quinta-feira, 24 de setembro de 2020

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Facebook remove perfis chineses que postavam conteúdos eleitorais nos EUA

Posted: 23 Sep 2020 03:09 PM PDT

Facebook desmonta perfis chineses. Crédito: Unsplash

As eleições nos Estados Unidos marcadas para este ano prometem um verdadeiro desafio às empresas de redes sociais. O Facebook, por exemplo, sabe bem que sua plataforma enfrenta um sério problema envolvendo desinformação. Prova disso é que a companhia afirmou na última terça-feira (22) ter removido 181 contas, grupos e páginas que publicaram conteúdo duvidoso sobre eventos atuais, incluindo a eleição presidencial dos EUA.

Segundo o Facebook, os perfis têm origem na China. Das quase 200 remoções, 155 foram de perfis, 11 são de páginas e as outras nove correspondem a grupos. Outras seis contas estavam no Instagram, que é de propriedade do Facebook, e todas estavam vinculadas a dispositivos chineses.

Todos esses perfis participavam de uma mesma rede de páginas que acumularam 133 mil seguidores, e 61 mil pessoas participavam de um ou mais grupos. Cerca de 150 contas seguiam uma ou mais dessas contas no Instagram. A remoção das contas aconteceu em agosto de 2019 e, de acordo com a plataforma, elas tinham ligação com o governo chinês.

A rede de contas se concentrava principalmente nas Filipinas e no Sudeste Asiático e, embora os perfis fizessem postagens em filipino e chinês, os usuários também postavam conteúdo sobre os EUA. Isso incluía postagens sobre Joe Biden e Donald Trump, tanto em apoio quanto contra os candidatos à presidência do País, além do ex-candidato Pete Buttigieg.

Em uma segunda rodada, a companhia também removeu 57 perfis e 31 páginas do Facebook, que somadas totalizavam 276 mil seguidores, e mais 20 contas do Instagram vinculadas a militares e à polícia filipina, com aproximadamente 5.500 seguidores. Nessa segunda rede, havia posts sobre o interesse de Pequim no Mar da China Meridional e em Hong Kong, e mensagens de apoio ao presidente filipino Rodrigo Duterte.

Nathaniel Gleicher, supervisor das políticas de segurança do Facebook, afirma que esta é a primeira vez que a rede social tira do ar postagens sobre a política dos Estados Unidos com origem na China. "Temos obtido progresso para erradicar tal abuso, mas, como já dissemos, é um esforço contínuo. Temos o compromisso de melhorar continuamente para estarmos sempre à frente", disse.

[Facebook via CNET, Engadget]

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Microsoft consegue licença exclusiva de uso da linguagem neural GPT-3

Posted: 23 Sep 2020 02:27 PM PDT

Microsoft compra empresa de inteligência artificial OpenAI. Crédito: Jeenah Moon (Getty Images)

Pode-se dizer que a Microsoft escolheu esta semana para tirar o escorpião do bolso. Na segunda-feira (21), a empresa anunciou um contrato de US$ 7,5 bilhões para adquirir a ZeniMax Media, que controla a Bethesda e outros estúdios de jogos de videogame. Agora, a companhia confirmou outro acordo que também pode ter grande impacto ao longo dos próximos anos: uma licença exclusiva para o modelo de linguagem de inteligência artificial GPT-3, da OpenAI.

Há anos a OpenAI tem ganhado destaque no cenário de tecnologia, principalmente pelo fato de Elon Musk ter sido um dos primeiros investidores. Mais recentemente, os modelos de linguagem da OpenAI têm chamado a atenção por conta própria, e outros grandes investidores surgiram no caminho. A própria Microsoft injetou US$ 1 bilhão na empresa no ano passado.

Esse relacionamento ficou ainda mais estreito com o anúncio desta quarta-feira (23) – superando a concorrência (e aqui leia-se a competição da Amazon) -, embora valores da negociação não tenham sido revelados. Os primeiros produtos a serem impactados pelo uso da IA da OpenAI devem ser os serviços em nuvem da Microsoft, no caso aqueles que utilizam a plataforma Azure.

E o que a GPT-3 tem diferente? Apesar de não ser a primeira inteligência artificial do mundo, a tecnologia da OpenAI tem sido considerada um modelo de linguagem bastante convincente, capaz de superar qualquer coisa que vimos até então quando se trata de imitar a fala humana e receber instruções diretas.

No tuíte abaixo, o desenvolvedor Sharif Shameem exemplifica o poder da inteligência artificial da OpenAI. Primeiro, ele descreve o layout para uma página da internet. Na sequência, a GPT-3 gera os códigos da solicitação automaticamente, com resultados quase perfeitos.

Kevin Scott, vice-presidente executivo e diretor de tecnologia da Microsoft, escreveu em um comunicado que está animado em alavancar as "inovações técnicas da GPT-3 para desenvolver e fornecer soluções de IA avançadas para nossos clientes, bem como criar novas soluções que aproveitem o incrível poder de uma avançada geração de linguagem natural".

Scott foi vago sobre quais "soluções" a empresa tem em mente, mas enfatizou o valor que o GPT-3 terá para a Microsoft. De acordo com o executivo, a companhia usará os recursos do modelo "em nossos produtos, serviços e experiências para beneficiar nossos clientes", e que o trabalho da OpenAI oferece benefícios em "criatividade humana e engenhosidade em áreas como escrita e composição, descrevendo e resumindo grandes quantidades de dados (incluindo código), convertendo a linguagem natural para outra linguagem".

O anúncio não é totalmente claro sobre o que a licença da OpenAI cobre. O Gizmodo pediu mais detalhes à Microsoft e um porta-voz nos disse que "uma licença exclusiva dá à Microsoft acesso ao código por trás do modelo GPT-3, que inclui um conjunto de avanços técnicos, para que possam integrar esses recursos de forma rápida produtos e serviços da Microsoft, entregando, assim, novas e poderosas soluções baseadas em IA para seus clientes".

Scott escreveu que os desenvolvedores continuarão a ter acesso à API fechada da OpenAI, que será executada exclusivamente no serviço de nuvem Azure da Microsoft. Ele citou especificamente "pesquisadores, empresários e companhias" como exemplos de grupos que ainda poderão usar o modelo.

