quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Gizmodo Brasil

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WhatsApp tenta resolver confusão de privacidade, mas se complica de novo

Posted: 12 Jan 2021 05:19 PM PST

WhatsApp. Imagem: Christoph Scholz (Flickr)

As mudanças nos termos de uso do WhatsApp repercutiram muito mal. Para tentar reverter a situação, o mensageiro divulgou nesta terça-feira (12) uma página de perguntas frequentes e um infográfico para explicar melhor o que vai mudar no app, mas, adivinha só, até esse esclarecimento tem problemas.

O WhatsApp mudou seus termos de uso e agora os usuários precisam autorizar o compartilhamento de dados com o Facebook, dono do mensageiro. Como você pode imaginar, ninguém gostou muito da ideia. Até mesmo Elon Musk, CEO da Tesla, recomendou o Signal, app focado em privacidade — o número de downloads do concorrente disparou. Advogados brasileiros dizem, inclusive, que o novo texto fere a LGPD, legislação nacional que trata da proteção de dados pessoais.

Para conter a crise, a empresa publicou uma página de FAQ (perguntas frequentemente feitas) e um infográfico para explicar melhor o que muda. A companhia diz que mensagens e chamadas continuam privadas, assim como registro de ligações e contatos, e destaca recursos como as mensagens temporárias e o download de dados.

Como observa o site Manual do Usuário, o problema é que a página e o infográfico só contam metade da história. Em outra página de sua seção de ajuda, o WhatsApp detalha o que é compartilhado com o Facebook e outras empresas do grupo. Entre as informações, estão dados de conta (como número de telefone), interações com pessoas e empresas, IP e informações do aparelho móvel.

E não é só isso. Na política de privacidade atualizada também há outros dados coletados, como nomes, imagens de exibição e descrições de grupos, status e último horário online e informações de operadora e conexão. O Pocketnow também lembra que a nova política de privacidade também contraria o infográfico: ela diz que a localização é rastreada, sim, e mesmo que o usuário não use recursos deste tipo, ela é estimada pelo IP.

Pelo jeito, Signal e Telegram vão continuar um bom tempo na lista dos mais baixados.

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AMD anuncia processadores da série Ryzen 5000 para notebooks na CES 2021

Posted: 12 Jan 2021 04:11 PM PST

A AMD revelou nesta terça-feira (12) o novo portfólio de processadores móveis da linha Ryzen 5000. A principal novidade é que os novos chipsets estarão disponíveis também nos notebooks. O anúncio foi feito pela CEO da companhia, Lisa Su, que também confirmou parcerias com Lenovo, HP e Asus — todas se comprometeram em lançar aparelhos com os novos chips já agora no primeiro trimestre de 2021.

Assim como a geração anterior de chips móveis da série 4000, a linha Ryzen 5000 inclui duas séries de processadores: H, de alto desempenho, e U, ultramóveis, ajustados para melhor se adequarem ao seu formato. Completando a oferta de processadores móveis, os processadores da série HX oferecerem aos jogadores e criadores o mesmo poder de fogo, enquanto os processadores HS contam com a potência da série H em formatos mais finos e leves.

O modelo mais poderoso é o Ryzen 9 5980HX, capaz de aumentar o desempenho de thread único em até 23% e o desempenho de vários threads em até 17% mais rápido do que a geração anterior. Ele tem 8 núcleos, 16 threads, clock de 4,8 GHz e 45 W de potência.

Assim como seus irmãos de desktop, as CPUs móveis da série 5000 também são baseadas na nova arquitetura Zen 3 da AMD, aproveitando algumas mudanças importantes que dão às variantes um aumento impressionante de desempenho em relação à geração anterior. E se tudo correr conforme o planejado, os consumidores também verão esse mesmo salto nos laptops, já que cada processador HX terá entre 200 Hz e 400 Hz de frequência a mais que as versões anteriores.

Além disso, a AMD disse que os novos processadores móveis, como o Ryzen 9 5900HX, são capazes de rodar jogos em configurações altíssimas, incluindo suporte ao 4K. O Ryzen 7 5800U, por exemplo, oferece até 17,5 horas de uso geral e até 21 horas com reprodução de vídeo. Essa é uma duração de bateria bastante longa, que poucos laptops podem ter, e também uma boa indicação de como serão os dispositivos equipados com a nova solução da AMD.

A linha completa de processadores móveis da família Ryzen 5000 (à direita). Imagem: AMD/Divulgação

A companhia também está criando versões de TDP menores dos processadores de desktop Ryzen 9 5900X e Ryzen 7 5800X, que estarão disponíveis apenas para empresas que desenvolvem notebooks. O Ryzen 9 5900 e o Ryzen 7 terão um TDP de 65 W, em comparação com 105 W nas versões de desktop independentes.

