sábado, 25 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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Anvisa proíbe venda sem receita de cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida

Posted: 24 Jul 2020 02:45 PM PDT

Cartelas de hidroxicloroquina

Uma nova norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23). O texto define que os medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida ou com essas substâncias na fórmula não podem ser vendidos sem receita médica.

Agora, para comprar esses medicamentos, o paciente precisa apresentar uma receita médica em duas vias, sendo que uma delas ficará retida na farmácia. A receita terá validade de 30 dias e poderá ser utilizada apenas uma vez.

Segundo a Anvisa, a medida visa “coibir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção humana pelo novo coronavírus”. A agência reconhece que não existem estudos conclusivos sobre a eficácia destes remédios em caso de COVID-19.

Outro objetivo das novas regras de controle é “manter os estoques destinados aos pacientes que já possuem indicação médica para uso desses produtos”. A cloroquina e a hidroxicloroquina também são usadas no tratamento de malária, artrite reumatoide e lúpus, entre outras doenças. Já a ivermectina e a nitazoxanida são usados no combate a infecções causadas por parasitas.

Segundo o texto publicado no Diário Oficial da União, a medida será automaticamente revogada quando o Ministério da Saúde declarar o fim da Emergência em Saúde Pública de Interessa Nacional do coronavírus. Com números diários de novos casos e mortes ainda bastante elevados no País, isso parece estar bem longe de ocorrer.

Não é a primeira vez que a Anvisa muda as regras da venda de alguns destes medicamentos. Em março, a agência já havia incluído a cloroquina e a hidroxicloroquina na lista de medicamentos de categoria C1, a mesma de várias outras substâncias controladas, como antidepressivos. O mesmo foi feito com a nitazoxanida em abril.

Todos estes medicamentos ganharam destaque após estudos preliminares apontarem uma suposta eficácia contra COVID-19. A cloroquina e a hidroxicloroquina ganharam notoriedade em março após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que elas seriam usadas em testes para tratar a doença causada pelo novo coronavírus.

De lá para cá, o estudo preliminar que mostrava as supostas qualidades do medicamento foi bastante criticado, e outras pesquisas não chegaram aos mesmos resultados com casos leves nem com casos graves. Alguns testes, como o Recovery, do Reino Unido, e o Solidarity, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em vários países, foram interrompidos por aumentar os riscos para os pacientes.

Já a nitazoxanida, um vermífugo, ganhou alguma repercussão após estudos promovidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), comandado pelo astronauta Marcos Pontes. Por enquanto, ela ainda não teve eficácia comprovada contra COVID-19.

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Os próximos fones de ouvido da Samsung devem se chamar Galaxy Buds Live

Posted: 24 Jul 2020 12:41 PM PDT

Galaxy Buds Live nas cores branco, bronze e preta pelo vazamento de Evleaks

Os próximos fones de ouvido da Samsung com formato de feijãozinho vinham sendo apelidados de Galaxy Bud Beans, mas parece que já temos a dica do nome oficial. Uma atualização do aplicativo Galaxy Buds no iOS revelou que os competidores dos AirPods devem se chamar Galaxy Buds Live.

Já vimos alguns vazamentos relacionados com os Galaxy Buds Live e essas últimas informações que aparecem no próprio app da Samsung revelam coisas interessantes.

Além de seu nome oficial, o aplicativo também parece confirmar que os Galaxy Buds Live irão suportar cancelamento ativo de ruído, uma característica que a Samsung não incluiu nem no Galaxy Buds original nem no mais recente Galaxy Buds+.

Screenshot do aplicativo Galaxy Buds para iOS capturado de uma listagem na App StoreScreenshot do aplicativo Galaxy Buds para iOS capturado de uma listagem na App Store. Captura de tela: Samsung

Com a inclusão do cancelamento ativo de ruído, os Galaxy Buds Live devem ser, finalmente, verdadeiros concorrentes no segmento de fones de ouvido sem fio, brigando com dispositivos como o Sony WF-1000XM3 e o Apple AirPods Pro.

Como indicado em uma série de capturas de tela do aplicativo Galaxy Buds na App Store, os Galaxy Buds Live também irão incluir suporte para controles touch personalizáveis, equalizadores ajustáveis e uma ferramenta Find My Earbuds (encontre meus earbuds), que são características praticamente padrão para a maioria dos fones mais caros. Se você não é fã de controles sensíveis ao toque, há também uma opção para desativá-los completamente.

Infelizmente, ainda estamos esperando por mais detalhes sobre que tipo de vida útil da bateria os Galaxy Buds Live irão oferecer, juntamente com qualquer informação sobre seu preço ou disponibilidade.

Entretanto, é bastante provável que os Galaxy Buds Live façam sua estreia oficial no Evento Unpacked da Samsung em 5 de agosto.

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Você tem 20% de desconto na compra de Pacote Office e Windows 10. Aproveite!