Em comunicado, a OpenAI também deixou claro que "o acordo não tem impacto sobre o acesso contínuo ao modelo GPT-3 por meio da API". Entramos em contato com a Microsoft para obter mais detalhes sobre quais áreas serão de uso 100% exclusivo da empresa, mas ainda não recebemos uma resposta.

E quais aplicações seriam beneficiadas? Podemos esperar que a Microsoft se concentre em soluções corporativas que nunca serão relevantes para o consumidor final. No entanto, a GPT-3 pode ser usada para geração de conteúdo, atendimento automatizado ao cliente, chatbots, design de sites simples, serviços de tradução, otimização de assistente de voz e realização de entrevistas de emprego. A inteligência artificial da OpenAI pode até escrever artigos inteiros, como este que você está lendo agora mesmo.

Por conta do número elevado de possibilidades, o uso dessa IA causou muita controvérsia sobre um potencial risco de abuso do sistema, bem como preconceitos inerentes que provavelmente podem ser encontrados em todos os produtos de aprendizado de máquina.

Quando a OpenAI mostrou pela primeira vez a GPT-2, modelo anterior da versão atual, a própria startup disse se preocupar de que seria perigoso demais lançar a inteligência artificial na íntegra para o público. Para ter uma perspectiva de quão longe o modelo chegou, basta saber que a GPT-2 tinha 1,5 bilhão de parâmetros; a GPT-3, por sua vez, está trabalhando com 175 bilhões de parâmetros. Isso só mostra que, ao mesmo tempo em que a versão mais recente é uma evolução bastante significativa, também apresenta um risco muito maior para aqueles que estão preocupados com a possibilidade de transformá-la em uma máquina de desinformação.

A GPT-3 ainda tem um longo caminho a percorrer antes de poder se comunicar com segurança e enganar os humanos sobre suas origens sintéticas – no melhor (ou pior, né?) estilo Skynet de O Exterminador do Futuro. Mas qualquer um que tenha dado uma olhada nos fóruns que falam da teoria da conspiração Qanon, sabe que a desinformação online não precisa conter clareza ou coerência para ter um impacto massivo.

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Nvidia’s RTX 30X0 saiu: consiga máxima velocidade da sua GPU atualizando seu Windows por apenas R$ 44,00

Posted: 23 Sep 2020 01:19 PM PDT

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Johnson & Johnson inicia última fase dos testes de vacina de dose única contra COVID-19

Posted: 23 Sep 2020 12:48 PM PDT

Vacina. Crédito: Unsplash

A Johnson & Johnson é mais uma a entrar na lista de empresas na última fase de testes de uma possível vacina contra o COVID-19. A companhia farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo, anunciou nesta quarta-feira (23) ter começado a vacinar 60 mil voluntários, inclusive pessoas aqui no Brasil. E com um diferencial: a vacina da J&J é de dose única, e não dose dupla, como as vacinas de outros laboratórios.

Agora na fase 3, os testes da vacina da Johnson & Johnson devem apresentar os primeiros resultados no final deste ano ou início de 2021. O anúncio foi feito por Paul Stoffels, diretor científico da J&J, em uma coletiva de imprensa conjunta com autoridades do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e do governo do presidente Donald Trump.

Também nesta quarta-feira, a J&J publicou um protocolo de estudo detalhado de seu teste de estágio avançado em seu site. A companhia também disse que a segurança e o nível de proteção dos estudos até então foram promissores em testes com animais, e que uma única dose pode oferecer proteção suficiente "por um longo tempo". Stoffels acredita que levará entre seis a oito semanas para concluir totalmente o estudo.

Se tudo ocorrer como o planejado e a vacina se mostrar totalmente segura e eficaz, o laboratório prevê fabricar pelo menos 1 bilhão de doses em 2021, mantendo o ritmo de produção mesmo após esse período. Em todo o caso, Stoffels declarou que a J&J planeja fabricar doses antes da aprovação dos órgãos de saúde, para já ter alguns lotes disponíveis para a população.

“Os benefícios de uma vacina de dose única são potencialmente profundos em termos de campanhas de imunização de massa e de controle pandêmico global", disse o doutor Dan Barouch, pesquisador de vacinas de Harvard que ajudou a desenvolver a vacina da J&J contra COVID-19, à agência Reuters.

Segundo Barouch, além de se mostrar eficiente usando apenas uma dose, a vacina da Johnson & Johnson tem outra vantagem em comparação às demais vacinas: ela não precisa ser armazenada em temperaturas extremamente frias. Com isso, o medicamento pode ser adaptar mais facilmente ao clima de diferentes países, sem perder suas propriedades.

Nesta terceira e última fase dos testes, os pesquisadores vão avaliar se a vacina pode prevenir o coronavírus nos níveis moderado a grave com apenas uma dose. Esta última etapa também pretende verificar se a vacina pode ser útil contra casos mais brandos do vírus, embora o foco estejam mesmo nos casos mais severos. Depois de 15 dias que os primeiros voluntários tiverem sido vacinados, o laboratório começará a contar o número de infectados por COVID-19 e se eles haviam sido imunizados.

Os testes a fase 3 da vacina da J&J serão realizados em até 215 locais nos EUA, África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

[Reuters]

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Estação Espacial teve de manobrar para não ser atingida por lixo espacial

Posted: 23 Sep 2020 12:22 PM PDT

Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Crédito: NASA

Nesta terça-feira (22), a NASA e controladores de voo russos realizaram uma "manobra de evasão" para proteger a Estação Espacial Internacional de um pedaço solto de detrito espacial. Este episódio já é o terceiro do tipo no ano e destaca um problema crescente, bem como a importância de mitigar potenciais colisões no espaço.

A órbita terrestre baixa (LEO, na sigla em inglês) é vasta e quase vazia, mas quando você tem milhares e milhares de objetos girando a velocidades acima de 10 km/s, este "vazio" no espaço de repente parece muito menor.

Essa foi a preocupação no início desta semana, quando a NASA, junto com o Comando Espacial dos EUA, detectou um pedaço desconhecido de detrito espacial. Havia o risco de que ele se aproximasse da Estação Espacial Internacional. Para proteger o posto avançado e sua tripulação, a NASA e os controladores de voo russos programaram uma "manobra de evasão" improvisada para tirar a ISS da zona de perigo.