Para não deixar de lado os gráficos, os primeiros notebooks da AMD com arquitetura RDNA 2 também chegarão aos notebooks no primeiro semestre de 2021. Pela primeira vez, a AMD também vai oferecer seu Threadripper Pro aos consumidores, que estará disponível em varejistas independentes. Os processadores dessa categoria contam com até 64 núcleos, 8 canais de memória, suporte RDIMM e LRDIMM, 128 pistas PCle Gen 4 e tecnologias de segurança AMD Pro.

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Pesquisadores encontraram as primeiras girafas anãs na natureza; veja vídeo

Posted: 12 Jan 2021 02:00 PM PST

Esta girafa anã foi encontrada na Namíbia. Foto: Michael B Brown.

Durante um levantamento fotográfico realizado ao longo de seis anos no Parque Nacional de Murchison Falls, em Uganda, um grupo de biólogos da Fundação de Conservação de Girafas (FCG) notaram a primeira aparição de girafas selvagens anãs na natureza. Segundo as informações divulgadas em um estudo publicado na BMC Research Notes, os animais possuem um tamanho corporal subadulto com pernas notavelmente mais curtas. As mesmas anormalidades morfológicas foram encontradas em uma fazenda privada no centro da Namíbia, sudoeste da África, onde também foi desenvolvido o trabalho de observação desta espécie.

Os pesquisadores Michael Butler Brown e Emma Wells, responsáveis pela descoberta, acreditam que em ambos os casos trata-se de displasia esquelética, doença genética hereditária que geralmente produz baixa estatura e está ligada ao genes relacionados ao crescimento e desenvolvimento do tecido condro-ósseo.

No caso da girafa selvagem de Namíbia, o segmento mais inferior da perna (falange) mede 15,8 cm, considerado mais curto em comparação com as outras girafas que exibem 21,2 cm. Especialmente neste caso, os pesquisadores notaram que o animal já está na fase adulta (nasceu em 2014) e não conseguiu se desenvolveu como o esperado.

Já a girafa de Uganda, apesar de mostrar a falange com um tamanho aproximadamente igual ao de suas companheiras de hábitat, possui um pescoço medindo 1,5 metro, um pouco mais longo do que o de uma girafa subadulta, com os seus 1,4 metro.

Diagrama de morfometria diagnóstica da fotogrametria digital. Imagem: BMC Research Notes.

Para realizar a medição dos animais, são utilizadas técnicas de fotogrametria digital com auxílio de um telêmetro a laser para medir as distâncias desejadas. Assim, ao medir a distância entre os pixels digitais na foto e comparando-os com o tamanho real do recurso focal, pode-se obter resultados precisos de fotografias de animais grandes, como girafas e elefantes.

Para fazer o comparativo entre as idades dos animais, foi feito um banco de dados com parâmetros morfométricos a partir de outras bases de informações centrais com observações registradas de girafas. O conteúdo foi filtrado para incluir apenas imagens tiradas a distância e com um comprimento focal que foi estipulado pelos pesquisadores. Em seguida, houve uma inspeção visual das fotografias restantes para excluir imagens em que a vegetação ou a posição do animal obscurecessem as medidas potenciais da perna e do pescoço. Todas as medidas anatômicas de referência foram realizadas a partir das imagens resultantes.

Figura 2
Fotografias laterais de girafa. A) Uma girafa macho subadulto típica no Parque Nacional de Murchison Falls, Uganda. B) Um macho subadulto exibindo síndrome semelhante à displasia esquelética no Parque Nacional de Murchison Falls, Uganda. C) Um macho subadulto exibindo displasia esquelética como síndrome em uma fazenda privada na Namíbia.

Os autores responsáveis pelo estudo afirmam que não existe qualquer depoimento no meio científico e nos zoológicos sobre este tipo de displasia esquelética encontrada nas girafas, o que demonstra que são casos raros no meio animal. Mesmo assim, conforme aponta o estudo, ainda há muito o que investigar, como a condução de uma análise genética para avaliar a diversidade genética nas populações-fonte ou as potenciais etiologias genéticas das condições.

Mesmo assim, já foram divulgados dois achados também considerados especiais, como no caso de condrodisplasia, anomalia no desenvolvimento das cartilagens nos ossos longos, encontrada um veado-vermelho na Escócia e do nanismo desproporcional em um elefante-asiático macho que vive no Parque Nacional de Udawalawe, sul do Sri Lanka.

Em entrevista ao site IFLScience, o coautor do artigo Michael B Brown, biólogo conservacionista da FCG, afirma que é importante continuar na luta pela preservação destes animais, pois ” a população de girafas do Parque Nacional de Murchison Falls em Uganda experimentou um gargalo populacional significativo no final dos anos 1980 como resultado de distúrbios civis e caça ilegal. A população se recuperou notavelmente desde então, com as estimativas atuais de mais de 1.500 girafas”.