Posted: 24 Jul 2020 12:04 PM PDT

Segurança cibernética e softwares que aumentem sua produtividade e qualidade nas entregas de trabalho (ou no próprio uso pessoal) do dia a dia são imprescindíveis nos dias de hoje. Principalmente no atual momento.

Visando essa eficiência, não tem como escapar, você precisa adquirir softwares como o Windows 10 e o já conhecido Microsoft Office, indispensável para qualquer um que deseja organizar sua vida. É isso mesmo, não há atalhos.

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Pesquisadores do Facebook disseram que foram ignorados por apontar racismo em algoritmo do Instagram

Posted: 24 Jul 2020 11:39 AM PDT

Ícones de Facebook, Instagram, WhatsApp e outras redes sociais na tela de um celular

Durante um estudo realizado em meados de 2019, uma equipe de funcionários do Facebook descobriu que as regras propostas para o sistema de remoção automática de contas do Instagram marcaram e proibiram de forma desproporcional usuários negros.

Quando a equipe abordou o CEO Mark Zuckerberg e o escalão superior da empresa com estas informações, eles foram supostamente ignorados e foi solicitado que interrompessem qualquer pesquisa adicional sobre preconceitos raciais nas ferramentas de moderação da empresa, como mostra uma reportagem da NBC News desta quinta-feira (23).

Isso de acordo com oito funcionários e ex-funcionários do Facebook que falaram com o site na condição de anonimato. Sob as regras do algoritmo, os usuários negros do Instagram tinham cerca de 50% mais chances que os usuários brancos de terem suas contas automaticamente desativadas por infrações dos termos de serviços, como publicar discurso de ódio ou fazer bullying.

A questão surgiu de uma tentativa do Facebook, proprietário do Instagram, de manter neutros seus sistemas automatizados de moderação.

A política de discursos de ódio da empresa aborda comentários depreciativos contra grupos privilegiados (isto é, pessoas brancas e homens) com o mesmo escrutínio que comentários depreciativos contra grupos marginalizados (isto é, pessoas negras e mulheres).

Na prática, isto significou que as ferramentas proativas de moderação de conteúdo da empresa detectaram o discurso de ódio dirigido aos brancos a um ritmo muito mais elevado do que o discurso de ódio dirigido aos negros, em grande parte porque o algoritmo sinalizava comentários amplamente considerados inócuos. Por exemplo, a frase “os brancos são lixo” não é tão ofensiva como a frase “os negros são lixo” porque a segunda contribui para naturalizar e perpetuar uma desigualdade que foi construída ao longo de séculos. Há um problema de racismo estrutural que, conforme é explicado nesta matéria do UOL, ainda que as leis garantam a igualdade, o racismo é um processo histórico que modela a sociedade.

Para entender este raciocínio, basta pensar que nos EUA, como no Brasil, após a abolição da escravidão os negros não tinham onde trabalhar e, em muitos casos, tiveram direitos civis tolhidos, como votar. Após anos, este processo ainda vigora nas mais diferentes esferas.

“O mundo trata os negros de maneira diferente dos brancos”, disse um funcionário do Facebook à NBC. “Se estamos tratando todos da mesma maneira, já estamos fazendo escolhas no lado errado da história.”

Outro funcionário que postou sobre a pesquisa em um fórum interno disse que as descobertas indicavam que as ferramentas automatizadas do Facebook “defendem de forma desproporcional os homens brancos”. De acordo com a reportagem:

De acordo com um gráfico publicado internamente em julho de 2019 e compartilhado com a NBC News, o Facebook derrubou proativamente uma proporção maior de discurso de ódio contra os brancos do que foi relatado pelos usuários, indicando que os usuários não acharam ofensivo o suficiente para relatar, mas o Facebook o apagou de qualquer forma. Em contraste, as mesmas ferramentas derrubaram uma proporção menor de discursos de ódio contra grupos marginalizados, incluindo usuários negros, judeus e transgêneros do que foi reportado pelos usuários, indicando que estes ataques foram considerados ofensivos, mas as ferramentas automatizadas do Facebook não os detectavam.

Estas regras propostas nunca viram a luz do dia, já que o Instagram supostamente acabou implementando uma versão revisada desta ferramenta de moderação automatizada. Entretanto, os funcionários disseram à NBC que foram impedidos de testá-la para preconceitos raciais depois que ela foi ajustada.

Em resposta ao relatório, o Facebook alegou que a metodologia original dos pesquisadores apresentava falhas, embora a empresa não negasse ter emitido uma moratória sobre a investigação de possíveis preconceitos raciais em suas ferramentas de moderação. O vice-presidente de crescimento e análise do Facebook citou preocupações éticas e metodológicas para a decisão em uma entrevista à NBC.

A empresa acrescentou que está atualmente pesquisando melhores maneiras de testar o preconceito racial em seus produtos, o que se encaixa no anúncio feito no início desta semana pelo Facebook de que está reunindo novas equipes para estudar os potenciais impactos raciais em suas plataformas.