Para fazer isso, eles ativaram os propulsores da espaçonave de reabastecimento Progress 75 da Rússia, que atualmente está acoplada ao módulo de serviço Zvezda.

Como o aviso chegou em cima da hora, os controladores da missão tiveram que realocar temporariamente todos os três membros da tripulação da Expedição 63 — Chris Cassidy, Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner — para o segmento russo para que pudessem estar próximos da espaçonave Soyuz MS-16. A NASA disse que isso foi feito "com muita cautela" e que "em nenhum momento a tripulação correu perigo".

A projeção indicava que o pedaço de lixo espacial passaria a menos de 1,39 km da Estação Espacial Internacional, com a maior aproximação acontecendo na terça-feira (22) por volta das 17h21 (horário de Brasília). A manobra, que levou apenas 150 segundos para ser concluída, foi realizada cerca de uma hora antes. Os controladores de voo da NASA e da Rússia trabalharam em conjunto para que isso acontecesse.

Depois que tudo acabou, as escotilhas entre os segmentos dos EUA e da Rússia foram reabertas, e a vida voltou ao normal.

Em uma série de tuítes, o astrofísico Jonathan McDowell, de Harvard, identificou o objeto como lixo espacial do foguete H-2A F40, do Japão, que se desfez no ano passado. Ele disse que os destroços passaram a poucos quilômetros "da posição em que a ISS estaria se não tivesse manobrado". Medições apontam que o pedaço errante estava a 146 km/s e voou cerca de 422 km acima das ilhas Pitcairn (próximas à Polinésia Francesa), no Pacífico Sul.

Este foguete japonês produziu 77 pedaços de lixo espacial, dos quais cinco deles já entraram na atmosfera da Terra, segundo McDowell, um especialista do ramo.

Pedaços de detritos espaciais, mesmo pequenos, representam um risco tremendo para os satélites, a ISS, os astronautas e qualquer outra coisa na órbita baixa da Terra devido às suas altas velocidades. Além do mais, uma colisão pode produzir ainda mais pedaços de lixo espacial, levando a um efeito bola de neve e ainda mais colisões.

John Bridenstine, administrador da NASA, disse que esta é a terceira vez que a ISS tem que mudar de posição para evitar detritos espaciais. Nas últimas duas semanas, "houve três conjunções de alto potencial de preocupação", tuitou ele.

"Os detritos estão piorando!", disse Bridenstine, acrescentando que é hora de o Congresso dos EUA liberar os US$ 15 milhões solicitados pelo presidente Trump para o Office of Space Commerce, em referência a iniciativa de comercialização da LEO e a priorização de "gerenciamento de detritos orbitais".

Bridenstine está certo em chamar a atenção para a situação, pois o problema parece estar piorando. No início deste ano, dois satélites desativados quase bateram: sua colisão teria produzido milhares de novos fragmentos de lixo espacial.

Os satélites ativos estão constantemente tendo que ser reorientados para evitar colisões. Com milhares de novos entrando em órbita, como a constelação de satélites Starlink de Elon Musk (que teve risco de colisão em 2019), essas manobras se tornarão mais comuns. É apenas questão de tempo antes que uma colisão seriamente destrutiva finalmente aconteça.

Para reduzir os riscos, precisamos minimizar e reduzir o número de objetos na órbita baixa da Terra (como projetar satélites capazes de se desorbitar quando seu trabalho é concluído) e conceber formas criativas de limpar a LEO, como, por exemplo, com arpões.

Também precisamos rastrear todos esses objetos e executar cálculos continuamente para sinalizar colisões potenciais. Uma descoberta recente, em que lasers foram utilizados para detectar pequenos pedaços de detritos durante o dia, representa um passo nessa direção.

Em última análise, no entanto, precisamos limitar a quantidade de objetos que estão sendo enviados para a órbita (especialmente projetos de estimação supérfluos), elaborar leis sensatas e exigir melhor governança global das atividades baseadas no espaço.

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China ameaça não aprovar venda do TikTok para Oracle e Walmart

Posted: 23 Sep 2020 11:43 AM PDT

Ícone do TikTok

Oracle e Walmart chegaram a um acordo com a ByteDance para assumir as operações do TikTok nos EUA. Quem não parece estar nem um pouco contente com a situação, porém, é a China. Um editorial publicado nesta quarta-feira (23) pelo China Daily, jornal de língua inglesa editado pelo Partido Comunista Chinês, chama a negociação de “suja e injusta” e feita com base em “bullying e extorsão”, dizendo que não há motivos para o país asiático aprová-lo.

O artigo da publicação também compara as medidas dos EUA a uma ação de um gângster para forçar uma companhia legítima a aceitar um acordo que não é justo nem razoável. O texto diz ainda que o sucesso de um aplicativo estrangeiro deixou o governo americano inquieto e que a alegação de ameaça à segurança nacional é somente um pretexto.

O prazo para proibição do TikTok imposto pelo governo dos EUA expirou no último domingo (20). O acordo recebeu a “bênção” do presidente Donald Trump, evitando que o app fosse removido das lojas de apps de empresas americanas. Oracle, Walmart e ByteDance, no entanto, publicaram comunicados contraditórios, que deixam dúvidas em como se dará a negociação.

A ByteDance diz que criará uma subsidiária chamada TikTok Global e que será proprietária de 80% dela. Oracle e Walmart, por outro lado, afirmam que a maior parte da participação na TikTok Global estará em mãos americanas, cumprindo o que determina a ordem executiva de Trump — provavelmente levando em consideração que parte da ByteDance é de propriedade de investidores dos EUA.

Os valores da negociação não foram revelados. O fato de a Oracle ser colaboradora de agências de inteligência dos EUA, como CIA e NSA, foi alvo de críticas, já que a alegação para proibir o TikTok era justamente a privacidade e a segurança dos usuários.

Não é a primeira vez que a postura dos EUA em relação ao TikTok recebe críticas do governo chinês. O ministro do Comércio da China já havia dito no sábado (19) que os EUA deveriam “parar com o bullying” e observar as normas de justiça e transparência internacionais.

Em agosto, o país asiático também atualizou suas regras de exportação para incluir “tecnologia baseada em análise de dados para serviços de recomendação de informações personalizadas” na lista de itens que precisam de uma licença especial para venda para o exterior, o que foi entendido como uma forma de enquadrar produtos como o TikTok. Notícias de semana passada também davam conta que a China poderia tentar determinar o encerramento global do aplicativo para não aceitar que ele fosse vendido para uma empresa americana.

