domingo, 4 de outubro de 2020

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Precursor milenar do aço inox é encontrado no Irã e surpreende arqueólogos

Posted: 04 Oct 2020 03:06 PM PDT

Acredita-se que o aço cromado, também conhecido como inox, seja uma inovação recente nos processos de fabricação da humanidade, mas novas evidências sugerem que os antigos persas descobriram uma versão precursora dessa liga há cerca de 1.000 anos, o que é uma surpresa para os arqueólogos.

Os antigos persas estavam forjando ligas feitas de aço cromado já no século 11 d.C., de acordo com uma nova pesquisa publicada na semana passada no Journal of Archaeological Science. Esse aço provavelmente era usado para produzir espadas, adagas, armaduras e outros itens, mas esses metais também continham fósforo, o que os tornava frágeis.

"Este aço cadinho em particular feito em Chahak contém cerca de 1% a 2% de cromo e 2% de fósforo", disse Rahil Alipour, principal autora do novo estudo e arqueólogo da University College London, por e-mail.

Arqueólogos e historiadores estavam, até este ponto, bastante certos de que o aço cromado (não confundir com cromo, que é outra coisa) tinha sido uma invenção recente. E, de fato, o aço inoxidável como o conhecemos hoje foi desenvolvido no século 20 e contém muito mais cromo do que o produzido pelos antigos persas. Alipour disse que o antigo aço cromado persa “não seria inoxidável”.

Dito isso, o novo artigo “fornece as evidências mais antigas para a adição consistente e intencional de um mineral de cromo, mais provavelmente cromita, à carga de aço cadinho — resultando na produção intencional de um aço com baixo teor de cromo”, escreveram os pesquisadores em seu estude.

Uma tradução de manuscritos persas medievais levou a equipe de pesquisa a Chahak, um sítio arqueológico no sul do Irã. Chahak costumava ser um importante centro de produção de aço, e é o único sítio arqueológico no Irã com evidências da fabricação de aço cadinho, em que o ferro é adicionado a longos cadinhos tubulares, junto com outros minerais e matéria orgânica, que são então selados e aquecidos em uma fornalha. Após o resfriamento, um lingote é removido quebrando o cadinho. Essa técnica foi de vital importância entre muitas culturas, incluindo os vikings.

"O aço cadinho em geral é um aço de alta qualidade", disse Alipour. "Não contém impurezas e é muito adequado para a produção de armas, armaduras e outras ferramentas."

Um manuscrito chave usado no estudo foi escrito pelo polímata persa Abu-Rayhan Biruni, que data do século 10 ou 11 d.C. Intitulado “al-Jamahir fi Marifah al-Jawahir” (traduzido como “Um Compêndio para Conhecer as Gemas”), o manuscrito oferecia instruções para forjar o aço do cadinho, mas incluía um composto misterioso chamado rusakhtaj (que significa “o queimado”), que os pesquisadores interpretaram e posteriormente identificaram como sendo uma areia de cromita.

Resto de cadinho contendo um pedaço de escória embutido. Imagem: Rahil Alipour / UCL Archaeology

Escavações em Chahak resultaram na descoberta de carvão residual na escória (resíduos que sobram após a separação do metal) do cadinho antigo. A datação por radiocarbono deste carvão resultou em uma faixa de datas entre os séculos 10 e 12 d.C. Um microscópio eletrônico de varredura foi usado para analisar as amostras de escória, revelando vestígios de cromita mineral. Finalmente, uma análise das partículas de aço encontradas na escória sugere que o aço do cadinho Chahak continha entre 1% a 2% de cromo por peso.

"O aço cadinho feito com cromo em Chahak é o único do gênero conhecido por conter esse metal, elemento que reconhecemos como importante para a produção de aços modernos, como o aço ferramenta e o aço inox", explica Alipour. "O aço cadinho de cromo de Chahak teria sido semelhante em termos de propriedades ao aço ferramenta moderno" e o "teor de cromo teria aumentado a resistência e a temperabilidade, propriedades necessárias para fazer ferramentas".