“Estamos investigando ativamente como medir e analisar os produtos de forma responsável e em parceria com outras empresas”, disse Carolyn Glanville, porta-voz do Facebook, em uma declaração a vários veículos de comunicação.

Em sua entrevista à NBC, Schultz acrescentou que o preconceito racial nas plataformas do Facebook é um “tópico muito carregado”, mas que a empresa “aumentou maciçamente o investimento” para investigar o preconceito algorítmico e compreender seus efeitos na moderação do discurso do ódio.

[NBC]

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As coisas mais legais que encontramos para você dar de presente no Dia dos Pais

Posted: 24 Jul 2020 11:11 AM PDT

O Dia dos Pais está chegando, e se você ainda não comprou o presente do seu, dê uma olhada nas sugestões que separamos nessa lista. Tem itens para o pai que adora consertar coisas, para o pai que ama um churrasco, para o pai que gosta de ler e muito mais.

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Estudo revela legado genético de escravidão nas Américas

Posted: 24 Jul 2020 09:13 AM PDT

Imagem do Schomburg Center para Pesquisa da Cultura Negra, na biblioteca pública de Nova York, mostra acadêmicos reunindo documentos de navios negreiros que chegaram aos EUA. Crédito: Three Lions/Getty Images

Novas pesquisas procuram fornecer um panorama mais completo do passado trágico e brutal que era o comércio transatlântico de escravos. Com base na análise genética de 50 mil pessoas, o estudo reafirma outras evidências históricas de como diferentes grupos de pessoas na África foram retirados à força de suas casas e como essas populações contribuíram para a composição genética da população atual. O estudo também pode preencher algumas lacunas que faltam nessa história.

Dentre as novidades, estão a fundamentação da tese de tráfico de africanos dentro do continente americano (sobretudo de escravos saindo do Caribe para a América do Norte), a grande predominância de pessoas vindas dos lugares que hoje são Angola e a RDC (República Democrática do Congo) e como as mulheres contribuíram com a descendência africana às custas de um processo de embranquecimento ocorrido, sobretudo, na América Latina.

A equipe de pesquisadores analisou os genes de diferentes grupos de pessoas que previamente autorizaram que seu DNA pudesse ser usado para propósitos de pesquisa, um grupo composto majoritariamente por clientes da 23andMe.

Esses grupos incluíam pessoas que viviam nas Américas (América do Norte, Central, do Sul e no Caribe) consideradas com mais de 5% de ascendência africana; pessoas com 95% de ascendência europeia ou mais; e pessoas que vivem em várias partes da África com 95% ou mais de ascendência africana.

Eles então compararam esses grupos entre si para determinar aproximadamente as raízes da ancestralidade africana nas Américas, procurando similaridades nos marcadores genéticos.

Os pesquisadores não pararam por aí. Eles fizeram referência cruzada de suas análises genéticas com registros de remessa dos barcos que operavam durante a era do comércio transatlântico de escravos, coletados por meio do projeto Slave Voyages.

O projeto multiuniversitário agora tem o registro de 36 mil viagens feitas entre 1514 e 1866, que incluem as regiões de origem das pessoas sequestradas e comercializadas. As descobertas foram publicadas no American Journal of Human Genetics.

"Em geral, nossos resultados são consistentes com os manifestos de remessa mantidos durante o comércio de escravos e outros documentos históricos", disse Steven Micheletti, geneticista populacional do 23andMe, ao Gizmodo.

"Por exemplo, os registros mostraram que 5,7 milhões de pessoas escravizadas foram transportadas à força desde os dias atuais de Angola e RDC (República Democrática do Congo) para as Américas, e descobrimos que as pessoas de ascendência africana nas Américas têm as mais conexões genéticas com Angola e RDC."

Houve algumas surpresas, no entanto, segundo Micheletti. Por um lado, havia muito menos ancestralidade da região da África Ocidental na Senegâmbia (região que compreende Senegal e Gâmbia) do que o esperado hoje, considerando-se o número de pessoas de lá que chegaram nas Américas, particularmente nos EUA.

Como o povo senegambiano era frequentemente forçado a trabalhar em plantações de arroz perigosas, onde doenças mortais como a malária eram especialmente comuns, a equipe especula que muitos simplesmente não sobreviveram tempo o suficiente para deixar descendentes.

Entre as pessoas nos EUA, houve também evidências que endossam a existência de um forte comércio intracontinental de escravos. A ascendência nigeriana foi super-representada nos afro-americanos, concluíram os autores, sugerindo que muitas pessoas escravizadas na verdade vieram para os EUA de lugares como o Caribe, para onde muitas pessoas nigerianas foram originalmente levadas.

Outra descoberta foi que as mulheres contribuíram muito mais para a ascendência africana dos americanos hoje do que os homens.

