sexta-feira, 17 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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Sonda captura imagem mais próxima do Sol já registrada e revela “fogueiras” desconhecidas

Posted: 16 Jul 2020 03:39 PM PDT

"Fogueiras" do Sol captadas por sonda. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL

As imagens mais próximas já tiradas do Sol revelaram um fenômeno estelar nunca antes visto. Apelidados de "fogueiras", esses pontos brilhantes podem resolver um mistério de longa data sobre as escaldantes camadas exteriores do Sol.

O projeto Solar Orbiter (orbitador solar) não entrou oficialmente na fase científica de sua missão, mas já está produzindo ótimos resultados.

A sonda, uma colaboração entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA, capturou imagens do Sol durante sua abordagem orbital aproximada inaugural, ou periélio, que aconteceu em junho.

Os controladores da missão do projeto Solar Orbiter estão atualmente testando os 10 instrumentos a bordo da máquina, e a espaçonave, lançada em 10 de fevereiro de 2020, deverá entrar na fase científica da missão no fim do segundo semestre.

Imagem do Sol feita pelo solar orbiter. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSLO sol visto da sonda Solar Orbiter. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL

As novas imagens, tiradas a uma distância de 77 milhões de quilômetros do Sol, são agora as mais próximas já capturadas de nossa estrela hospedeira. Essa distância também pode ser escrita como 0,515 UA, ou aproximadamente no meio do caminho entre a Terra e o Sol.

Estas imagens sem precedentes do Sol já seriam surpreendentes só por isso, mas como a ESA anunciou nesta quinta-feira (16), as primeiras fotos do Solar Orbiter estão mostrando um fenômeno estelar anteriormente desconhecido, que os cientistas estão chamando de "fogueiras".

Os pontos brilhantes, aproximadamente do tamanho de um país europeu, foram capturados pelo EUI (Extreme Ultraviolet Imager), que pode monitorar a atmosfera externa do Sol, também conhecida como coroa. Esses fenômenos, que aparecem com surpreendente regularidade na superfície do Sol, não eram observáveis antes, nem de telescópios terrestres nem espaciais.

Vídeo da fogueira em ação. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL/Gizmodo

"As fogueiras são pequenos parentes das explosões solares que podemos observar da Terra, milhões ou bilhões de vezes menores", explicou David Berghamans, principal pesquisador do instrumento EUI, em um comunicado da ESA. "O Sol pode parecer quieto à primeira vista, mas quando olhamos em detalhes, podemos ver essas labaredas em miniatura em todos os lugares."

"Não esperávamos resultados tão grandiosos logo de início", disse Daniel Müller, cientista do projeto Solar Orbiter da ESA, também no comunicado de imprensa. "Também podemos ver como nossos dez instrumentos científicos se complementam, fornecendo uma imagem holística do Sol e do ambiente ao redor."

O sol vista da sonda solar orbiter. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL

“Fogueira” indicada pela seta branca. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL

Os cientistas estelares não sabem ao certo o que são essas fogueiras, pois podem ser versões em tamanho pequeno de explosões solares maiores ou algo completamente diferente. Dito isto, sua descoberta poderia explicar um fenômeno estelar pouco conhecido chamado de aquecimento coronal.

Por razões que não estão totalmente claras, a coroa solar é consideravelmente mais quente que a superfície do Sol, com temperaturas de 200 a 500 vezes mais quentes que as camadas abaixo.

As fogueiras são uma característica surpreendentemente onipresente da superfície próxima do Sol, portanto, embora um único minirreflexo não faça muito, as ações coletivas desses fenômenos podem representar a "contribuições dominantes para o aquecimento da energia da coroa solar", segundo Frédéric Auchère, do Instituto de Astrofísica Espacial da França, e co-pesquisador principal do EUI.

Durante uma conferência de imprensa da ESA, Müller disse que a causa das fogueiras ainda é desconhecida, mas ele suspeita que elas estejam relacionadas ao campo magnético do Sol. As regiões nas quais as labaredas aparecem estão sob pressão e, eventualmente, se rompem, liberando energias que vemos como fogueiras.

Setas indicam os efeitos das fogueiras. Crédito: Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSLSetas indicam efeitos da “fogueira”. Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL

Obviamente, ainda temos muito a aprender sobre essas questões recém-descobertas, mas isso é apenas o começo. O Solar Orbiter se aproximará ainda mais do Sol nos próximos dois anos, incluindo uma aproximação que o levará a 42 milhões de km da estrela. Além disso, a sonda acabará entrando em uma órbita inclinada, permitindo que vejamos pela primeira vez as regiões polares do Sol.

Essas novas fotos complementam imagens do Sol tiradas por outros projetos. O Solar Dynamics Observatory, da NASA, também capta imagens do Sol em alta resolução, mas de mais longe. No início deste ano, um telescópio no Havaí nos revelou um vídeo verdadeiramente incrível da superfície solar.

