domingo, 30 de agosto de 2020

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Elon Musk usa porcos ciborgues para mostrar chip que conecta cérebro a computadores

Posted: 29 Aug 2020 01:39 PM PDT

Chip da Neuralink tem o tamanho de uma moeda. Imagem: Neuralink | YouTube

O bilionário Elon Musk revelou nesta sexta-feira (28) mais detalhes da Neuralink, startup de tecnologia que está desenvolvendo um chip que promete conectar o cérebro humano a computadores. Em uma transmissão ao vivo, a companhia demonstrou como pretende operar o tal chip usando porcos como exemplo. E nenhum deles parecia realmente interessado no que o dono da Tesla e da SpaceX tinha para mostrar.

Quando uma porquinha chamada Gertrude finalmente apareceu, após alguns minutos se escondendo atrás de uma cortina, um link sem fio do chip implantado no cérebro do bicho transmitiu a atividade cerebral em tempo real para um monitor enquanto a porca farejava uma caneta no palco da apresentação. "É como uma pulseira FitBit no seu crânio, com fios bem pequenos", disse Musk ao mostrar o dispositivo do tamanho de uma moeda.

A equipe de Musk também mostrou um outro porquinho com dois implantes simultâneos da Neuralink, além de um terceiro porco que teve a tecnologia implantada e removida posteriormente – este último talvez para deixar claro que não houve nenhuma sequela mesmo depois da remoção do chip.

A porca Gertrude, uma das primeiras cobaias do chip Neuralink. Imagem: Neuralink/YouTube

A porca Gertrude, uma das primeiras cobaias do chip. Imagem: Neuralink/YouTube

Funciona assim: o chip é inserido em um pequeno orifício perfurado no crânio e capta sinais de atividade cerebral usando 1.024 eletrodos semelhantes a fios de cabelo, só que muito mais finos do que um fio de cabelo humano. O chip então transmite dados via Bluetooth para aparelhos externos em um raio de cerca de cinco a dez metros, podendo ainda enviar informações ao cérebro para estimular os neurônios. A autonomia de bateria do chip seria para um dia inteiro, e a recarga aconteceria por indução.

E para colocar o acessório dentro do cérebro? Para isso, foi criado um robô, semelhante a uma máquina de costura, que implanta os fios ultrafinos no cérebro. De acordo com Musk, a cirurgia não requer anestesia geral, com todo o procedimento não levando mais do que algumas horas e sem deixar sequelas – somente uma cicatriz, que ficaria coberta pelo cabelo. Os usuários poderiam dar entrada no hospital pela manhã e ter alta à tarde, no mesmo dia.

O robô cirúrgico da Neuralink. Imagem: Neuralink/YouTube

O robô cirúrgico que fará os implantes cerebrais. Imagem: Neuralink/YouTube

Desde o anúncio do projeto em 2017, Musk lançou várias possíveis aplicações de como o chip da Neuralink poderia se comportar em diferentes cenários. Em ambientes médicos, as interfaces entre cérebro e máquina podem ser usadas no tratamento de distúrbios como doença de Parkinson, epilepsia e depressão. Também poderiam funcionar em conjunto com aparelhos de assistência, como para controlar membros artificiais, por exemplo. Musk acrescentou que, no futuro, o chip pode impulsionar nossos cérebros a "alcançar uma espécie de simbiose com inteligência artificial" para evitar um possível apocalipse das máquinas.

Por mais maluca e assustador que pareça, o projeto já tem um certo aval de órgãos importantes nos Estados Unidos. Isso inclui a FDA, agência federal da área de saúde equivalente à nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em julho, a entidade concedeu à Neuralink o status de "dispositivo inovador", uma designação que agiliza seu processo de revisão e a coloca no caminho para uma futura aprovação como um dispositivo para uso médico.

Os primeiros testes em seres humanos terão como objetivo ajudar pessoas que perderam a capacidade de se mover após lesões na medula espinhal. Musk disse estar confiante de que, a longo prazo, "será possível restaurar por completo o movimento do corpo" de pessoas que não possuem mais mobilidade.