Embora não seja uma completa surpresa, considerando outros dados, ainda é impressionante, pois mais homens foram escravizados do que mulheres. Isso reforça a triste realidade de que gerações de mulheres escravizadas foram estupradas por seus chamados "donos". Mas também houve diferenças nessa proporção entre as regiões das Américas.

Por exemplo, os pesquisadores estimaram que para cada homem escravizado que vive na América Central, do Sul e no Caribe, que teve um filho, havia 15 mulheres escravizadas que tiveram filhos. Na América do Norte, a proporção era menor, mas ainda assim, distorcida em relação às mulheres. Os pesquisadores analisaram para os marcadores genéticos passíveis de serem transmitidos pelas mulheres para apresentar suas estimativas.

Essas diferenças regionais, dizem os autores, podem ser atribuídas às práticas culturais pós-escravidão na América Latina, que promoveram a "diluição" de populações com pele mais escura, incentivando homens europeus a terem filhos com mulheres negras.

As pessoas da América Latina também tendiam a ter uma porcentagem menor de ascendência inequivocamente africana. Acredita-se que isso possivelmente se deve ao fato de que os africanos escravizados e os indígenas escravizados tinham frequentemente filhos entre eles.

Faltam dados de africanos para melhorar estudos genéticos

"Eles realmente trabalharam duro para integrar esses dados genéticos aos registros de viagens de escravos. E isso exige muito trabalho e muito raciocínio", disse Simon Gravel, pesquisador da Universidade McGill, ao Gizmodo. Gravel não esteve envolvido na pesquisa, que também estudou o legado genético da escravidão.

"Esses são dois aspectos do mesmo processo histórico, por isso é natural pensar que reuni-los será realmente útil para entender o que está acontecendo. Mas como essas informações são provenientes de idiomas muito distintos, é realmente muito difícil fazer a conexão."

Gravel disse que, idealmente, você precisaria de ainda mais dados genéticos de pessoas que vivem na África (um pouco mais de mil pessoas do continente africano foram incluídas no conjunto de dados) para que essas comparações sejam mais precisas possíveis.

O estudo da genética populacional, incluindo ancestralidade, requer um grande número representativo de pessoas para servir como ponto de referência. De fato, esse tem sido um problema no mundo da genética, em que as populações europeias estão super-representadas em comparação com pessoas de outras regiões.

Sem maior diversidade nesses estudos, é mais provável que percam diferenças importantes entre as pessoas, como marcadores genéticos que deixam algumas pessoas em maior risco de desenvolver problemas hereditários; ou podemos fazer suposições erradas sobre o risco genético em geral.

Porém, esses tipos de estudo são um passo importante, e os dados que coletaram ajudarão futuros pesquisadores, disse Gravel.

Os autores do estudo reconhecem que mais dados ajudarão a refinar suas pesquisas, e eles podem refazer parte de seu trabalho quando tiverem amostras mais representativas de pessoas que vivem em outras regiões da África onde se sabe que o comércio de escravos existia, como Moçambique, segundo a co-autora Joanna Mountains, diretora sênior de pesquisa da 23andMe.

Embora seja possível que algum dia os dados que eles coletaram até agora possam ser usados para informar pesquisas sobre doenças genéticas, a equipe está mais focada na importância de suas pesquisas para pessoas que desejam entender seu passado genético.

"É um tópico difícil e doloroso de discutir, mas os detalhes são essenciais para entender o atual cenário genético da ancestralidade africana", disse Micheletti. "Esperamos que isso seja revelador para pessoas de ascendência africana que talvez não tenham muito conhecimento de seus ancestrais."

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Intel diz que seus chips de 7 nm estão atrasados em pelo menos seis meses

Posted: 24 Jul 2020 06:14 AM PDT

Gregory Bryant, vice-presidente sênior da Intel, exibindo chip Ice Lake durante um evento de imprensa da Intel na CES 2019.

Se você tem acompanhado os problemas da Intel para migrar de seu processo de fabricação de 14 nm para 10 nm ao longo dos últimos anos, provavelmente não ficará surpreso ao saber que a empresa está tendo problemas para iniciar seu processo de 7 nm. Na divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre, a Intel revelou que irá atrasar em seis meses a implementação da plataforma de 7 nm.

Na prática, isso coloca a plataforma em um atraso de um ano, como lembrou o pessoal do Tom's Hardware. A notícia significa que a Intel não consegue produzir chips de 7 nm de uma maneira economicamente viável nesta momento.

A Intel esperava alcançar os chips de 7 nm da AMD em 2021, mas não disse em qual momento específico do ano. Com os novos atrasos, a estreia do chip de 7 nm fica para 2022, na melhor das hipóteses.

Até lá, a AMD pode lançar chips Ryzen 6000 de 5 nm na arquitetura Zen 4, de acordo com seu roadmap – embora isso pressuponha que a AMD não se depare com nenhum atraso.