Quanto à sonda Parker Solar — uma sonda da NASA que se aproximará do Sol mais do que qualquer sonda anterior —, ela não está equipada com nenhuma câmera, então, infelizmente, não conseguiremos ver uma imagem gloriosa de nossa estrela. Como explicou a cientista do projeto Solar Orbiter Holly Gilbert, na conferência de imprensa da ESA, a sonda chegará ao limite em que as câmeras podem funcionar, pois o "ambiente fica muito mais complicado do que está agora".

Ainda é cedo para um veredicto sobre a Solar Orbiter, mas esta missão já está se mostrando bastante impressionante.

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Reino Unido, EUA e Canadá acusam Rússia de querer roubar segredos de vacina para COVID-19

Posted: 16 Jul 2020 01:25 PM PDT

Pessoa sendo vacinada.

Agências de cibersegurança e inteligência do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos disseram que espiões russos atacaram organizações que estão tentando desenvolver vacinas para o COVID-19.

O Centro de Cibersegurança Nacional do Reino Unido (NCSC, na sigla em inglês) diz que, em conjunto com o Estabelecimento de Segurança de Comunicações do Canadá (CSE), identificaram ataques atribuídos a um grupo de ciberespionagem chamado APT29, também conhecido como os Dukes ou Cozy Bear que “quase certamente faz parte dos serviços de inteligência russa”.

O NCSC afirma ainda que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA concorda com a atribuição à Rússia e com os detalhes do relatório. Por fim, afirmam que Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura do Departamento de Segurança Nacional (DHS CISA) dos EUA também endossam os detalhes do documento.

O relatório afirma que o APT29 atacou diversas organizações envolvidas com o desenvolvimento de vacinas para COVID-19 no Canadá, Estados Unidos e Reino Unido. As agências acreditam que o objetivo era roubar informações e propriedade intelectual para o desenvolvimento e testes de vacinas contra o novo coronavírus.

O documento detalha que o grupo utilizou rastreamento de vulnerabilidade contra IPs externos específicos dessas organizações. O NCSC deu quatro exemplos de brechas: Citrix, Pulse Secure, FortiGate e Zimbra.

A organização também teria usado golpes spear-phishing para obter credenciais de páginas de login dessas organizações. Golpes spear-phishing são ataques altamente direcionados para vítimas específicas, utilizando técnicas para enganar uma pessoa a incluir informações de login em uma página falsa, por exemplo.

Em alguns casos foi utilizado um malware conhecido como WellMess e WellMail para ampliar as operações nas máquinas das vítimas. O WellMess é utilizado para executar códigos arbitrários, baixar e enviar arquivos. Já o WellMail roda comandos ou scripts com resultados enviados para um servidor de comando e controle.

De acordo com as agências, o grupo costuma atacar governos, diplomacias, think-tanks, operações de saúde e energia para obter ganhos de inteligência. Segundo eles, é improvável que o grupo cesse os ataques.

A BBC informa que a Rússia negou envolvimento. “Não temos informações sobre quem pode ter invadido empresas farmacêuticas e centros de pesquisa na Grã-Bretanha. Podemos dizer uma coisa – a Rússia não tem nada a ver com essas tentativas”, disse Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de acordo com a agência de notícias Tass.

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Rio na Rússia fica laranja após derramamento de rejeitos minerais

Posted: 16 Jul 2020 12:06 PM PDT

Vista aérea feita em 27 de junho de 2020, mostra rios laranjas perto de uma mina de sulfato de cobre em desuso perto da vila russa chamada Lyovikha nos Urais

O perfil do Instagram de Sergey Zamkadniy geralmente publica imagens de belos pores-do-sol ou de aventuras ribeirinhas. Seu último trabalho, no entanto, mostra um desastre se desenrolando em tempo real. Uma mina abandonada nos Montes Urais da Rússia manchou os rios de cor laranja.

Zamkadniy tirou fotos do desastre na semana passada. Agora, a AFP informa que as autoridades russas estão iniciando uma investigação sobre uma catástrofe ambiental no país.

Os resíduos são provenientes da mina Levikhinsky, uma mina de cobre abandonada perto da aldeia de Lyovikha, na parte ocidental da Sibéria. Os resíduos deveriam ser armazenados dentro de tanques para serem tratados, mas parece que as chuvas fortes na região causaram um transbordamento.

Estas chuvas também causaram o colapso de uma represa e destruíram uma série de edifícios. De acordo com a AFP, o ambientalista local Andrei Volegov alertou as autoridades russas no ano passado sobre o risco de transbordamento na mina. Eles responderam dizendo que a empresa responsável pelos resíduos não tinha dinheiro para tratar os resíduos, e agora um desastre está se desdobrando.

As águas que correm pela região se parecem muito com o derramamento da mina Gold King de 2015 perto de Silverton, Colorado, nos EUA, que lixiviou metais pesados como chumbo e cobre. Isso foi causado por erro humano, ao contrário do desastre na Rússia que tem sido impulsionado tanto pela proteção ambiental frouxa quanto por chuvas fortes.