Abaixo você confere o momento da descoberta da girafa em Uganda:

[BMC Research Notes]

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Facebook e Instagram removem posts que falam sobre fraude nas eleições dos EUA

Posted: 12 Jan 2021 01:28 PM PST

Imagem: Charles Deluvio (Unsplash)

A invasão ao Capitólio dos EUA há cerca de uma semana continua gerando consequências em todas as plataformas sociais. O Facebook já havia banido o presidente Donald Trump devido a postagens que vão contra as políticas de uso do site. Agora, o serviço afirmou que vai remover conteúdos que contenham a expressão "stop the steal", algo como "pare o roubo", em tradução livre. A decisão também se aplica ao Instagram.

A frase vem sendo usada principalmente por apoiadores de Trump, em referência às falsas acusações do republicano de que as eleições de 2020, que deram a vitória a Joe Biden, foram fraudadas. O caso já foi (e vem sendo) negado diversas vezes pela Justiça americana. E o Facebook, especificamente, já havia removido grupos com o nome "Stop the Steal", em novembro do ano passado — um deles tinha cerca de 360 mil membros.

Contudo, a remoção desse conteúdo desinformativo não é imediata. De acordo com a rede social, "pode levar algo tempo" até que todas as postagens sejam removidas, mas que, apesar disso, o trabalho para encontrar esses posts é contínuo. Em uma busca rápida no Facebook nesta terça-feira (12), eu digitei "#stopthesteal" e o aplicativo não exibiu nenhum resultado.

À esquerda, o Facebook já traz um aviso de que publicações com a hashtag #StoptheSteal vão contra os Padrões de Comunidade da rede social. À direita, a busca no Instagram também não exibe nenhum resultado. (Captura de tela: Caio Carvalho/Gizmodo Brasil)

Ainda segundo o Facebook, a decisão segue a política de Contenção de Danos da plataforma, que afirma o seguinte: "Em um esforço para prevenir e interromper danos offline e comportamento de imitação,é proibido facilitar, organizar, promover ou aceitar certas atividades prejudiciais ou criminosas direcionadas a pessoas, empresas, propriedade ou animais".

O Facebook afirma que continuará banindo essas publicações fraudulentas pelo menos até o dia 22 de janeiro. Também é uma forma de tentar conter possíveis novos protestos armados em várias cidades do país. Além disso, a companhia diz que está trabalhando de perto com as autoridades para prosseguir na remoção desse tipo de conteúdo, como ainda desativar contas e responder solicitações legais de dados dos usuários.

[Mashable, Yahoo!]

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Mais de 70 mil contas que propagavam a teoria da conspiração QAnon foram banidas do Twitter

Posted: 12 Jan 2021 01:10 PM PST

Logotipo do Twitter exibido em Wall Street. Crédito: Andrew Burton/Getty Images

Há tempos, Twitter e Facebook vêm sendo criticados pela ausência de medidas mais rigorosas contra a disseminação de discursos de ódio em suas plataformas. Porém, a invasão ao Capitólio dos EUA fez com que as empresas finalmente adotassem medidas mais incisivas. Além de banir a conta do presidente norte-americano Donald Trump permanentemente, o Twitter anunciou que removeu, entre esta terça (12) e a última sexta-feira (8), mais de 70 mil contas que compartilhavam conteúdo relacionado à teoria da conspiração QAnon.

De acordo com um comunicado da equipe de segurança do Twitter, "essas contas estavam envolvidas no compartilhamento em grande escala de conteúdo prejudicial associado ao QAnon e eram dedicadas principalmente à propagação dessa teoria da conspiração na plataforma". Ainda segundo a empresa, essa medida pode ter causado alterações no número de seguidores na casa dos milhares em algumas contas.

O QAnon surgiu na plataforma 4chan e se espalhou pela internet, ganhando um número cada vez maior de apoiadores. O grupo prega a ideia de que o governo dos EUA é controlado por traficantes sexuais satânicos e que Donald Trump seria a única salvação. De acordo com a CNET, o FBI já havia alertado que o QAnon representa uma ameaça ao país e, de fato, durante o ataque ao Capitólio, diversas pessoas vestiam camisetas demonstrando apoio ao grupo.

A remoção de mais de 70 mil contas é a medida mais recente do Twitter para tentar combater a desinformação e os discursos de ódio na rede social. Segundo a empresa, a plataforma também reforçou o monitoramento de tuítes que compartilham informações falsas sobre as eleições dos EUA e está bloqueando algumas frases para que elas não apareçam nos trends e resultados de pesquisa.

[CNET]

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Hacker salva arquivo de quase 57 TB de dados dos usuários do Parler

Posted: 12 Jan 2021 12:46 PM PST

Parler aplicativo. Imagem: Hollie Adams (Getty Images)

Quase uma semana após a invasão do Capitólio dos EUA, uma pesquisadora e hacker anunciou que conseguiu catalogar milhares de conteúdos de usuários do Parler, rede social que ganhou destaque depois de Donald Trump ter sido banido de outras plataformas. Mais precisamente, a hacker diz ter armazenado 56,7 TB de material do app.