No entanto, há algumas boas notícias na seara da plataforma de 10 nm. No comunicado de imprensa dos resultados financeiros, a Intel diz que está “acelerando sua transição para produtos de 10 nm este ano” e aumentando seu portfólio de processadores Intel Core baseados nesta plataforma. Isso inclui seus chips Tiger Lake e sua primeira CPU de 10 nm voltada para servidores que será baseada no Ice Lake.

Além disso, a Intel disse que “espera entregar uma nova linha de CPUs (codinome Alder Lake), que incluirá sua primeira CPU desktop baseada em 10 nm, e uma nova CPU para servidores baseada em 10 nm (codinome Sapphire Rapids)”.

A Intel anunciou originalmente seus chips de 10 nm em 2015, mas confirmou que estava tendo problemas de rendimento e outras dificuldades em julho daquele ano. A partir daí, seus primeiros chips de 10 nm Cannon Lake estavam programados para estrear no segundo semestre de 2017, mas em abril de 2018 a Intel ainda tinha problemas de rendimento.

Em 2019, a companhia havia aperfeiçoado seu processo de fabricação de 10 nm, começou a ver melhores resultados e disse que os chips estariam “nas prateleiras” até as festas de final de ano de 2019. Mas ainda não temos laptops ou desktops com chips de 10 nm, com exceção dos processadores com Iris Pro Graphics.

A 10ª geração de processadores Intel para laptops e desktops ainda é fabricado no processo de 14 nm. Será que veremos os chips de 10 nm antes de 2020 acabar? Com base no que a Intel disse na conferência para investidores, é possível.

Mas o mais importante é que a Intel não espera que sua plataforma de 10 nm seja tão boa quanto a de 14 nm. O diretor financeiro da Intel, George Davis, admitiu isto em um evento de analistas financeiros da Morgan Stanley em março:

“Esta não vai ser a melhor plataforma que a Intel já teve. Vai ser menos produtiva que a de 14 [nanômetros], menos produtivo que a de 22 [nanômetros] […] O fato é que, como eu disse, não vai ser uma plataforma tão forte quanto as pessoas esperariam a partir dos 14 nm ou o que elas verão em 7 nm.”

Mas a plataforma de 7 nm será poderosa? Muitos dos mesmos problemas que a empresa encontrou com os 10 nm parecem estar se repetindo, e se este for mesmo o caso, poderá demorar até 2025 para que vejamos chips de 7 nm da Intel.

Este seria o pior cenário, e não parece ser algo que a Intel queira que aconteça, especialmente dada a competição acirrada com a AMD. A empresa também perdeu alguns funcionários notáveis, como Jim Keller, que era vice-presidente sênior do grupo de engenharia de silício da Intel.

Enquanto isso, espera-se que os chips de 10 nm da Intel sejam bons o suficiente para superar seus principais processadores de 10ª geração, mesmo que por uma margem pequena.

A Intel não tem muito espaço para avançar nos núcleos mais potentes da atual plataforma de 14 nm, infelizmente. O Core i9-10900K tem apenas 300 MHz a mais de clock com o max boost em relação ao Core i9-9900K (5.3 GHz versus 5.0 GHz), graças às tecnologias de ganho de velocidade térmicas e turbo boost – mas esses ganhos só funcionam quando a CPU está em uma temperatura suficientemente baixa, e eu não consegui que o Core i9-10900K chegasse a 5,3 GHz em meus testes.

Do outro lado, a AMD tem muito espaço de manobra em seu processo de 7 nm para continuar atingindo clocks maiores, seja mantendo ou não a quantidade de núcleos ou não.

A AMD pode não ter avançado muito com o lançamento da segunda versão dos seus Ryzen de 3ª geração, mas deve lançar em breve os processadores Ryzen 4000 para desktops e o Zen 3 está no caminho certo para ser lançado no final deste ano, conforme revelou Rick Bergman, vice-presidente executivo de computação e gráficos da AMD, em um blog post.

Além de tudo isso tem a Apple, que irá lançar Macs com processadores próprios baseados em ARM. A empresa está se preparando para ficar livre da Intel – e talvez esses tropeços da fabricante de processadores tenha a ver com isso.

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Humanos chegaram à América 10 mil anos antes do que imaginávamos, sugere pesquisa

Posted: 24 Jul 2020 06:05 AM PDT

Pequena pedra encontrada na caverna Chiquihuite, no México. Crédito: Ciprian Ardelean

Descobertas arqueológicas em uma caverna mexicana sugerem que os seres humanos chegaram à América do Norte há cerca de 30 mil anos atrás, o que representa 10 mil a 15 mil anos antes das estimativas anteriores. A nova pesquisa significa que as primeiras pessoas a chegarem ao continente americano o fizeram seguindo uma rota costeira no Pacífico.

As primeiras pessoas a chegarem à América do Norte não esperaram as gigantes prateleiras de gelo derreterem, chegando ao continente no auge da última era glacial, de acordo com dois estudos publicado na Nature nesta quarta-feira (22).

