sábado, 5 de dezembro de 2020

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Astrônomos confirmam que objeto misterioso é parte de foguete lançado em 1966

Posted: 05 Dec 2020 12:58 PM PST

Depois de meses de especulação, uma equipe liderada por Vishnu Reddy, um professor associado do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, confirmou que o objeto 2020 SO é o estágio superior do propulsor de um foguete Centaur, conforme relata a NASA.

É uma descoberta divertida, mas como Reddy explicou em uma entrevista por telefone, a capacidade de detectar tais objetos tem importância científica e prática.

"Conforme a humanidade se expande no espaço, veremos muitos objetos que são artificiais em órbitas heliocêntricas [orbitando o Sol]", disse ele. "É essencial que saibamos o que está vindo em nossa direção, se é artificial ou natural." Ao que acrescentou: "Todo este processo mostra que é possível identificar algo que foi lançado há 54 anos."

Timelapse de 91 quadros mostrando o propulsor perdido do foguete entre os dias 1º e 2 de dezembro de 2020. As piscadas indicam sua queda. GIF: Gianluca Masi, um astrônomo do Virtual Telescope Project 2.0

O 2020 SO foi detectado em agosto por astrônomos que trabalham com a pesquisa Pan-STARRS1 em Maui, Havaí. Logo eles perceberam que o objeto era artificial pois viajava em uma órbita considerada incomum para asteroides.

Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS, na sigla em inglês) do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, fez alguns cálculos inteligentes para reconstituir sua trajetória recente. Dessa forma, ele descobriu que ele passou bem perto da Terra em 1966 — perto o suficiente para que pudesse ter saído de nosso planeta.

"Um dos caminhos possíveis para o 2020 SO trouxe o objeto muito perto da Terra e da Lua no final de setembro de 1966", disse Chodas em um comunicado da NASA. "Foi como um momento de eureka quando uma verificação rápida das datas de lançamento das missões lunares mostrou uma correspondência com a missão Surveyor 2."

O processo

Alertada sobre a possibilidade, a NASA procurou Reddy, que é especialista nesse tipo de trabalho.

"Eu entendo bem disso, pois meu trabalho é descrever asteroides para a NASA e detritos espaciais na órbita da Terra para a Força Aérea dos EUA", disse ele.

A NASA pediu a Reddy para confirmar se o objeto era um asteroide ou corpo de foguete usando uma assinatura espectral. O objeto 2020 SO tem uma magnitude visual muito fraca, tornando as confirmações visuais quase impossíveis. Uma assinatura espectral, por outro lado, transmite a composição real de um objeto, fornecendo as evidências necessárias para identificá-lo.

Usando o Large Binocular Telescope no Arizona (EUA), Reddy e seus colegas coletaram observações coloridas do 2020 SO, que eles compararam com os tipos mais comuns de asteroides. Os resultados não bateram.

"A aposta está no infravermelho, e não em comprimentos de onda visíveis", disse Reddy.

Assim, a equipe recorreu ao Infrared Telescope Facility da NASA em Mauna Kea, Havaí (EUA), mas eles tiveram que esperar até novembro para o objeto ficar brilhante o suficiente. Em 17 de novembro, eles conseguiram adquirir um espectro.

Fotos de arquivo do segundo estágio do foguete Centaur mostraram partes dele cobertas com tinta branca. A equipe de Reddy, então, entrou em contato uma empresa de tintas para obter amostras de tinta branca. O problema é que a assinatura espectral produzida por essas amostras não correspondia ao sinal do 2020 SO.

"Nós ficamos muito confusos", disse Reddy.

A equipe decidiu entrar em contato com um historiador da NASA, que os informou que o material branco no propulsor não era tinta — era um painel de espuma branca que foi descartado do veículo durante o lançamento. Quem poderia imaginar?

Sua próxima aposta era detectar o aço inoxidável, especificamente o aço inoxidável 301, que a NASA usou para construir o propulsor Centaur. Finalmente, os cientistas conseguiram fazer uma combinação sólida.