A pesquisadora, que se identifica no Twitter como @donk_enby, começou a coleta no Parler com o objetivo de arquivar todos os posts de 6 de janeiro, o dia do motim no Capitólio. A usuária diz que o conteúdo coletado representa evidências "muito incriminatórias".

De acordo com o Laboratório de Pesquisa Forense Digital do Atlantic Council, o Parler foi um dos vários aplicativos usados ​​para coordenar a invasão ao Capitólio, em um plano para reverter os resultados das eleições de 2020 e manter Trump no poder. Cinco pessoas morreram.

O Parler diz permitir "liberdade de expressão sem limites", mas no final das contas se transformou em um recinto de teorias da conspiração da extrema direita, postagens racistas e até ameaças de morte a políticos estadunidenses.

Após a invasão ao Capitólio, Apple e Google anunciaram que o aplicativo seria removido de suas lojas por não moderar adequadamente postagens que incentivavam violência e crime. O último prego no caixão veio depois, quando a Amazon anunciou que o Parler perderia o acesso aos servidores do Amazon Web Services (AWS), impedindo sua utilização.

Na esperança de criar um registro público duradouro para que outros pesquisadores examinem os dados do Parler, @donk_enby começou arquivando as postagens do dia da invasão. De lá para cá, até o momento do bloqueio da ferramenta, a hacker diz ter obtido cerca de 99,9% de todo o conteúdo publicado na rede. Todo o conteúdo pode ser visualizado no site ArchiveTeam.org e posteriormente será disponibilizado no Internet Archive (as duas páginas não são relacionadas).

Em um tweet publicado na manhã de domingo (10), @donk_enby disse que estava rastreando cerca de 1,1 milhão de URLs de vídeo ligadas à rede. "Esses são os arquivos brutos originais não processados ​​carregados no Parler com todos os metadados associados", afirmou. Ela ainda destacou que os vídeos brutos incluem dados de GPS dos locais exatos onde foram feitas as gravações.

As implicações de privacidade envolvendo a coleta desses dados são óbvias. Por outro lado, também podem servir para ajudar na aplicação da lei. Autoridades federais e locais prenderam dezenas de suspeitos nos últimos dias acusados ​​de participar do motim do Capitólio.

Um breve histórico do Parler (e dos hackers)

Em entrevista ao Gizmodo, @donk_enby disse que começou a vasculhar o Parler depois que a empresa negou um vazamento de e-mails descoberto pelo hacktivista Kirtaner, que é considerado fundador do grupo de hackers Anonymous. A pesquisadora afirma ter conseguido localizar o mesmo material de forma independente na época.

Kirtaner, criador do 420chan, relatou ter obtido 6,3 GB de dados de usuários do Parler de um servidor AWS não seguro em novembro do ano passado. O arquivo continha senhas, fotos e endereços de e-mail de várias outras empresas.

O CEO da Parler, John Matze, posteriormente afirmou ao Business Insider que os dados continham apenas "informações públicas" sobre os usuários, que haviam sido armazenadas indevidamente por um fornecedor de e-mail cujo contrato foi rescindido devido ao vazamento.

Em dezembro, o Twitter suspendeu Kirtaner depois de ele tuitar que iria acabar com o Parler, citando suas regras contra a ameaça de “violência contra um indivíduo ou grupo de pessoas”. A conta de Kirtaner permanece suspensa, apesar de uma campanha online pedindo à equipe de segurança da rede social para reverter a decisão. Gregg Housh, ativista digital envolvido em muitas das primeiras campanhas do Anonymous, observou que o tweet "não era dirigido a uma pessoa e nem era realmente violento".

Para @donk_enby, o Twitter tem confiado demais em ferramentas automatizadas de moderação, o que levou a suspensões duvidosas de usuários que não violaram realmente suas regras.

No domingo, o CEO do Parler criticou duramente as ações das empresas de tecnologia, afirmando na Fox News que Amazon, Apple e Google estavam tentando “destruir a empresa inteira”. Matze acrescentou que a companhia também foi "abandonada" por seus advogados. Horas depois, Matze confirmou que está processando a Amazon.

É improvável que o Parler se recupere rapidamente — se é que vai se recuperar. Como Corey Quinn do Duckbill Group explicou recentemente no Twitter, a migração de um grande produto do AWS pode levar meses de teste e possivelmente anos para ser executado. Os aplicativos que integram a ampla gama de serviços do AWS não podem ser facilmente transferidos para um ambiente de hospedagem diferente.

