ou fictícia.

Muitos sonhos lúcidos eram breves demais para serem avaliados em todos os corolários. Apenas cerca de metade das narrativas mais longas era lúcida o bastante para qualquer corolário em particular e menos de um quarto estava lúcido nas quatro.

Os sonhadores fizeram pactos com seus personagens para telefonar para provar que haviam compartilhado o mesmo sonho; uma sonhadora que ficou lúcida quando percebeu que usava um prendedor de cabelo que só colocava para dormir, no entanto, o tomou como um objeto real, tomando muito cuidado para não quebrá-lo.

Sonhadores lúcidos mais experientes tendiam a ser lúcidos em relação a mais corolários. Nos diários de sonho desses sonhadores lúcidos frequentes, uma categoria relacionada e recíproca de sonhos que eram lúcidos em termos de alguns desses quatro corolários, mas perdiam a percepção de "estou sonhando" também foi examinada. Estes representavam 4% do total de sonhos. O sonhador ocasionalmente percebia que os eventos não eram reais, mas atribuíam a causa a "eu sou o diretor de uma peça" ou "estou em transe profundo". Outras vezes, eles simplesmente perceberam o corolário sem nunca se perguntar sobre a causa, como nos dois exemplos a seguir:

"Essa era uma situação especial e eu podia simplesmente atravessar a parede, embora isso geralmente fosse impossível…"

"…sabia que o homem não era real, que eu estava inventando ele, e deveria poder fazê-lo sumir se assim desejasse… "

Tore Nielsen

Professor de psicologia e diretor do laboratório Sonho & Pesadelo da Universidade de Montreal.

Essa questão é um tanto ambígua e pode ser entendida em dois sentidos: 1) o fenômeno do sonho lúcido realmente existe, ou seja, algumas pessoas são realmente capazes de perceber que eles estão sonhando enquanto continuam sonhando? E 2) as impressões sensoriais muito vívidas que se tem enquanto sonhador lúcido são alguma forma de uma 'realidade' alternativa?

O segundo sentido da questão aborda questões da natureza última da realidade e dos sistemas de crenças humanas nessa realidade (por exemplo, animismo). Essas questões não foram respondidas definitivamente pela ciência e não serão abordadas mais por mim.

O primeiro sentido da pergunta, no entanto, para mim é fácil de responder, não apenas porque eu sou um pesquisador de sonhos familiarizado com a pesquisa relevante sobre sonhos lúcidos, mas porque eu mesmo tive muitos sonhos lúcidos.

Em resumo, eu já passei por isso e fiz isso – não uma, mas muitas vezes, por isso estou convencido, sem sombra de dúvida, de que o fenômeno realmente existe. No entanto, como as reivindicações vociferantes não são iguais às provas empíricas, é importante perguntar: quais são as evidências de pesquisa que sustentam essa afirmação?

Há muitas evidências disponíveis desde a década de 1960 – o que é demais para resumir tudo aqui. Mas os estudos mais convincentes – e estes foram replicados por vários grupos de pesquisa – se baseiam em uma característica estranha de muitos sonhos lúcidos: que os indivíduos que sonham lucidamente são capazes de controlar voluntariamente alguns de seus músculos.

Embora seja cada vez mais sabido que o sono REM, que é quando ocorrem sonhos vívidos – incluindo sonhos lúcidos – é caracterizado pela paralisia de músculos voluntários (a atonia muscular), é menos conhecido que alguns grupos musculares são apenas parcial ou minimamente afetado por esse mecanismo de paralisia. Os músculos oculares são o principal exemplo; por razões ainda desconhecidas, os músculos oculares continuam a funcionar apesar da atonia muscular e são responsáveis ​​pelos infames 'movimentos rápidos dos olhos' dos quais o sono REM recebe seu nome.

Por causa dessa exceção, quando um sonhador entra em um sonho lúcido, muitas vezes é capaz de fazer movimentos oculares voluntários enquanto o sonho continua. Esse fato abriu a porta para o que é chamado de "sinalização do movimento dos olhos" de um sonho lúcido. Ao entrar em um sonho lúcido enquanto dorme em um laboratório, os indivíduos podem executar sequências de movimentos oculares pré-combinadas, como uma série de movimentos esquerda-direita-esquerda-direita, e essa sequência de movimentos aparecerá no polissonógrafo de laboratório como um conjunto claramente identificável traçados de linhas diferentes dos movimentos oculares rápidos do sono REM. É importante ressaltar que esses sinais de movimento ocular ocorrem mesmo que o polissonógrafo indique que o sono REM e o sonho que o acompanha continuem.

Os participantes também podem repetir sinais de movimento dos olhos em momentos estratégicos durante seu sonho lúcido, por exemplo, imediatamente antes e logo após a realização de um experimento planejado, como contar até 10 ou caminhar 10 passos. Esses comportamentos oníricos podem então ser comparados objetivamente com comportamentos similares executados durante o estado de vigília. As comparações mostram que as durações de muitos comportamentos oníricos demoram quase o mesmo tempo para serem executadas como comportamentos em estado de vigília, embora possam ser um pouco mais lentas às vezes (isso realmente não suporta a alegação do filme Inception, de que o tempo é drasticamente mais lento nos sonhos lúcidos).

Então, resumindo, o método de sinalização do movimento dos olhos permitiu que os pesquisadores dos sonhos demonstrassem não apenas que o sonho lúcido é real, como muitos sonhadores lúcidos afirmaram, mas que os comportamentos intencionalmente executados nesses sonhos se desdobram em tempo quase real como seriam ao estar acordado.

"Ao entrar em um sonho lúcido enquanto dorme em um laboratório, os indivíduos podem executar sequências de movimentos oculares pré-arranjadas, como uma série de movimentos esquerda-direita-esquerda-direita, e essa sequência de movimentos aparecerá no polissonógrafo de laboratório como uma identificação claramente identificável. conjunto de traçados de linhas diferentes dos movimentos rápidos dos olhos do sono REM. É importante ressaltar que esses sinais de movimento ocular ocorrem mesmo que o polissonógrafo indique que o sono REM e o sonho que o acompanha continuem".

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