Reddy disse que fica nervoso com os dados espectrográficos. Por isso, ele queria mais observações do 2020 SO para ter certeza. Então, a equipe mais uma vez usou o IRTF para escanear o objeto em 29 e 30 de novembro.

Isso resultou em um novo recurso de absorção que não tinha apareceu durante as varreduras feitas em 17 de novembro. Esse recurso realmente parecia orgânico, pois era rico em carbono. Um resultado aparentemente estranho, mas a ficha caiu para os cientistas — eles estavam vendo plástico. Especificamente, as camadas de plástico no mylar de alumínio são usadas para proteger os componentes eletrônicos localizados nas extremidades superior e inferior do propulsor do Centaur.

"O foguete está girando no espaço", disse Reddy, "então faz sentido, pois estamos vendo tudo".

A confirmação

Mas o teste final, disse ele, foi adquirir observações espectrográficas de outras partes do Centaur que estão na órbita da Terra desde os anos 1970. Reddy queria uma comparar "maçãs com maçãs".

Na verdade, isso se mostrou muito desafiador, visto que o IRTF, com seu pequeno campo de visão, não foi projetado para esse fim. Em 1 de dezembro, Reddy, depois de tentar localizar esses velhos propulsores com um telescópio de quintal (ele quase conseguiu, mas uma chaminé obscureceu sua visão), seu aluno de graduação, Tanner Campbell, conseguiu adquirir a posição de um Centaur, que era então retransmitida ao operador Dave Griep, do telescópio IRTF.

Este estágio superior em particular pertencia a um Centaur D lançado em 1977. A equipe conseguiu localizar e escanear mais dois em luz visível. Essas observações forneceram as correspondências que eles procuravam.

"Não tem uma combinação melhor", disse Reddy. "O mesmo aço e plástico para todos os Centaurs."

O objetivo da missão Surveyor 2 da NASA era examinar a superfície lunar antes das missões Apollo. Lançada em 20 de setembro de 1966, a missão começou bem, mas no segundo dia, um propulsor do Surveyor 2 não funcionou, jogando a espaçonave em um movimento giratório. O Surveyor 2 caiu na superfície lunar, enquanto o estágio superior do Centaur passou pela Lua e entrou em uma órbita desconhecida ao redor do Sol.

Depois disso, ele foi esquecido. O programa Surveyor da NASA foi realmente bem-sucedido, apesar de duas falhas em sete tentativas de realizar pousos suaves na superfície lunar entre 1966 e 1968. Você pode saber mais sobre essas missões aqui.

Agora que o 2020 SO foi confirmado como um propulsor de estágio superior lançado como parte da missão Sojourner para explorar a superfície da Lua antes das missões Apollo, Reddy disse que os resultados são uma prova da capacidade dos astrônomos de caracterizar tais objetos. Acabou sendo um grande exercício de coordenação, disse ele.

"Estou muito feliz", disse Chodas por e-mail. "Também agradeço os esforços dos meus colegas para confirmar que este objeto é realmente um estágio superior de um Centaur. A equipe tem que ser muito boa para resolver um quebra-cabeça como este." Ele ainda acrescentou: "Esta é mais uma demonstração da precisão das nossas análises e previsões orbitais do CNEOS. Fomos capazes de ligar a trajetória de um novo objeto detectado atualmente a um lançamento realizado há 54 anos."

É realmente incrível, mas só foi possível com muito trabalho. Depois dessa experiência, os astrônomos estão bem mais preparados para detectar futuros objetos. Quanto ao estágio superior do Centaur, ele fará duas voltas ao redor da Terra antes de retomar uma nova órbita ao redor do Sol em março de 2021, o que o torna uma minilua temporária, ainda que artificial. A Terra foi recentemente visitada por uma minilua natural: o asteroide 2020 CD3, que passou os últimos 2,7 anos como um satélite ligado temporariamente ao nosso planeta.

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YouTube finalmente inclui alertas para usuários não postarem comentários agressivos

Posted: 05 Dec 2020 10:46 AM PST

Tem certeza que precisa postar isso?