Uma grande variedade de objetos persas de aço cadinho pode ser encontrada em museus ao redor do mundo, disse ela, e já sabemos que essa liga era usada para fazer armas afiadas, armaduras, objetos de prestígio e outras ferramentas. Chahak também é citada em manuscritos históricos como um lugar onde as lâminas e espadas de cadinho eram feitas, mas os relatos “também mencionam que as lâminas foram vendidas a um preço muito alto, mas eram quebradiças, então perderam seu valor”.

O fósforo, também detectado durante a análise, foi adicionado para reduzir o ponto de fusão do metal, mas também para reduzir alguma tenacidade, o que posteriormente fragilizou o metal.

Um grande pedaço de aço preso na escória do cadinho. Imagem: Rahil Alipour / UCL Archaeology

Apesar disso, a descoberta aponta para uma tradição persa específica de fabricação de aço, que é em si bastante importante. Até onde os autores sabem, o conteúdo específico de cromo visto no aço de Chahak pode ser usado para distingui-lo de outros artefatos.

"As evidências anteriores de aço cadinho, estudadas por acadêmicos, pertencem a centros de produção na Índia, Sri Lanka, Turcomenistão e Uzbequistão", disse Alipour. "Nenhum destes apresenta qualquer vestígio de cromo. Portanto, o cromo como um ingrediente essencial da produção de aço cadinho de Chahak não foi identificado em nenhuma outra indústria desse material conhecida até agora." Ao que ela acrescentou: "Isso é muito importante, pois agora podemos procurar esse elemento em objetos de aço cadinho e rastreá-los de volta ao seu centro de produção ou método."

Para tanto, os pesquisadores esperam trabalhar com especialistas de museus para compartilhar suas descobertas e ajudar na datação e identificação de objetos com esta assinatura única de aço cromado.

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Google encerra de vez sua plataforma Daydream de realidade virtual

Posted: 04 Oct 2020 11:33 AM PDT

Se você é uma das poucas pessoas que ainda usa a plataforma Daydream VR do Google, sinto dizer que ela está oficialmente morta. (Se você não sabia que o Daydream existia, tudo bem. Eu também tinha esquecido.) Como observado pelo Android Authority, o Google lançou recentemente uma atualização de serviço para o Daydream avisando que o software não terá mais suporte.

"Você ainda pode acessar o serviço, mas ele não receberá mais atualizações de software ou segurança", disse a página de suporte. "O aplicativo Daydream VR não é mais compatível com o Google e pode não funcionar corretamente em alguns dispositivos com Android 11 ou posterior."

Alguns comentários recentes na página da plataforma na Google Play Store mostram usuários que estão tendo dificuldade para iniciar o Chrome no Daydream, bem como um que confirma que ele não funciona com a atualização mais recente do Android 11. O aviso já havia sido dado há muito tempo, entretanto.

Em outubro passado, a VentureBeat relatou que o Google iria descontinuar o suporte para o Daydream começando com o Pixel 4 e Pixel 4 XL. A empresa também parou de vender headsets VR no mesmo dia. O Pixel 3a e o Pixel 3a XL foram enviados sem suporte para o Daydream VR em maio de 2019, e o Google também removeu o app Play Filmes e TV para Daydream em junho de 2019. O Hulu encerrou o suporte para a plataforma em setembro de 2019.

"Com o tempo, notamos algumas limitações claras que impediam a realidade virtual de smartphone de ser uma solução viável de longo prazo", disse um porta-voz do Google à VentureBeat. "Também não houve a adoção ampla dos consumidores ou dos desenvolvedores que esperávamos e vimos uma redução no uso do headset Daydream View ao longo do tempo."

A realidade virtual nos smartphones sempre pareceu meio desajeitada e sem sentido desde o início. Muitos headsets como o Daydream exigiam que os usuários colocassem seus celulares dentro do aparelho para ele ficar perto dos olhos e criar um efeito "imersivo". (Não, eu não tenho interesse em visitar uma versão virtual do armário da Kendall Jenner, muito obrigado.)

Headsets como o Oculus, o Vive e outros têm se saído melhor ao longo dos anos porque têm telas integradas e são compatíveis com jogos de realidade virtual de PC e de console, que são experiências muito mais completas. Estou surpresa que o Daydream tenha aguentado por tanto tempo, honestamente. O Google também tinha um headset Daydream VR autônomo, mas esse também não se saiu muito bem, obviamente.