[CNBC, TechCrunch]

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Ex-moderadora processa YouTube por desenvolver transtorno pós-traumático

Posted: 23 Sep 2020 09:11 AM PDT

Logotipo do YouTube visto em SmarTV

Mesmo com relatos e mais relatos indicando que o trauma emocional é um risco ocupacional de moderação de conteúdo, o YouTube ainda está expondo trabalhadores com baixa remuneração a um ataque emocional diário, supostamente com poucas salvaguardas de saúde mental. Em uma ação coletiva movida nesta segunda-feira (21), uma ex-moderadora afirma que o trabalho de um ano e meio a levou a desenvolver sintomas de TEPT (transtorno de estresse pós-traumático).

A litigante anônima também afirma que o YouTube falhou em fornecer os tipos de padrões de segurança no local de trabalho que ajudou a redigir e empreendeu uma "campanha agressiva" para sufocar os denunciantes.

A ação pede indenização por expor funcionários a atividades anormalmente perigosas, entre outras acusações.

O que a moderadora supostamente testemunhou é perturbador até mesmo para imaginar, quanto mais ter que assistir continuamente. A moderadora afirma que ela foi exposta a "milhares de vídeos sensíveis e questionáveis", incluindo:

uma caveira aberta esmagada com pessoas comendo o conteúdo; uma mulher que foi sequestrada e decapitada por um cartel; a cabeça de uma pessoa sendo atropelada por um tanque; um homem comendo a cabeça de um rato; uma raposa sendo esfolada viva; um homem caindo de um telhado em um vídeo que incluía o áudio do impacto do seu corpo atingindo o solo; tiroteios em escolas que incluíam cadáveres de crianças; um político atirando em si mesmo; abortos caseiros; abuso infantil e agressão sexual infantil.

Imagens de cérebros sendo consumidos, decapitação e agressão sexual de crianças fizeram parte de uma sessão de treinamento, disse ela.

Embora esses tipos de coisas sejam desagradáveis de ver, e em conjunto possam ser psicologicamente prejudiciais, este processo inclui um pequeno lembrete de que existem recomendações (voluntárias) para aumentar a "resiliência do funcionário". A Technology Coalition, que criou essas recomendações, é composta por algumas das maiores empresas do setor de tecnologia, incluindo o próprio Google. E, no entanto, a companhia alega que esses padrões — que incluem proteções insuficientes como expor os moderadores a "não mais do que quatro horas consecutivas" de mídia perturbadora ou impedi-los de ver pornografia infantil durante uma hora (sim, apenas uma) antes de encerrarem seu turno — não foram promulgados.

De acordo com o processo, pouca ou nenhuma dessas proteções chegou aos contratados, que eram frequentemente lembrados pelos supervisores das expectativas de ver "entre 100 e 300 peças de conteúdo por dia, com uma taxa de erros de dois a cinco por cento". O processo também afirma que os moderadores permanecem apenas cerca de um ano e, por esse motivo, a força de trabalho de moderação de conteúdo do YouTube é "cronicamente insuficiente".

Mesmo o curso de treinamento profissional de três semanas, onde o canibalismo e a decapitação foram mostrados, deu poucas informações sobre "bem-estar ou resiliência", de acordo com o processo. Como resultado, esta moderadora disse que desenvolveu uma série de problemas psicológicos:

Ela frequentemente ficava acordada à noite tentando dormir, reproduzindo vídeos que viu em sua mente. Ela não pode ficar em lugares cheios, incluindo shows e eventos, porque tem medo de tiroteios em massa. Ela tem ataques de pânico graves e debilitantes. Ela perdeu muitos amigos por causa de sua ansiedade com as pessoas. Ela tem problemas para interagir e estar perto de crianças e agora está com medo de ter filhos.

Em vez de mostrar aos moderadores em potencial as imagens horríveis que eles esperariam ver em um dia normal, continua a ação, os moderadores foram instruídos a assinar contratos NDA, uma espécie de contrato de confidencialidade. Após uma denúncia do The Verge, o YouTube supostamente fez moderadores de conteúdo assinarem documentos reconhecendo que eles entendiam que o trabalho poderia causar transtorno de estresse pós-traumático, e dizendo que "este trabalho não é para todos". O YouTube também supostamente apagou qualquer menção a trauma de seus fóruns internos.

O YouTube também pode seguir o exemplo da Microsoft implementando filtros, recomendados pelo National Center for Missing and Exploired Children. A empresa desfoca imagens, altera-as para preto e branco, reduz para o tamanho de miniaturas e desfoca o áudio. De acordo com a reclamação, os moderadores de conteúdo solicitaram no quadro de mensagens interno do YouTube em 2017 que a empresa desfocasse as imagens sinalizadas como "muito sensíveis", mas Suzanne French, chefe de operações globais de fornecedores do YouTube, recusou o pedido, dizendo que a mudança não era prioridade da empresa, de acordo com as alegações no processo.

No início deste ano, o mesmo escritório de advocacia que representa os moderadores de conteúdo do YouTube ganhou um acordo de US$ 52 milhões para moderadores do Facebook. Como o YouTube usa terceirizados, eles não têm certeza de quantos moderadores trabalham para o YouTube, mas estima que esteja na casa dos milhares.

O Gizmodo entrou em contato com o YouTube e os advogados da autora da ação. Atualizaremos este artigo, caso recebamos uma resposta.

Caso você queira saber detalhes do processo, basta acessá-lo aqui (está em inglês).

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Galaxy S20 Fan Edition é uma versão menos cara do aparelho topo de linha da Samsung

Posted: 23 Sep 2020 08:11 AM PDT

Samsung anuncia Galaxy S20 Fan Edition. Crédito: Samsung

O Galaxy S20 é um dos smartphones com as especificações técnicas mais avançadas do ano. Algumas delas: tela com taxa de atualização de 120 Hz, câmeras triplas na parte traseira e suporte às redes 5G em todos modelos, até o mais básico. O que faltava era uma versão menos cara para competir com rivais como o iPhone padrão 11. Isso está prestes a mudar graças ao Galaxy S20 FE, o novo celular da Samsung que traz boa parte das características de ponta do modelo mais caro, só que em uma carcaça menor e um preço mais "enxuto”.