Você pode assistir a transmissão completa da Neuralink no player abaixo:

(Colaborou Caio Carvalho)

[CNET]

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Uma espada Viking desenterrada na Noruega pode ter pertencido a um guerreiro canhoto

Posted: 29 Aug 2020 11:33 AM PDT

Arqueólogos encontram espada Viking. Crédito: UNCT

Uma espada encontrada em um túmulo Viking sugere que a arma em questão pertenceu a um guerreiro canhoto. E esta característica talvez seja a maior descoberta dos arqueólogos.

"Estou um pouco surpresa com o quão pesada era a espada", disse Astrid Kviseth, arqueóloga da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (UNCT), à publicação Science Norway, da própria instituição de ensino. "Não sei exatamente o quão pesada é uma espada, mas ela tinha um certo peso. Você teria que ser muito forte para conseguir carregá-la".

Kviseth, junto com Raymond Sauvage, seu colega na universidade, tem escavado túmulos e sepulturas Vikings perto da vila norueguesa de Vinjeøra. As obras no local têm sido realizadas como parte de um projeto de ampliação de uma rodovia. Os túmulos e sepulturas antigas, por sua vez, ficam em uma fazenda Viking que data dos séculos 9 e 10 depois de Cristo.

Arqueólogos encontram espada Viking. Crédito: UNCT

A arqueóloga Astrid Kviseth carregando a espada viking. Imagem: Museu da UNCT

Além da espada, que graças à ação do tempo ficou corroída, foram encontrados um machado, uma lança e um escudo – todos estavam em uma vala anelar ao redor de um cemitério. Os arqueólogos acreditam que, pela quantidade de objetos, alguém muito importante e com grande honra foi enterrado ali.

O fato de um guerreiro Viking ter sido encontrado enterrado em uma fazenda não é uma surpresa, já que, segundo Sauvage, "a maioria dos guerreiros eram homens livres que possuíam as próprias terras". Na verdade, existia uma lei que obrigava os agricultores a comprar armas, entre elas machados, escudos, lanças e espadas.

Normalmente, as espadas são colocadas ao lado direito de um túmulo Viking. Isso pode soar estranho, uma vez que pessoas destras mantinham suas bainhas no lado esquerdo de seus corpos, para sacar as espadas mais rapidamente. Uma teoria é de que a vida após a morte para os Vikings nada mais é do que a "imagem espelhada do mundo superior". De acordo com Sauvage, a localização incomum da espada sugere que o guerreiro era canhoto, pois essa característica o preparou para a vida após a morte.

Arqueólogos encontram espada Viking. Crédito: UNCT

A espada Viking. Imagem: Museu da UNCT

O túmulo do guerreiro canhoto se cruzou com as covas de outros três guerreiros, o que, dependendo da interpretação, pode soar indigno ou casual. Mas essa era uma prática de enterro cheia de simbolismo.

"Podemos imaginar que esta prática de sepultamento é uma expressão do quão importante eram os ancestrais familiares em uma fazenda na época dos Vikings. Além de estarem presentes na fazenda como espíritos companheiros – os chamados fylgjur -, os ancestrais podiam continuar vivendo fisicamente nos túmulos. Isso confirma que a propriedade desta terra era da família do guerreiro, e ser enterrado perto de um ancestral ou antepassado importante talvez tenha sido uma forma de ser incluído na comunidade de antigos espíritos", explicou Sauvage.

Os arqueólogos da UNCT também descobriram um túmulo de cremação que provavelmente pertencia a uma mulher, já que foram encontrados bens como um broche oval, tesouras e pérolas. Este túmulo era particularmente estranho, pois tinha 2 kg de cinzas de ossos, o que equivale a um corpo humano inteiro queimado. Na maioria dos túmulos Viking, os arqueólogos tendem a encontrar apenas 250 gramas de restos cremados. Ainda não se sabe o motivo pelo qual todos os restos mortais dessa pessoas foram incluídos no sepultamento.

A espada Viking foi levada para um laboratório de conservação, onde será analisada por meio de uma máquina de raios-X. Os pesquisadores esperam ver o que pode estar escondido por trás da ferrugem, como ornamentação ou soldagem padronizada.