Mas independentemente disso, estes tipos de derramamentos são perigosos para a vida selvagem e tudo o que depende dos cursos d’água contaminados (incluindo as pessoas). No caso do desastre do Gold King, as pessoas perderam o acesso à água potável e à irrigação. Moradores da região entraram com uma ação contra o governo federal pedindo US$ 318 milhões por danos.

Casos como esse também nos lembram da tragédia de Mariana e Brumadinho, que aconteceram em 2015 e 2019, respectivamente, no estado de Minas Gerais. O rompimento das barragens foram mais catastróficos do que vazamentos de rejeitos.

É possível que questões semelhantes possam surgir a partir deste desastre em Lyovikha. A vila já lidou com as dificuldades do fechamento da mina décadas atrás. Desde então, o vilarejo é mais conhecido como um lugar de mistérios estranhos e macabros, incluindo a descoberta de 248 fetos mumificados e mais de uma dúzia de mulheres mortas em dois incidentes separados.

Rio com rejeitos perto de uma mina de sulfato de cobre em desuso perto da vila russa chamada Lyovikha nos Montes UraisCrédito: Sergey Zamkadniy/AFP/Getty

A Sibéria como um todo está lidando com grandes catástrofes ambientais além deste desastre. A mudança climática provocou uma onda de calor (e incêndios) que bateu recordes este ano.

Além do calor, outra empresa mineradora está por trás não de uma, mas de duas outras catástrofes este ano. A Nornickel liberou rejeitos industriais de uma de suas plantas de processamento em cursos d’água próximos. Isto aconteceu nem mesmo um mês depois que o degelo permafrost causou o colapso de um tanque de diesel em outra de suas instalações e derramou 20.000 toneladas de diesel, tornando um rio vermelho.

A Rússia está passando por um momento difícil. O país está situado no Ártico, que já enfrenta a pressão ambiental do aquecimento global. No entanto, o país está falhando em responsabilizar as empresas e em tomar medidas para proteger seus recursos naturais.

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VPN da Mozilla custa 5 dólares por mês e ainda não está disponível no Brasil

Posted: 16 Jul 2020 10:53 AM PDT

A Mozilla, organização sem fins lucrativos de privacidade e segurança que também é responsável pelo desenvolvimento do navegador Firefox, está lançando sua própria VPN.

Após um período de testes beta, a organização lançou a Mozilla VPN por US$ 5 por mês. As VPNs, sigla em inglês para redes virtuais privadas, são usadas para acessar informações fora da sua região e proteger-se ao navegar em redes públicas. Para saber mais sobre por que você deve usar uma VPN, consulte este post.

Com a Mozilla VPN, uma única assinatura pode ser usada em até cinco dispositivos, não há limitações de largura de banda e ela está disponível para usuários nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Cingapura, Malásia e Nova Zelândia. A empresa disse que planeja expandir para outros países ainda este ano.

Atualmente, a Mozilla VPN está disponível para Android e Windows 10, mas sua versão para iOS ainda está na versão beta. A empresa observa em seu site que o suporte ao Linux e Mac está “chegando em breve”.

A Mozilla não está muito distante dos preços de outras VPNs de assinatura populares já existentes no mercado. A Private Internet Access, por exemplo, custa cerca de US$ 3 por mês se você pagar por ano (ou cerca de US$ 10 por mês pago mensalmente). Enquanto isso, o ProtonVPN Plus custa cerca de US$ 9 por mês. De acordo com a Mozilla, esta VPN deve ser bastante direta e fácil de navegar, o que significa que pode ser uma boa opção para quem não tem muita experiência com serviços desse tipo

Ao contratar uma VPN, é importante pesqusar quem está por trás dela e o que está sendo registrado e também avaliar suas necessidades individuais em termos de recursos e velocidade. Toda empresa precisa ganhar dinheiro, e é importante considerar o que uma organização está fazendo para oferecer um produto barato ou gratuito para você.

A Mozilla VPN afirma que não registra nem rastreia nenhuma atividade de rede e segue os Princípios de Privacidade de Dados da Mozilla. A VPN também não “faz parceria com plataformas de análise de terceiros que desejam criar um perfil do que você faz online”, diz a empresa. Segundo a Wired, a Mozilla solicitou uma auditoria independente do produto, e um relatório será disponibilizado ainda este ano.

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Vivo estreará rede 5G em regiões de oito cidades brasileiras ainda em julho

Posted: 16 Jul 2020 08:32 AM PDT

Loja da Vivo no shopping JK, em São Paulo. Crédito: Vivo

As redes 5G estão chegando ao Brasil sem mesmo termos um leilão de frequência. As empresas têm usado uma tecnologia da Ericsson que, de forma simplificada, possibilita usar a estrutura de 3G e 4G para liberar internet de quinta geração.