Veja, eu sei que é fácil zombar de todas as diferentes maneiras como as fabricantes anunciam dispositivos mais acessíveis com tags como “SE” e "Lite". Agora, a Samsung traz uma nova abordagem com a nomenclatura "FE”, ou “Fan Edition”.

Independentemente do nome, o Galaxy S20 FE é o telefone que eu estava esperando a companhia lançar para substituir o Galaxy S10e.

Samsung anuncia Galaxy S20 Fan Edition. Crédito: SamsungCrédito: Samsung

Com preços a partir de US$ 700 (cerca de R$ 3.820 na conversão direta), o Galaxy S20 FE não é apenas um dos telefones mais baratos disponíveis nos EUA com processador Snapdragon 865 (junto com o LG V60), mas também oferece os mesmos recursos básicos encontrados em modelos S20 mais caros, incluindo um display com taxa de atualização de 120 Hz, 5G, câmera tripla na traseira e até mesmo um sensor impressão digital óptico sob a tela. Se manter a tradição do Galaxy S20, o Galaxy S20 FE deve chegar ao Brasil com chip Exynos 990.

Outras especificações sólidas do S20 FE incluem uma tela AMOLED de 6,5 polegadas Full HD+ (que, em termos de tamanho, coloca o S20 FE entre o S20 padrão e o S20+), 6 GB de memória RAM, 128 GB de armazenamento interno expansível via microSD e uma bateria de 4.500 mAh – a mesma do Galaxy Note 20 Ultra.

O S20 FE ainda vem com carregamento sem fio no padrão Qi com suporte para carregamento reverso sem fio PowerShare, ou recarga de até 25 W via cabo. Lembrando que você precisa pagar separadamente por esse tipo de adaptador, já que a caixa do aparelho inclui um carregador com menor potênia, de 15 W.

Samsung anuncia Galaxy S20 Fan Edition. Crédito: SamsungCrédito: Samsung

A configuração das câmeras do S20 FE também não é ruim: o sensor principal vem com 12 MP e inclui o mesmo autofoco dual-pixel encontrado no S20 e S20+, além de um sensor secundário ultrawide de 8 MP e uma câmera de 12 MP para telefoto, com zoom ótico de 3x. Já a câmera frontal tem 32 MP e fica em um buraco minúsculo na parte superior central da tela.

As principais funções que não estão disponíveis no S20 FE, em comparação com seus irmãos mais caros, são uma câmera principal de maior resolução (64 MP versus 12 MP) e a traseira de vidro – o S20 FE usa um plástico de policarbonato.

Em troca, o S20 FE vem em uma grande variedade de cores, incluindo azul-marinho, vermelho, lavanda, menta, branco e laranja. Infelizmente, o S20 FE não tem entrada P2 para fone de ouvido, mas isso não surpreende, considerando que nenhum dos carros-chefe da Samsung em 2020 oferece essa característica.

Samsung anuncia Galaxy S20 Fan Edition. Crédito: SamsungCrédito: Samsung

Além disso, ao contrário do Galaxy Note 20 Ultra, a tela de 120 Hz do S20 FE não suporta uma taxa de atualização variável, então você escolhe entre 60 Hz ou 120 Hz fixos.

Pode ser meio difícil ficar animado com um telefone cujo principal argumento de venda é um preço menor. Contudo, o S20 FE é exatamente o aparelho que a Samsung precisa no momento.

Quando a Apple lançou o iPhone 11 padrão por US$ 700, que é US$ 50 a menos que o preço de lançamento do iPhone XR de US$ 750, a companhia tem liderado a corrida no mercado de smartphones premium, mas com preços médios acessíveis. Isso ficou ainda mais evidente com a chegada do iPhone SE, que mantém o design de iPhones antigos, mas traz um processador e recursos de modelos mais atuais.

Samsung anuncia Galaxy S20 Fan Edition. Crédito: SamsungCrédito: Samsung

Com o Galaxy S20 FE, a Samsung está finalmente preenchendo uma lacuna entre o Galaxy A71 de US$ 600 e o Galaxy S20 de US$ 1.000, trazendo um telefone que oferece boas especificações, um design elegante (e bastante colorido) e boa parte das funções sofisticadas que até então só estavam disponíveis em seu irmãos mais caros. Não que isso se aplique ao Brasil, né? Afinal, o A71 tem preço médio de R$ 2.000, e o Galaxy S20 mais básico sai por R$ 3.500.

Então, se você estava pensando em comprar um smartphone mais em conta, só que com jeitão de aparelho premium, talvez você queira esperar algumas semanas até o lançamento do Galaxy S20 FE. A pré-venda começa já nesta quarta-feira (23) nos Estados Unidos, com disponibilidade para o dia 2 de outubro.

Ainda não há previsão de chegada do Galaxy S20 FE no Brasil, mas o aparelho já foi homologado pela Anatel.

Samsung Galaxy S20 Fan Edition – Ficha técnica:

  • Tela: Super AMOLED de 6,5 polegadas, Full HD+ (2.400 x 1.080 pixels), taxa de atualização de até 120 Hz e Infinity-O
  • Processador: Samsung Galaxy Exynos 990 (4G) ou Qualcomm Snapdragon 865 (5G)
  • Memória RAM: 6 GB ou 8 GB
  • Armazenamento: 128 GB e 256 GB, expansível por cartão microSD de até 1 TB
  • Câmera traseira tripla: principal de 12 MP (f/1.8); ultrawide de 12 MP (f/2.2); teleobjetiva de 8 MP (f/2.0) com zoom óptico de 3x
  • Câmera frontal: 32 MP(f/2.2)
  • Bateria: 4.500 mAh, com carregamento rápido de até 25 W e suporte a recarga wireless
  • Sistema operacional: Android 10 (One UI 2.5)
  • Conectividade: porta USB-C, 4G, 5G, Bluetooth 5.0, Wi-Fi, NFC, MST e GPS
  • Dimensões: 74,5 x 159,8 x 8,4 mm
  • Peso: 190 gramas

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Uma TV velha causou lentidão na internet de uma vila por 18 meses e ninguém sabia

Posted: 23 Sep 2020 06:05 AM PDT

Técnicos encontram estranha interferência em aparelho antigo de TV. Crédito: pxhere/CC

Uma vila rural no País de Gales vinha sofrendo com interrupções e lentidão de internet há 18 meses. Até então, mesmo com manutenções periódicas, ninguém sabia ao certo o que estaria causando tanta interferência, confundindo os técnicos responsáveis pela rede. O que ninguém poderia imaginar é que tudo se resolveria ao desligar um aparelho de TV específico na casa de um morador.