O novo período de tempo revisado, como evidenciado pelas ferramentas de pedra e lascas encontradas na caverna Chiquihuite, no norte do México, sugere que os seres humanos se aventuraram pela primeira vez na América do Norte entre 31 mil e 33 mil anos atrás, em vez da janela geralmente acordada de 15 mil e 20 mil anos atrás. Essa é uma atualização significativa para o nosso pensamento e um descoberta para possivelmente reescrevermos livros.

De fato, as ramificações científicas desses novos artigos não são triviais, pois pesam duas teorias notáveis: a primeira hipótese de Clóvis (eram caçadores que, acredita-se, foram os primeiros habitantes da América) e a hipótese da migração costeira.

Se confirmada, a nova descoberta significa que o povoamento Clovis não foi o primeiro a chegar à América do Norte há cerca de 13 mil anos. Também significa que a rota inicial para o continente, seguiu ao longo da costa do Pacífico e não um corredor interior, dada a presença humana nessas cavernas mexicanas durante o último Maximo Glacial, quando as camadas continentais de gelo eram maiores.

Já a América do Sul teria sido povoada após migração de populações vindas da América Central. Um dos principais símbolos de como este povo era é a representação de Luzia, um fóssil reconstituído após análise de DNA achado em Minas Gerais.

Equipe entra na caverna Chiquihuite. Crédito: Devlin A. GandyEquipe entra na caverna Chiquihuite, no México. Crédito: Devlin A. Gandy

Análise de ferramentas em caverna no México

O primeiro artigo, liderado pelo arqueólogo Ciprian Ardelean, da Universidade Autônoma de Zacatecas, no México, descreve ferramentas de pedra e lascas, restos de plantas e fragmentos de DNA de animais não humanos encontrados na caverna Chiquihuite, um local de alta altitude localizado nas montanhas Astillero, no norte do México. Uma série de artefatos encontrados no mesmo local em 2012 davam uma pista sobre ocupação humana, levando a essa investigação mais extensa.

No total, os arqueólogos encontraram 1.930 artefatos de pedra, dos quais os mais antigos datavam de 27 mil anos atrás e os mais novos a 13 mil anos atrás. Os artefatos foram fabricados a partir de calcário, mas adaptados a um estilo lítico anteriormente desconhecido.

"No geral, a assembleia representa uma indústria lítica sem semelhanças evidentes com qualquer um dos outros complexos culturais das épocas do Pleistoceno ou do Holoceno precoce conhecidas nas Américas", escreveram os autores.

Esse modo de indústria provavelmente exigiu habilidades avançadas de descamação para transformar a matéria-prima — calcário recristalizado — em ferramentas, de acordo com os pesquisadores. Os cientistas ainda não sabem como ou onde o calcário esverdeado foi originado, mas uma análise química sugere que esse material não veio de dentro da caverna.

No total, Ardelean e seus colegas obtiveram ossos, carvão e sedimentos de 52 períodos, usando radiocarbono e datação por luminescência estimulada opticamente. As ferramentas de pedra retiradas das camadas mais profundas, cerca de 3 metros abaixo da superfície da caverna, tinham 26,5 mil anos de idade. Trabalhos anteriores de Ardelean em uma camada ainda mais profunda produziram lascas de pedra a partir de batidas, que retrocedem "datas de dispersão humana na região possivelmente entre 33 mil e 31 mil anos atrás", segundo o estudo.

Como Ardelean disse ao Gizmodo, o período de 33 mil a 31 mil anos "é proposto como a presença mais antiga possível, mas a ocupação é mais evidente" há cerca de 26,5 mil anos.

Ferramenta de pedra, feita de calcário, encontrada na caverna Chiquihuite, no México. Crédito: Ciprian ArdeleanFerramenta de pedra, feita de calcário, encontrada na caverna Chiquihuite, no México. Crédito: Ciprian Ardelean

"Este local datado de forma expansiva é rico em evidências de ferramentas de pedra, diferente de tudo o que é visto na tecnologia Clovis", disse Kira Westway, geocronóloga da Universidade de Macquari, na Austrália, ao Gizmodo. "Isso sugere uma comunidade pré-Clóvis que se dispersou pelas Américas muito antes de alguém ter previsto".

Além das ferramentas e pedaços de pedra, os pesquisadores analisaram restos de plantas e traços de DNA ambiental. Infelizmente, os pesquisadores não conseguiram encontrar nenhum osso ou DNA pertencente a seres humanos.

"Isso não nega a presença humana na caverna de Chiquihuite, já que a probabilidade de detectar o DNA humano antigo de sedimentos de cavernas já foi mostrada anteriormente como baixa", escreveram os autores. "É necessário mais trabalho de DNA arqueológico e ambiental para elucidar melhor as origens dos habitantes da caverna Chiquihuite, sua relação bio-cultural com outros grupos mais antigos que Clovis e o caminho que seus ancestrais seguiram para as Américas."