Nesta quarta-feira (15), foi a vez da Vivo anunciar sua rede 5G no mercado local, que estará disponível em regiões específicas de oito cidades brasileiras. Segundo a operadora, até o fim de julho, haverá transmissão em:

  • São Paulo (regiões da Av. Paulista, Vila Olímpia e Berrini)
  • Brasília (regiões do Eixo Monumental, Esplanada do Ministérios e Shoppings)
  • Belo Horizonte (regiões de Savassi e Afonso Pena)
  • Salvador (regiões de Pituba e Itaigara)
  • Rio de Janeiro (Copacabana, Ipanema e Leblon)
  • Goiânia (região central da cidade)
  • Curitiba (regiões do Centro Cívico/Alto da Glória e Batel/Água Verde)
  • Porto Alegre (regiões do Moinhos de Vento, Av. Carlos Gomes e Shopping Iguatemi)

Como no anúncio recente da Claro, a Vivo utiliza o 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro). Aparelhos compatíveis com 4G e 4.5G funcionam normalmente, enquanto dispositivos 5G que atuam nessa frequência recebem conexão 5G.

Até o momento apenas o Motorola Edge, lançado recentemente, conta com esta tecnologia (importante lembrar que a versão mais sofisticada, o Motorola Edge+, não suporta o 5G DSS). No entanto, em comunicado, a Vivo fala que "nos próximos meses [a operadora] deve ampliar a oferta com pelo menos mais dois modelos Samsung" e que "neste momento, a maior oferta de smartphones estará concentrado no segmento premium dos fabricantes".

Se fosse chutar, eu diria que serão os novos Galaxy Note, previstos para serem anunciados em agosto. No entanto, só esperando para ver mesmo.

Moto EdgePor ora, só o Moto Edge é compatível com redes 5G DSS. Crédito: Motorola

5G pero no mucho

Em seu anúncio via comunicado, a Vivo fez questão de contextualizar a tecnologia 5G e dizer que este é apenas um primeiro passo para a implementação. Diz a operadora (grifo nosso):

“A maior parte dos países no mundo com redes comerciais 5G tem optado por frequências de 3,5GHz/ 3,4 GHz ou 28 GHz, com espectro 100% dedicado. (…) No Brasil, a real experiência de 5G virá com o leilão de 3,5 GHz, com largura de banda de pelo menos 100 MHz, provavelmente a ser realizado no início de 2021.”

O recado é mais ou menos este: "este 5G DSS é bom, mas o que está por vir ainda é melhor". Para acontecer isso, deve haver o leilão de frequências (que já foi adiado algumas vezes) e será necessário instalar muito mais antenas. A regra é que quanto maior a frequência usada, mais estações devem ter para uma boa cobertura. À título de comparação, as redes 4G ficam com frequências de 2,5 GHz ou abaixo; no 5G, estamos falando de 3,5 GHz ou mais.

De modo resumido, o 5G promete uma velocidade de transmissão mais alta e uma menor latência (tempo de resposta). Como explica a Vivo, o 4G tem latência próxima de 80 milissegundos, enquanto o 5G tem até 1 milissegundo. Na prática, isso quer dizer que, ao jogar online numa rede dessas, não haverá atrasos entre o comando do game e a ação.

A Vivo não deu detalhes sobre a velocidade de sua rede 5G DSS, porém se usarmos a da Claro para efeito de comparação, estamos falando de 400 Mbps (megabits por segundo). Com o 5G operando na frequência de 3,5 GHz, a promessa é de chegar na ordem de gigabits por segundo.

Das grandes operadoras, informa o Teletime, a TIM também tem planos de implementar o 5G DSS, porém o plano é lançar em três cidades em setembro. São elas: Bento Gonçalves/RS, Itajubá/MG e Três Lagoas/MS. A companhia ainda informou recentemente que passará a comercializar serviços de FWA (Fixed Wireless Access), ou banda larga fixa sem fio, porém não se sabe se por meio de 5G DSS ou sua rede 4.5G.

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Notepad e Paint somem de alguns PCs após atualização do Windows

Posted: 16 Jul 2020 08:04 AM PDT

Janela do Notepad com conjunto de caracteres representando o ícone do programa

A Microsoft não consegue parar quieta com todas essas atualizações que parecem causar cada vez mais problemas. A empresa liberou um update do Windows 10 nesta semana que serviu para corrigir uma falha crítica de segurança de DNS (e algumas outras coisas), mas nesse processo pode ter removido o Notepad, Paint ou o Wordpad para alguns usuários – caso eles estivessem atualizando para a versão 2004 ao mesmo tempo.

Durante o último mês, tem acontecido de muitos usuários do Windows 10 relatarem nos fóruns da Microsoft o sumiço desses aplicativos depois de passarem para a versão 2004, então parece que o update desta semana não foi a causa do problema. O Gizmodo entrou em contato com a Microsoft para mais esclarecimentos e iremos atualizar a publicação caso tenhamos respostas.

Assim como outras funcionalidades ‘quebradas’ na versão 2004, a Microsoft não necessariamente acabou com elas completamente. Em alguns casos, mudou a forma como são acessadas ou não comunicaram de forma eficaz as mudanças para os usuários.

Recentemente, a Microsoft removeu algumas funcionalidades do Painel de Controle como uma forma de centralizar tudo nas Configurações. Além disso, moveram a opção Novo Início (Fresh Start) para o menu Resetar este PC que também fica nas Configurações.