Na última terça-feira (22), o provedor de banda larga Openreach, do Reino Unido, explicou em um comunicado que todas as manhãs, por volta das 7h, os residentes da vila de Aberhosan enfrentavam problemas para se conectar à internet. Mesmo quando conseguiam fazer login, o tempo de carregamento ficava lento. De acordo com o provedor, os engenheiros foram chamados na área em várias ocasiões, apenas para descobrir que a rede estava funcionando normalmente. A empresa chegou a substituir alguns cabos, mas ainda assim, nada foi resolvido.

Michael Jones, engenheiro da Openreach, explicou que, "como último recurso", uma equipe visitou a vila para testar a interferência elétrica. "Usando um dispositivo chamado Analisador de Espectro, caminhamos por toda a vila, sob uma chuva torrencial às 6h, para ver se poderíamos encontrar um ‘ruído elétrico’ para apoiar nossa teoria, E às 7h da manhã aconteceu! Nosso dispositivo detectou uma grande explosão de interferência elétrica na aldeia", disse.

A equipe rastreou o sinal até uma residência e descobriu que o morador tinha uma TV envelhecida que estava produzindo interferência elétrica conhecida como SHINE (algo como Ruído de Impulso Único de Alto Impacto). O dono da TV tinha o hábito de ligá-la todas as manhãs às 7h, ao começar o dia. "Quando identificamos o residente, ficamos surpresos com o fato de que sua velha TV de segunda mão era a causa dos problemas de banda larga de uma vila inteira, e concordaram em desligá-la imediatamente e não usá-la novamente", afirmou Jones.

A rede da Openreach ainda opera no padrão ADSL, que já está defasado comparado a outras tecnologias, mas já existem planos para implantar fibra óptica ainda este ano. SHINE é um tipo de interferência que atinge as frequências utilizadas pelo ADSL. Quando um dispositivo é ligado, uma explosão de frequências é emitida, podendo colocar dispositivos offline ou causar velocidades reduzidas.

Embora o SHINE seja um evento único que ocorre ao desligar e ligar um determinado aparelho, ele pode resultar em falhas nos circuitos DSL e perda de sincronização.

A operadora britânica Zen tem algumas dicas para identificar o SHINE por conta própria usando um rádio na faixa AM. "Qualquer coisa com componentes elétricos – de luzes externas a micro-ondas e câmeras de segurança – pode ter um impacto em sua conexão de banda larga", explicou Suzanne Rutherford, engenheira-chefe da Openreach para o País de Gales.

E embora seja incomum ouvir sobre o impacto da internet de uma vila inteira, no passado vimos casos semelhantes de grandes problemas causados ​​por pequenos dispositivos. Em 2004, os operadores de um radiotelescópio na Virgínia Ocidental rastrearam a interferência de banda larga em uma almofada térmica com defeito. Em 2015, um telescópio na Holanda sofreu interferência quando a porta de um forno de micro-ondas foi aberta antes que o magnétron (válvula eletrônica que funciona como um oscilador na faixa do espectro eletromagnético do aparelho) fosse automaticamente desligado pelo cronômetro.

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O discman está de volta — e agora funciona com AirPods

Posted: 23 Sep 2020 05:36 AM PDT

De acordo com a Recording Industry Association of America, as vendas de discos de vinil ultrapassaram as de CDs pela primeira vez desde os anos 80. O que é mais surpreendente é que as pessoas ainda estão comprando CDs. Se você é um dos consumidores leais que se recusam a deixar o formato morrer, agora existe um CD player portátil (ou discman, como a gente costumava chamar aqui no Brasil) que funciona com fones de ouvido sem fio — quer dizer, se é que você não se recusa a usar esta outra modernidade da tecnologia musical.

Apesar dos inconvenientes de ter que carregar uma pasta cheia de discos de plástico e ser forçado a comprar álbuns inteiros quando você está interessado apenas em uma música, existem algumas vantagens em comprar suas músicas em CDs, como qualidade de som, já que as músicas dos serviços de streaming frequentemente são muito compactadas. Além disso, você nunca terá que se preocupar em estourar a franquia do seu plano de celular em um CD player portátil. Como pouquíssimas empresas fazem aparelhos, o NINM Labs decidiu preencher esse vazio.

O Long Time No See (sim, este é o nome dele) foi inspirado nos anos 90, segundo seus criadores. Ele tem uma caixa de plástico transparente que revela o disco giratório em seu interior, bem diferente dos aparelhos como o Sony Discman, que eram dispositivos finos e elegantes.

Imagem: NINM Labs

Em comparação, o Long Time No See é meio desajeitado e volumoso, e você definitivamente terá dificuldade para colocá-lo no bolso. No entanto, ele inclui alguns recursos que empresas como a Sony nunca foram capazes de incorporar em seus produtos. Em vez de uma tampa articulada, a parte superior do Long Time No See pode ser completamente removida e substituída por um alto-falante compacto, transformando o dispositivo em um boombox em miniatura.

Ele também conta com Bluetooth integrado, podendo ser conectado a um alto-falante sem fio ou a fones de ouvido sem fio. Se você prefere um som melhor e uma experiência autêntica dos anos 90, ele também tem uma saída para conectar fones com fio.

Imagem: NINM Lab

Outras comodidades modernas incluem poder recarregar as duas pilhas AA ​​usando uma porta microUSB, que também pode ser conectada a uma fonte de alimentação externa se você estiver montando o reprodutor Long Time No See usando os ímãs integrados em sua caixa externa. Se os álbuns de 12 faixas são uma parte dos anos 90 que você gostaria de esquecer, ele também pode ler discos graváveis ​​com centenas de arquivos MP3, .