Acharam ferramentas, mas não DNA humano

Alguns cientistas são céticos em relação às novas conclusões. "Embora a datação das camadas pareça precisa, estou intrigado, mas não convencido no momento de que isso representa uma presença humana precoce", disse Ben Potter, um arqueólogo afiliado ao Centro de Estudos Árticos da Universidade de Liaocheng, na China, ao Gizmodo. "No entanto, os autores devem ser elogiados por trazer um forte esforço multidisciplinar para entender a caverna."

A preocupação de Potter decorre do fato de que grande parte do chão da caverna ser coberta por depósitos de calcário e queda de telhado, que é a matéria prima para produzir os artefatos.

"Os autores argumentam que os artefatos de calcário são de um material diferente do calcário quebrado da caverna e da matriz [as camadas estratigráficas que contêm os artefatos], mas não fornecem dados analíticos que demonstrem isso", disse Potter.

Uma explicação alternativa, ele sugeriu, é que essas peças não são ferramentas de pedra, mas geofatos — formações naturais de pedra que são difíceis de distinguir dos artefatos feitos pelos homens. Esses geofatos poderiam ter sido produzidos por pedaços de calcário e pedaços caídos de telhado, entre outros processos naturais, segundo ele.

"Infelizmente, os principais dados que ajudariam a testar essas hipóteses não estão presentes: ilustrações técnicas detalhadas mostrando a remoção de cicatrizes de lasca e outros atributos técnicos", disse Potter. "As fotografias são intrigantes e alguns dos itens parecem ser artefatos, mas muitos parecem pedaços tabulares quebrados sem bordas afiadas", disse ele, acrescentando que "nenhum detalhe técnico" foi fornecido no artigo ou nos suplementos. Sem esses dados, "é difícil distinguir completamente geofatos e artefatos".

De fato, os autores do estudo estão fazendo uma afirmação ousada: As datas propostas na América Central "implicariam um povoamento ainda mais precoce que a América do Norte, talvez seguindo as costas asiáticas e americanas, pelo menos dobrando os números atualmente aceitos", disse Chris Stringer, antropólogo físico do Museu de História Natural de Londres, que não estavam envolvidos com a nova pesquisa, ao Gizmodo.

Arqueólogos coletam amostras de sedimentos da caverna em busca de DNA. Crédito: Devlin A. GandyArqueólogos coletam amostras de sedimentos da caverna em busca de DNA. Crédito: Devlin A. Gandy

Humanos chegaram à América do Norte há mais de 20 mil anos

O segundo artigo da Nature publicado nesta quarta-feira é de autoria de Lorena Becerra-Valdivia da Universidade de New South Wales e Thomas Higham, da Universidade de Oxford — os quais também contribuíram para o artigo de Ardelean.

Ao revisar as datas de radiocarbono e luminoscência de 42 sítios arqueológicos da América do Norte, Berlingian, Becerra-Valdivia e Highham mostram que os seres humanos, apesar de pouco povoados, estavam certamente nas Américas entre 26,5 mil e 19 mil anos atrás. Quanto à ocupação humana mais difundida, isso não aconteceu até o último gelo se esvair, cerca de 14,7 mil a 12,9 mil anos atrás, segundo o estudo. Os pesquisadores usaram modelagem estatística para estimar padrões de dispersão humana em todo o continente, levando em consideração fatores como genética e evidência climática, além das evidências arqueológiacas.

O fato de os seres humanos viverem na América do Norte há cerca de 20 mil anos parece ser o caso. Os locais considerados no novo artigo incluem Cactus Hill, na Virgínia, datado de 19 mil a 20 mil anos atrás; Santa Elina, no Brasil, datado de 23 mil anos atrás; Monte Verde II, no centro-sul do Chile, datado de 18,5 mil a 14,5 mil anos atrás; Cooper's Ferry em Idaho, com data entre 16 mil a 15 mil anos atrás; Paisley Caves, no Oregon, datado de 14 mil a 13 mil anos atras; e, é claro, as novas descobertas na caverna Chiquihuite.

Mais controversamente, há o local de Cerutti, na Califórnia, que os arqueólogos datavam de 130 mil anos atrás, em um resultado tão estranho que é amplamente ignorado pelo arqueólogos (incluindo os autores deste artigo).

Potter não se impressionou com o novo estudo, dizendo que "os autores assumem que cada data e sítio não tem problemas contextuais ou outros", o que está "longe do caso". A "inclusão acrítica de alguns locais e a exclusão de outros deixa o leitor com uma imagem confusa", um problema agravado pela ausência de outros animais, como "datação genética derivada de divisões populacionais, adições [eventos de cruzamento] e população expansão e diversificação de linhagens associadas ao povoamento das Américas", disse Porter.

"Na minha opinião, a primeira manifestação generalizada nas Américas data de 14,5 mil a 14 mil anos atrás", disse Potter. Existem alguns locais humanos provisoriamente datados antes dos 16 mil, disse ele, mas locais anteriores a esse — incluindo a Caverna Chiqueihuite — são ambíguos, na melhor das hipóteses, na sua opinião.