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Sepultamento revela que macacos eram considerados animais de estimação no Egito Antigo

Posted: 29 Aug 2020 09:17 AM PDT

Esqueleto de macaco achado em cemitério de animais de estimação em Berenice. Crédito: Marta Osypińska/Institute of Archaeology and Ethnology of the Polish Academy of Sciences

Macacos recuperados de um antigo cemitério egípcio de animais de estimação foram rastreados como sendo provenientes da Índia. Em uma descoberta arqueológica única, os sepultamentos compassivos, nos quais os macacos eram deitados em posição fetal e rodeados de túmulos, sugerem que os primatas foram mantidos como animais de estimação.

Arqueólogos do Centro Polonês de Arqueologia Mediterrânea da Universidade de Varsóvia, juntamente com pesquisadores da Universidade de Delaware nos EUA, encontraram os macacos enterrados em um cemitério de animais de estimação na antiga cidade portuária de Berenice, relata o  First News. A equipe trabalha no local desde 2008, descobrindo os restos de fortificações monumentais, paredes defensivas, torres, um grande complexo subterrâneo, um templo e o cemitério de animais.

Os arqueólogos presumiram inicialmente que os macacos eram locais, pertencentes à família guenon dos macacos africanos. Depois de analisar imagens 3D dos espécimes e realizar uma análise comparativo de ossos de macacos, os pesquisadores identificaram os restos mortais em duas espécies diferentes de macacos (macacos rhesus e macaca radiata um pouco menores), ambos originários da Índia. Berenice está localizada na costa oeste do Mar Vermelho e 340 km a leste de Assuã.

Esqueleto de macaco achado em cemitério de animais de estimação em Berenice. Crédito: Marta Osypińska/Institute of Archaeology and Ethnology of the Polish Academy of SciencesEsqueleto de macaco achado em cemitério de animais de estimação em Berenice. Crédito: Marta Osypińska/Institute of Archaeology and Ethnology of the Polish Academy of Sciences

Os sepultamentos cuidadosos, nos quais os macacos eram colocados em uma posição fetal, mais a presença de vários objetos de sepultura, sugerem que os macacos foram cuidados e mantidos como animais de estimação antes de suas mortes.

A descoberta de macacos rhesus e macaca radiata no Egito "foi uma grande surpresa para nós", explicou por e-mail Marta Osypińska, integrante da equipe e arqueóloga da Academia Polonesa de Ciências. "Não os esperávamos aqui", já que fontes escritas antigas não mencionaram essa prática.

O trabalho no cemitério de animais de estimação de Berenice de 2016 a 2020 resultou na descoberta de 16 macacos, 536 gatos, 32 cachorros e um falcão, disse Osypińska. Um artigo descrevendo a saúde e a condição desses animais foi submetido à revista científica World Archaeology, disse ela. Pesquisadores do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Academia de Ciências da Polônia contribuíram para esta pesquisa, de acordo com a Science in Poland, uma publicação do Ministério da Ciência e Ensino Superior do país.

Um macaco foi encontrado enrolado em um cobertor de lã, enquanto outro tinha grandes conchas do mar colocadas ao lado de sua cabeça, relata o First News. Fragmentos de ânfora quebrada — um vaso ornamentado — também foram encontrados ao lado dos restos enterrados.

Alguns macacos foram enterrados ao lado de conchas do mar e cerâmicas quebradas. Crédito: Marta Osypińska/Institute of Archaeology and Ethnology of the Polish Academy of SciencesAlguns macacos foram enterrados ao lado de conchas do mar e cerâmicas quebradas. Crédito: Marta Osypińska/Institute of Archaeology and Ethnology of the Polish Academy of Sciences

Durante o 1º século d.C, o Império Romano anexou o Egito, transformando Berenice em um vibrante centro comercial. Os romanos estacionados neste posto avançado procuraram vários animais de companhia, que foram importados do exterior, especulam os pesquisadores. É possível que romanos e egípcios se engajassem nessa prática.

"Berenice era um porto romano, embora formalmente no Egito", explicou Osypińska, acrescentando que Berenice era um "porto muito importante através do qual mercadorias valiosas da Ásia, África e Oriente Médio eram trazidas para o Império".

Como itens comerciais vivos, esses macacos teriam exigido cuidado e atenção consideráveis, precisando de comida e água durante sua viagem pelo Oceano Índico e pelo Mar Vermelho. Mas, como Osypińska explicou, os macacos não conseguiram se adaptar ao novo ambiente egípcio e todos morreram jovens.