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Estudo encontra possível relação entre toxoplasmose e câncer de cérebro

Posted: 12 Jan 2021 11:29 AM PST

Um parasita comum que se espalha pela carne de porco mal cozida pode afetar os gatos de forma mais preocupante do que se suspeitava anteriormente. Uma nova pesquisa sugere uma ligação entre a infecção por Toxoplasma gondii e um risco aumentado de câncer no cérebro. Neste ponto, no entanto, os cientistas ainda não têm certeza se há uma relação direta de causa e efeito, e o risco geral de câncer no cérebro ainda é muito baixo.

O T. gondii é conhecido por seus efeitos em roedores, um de seus hospedeiros intermediários naturais. Nesses animais, os parasitas unicelulares os estimulam a se tornarem imprudentes diante do perigo, fazendo com que não evitem mais o cheiro de urina de gato. Os roedores – e seus parasitas – tornam-se, assim, mais propensos a serem engolidos por um felino, permitindo que os parasitas alcancem seu hospedeiro felino primário e atinjam a idade adulta completa. Eles então se reproduzem e criam uma nova geração de ovos que são defecados pelo gato no meio ambiente, reiniciando o ciclo de vida. Os humanos são um espectador infeliz nesse processo, sendo infectados por contato próximo com cocô de gato ou comendo carne (geralmente porco) contaminada com cistos de T. gondii.

As infecções agudas por T. gondii em humanos podem ser graves para aqueles com sistema imunológico enfraquecido ou para os recém-nascidos que contraíram quando ainda estavam no útero. No caso da maioria das pessoas, porém, uma infecção aguda não causa sintomas, enquanto algumas podem desenvolver sintomas leves, semelhantes aos da gripe, por várias semanas.

Historicamente, pensava-se que esses sintomas agudos eram a extensão do dano que o T. gondii pode nos causar. Mas, recentemente, os cientistas descobriram uma conexão intrigante entre o parasita e os efeitos neurológicos sutis nas pessoas, auxiliados pelo fato de que os cistos podem sobreviver silenciosamente no corpo, incluindo o cérebro, por décadas. As infecções crônicas por T. gondii têm sido associadas a um risco aumentado de esquizofrenia, diminuição da cognição e mudanças comportamentais, como imprudência e agressão. Este novo estudo, publicado no International Journal of Cancer, indica que certos tipos de câncer de cérebro talvez precisem ser adicionados à lista também.

Imagem de um cisto de tecido de T. gondii sob um microscópio. Imagem: CDC

Os pesquisadores analisaram dados de projetos de pesquisa que rastreiam a saúde das pessoas ao longo do tempo, incluindo um estudo de longa duração sobre prevenção do câncer conduzido pela American Cancer Society. Eles focaram especificamente em pessoas que mais tarde foram descobertas com gliomas, a forma mais comum de câncer no cérebro. Como parte do exame inicial, os voluntários forneceram amostras de sangue que foram testadas para anticorpos para vários germes, incluindo T. gondii.

Quando os pesquisadores compararam pessoas que desenvolveram gliomas nesses estudos com pessoas semelhantes que não tiveram, eles descobriram que o grupo dos gliomas tinha uma chance maior de ter anticorpos contra o T. gondii. No geral, a presença de T. gondii foi associada a um risco mais de duas vezes maior de glioma. Em pessoas com os níveis mais altos de um tipo específico de anticorpo para T. gondii, o risco associado era três vezes maior. Cerca de 350 pessoas com glioma, incluindo pessoas com mais de 70 e menos de 40 anos, foram estudadas, com riscos associados semelhantes observados em ambos os grupos de idade.

Outros estudos descobriram uma ligação semelhante entre T. gondii e câncer no cérebro. No entanto, de acordo com os autores, essa é a primeira evidência do que é conhecido como pesquisa prospectiva, que é quando as pessoas são observadas antes de desenvolverem a doença que está sendo estudada. Isso é importante, porque os cientistas podem saber claramente que a coisa A – neste caso, a infecção por T. gondii – acontece antes da coisa B – câncer no cérebro. Isso por si só não pode provar que o T. gondii ajuda a causar câncer no cérebro, mas é a evidência que torna a conexão mais provável de ser real.

“As descobertas sugerem que indivíduos com maior exposição ao parasita T. gondii têm mais probabilidade de desenvolver glioma”, disse a autora do estudo Anna Coghill, pesquisadora do Moffitt Cancer Center, em um comunicado divulgado pela American Cancer Society. "No entanto, deve-se observar que o risco absoluto de ser diagnosticado com um glioma permanece baixo e essas descobertas precisam ser replicadas em um grupo maior e mais diverso de indivíduos."