De acordo com um relatório recente do Statista, os dispositivos de realidade virtual como um todo não "alcançaram os mesmos níveis de popularidade generalizada de alguns outros dispositivos eletrônicos de consumo, possivelmente devido às suas opções de uso atualmente limitadas".

Por exemplo, a Sony vendeu 4,2 milhões de óculos PlayStation VR em março de 2019, de acordo com o Ars Technica, desde o lançamento do dispositivo em outubro de 2016. Em comparação, a Sony vendeu 94,2 milhões de PS4 até março de 2019. Isso significa cerca de 4,4% dos proprietários de PS4 também comprou um PSVR.

A pesquisa de hardware e software do Steam de setembro de 2020 diz que só 1,88% dos usuários da plataforma possuem um headset VR. De cerca de 90 milhões de usuários ativos, isso dá uma estimativa generosa de 1,69 milhão. A pesquisa não revela quantos usuários realmente respondem à pesquisa a cada mês, então esse número pode ser bem menor.

Outros fabricantes de aparelhos de realidade virtual podem estar tendo mais sucesso do que o Google, mas está claro que esse setor teve dificuldade em acompanhar outras plataformas de entretenimento e jogos em geral.

Os headsets são volumosos e pesados, causam enjoo em algumas pessoas e não podem acomodar pessoas que usam óculos, uma vez que qualquer tipo de óculos impede que o aparelho caiba no rosto do usuário. Todas essas coisas contribuíram para a lenta adoção da realidade virtual.

Eu mesma tenho esses três problemas, sem mencionar que alguns não têm uma distância interpupilar (DIP) estreita o suficiente para acomodar meus olhos. Existem problemas de acessibilidade inerentes aos headsets de RV e, até que sejam corrigidos, muitas, muitas pessoas não conseguirão usá-los.

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Usuários dizem que bateria do iPhone acaba muito rápido depois da atualização para o iOS 14

Posted: 04 Oct 2020 10:00 AM PDT

O novo iOS 14 da Apple trouxe aos usuários do iPhone um monte de novidades legais. Mas não se pode ter maravilhas sem alguns bugs. Então, se você notou recentemente que seu aparelho parece ter um grande consumo de bateria após a atualização, saiba que não é só você. E fique tranquilo, há uma maneira de consertar, mas vai exigir paciência.

Nos últimos dias, alguns usuários da Apple relataram que a vida útil da bateria de seus telefones foi bastante reduzida com o iOS 14. O iPhone não foi o único a passar por problemas. Algumas pessoas também reclamaram de seus Apple Watches após a atualização para o watchOS 7, que foi lançado em meados de setembro junto com o iOS 14.

De acordo com o MacRumors, os usuários do relógio relataram problemas com os dados do GPS, que não estavam sendo registrados corretamente durante as atividades, bem como o consumo da bateria.

A Apple lançou um documento de suporte abordando o problema esta semana. No documento, a empresa revelou que, na verdade, havia muitos outros defeitos possíveis que os usuários poderiam ter com seus iPhones e Apple Watches.

Aparentemente, nenhum desses bugs foi corrigido com a atualização recente 14.0.1, que abordou coisas como garantir que as preferências dos usuários para navegador e aplicativo de e-mail fossem mantidas e corrigir as imagens no widget Notícias, entre outros.

Aqui está o que a Apple tem a dizer sobre seu iPhone e como resolver os problemas:

Depois de atualizar para iOS 14.0 e watchOS 7.0, você pode notar que:

– Seus mapas de rota de treino não aparecem no aplicativo Fitness no iPhone para exercícios anteriores habilitados para GPS do seu Apple Watch.
– Os aplicativos de atividade, frequência cardíaca ou outros relacionados à saúde falham ao iniciar ou carregar dados no seu Apple Watch.
– O aplicativo Fitness ou Health não consegue iniciar ou carregar dados no seu iPhone.
– O aplicativo Health ou Fitness está relatando uma quantidade imprecisa de armazenamento de dados em seu iPhone.
– O aplicativo Activity está relatando uma quantidade imprecisa de armazenamento de dados em seu Apple Watch.
– Os dados dos níveis de som do ambiente ou os dados dos níveis de áudio do fone de ouvido do Apple Watch estão faltando no aplicativo Saúde do iPhone.
– Maior consumo de bateria do iPhone ou Apple Watch.