A companhia também diminuiu o número de dias que usuários do Windows 10 Pro, Enterprise e Education podem atrasar manualmente os updates, de 365 dias para 35 dias.

No caso do Notepad, Paint e WordPad que sumiram, agora eles são “programas opcionais”. Atualizar para o Windows 10 versão 2004 eles parecem ser automaticamente desinstalados, mas há uma maneira de tê-los de volta:

Vá até as Configurações > Apps > Funcionalidades opcionais > encontre o aplicativo para reinstalar (e cruze os dedos).

Apesar disso, alguns usuários da versão 2004 também relataram que não conseguiram baixar ou instalar esses programas, nem pela Microsoft Store. A lojinha de apps diz a eles que os softwares já estão instalados, mesmo que não estejam disponíveis no computador, ou mostra um aviso dizendo que as pessoas não estão com a versão mais recente do Windows. A Microsoft Store não é a opção mais confiável no geral por causa deste motivo, então eu recomendaria tentar reinstalar esses aplicativos pelo método indicado acima.

Eu mesma passei por esse problema, embora ainda esteja no Windows 10 versão 1903. A lojinha me diz que eu preciso do Windows 10 build 19541.0, que seria a versão 2004, mas a Microsoft ainda não disponibilizou esse update para mim ainda. Quando eu clico em ‘atualizar’, o sistema me leva para uma janela separada que diz “Nos desculpe, não conseguimos encontrar esta página” e então me direciona para o Windows Insider Program.

Felizmente, o Notepad está pré-instalado no meu PC com a versão 1903, portanto eu não instalá-lo a partir do Microsoft Store, mas este é apenas um exemplo de um bloqueio potencialmente confuso que alguns usuários podem encontrar.

Em contraste, o Paint 3D está disponível na loja, mas eu não consegui encontrar o Paint antigo. A Microsoft disse anteriormente que retiraria o Paint, porém mais tarde optou por incluí-lo no Windows 10 versão 1903, mas isto não explica porque ele não aparece na loja, mas o Notepad sim.

Tanto o Notepad quanto o Paint são programas antigos da Microsoft, e embora muitas pessoas não os utilizem muito, eles ainda podem ser úteis. Programadores podem usar o Bloco de Notas para fazer ajustes ou reparos rápidos, por exemplo. Eu também uso o Bloco de Notas quando quero tirar a formatação do texto que copiei. Também já usei o Paint no passado, antes de ter o Photoshop, para cortar e redimensionar imagens rapidamente, e fazer memes muito ruins.

Claro, esses programas existem há 30 anos e estão pegando poeira virtual na maioria dos computadores. Mas, como Solitaire, eles são parte do Windows. E já que estamos falando nisso, a Microsoft deveria trazer de volta uma versão oficial do Pinball 3D.

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Contas de famosos podem ter sido hackeadas no Twitter com ajuda interna

Posted: 16 Jul 2020 06:05 AM PDT

Logo do Twitter

Na começo da noite de ontem (15), diversas contas do Twitter de personalidades do Vale do Silício, políticos, celebridades e grandes empresas foram hackeadas, publicando um tuíte com um golpe de bitcoin. Todas tinham em comum serem contas verificadas e parece que o ataque foi realizado a partir de uma ferramenta interna da rede.

Algumas horas depois do início dos incidentes, perto das 19h, a rede social decidiu bloquear a publicação de todos que tinham o selo de verificação. Demorou um tempo, mas os posts foram liberados antes das 22h (horário de Brasília). Pouco depois da meia-noite, o Twitter deu alguns detalhes sobre o caso.

Segundo a empresa, houve um “ataque coordenado de engenharia social por pessoas que tiveram êxito em atingir alguns de nossos funcionários com acesso a ferramentas e sistemas internos”. Isso quer dizer que os hackers nem precisaram burlar proteções como senha, verificação em múltiplos fatores e outras travas de segurança.

O comunicado diz ainda que os responsáveis tiveram como alvo contas de alta visibilidade, mas que ainda estão investigando se foram realizadas outras atividades maliciosas.

Para finalizar, o Twitter disse que internamente tem “tomado importantes medidas para limitar acessos a sistemas e ferramentas enquanto nossa investigação está em curso”.

A possibilidade de o ataque ter acontecido a partir de ferramentas internas do Twitter começou a ser ventilada pouco depois dos incidentes. O que não está claro ainda é se algum funcionário da rede social foi enganado pelos hackers ou se participou ativamente da ação. Também não há detalhes sobre que posição esse funcionário ocuparia dentro das empresa, nem se ele deveria ter acesso administrativos como esse.

O Motherboard teve acesso a algumas capturas de tela que mostram a ferramenta interna do Twitter que supostamente teria sido utilizada para tomar o controle dessas contas e fazer as publicações. O site disse ainda que o Twitter tem deletado essas capturas de tela publicadas na rede social e suspendendo os usuários que as publicaram, com a justificativa de que violariam os termos de uso.