De fato, é o momento certo para se discutir isso, apesar dessas preocupações, de colocar a teoria de Clovis em primeiro lugar.

"Durante a maior parte do século 20, acreditava-se que o povoamento das Américas ocorreu com a conquista caçadores há cerca de 13 mil anos, por meio de um 'corredor sem gelo' através das vastas camadas de gelo que ainda cobriam a paisagem após a última era glacial", disse Westaway. "Eles trouxeram com eles seu próprio kit de ferramentas de pedra, chamado de tecnologia Clovis, que se espalhou rapidamente pelas Américas e, portanto, essa dispersão ficou conhecida como o primeiro modelo Clovis".

Os dois novos artigos "desafiam essa imagem de seres humanos conquistando a 'parede de gelo' e ofereceram um cenário alternativo ao primeiro modelo de Clovis", disse ela. "Esta pesquisa combinada abre um mundo de novas possibilidades de estudo, quebra as limitações das teorias aceitas e rotas de dispersão e demonstra o potencial de novas cronologias para mudar nossas noções preconcebidas".

De fato, a hipótese da Rota Costeira do Pacífico nunca pareceu mais forte. Certamente parece que, no auge da última era glacial, os humanos abraçaram a costa do Pacífico, contornando as impenetráveis camadas de gelo Cordilleran e Laurentide. Ainda é muito provável que os humanos tivessem viajado por um corredor sem gelo entre esses lençóis, embora possa ter ocorrido mais tarde.

Claramente, temos muito a aprender sobre o povoamento das Américas, mas o quadro está cada vez mais visível.

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Beta do iOS 14 sugere que Apple pode lançar um iPhone menor

Posted: 24 Jul 2020 04:19 AM PDT

Traseira do iPhone SE

Boas notícias para as pessoas que odeiam telefones grandes: nesta quarta-feira (22) a Apple lançou o terceiro beta para desenvolvedores do iOS 14, e no código do recurso Display Zoom há uma dica de que a linha do iPhone 12 incluirá um smartphone com tela de 5,4 polegadas.

O que o Display Zoom tem a ver com um smartphone menor? Bem, de acordo com o 9to5Mac, o recurso do iOS, que existe desde o iPhone 6, permite que você faça detalhes como botões, ícones e textos maiores. Basicamente faz um celular maior pensar que tem a exibição de um celular menor. Assim, se você tiver um telefone com, digamos, uma tela de 5,5 polegadas, o Display Zoom fará parecer que você está usando uma tela de 4,7 polegadas.

A Apple acabou de adicionar este recurso para o iPhone X, XS, e 11 Pro. Depois de testar vários tamanhos de resolução de tela em um simulador, o 9to5Mac descobriu que a Apple adaptou o iOS para rodar a 960 x 2079 pixels – ou basicamente uma tela de 5,4 polegadas.

Isso vai ao encontro de rumores anteriores que ouvimos sobre o iPhone 12. No ano passado, o analista Ming-Chi Kuo que costuma antecipar novidades da Apple disse que um iPhone de 5,4 polegadas com 5G e visor OLED estava nos planos para 2020.

Em janeiro, os vazamentos indicaram que a Apple planejava lançar quatro iPhones neste ano, incluindo um modelo de 5,4 polegadas. Em abril, outro rumor deu a entender que os novos iPhones iriam pegar emprestado o design do iPhone 5.

Mas este não é o único rumor sobre o iPhone 12 que está rolando. No Twitter, o perfil @L0vetodream postou fotos de um cabo trançado Lightning para USB-C que supostamente será enviado com os novos iPhones. As fotos parecem mostrar tanto opções de cores em preto e branco e acrescentam lenha às teorias de que a Apple poderia migrar para entradas USB-C com o iPhone 12, ainda permanecendo com o Lightining em uma das pontas.

Esses cabos, se forem reais, são uma boa notícia. Sabemos o quão frágeis são os cabos da Apple e um design como esse poderia ajudar na durabilidade. Porém, esse rumor não casa muito bem com as informações de que a companhia venderia o iPhone 12 sem carregador na caixa.

Enquanto isso, o MySmartPrice parece ter encontrado um arquivo de certificação da Apple nas plataformas C3 e Safety Korea para uma bateria de 2.815mAh.

A bateria A2479 possivelmente será destinada a um dos modelos do iPhone 12, muito provavelmente a variante mais avançada, embora tudo seja apenas especulação. Como aponta o MacRumors, se as informações forem verdadeiras, as capacidades da bateria do iPhone 12 parecem ser inferiores àquelas encontradas no iPhone 11.

Só descobriremos quais rumores são verdadeiros em algum momento de setembro, quando a Apple realiza seu habitual evento de lançamento de iPhones. Quando realmente veremos o iPhone 12? A resposta parece depender também da pandemia do novo coronavírus.

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