Estima-se que haja cerca de 24.000 novos casos de câncer no cérebro nos EUA anualmente, representando cerca de 1% de todos os cânceres. Enquanto isso, acredita-se que 11% dos americanos com mais de seis anos sejam portadores de T. gondii, ou seja, mais de 30 milhões de pessoas. Isso significa que, mesmo que essa conexão seja real, as chances de desenvolver câncer no cérebro como resultado da infecção crônica por T. gondii são muito baixas em nível individual. Da mesma forma, nem todo mundo que desenvolve glioma terá T. gondii, e há pessoas com T. gondii que teriam contraído câncer no cérebro mesmo se a infecção nunca tivesse acontecido – o risco de câncer é algo muito complicado.

Ainda assim, esta é a pesquisa mais recente a sugerir que infecções ocultas no corpo e no cérebro podem influenciar nossa saúde muito depois de sermos contaminados.

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Por que o aplicativo Parler foi banido da internet

Posted: 12 Jan 2021 10:18 AM PST

Imagem: Hollie Adams (Getty Images)

O aplicativo Parler, que ganhou destaque como o "Twitter conservador" por não ter moderação de conteúdo, está passando por uma das piores semanas de sua existência — na verdade, depois de tudo o que aconteceu, a rede pode ser extinta de vez.

O aplicativo foi literalmente expulso da internet no fim de semana, após Google, Amazon e Apple banirem a ferramenta de suas plataformas. Isso foi uma reviravolta para um dos aplicativos que, até este fim de semana, mais cresciam na internet.

Então, do que o Parler foi acusado, exatamente?

De acordo com diversos críticos, a plataforma serviu para articular a violenta confusão pró-Trump que ocorreu no Capitólio dos EUA na última quarta-feira, que terminou com cinco mortos e danos incalculáveis ​​a propriedades federais.

As capturas de tela de contas de usuários do Parler parecem mostrar ideias agressivas em preparação para o cerco ao Capitólio: usuários mencionaram levar cordas para amarrar “esquerdistas”, equipar-se com armas de fogo e atacar pessoas com picadores de gelo, entre outras ações assustadoras.

Google, Amazon e Apple usaram justificativas semelhantes para banir o Parler: uma política de moderação não foi implementada para conter a onda de conteúdo violento na plataforma.

O primeiro cancelamento veio na sexta-feira, dias após o caos do Capitólio, quando o Google anunciou que suspenderia o Parler da Google Play Store até que a empresa “se comprometesse com uma política de moderação e fiscalização” que pudesse reduzir as postagens de incitação à violência hospedadas em sua plataforma.

Quase ao mesmo tempo, o Parler viu um grande aumento no tráfego vindo de outras plataformas de distribuição digital, tornando-se temporariamente o aplicativo número um na loja da Apple, à medida que usuários conservadores migraram para o serviço. (Sua taxa de instalação global supostamente aumentou cerca de 281% na sexta-feira.)

No entanto, o momento de glória do Parler durou pouco. No sábado à noite, a Apple removeu o aplicativo da App Store. E às 23:59 PST de domingo (4:59 de segunda-feira, no horário de Brasília), a Amazon eliminou a rede social de seu serviço de hospedagem, efetivamente expulsando-a da internet com o fundamento de que ela representava “um risco muito real para a segurança pública”.

O resultado final dessa série de exclusões foi o exílio total da empresa da internet. O Parler se revoltou na segunda-feira (11), anunciando um processo contra a Amazon por supostas infrações antitruste e acusando a gigante da tecnologia de usar sua influência para “matar” seu negócio no “exato momento em que estava prestes a decolar”.

Se o Parler realmente desempenhou um papel importante no ataque ao Capitólio ou não, é algo que poderá ficar mais claro nas próximas semanas. Embora o aplicativo esteja fora do ar, um hacker afirma ter baixado quase todo o conteúdo da plataforma antes de ele ficar offline na noite de domingo. Os milhões de fotos, vídeos e postagens podem ser de interesse para as agências de aplicação da lei que estão investigando os responsáveis ​​pelo violento ataque ao Capitólio.

Os executivos do Parler estão naturalmente refutando a visão de que a empresa foi a única instigadora por trás da violência na semana passada. A chefe de políticas da empresa, Amy Peikoff, disse à Fox and Friends Weekend que ela sentiu que o Parler tinha sido "escolhido", e que tinham sido potencialmente "sabotados".

"Não estamos necessariamente sendo escolhidos por essas empresas de tecnologia, mas certamente pelas pessoas que as têm pressionado e, na verdade, achamos que estamos sendo sabotados de várias maneiras porque, ao olhar para alguns dos conteúdos, são contas que foram criadas há dois dias e têm poucas publicações e algumas delas são paródias de como você imaginaria uma pessoa de direita agressiva", acrescentou Peikoff.

Esse argumento não está totalmente errado, considerando que o Twitter e o Facebook não são exatamente referências no combate a discursos de ódio e ambos certamente serviram como plataformas de coordenação antes do ataque de quarta-feira.

O (questionável) processo do Parler também aponta isso. Um dos argumentos apresentados é que um dos tuítes mais populares no Twitter na noite de sexta-feira foi "Hang Mike Pence" ("Enforque Mike Pence", em tradução livre) — a rede interveio depois e bloqueou essa hashtag.