O YouTube anunciou esta semana um novo recurso de Diretrizes da Comunidade com o objetivo de ajudar a limpar os comentários tóxicos de sua plataforma e facilitar “interações respeitosas”. Agora, os usuários do Android poderão ver um pop-up antes de postar um comentário no YouTube alertando que ele pode ser prejudicial. Esse prompt irá solicitar que os internautas “mantenham os comentários respeitosos” e considerem se o que eles estão compartilhando “é apropriado”. Os usuários ainda poderão ir em frente e postar o comentário de qualquer maneira se optarem por essa péssima conduta, mas o prompt inclui um botão "editar" destinado a conter o abuso na plataforma.

Agora, longe de eliminar totalmente os comentários, as medidas das Diretrizes da Comunidade do YouTube provavelmente não eliminarão os comentários ofensivos. O próprio YouTube observa que quaisquer sistemas e filtros que ele tenha “estão continuamente aprendendo e podem nem sempre acertar”. Além disso, os comentários que não receberem o aviso ​​de antemão ainda estão sujeitos à remoção pelo comentarista, pelo criador do vídeo ou pelo YouTube se violarem as regras da plataforma.

Imagem: YouTube

Mas o YouTube afirma que a medida faz parte de uma iniciativa maior para tornar a plataforma mais inclusiva, acrescentando que ela aumentou a remoção de discursos de ódio nos comentários em 46 vezes desde o início de 2019. Como outra medida, o YouTube começará a pedir aos criadores de conteúdo, de forma voluntária, a compartilharem seu gênero, orientação sexual, raça e etnia. Essas informações ajudarão a empresa a identificar padrões de ódio e assédio, bem como a entender como algumas comunidades são tratadas em relação à monetização e descoberta, disse o YouTube.

Os usuários do YouTube que acompanham regularmente os criadores de conteúdo provavelmente viram os proprietários de canais incorporarem linguagem em suas legendas do tipo “seja gentil nos comentários”. É surpreendente ver que o YouTube levou tanto tempo para incorporar algum tipo de aviso oficial nesse sentido também, mas antes tarde do que nunca.

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Patente sugere que MacBooks podem ganhar versão na cor preta

Posted: 05 Dec 2020 08:29 AM PST

Apple MacBook. Imagem: Andrew Liszewski/Gizmodo, Apple

Antes de começar a fabricar aparelhos em um alumínio fosco, a Apple apostava em MacBooks com acabamento preto que, ao que parece, têm sido um desafio para serem reintroduzidos no mercado. Mas uma nova patente sugere que a companhia descobriu uma maneira de dar aos seus MacBooks mais recentes esse mesmo acabamento mais escuro usando uma técnica inteligente que intercepta e evita que a luz reflita em sua superfície.

Se você está de olho em um MacBook, então deve saber que a opção mais escura disponível atualmente é a Space Grey da Apple – que é de fato mais escura, porém está longe de ser preta. A questão é que, para aplicar um acabamento colorido a um dispositivo feito de alumínio, sua superfície precisa passar por um processo de anodização para fornecer uma superfície mais adesiva, e assim os pigmentos conseguem se aderir à carcaça.

É exatamente isso o que sugere a patente recém descoberta: os metais anodizados ficam com um acabamento brilhante, e por causa de toda a luz que refletem, uma pintura preta acaba parecendo cinza escuro.

No entanto, existe uma maneira de criar um acabamento fosco preto sem falhas em quase todos os objetos, conforme descoberto por uma empresa britânica chamada Surrey NanoSystems. Sua tinta Vantablack é feita de nanotubos de carbono microscópicos que são capazes de prender e absorver mais de 99,97% da luz visível, fazendo com que o acabamento pareça tão escuro que é completamente invisível ao olho humano.

O problema para a Apple é que, em 2016, o artista Anish Kapoor garantiu os direitos exclusivos de uso do Vantablack, o que significa que a empresa não pode usá-lo em seus MacBooks. No entanto, o que Anish Kapoor não possui exclusivamente é a ciência de como o Vantablack funciona, e essa abertura pode ser o trunfo de engenheiros e pesquisadores da Apple.