Você não pode comprar o Long Time No See ainda, no entanto. Seus criadores, o NINM Lab, lançaram uma campanha Kickstarter para ajudar a colocá-lo em produção e, dado que até mesmo grandes empresas como a Apple estão enfrentando desafios para fazer com que os produtos sejam enviados a tempo, é melhor ter calma e paciência com produtos de financiamento coletivo. Vale dizer que o NINM Lab tem alguns crowdfundings bem-sucedidos em seu histórico.

Por US$ 90, você pode encomendar o Long Time No See com entrega prevista para o início de dezembro, embora isso pareça ser otimista. Se atrasar, pelo você terá mais tempo para revirar o porta-malas do carro para encontrar sua coleção de CDs que estava esquecida lá.

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[Review] PocketBook Color e Hisense A5C: como são os primeiros aparelhos com tela e-ink colorida

Posted: 23 Sep 2020 04:09 AM PDT

PocketBook Color e Hisense A5C. Crédito: Andrew Liszewski/Gizmodo

Os e-readers sobreviveram à chegada do iPad e de outros tablets. E não foi só isso: eles seguem inovando. O ano de 2020 marca a chegada das primeiras telas coloridas da E Ink. Elas estão presentes em produtos como o PocketBook Color e Hisense A5C. Como a maioria dos produtos de primeira geração, eles estão longe de serem perfeitos, mas prometem tornar os leitores eletrônicos uma alternativa mais atraente aos tablets LCD.

A tecnologia da E Ink é fundamentalmente diferente de como as telas LCD e OLED funcionam. Ela oferece algumas vantagens exclusivas que permitiram que dispositivos como o Amazon Kindle e o Rakuten Kobo mantivessem sua popularidade, como baterias de duração incrível e visibilidade total sob a luz solar direta, que tornam o Kindle mais interessante do que o seu iPad para levar para a praia.

Mas a E Ink também tem suas desvantagens — a mais óbvia delas é a limitação a apenas preto e branco. As empresas têm trabalhado no desenvolvimento de telas e-ink coloridas há anos. Uma dessas tentativas foi da Qualcomm, cujos visores Mirasol inspirados em asas de borboleta tiveram um lançamento muito limitado em 2012 e desapareceram rapidamente.

Hoje, a maior fabricante de telas de papel eletrônico é a E Ink, cuja tecnologia de tela de baixo consumo é encontrada na grande maioria dos e-readers e e-notes disponíveis no mercado. Nos últimos dois anos, a empresa tem mostrado um pouco das versões coloridas de suas telas de papel eletrônico. No início deste ano, na CES 2020, a E Ink revelou que sua tecnologia de cores finalmente estaria disponível para os consumidores este ano.

Hisense A5C

Podemos dizer que o primeiro dispositivo colorido da E Ink disponível para as massas foi o smartphone Hisense A5C.

Apresentando uma versão de 5,84 polegadas da nova tela colorida Kaleido da E Ink, no papel o Hisense A5C parecia uma alternativa promissora aos smartphones da Samsung e da Apple que lutam para passar um dia com uma única carga.

O uso de uma tela E Ink ajuda a bateria de 4.000 mAh do Hisense A5C a manter o telefone funcionando por até duas semanas, o que é impressionante, mas as limitações da tela acabam relegando tornando o aparelho mais uma curiosidade do que algo que você quer realmente usar.

Alimentado por um processador Snapdragon 439 com 4 GB de RAM e rodando o Android 9, o A5C é bem fraquinho. A tela da E Ink, embora ofereça grande legibilidade à luz do sol, tem uma taxa de atualização proibitivamente lenta: uma desvantagem comum e conhecida das telas e-ink.

Você pode alternar entre o modo Clear e o modo Smooth, que prioriza a velocidade em que a tela é atualizada em relação à qualidade do que é exibida (minimizando os artefatos visuais geralmente deixados para trás quando a imagem muda), mas nenhuma das opções é ideal.

O que atrapalha ainda mais a usabilidade do A5C é sua tela, que acaba ofuscada pelo brilho e com cores desbotadas.

Por menos de US$ 300, o A5C não é terrivelmente caro, mas como a Hisense está sediada na China, isso significa que o smartphone Android chega sem acesso à Google Play Store e aplicativos do Google como o Chrome ou Maps.

Encontrar aplicativos que não sejam as opções incluídas (que geralmente apresentam suas interfaces em chinês) requer que você passe por muitos obstáculos e instale lojas de aplicativos de terceiros. Já existem smartphones de e-paper melhores, incluindo o próprio A5 PRO CC da Hisense.

Pocketbook Color

Por enquanto, se você quiser a melhor experiência em telas coloridas e-ink, é melhor você ficar com um e-reader: o PocketBook Color, verdadeiro foco deste teste.

Por mais que o Hisense A5C tenha me deixado desapontado com a nova tecnologia de tela colorida da E Ink, o PocketBook Color de US$ 230 me deixou animado com isso novamente. Os e-readers da PocketBook não são tão conhecidos nos Estados Unidos, onde dispositivos como o Amazon Kindle detêm a maior parte do mercado, mas em outros lugares do mundo seus dispositivos são populares por serem acessíveis, repletos de recursos e compatíveis com quase qualquer tipo de arquivo de e-book que você jogar neles.

Pocketbook ColorA tela E Ink Kaleido do PocketBook tem melhor aparência sob iluminação forte, com cores particularmente marcantes e saturadas sob luz solar intensa. Foto: Andrew Liszewski/Gizmodo

O PocketBook Color apresenta uma versão de seis polegadas da nova tela colorida Kaleido da E Ink e, como não está escondido atrás de um painel brilhante reflexivo, as cores parecem brilhantes, saturadas e são uma experiência completamente diferente do Hisense A5C. Ver as cores pela primeira vez em um e-reader que foi limitado apenas a preto e branco por mais de 15 anos é uma experiência nova.

No entanto, em sua forma atual, a tecnologia colorida E Ink ainda não consegue competir com a fidelidade de cores de LCDs ou OLEDs. Mesmo um tablet barato tem uma tela que pode reproduzir mais de 16 milhões de cores. A Kaleido da E Ink é limitada a apenas 4.096 — ou cerca de 0,02% das cores de uma imagem colorida de 8 bits.