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Motorola One Fusion: muita bateria e múltiplas câmeras partindo de R$ 1.799

Posted: 16 Jul 2020 05:01 AM PDT

Motorola One Fusion+

Após alguns rumores, eis que a Motorola anuncia a chegada de dois aparelhos novos da linha de gama intermediária Motorola One no Brasil. São eles: o Motorola One Fusion (R$ 1.799) e o Motorola One Fusion+ (R$ 2.499). De destaque, eles têm em comum múltiplas câmeras e bateria de 5.000 mAh, que a fabricante promete fazer com que os smartphones fiquem longe da tomada por até dois dias.

Vale ressaltar que a linha Motorola One se posiciona entre aparelhos intermediários, com algumas variações com itens mais sofisticados. Segundo a Motorola, os aparelhos deste modelo Fusion contam com dois pedidos de clientes, que foram ouvidos em pesquisas feitas pela companhia: vários sensores e uma bateria parruda.

Mantendo a tradição dos dispositivos da marca, ele vem com Android 10, com garantia de uma atualização do sistema operacional e dois anos de updates de segurança. Ainda que não personalize muito o sistema, a Motorola tem sua interface MyUX, que possibilita personalizar ícones e fontes.

Por fora, os dois Moto One Fusion são bem parecidos. Eles têm entrada para fone de ouvido, entrada USB-C e uma tela de 6,5 polegadas.

Motorola One FusionMotorola One Fusion tem um pequeno buraco na tela para abrigar a câmera para selfie; modelo tem um botão dedicado para acionar Google Assistente. Crédito: Motorola

O Motorola One Fusion convencional tem tela HD, enquanto o Fusion+ tem um display Full HD. Aliás, este modelo mais avançado tem uma certificação YouTube Signature Device, que reúne dispositivos com suporte a alta taxa de quadros, codecs de próxima geração, decodificação 4K, entre outras características. Foi nesta lista do Google que o Motorola One Fusion+ vazou em maio.

Talvez a grande diferença física deles é no fato de o Fusion ter um furico na tela para abrigar a câmera frontal de 8 MP, enquanto o Fusion+ conta com um mecanismo pop-up, que esconde um sensor de 16 MP, igual ao do Motorola One Hyper.

Motorola One Fusion+Visual do Motorola One Fusion+ na cor branca, inclusive a moldura; câmera fica na parte superior e só “sai pra fora” quando acionada. Crédito: Motorola

Na traseira dos dois tem quatro sensores, e o interessante é que todos têm o modo Night Vision, possibilitando captar imagens em cenas com pouca iluminação. O conjunto é composto por

Motorola One Fusion

  • sensor principal de 48 MP | Lente 79° | Abertura f/1,7
  • ultra grande angular de 8 MP | Lente 118° | Abertura f/2,2
  • sensor macro de 5 MP | Lente 83° | Abertura f/2,4
  • sensor de profundidade de 2 MP | Lente 87° | Abertura f/2,4

Motorola One Fusion+

  • sensor principal de 64 MP | Lente 79° | Abertura f/1,8
  • ultra grande angular de 8 MP | Lente 118° | Abertura f/2,2
  • sensor macro de 5 MP | Lente 83° | Abertura f/2,4
  • sensor de profundidade de 2 MP | Lente 87° | Abertura f/2,4

Por dentro, eles vêm com 4 GB de RAM e chips da série Snapdragon 700, da Qualcomm. O Fusion tem o Snapdragon 710, enquanto o Fusion+ tem o Snapdragon 730. Quanto ao armazenamento, eles têm respectivamente 64 GB e 128 GB.

Depois de tudo isso, temos a bateria. Os dois têm 5.000 mAh, o que é uma ótima capacidade para quem quer deixar seu telefone por um bom tempo longe da tomada. A única observação aqui é que o One Fusion deve ter uma duração mais próxima da promessa de dois dias, pois sua tela tem resolução menor, portanto gasta menos energia. Em contrapartida, o One Fusion+, por ser Full HD, tende a exibir imagens mais nítidas.

A série de smarpthones Motorola One Fusion vem para completar o portfólio da marca. Após o lançamento de aparelhos de entrada e intermediários (Moto E e Moto G, respectivamente) e um modelo topo de linha (Moto Edge), faltava um meio termo. Penso que o Motorola One Fusion será o de maior apelo, pelo custo benefício aliado à alta capacidade de bateria, porém o One Fusion+ não deixa de ser uma opção interessante, já que conta com um chip de ótimo desempenho.

Quem for ainda mais doido por autonomia de bateria, também deve ficar de olho no Galaxy M31, da Samsung, pois conta com 6.000 mAh, mas o design dele é bem mais sóbrio.