E embora a Apple tenha fornecido uma solução no documento, não é exatamente rápido e fácil. De acordo com a empresa, se os usuários tiverem dois ou mais dos problemas acima, eles terão que desemparelhar o relógio e o telefone, fazer o backup, apagá-los e restaurá-los usando o backup.

Se você tiver esses problemas com seus dispositivos, pode encontrar instruções passo a passo da Apple sobre como corrigi-los aqui (o texto está em inglês). Esperamos que a Apple conserte isso em sua próxima atualização e economize o tempo das pessoas.

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Congresso dos EUA vai ouvir CEOs de Twitter, Facebook e Google para discutir lei que rege redes sociais

Posted: 04 Oct 2020 06:52 AM PDT

mark zuckerberg, ceo do facebook, em audiência no congresso americano. ele parece estar com uma expressão contrariada.

Menos de uma semana antes da eleição presidencial dos EUA de 2020, três dos maiores nomes da tecnologia — o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg; o CEO do Google, Sundar Pichai; e o CEO do Twitter, Jack Dorsey — testemunharão perante o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado sobre uma antiga lei que protege os sites da responsabilidade pelo conteúdo gerado pelos usuários.

O comitê votou por unanimidade para intimar os executivos na quinta-feira (1º). Eles devem testemunhar em 28 de outubro, de acordo com assessores do comitê que falaram com o Politico na sexta-feira (2) sob condição de anonimato. Embora as intimações estejam prontas para sair, elas não serão emitidas formalmente porque os CEOs concordaram voluntariamente em comparecer ao comitê, disse um assessor à reportagem.

Seus depoimentos abordarão a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, um escudo legal fundamental que protege as empresas de tecnologia, grandes e pequenas, da responsabilidade pela maior parte do conteúdo que seus usuários postam nas redes.

Codificada há mais de 20 anos, a Seção 230 se tornou um ponto crítico nos últimos anos para ambos os partidos políticos.

Os republicanos, incluindo o presidente Donald Trump, alegam sem evidências que as principais empresas de tecnologia censuram discretamente o conteúdo conservador.

Já os democratas argumentam que os sites deveriam perder inteiramente as proteções da Seção 230 para hospedagem de anúncios políticos enganosos, entre outros crimes. De acordo com o Politico, a audiência também abordará "privacidade de dados e consolidação de mídia".

A data da audiência, que cai apenas seis dias antes da acirrada eleição presidencial de novembro, foi alcançada após longas deliberações, disse um assessor do comitê. Os CEOs inicialmente pressionaram por uma data mais distante, mas depois que os membros republicanos do comitê se recusaram, eles concordaram em testemunhar voluntariamente se a votação de autorização de intimação fosse aprovada.

"Na véspera de uma eleição importante e altamente carregada, é imperativo que este comitê de jurisdição e o povo americano recebam uma prestação de contas completa dos chefes dessas empresas sobre suas práticas de moderação de conteúdo", disse o presidente do comitê, senador Roger Wicker, disse durante a sessão de quinta-feira, de acordo com o Wall Street Journal.

Ambos os partidos políticos estão defendendo mudanças integrais na legislação. Algumas propostas que ganharam apoio de ambos os lados do corredor incluem revisões para responsabilizar as empresas de tecnologia por conteúdo gerado por usuários envolvendo exploração infantil ou ameaças de violência, de acordo com a Bloomberg Businessweek. O PACT Act, um projeto de lei que obrigaria as empresas de tecnologia a ser mais transparentes sobre suas políticas de moderação e remover conteúdo ilegal, também obteve apoio bipartidário.

Esta será a segunda vez neste ano que os principais executivos do setor de tecnologia testemunharão perante o Congresso. Há alguns meses, os chefes da Amazon, Apple, Google e Facebook compareceram ao Comitê Judiciário da Câmara para tratar de questões federais antitruste.

[Politico]

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