"Não sabemos o porquê. Talvez uma dieta ruim, talvez doenças, ou talvez a incapacidade de cuidar deles", disse ela. "Alguns eram 'bebês', o que significa que devem ter nascido na estrada ou em Berenice".

Osypińska disse que água doce tinha que se trazida para Berenice em burros das montanhas próximas e que "tudo" tinha que ser importado à distância. É importante ressaltar que nenhum ferimento físico foi visto nos esqueletos dos macacos, ao contrário dos muitos ferimentos vistos nos cachorros e gatos enterrados.

Animais de estimação exóticos eram comuns na antiguidade e nos tempos pré-históricos. Outros exemplos incluem um gato de 1.000 anos criado por pastores nômades no que hoje é o Cazaquistão e galinhas e lebres trazidas para a Grã Bretanha há cerca de 2.300 anos a 2.200 anos, que eram reverenciadas em vez de comidas.

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Apple cumpre promessa e encerra conta da Epic Games na App Store

Posted: 29 Aug 2020 06:59 AM PDT

Fortnite fora da App Store. Crédito: Chris Delmas/AFP (Getty Images)

Bom, ninguém disse que isso não ia acontecer, mas a Apple realmente cumpriu a promessa e encerrou oficialmente nesta sexta-feira (28) a conta de desenvolvedor da Epic Games na App Store. Ou seja, a partir de agora, todos os jogos da companhia – incluindo o já bloqueado Fortnite -, bem como qualquer atualização recente, não existem mais no iOS.

"Estamos desapontados por termos que encerrar a conta da Epic Games na App Store. Trabalhamos com a equipe da desenvolvedora por muitos anos em seus lançamentos. O tribunal recomendou que, durante o decorrer do caso, a Epic cumprisse as diretrizes de nossa loja, diretrizes estas que foram seguidas na última década até criar esta situação. A Epic recusou", disse a Apple em um comunicado enviado à Bloomberg.

Tim Sweeney, fundador e CEO da Epic Games, rebateu em seu Twitter a declaração da Apple. Segundo o executivo, a companhia não tinha a obrigação de deletar a conta da Epic, mas mesmo assim escolheu fazer isso. "A Apple sugere que burlamos o processo de revisão da App Store. Não foi assim. A Epic enviou três builds de Fortnite, sendo duas atualizações para corrigir bugs e mais o update com a quarta temporada", explicou.

Este é o último capítulo na batalha entre Epic e Apple, que começou quando a desenvolvedora de jogos decidiu se posicionar contra o programa de compartilhamento de receita da Apple. Tal programa exige que 30% de cada compra feita por um aplicativo hospedado na App Store seja destinado à Apple – isso vale tanto para companhias maiores, como é o caso da Epic, quanto desenvolvedores independentes.

O caso veio a público quando a Epic adicionou uma opção dentro do Fortnite, e não na App Store, que permitia aos jogadores comprar os V-Bucks, a moeda in-game do título. Dessa forma, a Epic obteria 100% de receita para cada transação, sem ter de pagar os 30% obrigatórios da Apple. Com a mudança, a gigante de Cupertino agiu contra a Epic, desencadeando um processo que pode alterar políticas que são praticadas há anos na App Store.

Mas antes que isso aconteça, uma luta entre as duas empresas começou a ser travada no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia. Em uma audiência no início desta semana, a Epic argumentou que a Apple tem causado danos irreparáveis ao banir Fortnite da App Store. No entanto, a juíza que acompanhou a audiência preliminar disse não se tratar de um dano irreparável, uma vez que a própria Epic está fazendo isso a si mesma.

Portanto, a Apple teve permissão legal para encerrar a conta de desenvolvedor da Epic Games – pelo menos por enquanto. A mudança não afeta os jogos que rodam no motor gráfico da Epic, a Unreal Engine, mas sim apenas aqueles feitos pela própria Epic.

É bem improvável estarmos longe do fim dessa disputa, o que poderia fazer a Apple repensar toda sua estratégia de negócios no que diz respeito à App Store. Tim Cook, CEO da Apple, deve estar recebendo milhares de e-mails de adolescentes irritados que não podem mais jogar Fortnite em seus iPhones. Quem será que sai perdendo nisso tudo?

Particularmente, eu só estou aqui para dar as notícias e me divertir com elas.

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