Motorola One Fusion

  • Sistema: Android 10
  • Chip: Qualcomm Snapdragon 710
  • Tela: 6,5 polegadas HD+ (proporção 20:9)
  • Câmera selfie: 8 MP
  • Câmeras traseiras: principal de 48 MP, ultra grande angular de 8 MP, macro de 5 MP, sensor de profundidade de 2 MP
  • Armazenamento e memória RAM: 64 GB/4 GB
  • Bateria: 5.000 mAh (carregador de 10 W)
  • Cores: verde esmeralda e azul safira
  • Preço: R$ 1.799

Motorola One Fusion+

  • Sistema: Android 10
  • Chip: Qualcomm Snapdragon 730
  • Tela: 6,5 polegadas Full HD+ (proporção 20:9)
  • Câmera selfie: 16 MP
  • Câmeras traseiras: principal de 64 MP, ultra grande angular de 8 MP, macro de 5 MP, sensor de profundidade de 2 MP
  • Armazenamento e memória RAM: 128 GB/4 GB
  • Bateria: 5.000 mAh (carregador de 18 W)
  • Cores: branco prisma e azul indigo
  • Preço: R$ 2.499

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5 coisas que você não sabia sobre a primeira missão dos Emirados Árabes Unidos rumo a Marte

Posted: 16 Jul 2020 04:28 AM PDT

A Missão Hope, dos Emirados Árabes Unidos, tinha lançamento previsto para sexta-feira (17), mas ele foi adiado novamente devido ao mau tempo. Esta é a primeira tentativa árabe de chegar ao Planeta Vermelho. Veja como os Emirados Árabes Unidos se esforçarão para fazer história.

A sonda Hope, ou Al Amal, deveria ser lançada na terça-feira (14) a partir do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, mas o mau tempo adiou o lançamento para sexta-feira, 17 de julho. Não deu de novo, e a partida foi adiada para uma data futura a ser determinada.

A sonda espacial de 1.350 kg — essencialmente um satélite meteorológico marciano — será levada ao espaço e depois rumo a Marte no topo de um foguete Mitsubishi Heavy Industries H-2A.

A Hope, que entrará em órbita em torno de Marte em fevereiro de 2021, será usada para estudar a atmosfera e o clima do planeta. Supondo que tudo corra bem, isso marcará a primeira missão árabe em Marte, ou em qualquer outro planeta.

A Emirates Mars Mission (EMM) é uma das três missões agendadas para o Planeta Vermelho durante a janela de lançamento, que está agora aberta. As outras são o rover Perseverance da NASA, que deve ser lançado daqui a duas semanas, e o módulo de pouso chinês Tianwen-1. A missão ExoMars, da Europa e da Rússia, teve que ser adiada devido a atrasos técnicos e à pandemia da COVID-19.

Essa janela de lançamento acontece uma vez a cada 26 meses e oferece a rota mais direta da Terra para o Planeta Vermelho.

Aqui estão cinco coisas a saber sobre esta missão histórica.

Feito nos Emirados Árabes Unidos — mas com uma pequena ajuda dos amigos

Em desenvolvimento desde 2013, o projeto Hope foi planejado, gerenciado e implementado por uma equipe do país, com supervisão e financiamento provenientes da Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos, de acordo com o Arab News.

O projeto custou cerca de US$ 200 milhões para ser construído, incluindo despesas de lançamento contratadas pela Mitsubishi Heavy Industries. É um preço bastante modesto, considerando os US$ 670 milhões que a NASA desembolsou para construir a espaçonave MAVEN, uma missão comparável que foi lançada com destino a Marte em 2013. Ainda assim, nada se compara à Missão Mars Orbiter da Índia, com seu preço notavelmente baixo de US$ 74 milhões.

O satélite Hope durante o desenvolvimento. Imagem: Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos

Os Emirados Árabes Unidos nunca haviam embarcado em um projeto como esse antes. Por isso, foram espertos e procuraram conhecimento de instituições dos EUA, incluindo o Laboratório de Física Atmosférica e Espacial (LASP) da Universidade do Colorado em Boulder, que havia trabalhado anteriormente na missão MAVEN. Como a BBC relata, os engenheiros dos Emirados e dos EUA colaboraram no projeto e fabricação da espaçonave.

“Uma coisa é dizer a alguém como andar de bicicleta, mas você só entende direito como se faz ao fazer. Bem, com uma espaçonave é a mesma coisa", disse à BBC Brett Landin, engenheiro de sistemas sênior do LASP. "Eu poderia ensinar a você o processo para abastecer uma espaçonave, mas até que você coloque uma roupa de escape e transfira 800 kg de combustível de foguete altamente volátil dos tanques de armazenamento para a espaçonave, você não sabe de verdade como é isso.”

Bom, eu acho que é isso aí.

Um ponto de orgulho nacional

A Missão Emirates Hope coincidirá com o 50º aniversário dos Emirados como nação, o que provavelmente não é coincidência.

Em entrevista à SpaceflightNow, Omran Sharaf, gerente de projetos da EMM, disse que “a identidade da missão não tem a ver somente com os Emirados Árabes Unidos, mas também com o mundo árabe”.