Por outro lado, tanto o Facebook quanto o Twitter estabeleceram políticas de moderação de conteúdo que as empresas aparentemente tentam defender.

O Parler foi lançado no final de 2018 e ficou conhecido como um “antídoto” de direita para as redes sociais supostamente dominadas por liberais, como Twitter e Facebook.

Ele sempre teve fundações conservadoras: foi cofundado e recebeu boas doses de financiamento de Rebekah Mercer. Seu pai, o gerente de fundos de investimento Bob Mercer, bancou a Cambridge-Analytica, a empresa de consultoria política que ajudou Donald Trump a ganhar as eleições com práticas obscuras de publicidade direcionada que causaram um pesadelo para o Facebook.

Quando o aplicativo foi lançado, Rebekah Mercer esperava que o Parler fosse "um farol para todos os que valorizam sua liberdade de expressão e privacidade pessoal" contra a " tirania e arrogância cada vez maiores de nossos senhores da tecnologia". Parece que não deu muito certo.

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Veja estas seis imagens de colisões de galáxias selecionadas pela Nasa

Posted: 12 Jan 2021 07:36 AM PST

Em celebração ao início de um novo ano, a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) selecionaram seis imagens de galáxias colidindo, registradas pelo Telescópio Espacial Hubble. As fotos são parte do projeto HiPEEC (Hubble imaging Probe of Extreme Environments and Clusters), que tem como objetivo estudar formações de novas estrelas durante esses processos de fusão.

Conforme explica o comunicado da ESA, esses eventos são raros e, além de alterarem a aparência da galáxia, resultam em novas estrelas massivas, que podem chegar a milhões de vezes a massa do Sol. As observações em ultravioleta e infravermelho do Hubble permitiram que pesquisadores estudassem a idade, massa, extinção e taxa de formação de estrelas dessas seis galáxias. Confira abaixo as imagens que foram capturadas entre 2008 e 2020:

[ESA]

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Nasa apresenta novo instrumento para estudos em asteroides troianos de Júpiter

Posted: 12 Jan 2021 06:47 AM PST

Instrumento L'TES na sala limpa da Arizona State University. Créditos: NASA / ASU

Em 2021 a Nasa enviará sua primeira missão para estudar os asteroides troianos de Júpiter, Batizada de Lucy, a nave analisará as superfícies dos asteroides para nos ajudar a entender as origens do nosso Sistema Solar há mais de 4 bilhões de anos (daí o nome Lucy, em referência a um dos mais antigos ancestrais fossilizados que conhecemos).

Para ajudar na missão, a Nasa apresentou um Espectrômetro de Emissão Termal da Lucy (L'TES), desenvolvido pela Universidade de Arizona, nos EUA. O instrumento tem como objetivo a medição de energia infravermelha emitida pelos asteroides troianos enquanto são colhidas as informações sobre a superfície de sete destes corpos, para entender melhor suas propriedades.

Como a espaçonave não será capaz de pousar nos asteroides por conta da alta velocidade dos objetos, ele permitirá que a equipe responsável pela missão consiga averiguar se o material da superfície está solto, como areia, ou consolidado, como rochas. Além disso, o L’TES irá coletar informações espectrais usando observações de infravermelho térmico na faixa de comprimento de onda de 4 a 50 micrômetros.

"Cada instrumento tem seus próprios desafios, mas com base em nossa experiência, esperamos que o L’TES nos forneça dados excelentes, bem como provavelmente algumas surpresas, sobre esses objetos enigmáticos”, afirmou Phil Christensen, investigador principal do instrumento, à agência de notícias da Nasa.

Mesmo com os contratempos por conta da pandemia, a missão Lucy continua programada para ser lançada em outubro de 2021. "Estou constantemente impressionado com a agilidade e flexibilidade desta equipe para lidar com quaisquer desafios colocados diante deles", disse investigador principal da missão, Hal Levison do Southwest Research Institute.

Também foi instalada a Antena de Alto Ganho de Lucy, instrumento que irá permitir a comunicação da espaçonave com a Terra para navegação e coleta de dados, assim como realizar a medição precisa das massas dos asteroides troianos. Ainda falta ser instalado o L’Ralph, a câmera de imagem colorida e espectrômetro infravermelho da missão.

[Nasa]

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Drone, carro elétrico e TVs Bravia: os anúncios da Sony na CES 2021

Posted: 12 Jan 2021 05:39 AM PST

Em uma apresentação contida e com menos de 20 minutos, a Sony fez sua apresentação anual na CES 2021 com poucos anúncios. E alguns deles já tinham sido revelados previamente, como é o caso da nova linha Bravia de TVs e atualizações sobre o carro Vision-S, apresentado originalmente na edição do evento no ano passado.