O processo funciona da seguinte maneira: primeiro, anodizar a superfície de um substrato de metal (a tampa de alumínio de um MacBook, por exemplo); depois, infundir partículas coloridas nos poros microscópicos da camada de óxido de metal resultante; e por último, aplicar uma camada final de materiais responsáveis pela absorção de luz. Com isso, a refletividade da superfície do metal promete ser reduzida a níveis significativos.

O procedimento descrito na patente poderia facilitar a criação de uma nova tonalidade para aparelhos da Apple. Ilustração: USPTO.report

Um exemplo dessa etapa final descrita na patente envolve a gravação de uma série de picos irregulares, variando em altura por meros dois micrômetros, que fazem com que a luz fique presa e reflita em direções aleatórias para criar uma reflexão mais opaca ao olho humano.

Sem um toque brilhante, os pigmentos coloridos embutidos, como o preto, teriam uma aparência mais acentuada, de modo que a Apple não ficaria mais limitada ao cinza espacial como única opção de tonalidade mais escura. Talvez o acabamento escuro não tenha uma aparência ligeiramente dramática quanto o Vantablack, que é tão preto que esconde todas as características físicas de um objeto. No entanto, é provável que a Apple não queira chegar a esse objetivo, dado o quanto gosta de promover suas proezas de design e deixar os recursos físicos de seus dispositivos se destacarem.

No final das contas, tudo seria mais uma abordagem intermediária que empresta algumas das técnicas do Vantablack, para que futuros iPhones e MacBooks retenham a resistência e durabilidade de suas armações de alumínio, mas possam oferecer opções de cores mais vivas, como eram os iMacs coloridos do passado.

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Mondial compra fábrica da Sony em Manaus, onde deve produzir TVs e ar-condicionado

Posted: 05 Dec 2020 06:40 AM PST

Mondial Fábrica em Manaus. Imagem: Mondial

Em meados de setembro, a Sony revelou que está encerrando sua operação envolvendo TVs, aparelhos de som e câmeras no Brasil. Isso inclui a fábrica responsável pela construção dos dispositivos, que fica na Zona Franca de Manaus (AM). Mas o local não será desativado, e já tem até uma nova dona: a Mondial, que confirmou a compra da instalação.

O valor da operação não foi revelado. Embora não tenha revelado informações sobre o que exatamente irá produzir, o Estadão apurou que a empresa usará o lugar para fazer sua estreia no mercado de TVs, micro-ondas e ar-condicionado. Vale lembrar que a Mondial já possui uma fábrica na região desde 2014, onde são produzidos DVDs, caixas de som acústicas de média e alta potência, e outros produtos da linha de áudio e vídeo.

A aquisição vale não somente para a área total de 55 mil metros quadrados e 27 mil m² de área construída, mas também para todos os equipamentos dentro do imóvel. A transição deve ser concluída a partir de 1° de fevereiro, quando as estruturas produtivas, laboratórios de análise, salas de testes, fabricação de moldes, linhas de montagens com equipamento de última geração, warehouse e demais instalações da Sony passarão a abrigar toda a produção da linha marrom atual da Mondial.

O local onde hoje fica a fábrica da Sony, na Zona Franca de Manaus. Imagem: Mondial/Divulgação

Além disso, a Mondial afirma que vai abrir 200 novas vagas para o início da operação na nova fábrica e mais 220 a partir do segundo semestre de 2021. Eles se juntarão aos 240 funcionários que hoje trabalham na unidade da companhia em Manaus.

"Estratégias que estavam definidas para acontecerem nos próximos anos serão antecipadas, tanto no incremento de produção das linhas atuais, como na entrada nos novos segmentos de produtos. Faremos três anos em seis meses", afirma Giovanni M. Cardoso, cofundador da Mondial, em comunicado enviado à imprensa na manhã deste sábado (5).

Em todo o Brasil, a Mondial tem 3.700 colaboradores. Desde o início de 2020, a fabricante diz ter investido mais de R$ 60 milhões em estruturas industriais, equipamentos e moldes, além de aumentar em 30% o parque de injetoras e contratar mais de 400 novos funcionários na fábrica da Bahia. Atualmente, a companhia conta com uma linha de 401 produtos.

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