A missão "deve inspirar os jovens árabes e enviar uma mensagem de esperança para eles, e uma mensagem que basicamente diz que, se um país como os Emirados Árabes Unidos consegue chegar a Marte em menos de 50 anos, então vocês podem fazer muito mais com a história que você tem, com o talento humano que você tem", afirmou.

Uma expedição árabe a Marte indubitavelmente despertará um renovado sentimento de orgulho nacional, mas a missão, espera-se, também "inspirará as futuras gerações árabes a buscar a ciência espacial", segundo o site da EMM. Além disso, uma “economia sustentável e preparada para o futuro é uma economia baseada no conhecimento”, escreve a Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos.

O investimento nos campos de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), e na tecnologia espacial em particular, é uma jogada inteligente para os Emirados Árabes Unidos, especialmente considerando a queda nos preços do petróleo.

Uma órbita única para fazer ciência

Uma vez em Marte, Hope entrará em uma órbita equatorial única, acima do Planeta Vermelho. Movendo-se na mesma direção que a rotação do planeta, a sonda completará uma órbita única a cada 55 horas. Isso permitirá que os instrumentos da sonda olhem para um único alvo por períodos prolongados.

A jornada para Marte. Imagem: Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos

“O desejo de ver todos os terrenos a qualquer hora do dia acabou tornando a órbita muito grande e elíptica”, disse à BBC o cientista do LASP David Brain. "Ao fazer essas escolhas, poderemos, por exemplo, sobrevoar o Olympus Mons (o maior vulcão do Sistema Solar) à medida que ele se move em diferentes momentos do dia. E, em outras vezes, deixaremos Marte girar embaixo de nós”, diz Brain.

“Obteremos imagens de disco completas de Marte, mas nossa câmera possui filtros, por isso faremos pesquisas científicas com essas imagens — obtendo visualizações globais com diferentes lentes, explicando de outra forma."

Opa, novas imagens do Olympus Mons? Mal podemos esperar.

O “primeiro satélite meteorológico de Marte”

Uma vez em órbita, a Hope estudará a atmosfera marciana em escala global. Os dados coletados pela sonda serão usados ​​para rastrear as mudanças influenciadas pelas estações do ano e à medida que o dia marciano se transforma em noite.

A sonda também será usada para estudar o hidrogênio e o oxigênio do planeta, que estão em processo de lixiviação para o espaço, ainda que em pequenas quantidades. A Hope estudará os padrões climáticos na atmosfera baixa e média para descobrir por que isso ocorre.

O satélite também deve responder perguntas sobre a história antiga de Marte e como este planeta, uma vez úmido e coberto por uma atmosfera espessa, tornou-se o local frio, seco e desolado de hoje.

Sendo um satélite climático, a sonda melhorará nosso entendimento sobre condições climáticas severas em Marte, incluindo torres de poeira gigantes e tempestades globais de poeira que aparecem de tempos em tempos, como a que encerrou a missão Opportunity em 2018.

“Somos o primeiro satélite climático de Marte”, explicou Sarah al-Amiri, vice-gerente de projetos da missão Hope, durante um webinar em junho. "As missões passadas apenas estudaram esporadicamente as condições atmosféricas, observando locais específicos em momentos específicos. É como se eu dissesse para você estudar a Terra em diferentes momentos do dia no Alasca, Londres e Emirados Árabes Unidos, e então pedisse para você formar uma imagem completa do tempo e do clima do planeta", disse ela.

Em um nível conceitual mais amplo, o satélite Hope ajudará os cientistas que tentam avaliar a capacidade anterior ou atual do planeta de oferecer condições para a existência de vida. Além de refinar nosso senso de Marte como um sistema geológico, a sonda preparará os cientistas para uma futura missão tripulada ao Planeta Vermelho, de acordo com a Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos.

Três ferramentas para o trabalho

Para cumprir esses objetivos ambiciosos, a sonda Hope está equipada com três instrumentos científicos principais: uma câmera, um espectrômetro infravermelho e um espectrômetro ultravioleta.

Instrumentos da sonda Hope. Imagem: Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos

A câmera, chamada Emirates eXploration Imager (EXI), captura imagens de Marte em alta resolução, mede a profundidade do gelo de água na atmosfera e estuda a camada de ozônio marciano, entre outras coisas.

O espectrômetro infravermelho da Emirates Mars (EMIRS) fará a varredura da atmosfera marciana mais baixa na faixa de infravermelho, permitindo observações de poeira, nuvens de gelo e vapor de água. Este instrumento também pode medir a temperatura da superfície e da atmosfera baixa.

O espectrômetro ultravioleta Marte da Emirates (EMUS) será usado para medir a distribuição de monóxido de carbono, oxigênio e hidrogênio em várias altitudes e nas estações marcianas. Com esses dados, os cientistas compilarão um mapa tridimensional, mostrando a distribuição de oxigênio e hidrogênio na atmosfera.

A Hope deve melhorar drasticamente nossa compreensão do Planeta Vermelho, mas teremos que esperar até o início do próximo ano para que os dados comecem a chegar. Boa sorte para os Emirados Árabes Unidos enquanto a equipe se prepara para este lançamento histórico.

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