Pocketbook Color. Crédito: Andrew Liszewski/GizmodoA resolução das imagens coloridas e do texto é limitada a 100 PPI. Portanto, ao tentar ler histórias em quadrinhos, você precisará ampliar e girar bastante as imagens na tela de seis polegadas. Foto: Andrew Liszewski/Gizmodo

Mas a falta de fidelidade de cores não é o maior problema com as primeiras telas coloridas da E Ink. A tela de seis polegadas resolução de 1.072 x 1.448 pixels, ou 300 PPI, a mesma da tela do Kindle Oasis. Só que isso só vale ao visualizar texto ou imagens em preto e branco. Ao visualizar imagens coloridas ou texto colorido, a resolução cai para apenas 100 PPI, o que é muito menos do que até mesmo o Kindle básico, que tem uma tela de 167 PPI.

Isso não é um problema ao ler livros com imagens ou ilustrações: o texto será exibido em 300 PPI enquanto apenas a resolução das partes coloridas será reduzida. Isso se torna um problema ao visualizar arquivos PDF que incluem texto não editável armazenado como imagens, bem como quadrinhos.

Se você já sofreu ao ler uma história em quadrinhos em um e-reader com tela em preto e branco, o PocketBook Color é uma experiência completamente diferente e muito superior. Até mesmo os quadrinhos de paleta de cores reduzida parecem ótimos, mas você vai ter que ficar dando zoom até deixar o texto grande o suficiente para ler, o que não é a experiência mais rápida ou suave, já que o PocketBook Color vem com processador dual-core de 1 GHz e apenas um 1 GB de RAM.

Kobo ao lado de Pocketbook Color
O PocketBook Color inclui uma luz frontal de LED, mas ao contrário de outros e-readers, não pode ser ajustado para uma cor mais quente para uma leitura confortável à noite. Ela permanece com uma tonalidade fria para ajudar a reprodução de cores da tela da E Ink a permanecer o mais precisa possível. Crédito: Andrew Liszewski/Gizmodo

Pocketbook ColorA luz frontal do PocketBook Color tende a desbotar as cores na tela E Ink. A melhor experiência de visualização vem com uma sobrecarga de luz brilhante, como ao ar livre em um dia ensolarado. Crédito: Andrew Liszewski/Gizmodo

O PocketBook Color inclui uma luz frontal ajustável, mas ao contrário de e-readers como o Kobo Clara HD, a temperatura dela não pode ser ajustada para uma configuração mais quente para leitura à noite. Ele permanece em um branco frio (com um tom ligeiramente azulado) em todos os momentos para garantir a precisão das cores, mas a luz frontal tende a desbotar a tela E Ink Kaleido.

Eu descobri que a experiência de visualização ideal para o E Ink colorido é sob iluminação forte com luz própria do aparelho desligada, especialmente ao ar livre em um dia ensolarado. Mesmo em uma sala bem iluminada, as cores não se destacam ou não parecem tão saturadas como quando uma fonte de luz brilha diretamente na tela.

Revista no Pocketbook ColorRevistas ficam ótimas no PocketBook Color, apesar de sua fidelidade de cores limitada, mas a tela pequena do dispositivo e a resolução reduzida ao visualizar imagens coloridas também dificultam na hora de navegar e ler.Crédito: Andrew Liszewski/Gizmodo

Ainda acho que as telas coloridas da E Ink serão ótimas para ler conteúdo como revistas e gibis, mas não em um dispositivo como este com uma tela de seis polegadas relativamente pequena. Um e-reader colorido do tamanho de um tablet ficaria muito melhor.

Então, para quem é o PocketBook Color? Se você ainda não investiu muito dinheiro em uma livraria online como a Amazon ou a Rakuten e prefere adquirir seus materiais de leitura em outros lugares, é definitivamente um leitor eletrônico que vale a pena considerar.

Ele suporta 21 formatos de e-book, documentos e imagens, bem como arquivos de áudio e MP3 se você preferir ouvir podcasts ou audiolivros por meio de fones de ouvido com fio usando um adaptador microUSB ou sem fio via Bluetooth.

Ele tem um pouco de dificuldade com PDFs e arquivos de quadrinhos maiores, mas por outro lado, sua interface é ágil, e é bem rápido de navegar por e-books usando gestos de deslizar ou os botões. Ele ainda vem com um punhado de aplicativos, incluindo um navegador básico da web, uma calculadora, um leitor de notícias RSS, notas, desenhos básicos e até mesmo uma pequena variedade de jogos como xadrez e paciência.

Se você não o estiver usando para ler revistas ou quadrinhos, a tela colorida pode parecer inútil, mas ver as miniaturas de capas de todos os livros que carregou em cores é muito mais esteticamente agradável do que as versões em preto e branco. Os livros infantis cheios de ilustrações também são mais envolventes no PocketBook Color e tendem a ser alguns dos conteúdos mais bonitos do dispositivo, graças ao uso de cores fortes e desenhos mais simples.

Ainda falta muita inovação para que as telas coloridas da E Ink sejam de fato concorrentes dos tablets. Telas maiores, um aumento na resolução, mais fidelidade de cores e uma maneira de aumentar as taxas de atualização serão necessários antes que empresas como a Apple comecem a se preocupar com esse tipo de produto. Mas mesmo que a tecnologia permaneça relegada a dispositivos projetados apenas para leitura, ainda é um upgrade tão bem-vindo quanto as primeiras TVs em cores.

Leia-me

  • O papel eletrônico finalmente está disponível em cores, eba!
  • Oferece os mesmos benefícios dos visores de papel eletrônico em preto e branco, incluindo baixo consumo de energia e excelente visibilidade sob luz forte.
  • A fidelidade de cores é limitada a apenas 4.096 cores, enquanto uma imagem padrão de 8 bits pode ser composta por mais de 16 milhões de cores diferentes.
  • A resolução de texto e imagens coloridas também é limitada a apenas 100 PPI, enquanto o PocketBook Color pode exibir texto e imagens em preto e branco a 300 PPI
  • As cores tendem a perder a saturação quando iluminadas com luzes frontais de LED ou quando a tela colorida E Ink é coberta com uma camada superior brilhante. A experiência de visualização ideal envolve uma sobrecarga de luz brilhante, de preferência o sol.
  • Quadrinhos e revistas ficam ótimos em uma tela colorida do E Ink, mas lê-los é um desafio em um e-reader como o PocketBook Color com uma tela de seis polegadas. As telas coloridas E Ink são mais adequadas para dispositivos maiores, do tamanho de tablets.

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