Drone Airpeak

A Sony vai entrar no mercado de drones com o Airpeak, um dispositivo voador não-tripulado com quatro hélices que, segundo a companhia, é capaz de carregar uma câmera profissional da linha Alpha sem comprometer o voo. Não espere ver um desses dando sopa por aí: é um aparelho de uso profissional, e deve ficar restrito a grandes estúdios de cinema e empresas profissionais de fotografia. Preços e data de lançamento não foram revelados – sabe-se apenas que a companhia planeja colocar o Airpeak para venda ainda no primeiro semestre de 2021.

Carro Vision-S

Na CES do ano passado, a Sony surpreendeu a todos quando mostrou o conceito de um veículo elétrico – até então algo inédito para a fabricante. De lá para cá, o automóvel vem passando por inúmeros testes para colocar à prova as dezenas de sensores e câmeras embutidos no carro, mas talvez ainda leve um bom tempo até que vejamos um desses nas ruas.

O anúncio para 2021 é que o Vision-S está sendo testado também em vias públicas da Áustria. Além disso, o carro vem equipado com a tecnologia 360 Reality Audio, que promete sons mais imersivos e realistas.

Linha Bravia de TVs

Entre os televisores, também não houve nenhuma novidade. Foram só alguns minutos reforçando o anúncio da semana passada, quando a Sony revelou os novos modelos da linha Bravia. Ao todo, são seis aparelhos principais distribuídos em 16 tamanhos diferentes, com opções de LCD e OLED, e já equipados com Google TV e prontos para os consoles de nova geração, com HDMI 2.1 e suporte para taxa de atualização de 120 Hz.

O maior destaque das TVs está no novo chip embarcado, que a Sony apelidou de Cognitive Processor XR. Basicamente, o componente imita uma parte do processo cognitivo do cérebro humano, podendo dividir a tela em zonas e cruzar informações que levam em consideração imagem e som. Tudo isso usando inteligência artificial.

No mais, o que vai mudar na escolha do modelo é a resolução, que pode ser 4K ou 8K, o tipo de tecnologia usada (LCD ou OLED), e o tamanho, que vem nas seguintes opções: 50, 55, 65, 75, 77, 83, 85 e 100 polegadas. Até o momento, não há previsão, nem preço estipulado para o lançamento das TVs.

PlayStation 5

Jim Ryan, CEO da Sony Interactive Entertainment, aproveitou o palco da CES 2021 para anunciar que o lançamento do PS5 foi considerado pela empresa como o maior da história dos jogos eletrônicos. No entanto, o executivo não forneceu nenhum número para comprovar essa informação. Em todo o caso, Ryan ainda divulgou a janela de lançamento de alguns títulos que vão sair para o console, incluindo Hitman III (janeiro), Ghostwire Tokyo (outubro) e Project Athia (janeiro de 2022).

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Band-aid elétrico promete ajudar no controle da ejaculação precoce

Posted: 12 Jan 2021 05:13 AM PST

Fique apenas com esta imagem. Fonte: Morari Medical.

No ano passado, escondido entre os estandes do CES Unveiled, um prato vegetariano intocado e uma horda de jornalistas de tecnologia cansados, me deparei com o Band-aid de períneo.

Na época, o curativo estilo “band-aid” era mais um conceito do que um produto real – como muitos gadgets exibidos na CES. A Morari Medical, a empresa por trás desta invenção, tinha um estande bastante minimalista. Havia apenas um computador exibindo uma apresentação em slides sobre a ejaculação precoce e um manequim sem pênis com o que parecia ser um curativo normal na região do períneo.

Tínhamos várias perguntas. Isso doeria? Na época, o CEO da Morari Medical, Jeff Bennett, nos garantiu que não, não causaria dor. Mas ainda assim, qual seria a sensação? Aplicar um adesivo que envia uma corrente elétrica para "inibir os nervos do pênis, retardando assim a ejaculação" realmente funcionaria? Almas corajosas arriscariam suas “partes” para serem cobaias nesta pesquisa? Esse curativo adesivo realmente chegaria às prateleiras ou estava condenado a ser mais uma raridade do CES?

Já se passou um ano desde que coloquei os olhos no dispositivo, e amigos, fiz minha devida diligência como nerd de wearables do Gizmodo para responder exaustivamente o máximo de perguntas humanamente possíveis.

Embora o dispositivo ainda não tenha um nome oficial, o comunicado de imprensa da Morari Medical chama de band-aid de períneo. No ano passado, a empresa o testou em pessoas reais durante o teste beta, resultando em um novo design de protótipo.

"Percebemos que tínhamos que fazer algumas modificações no produto do ponto de vista do design", disse Bennett ao Gizmodo por telefone. "No ano passado parecia mais um curativo, um produto retangular. Enquanto a estimulação estava funcionando, ela simplesmente não estava aderindo e segurando na pele tão bem quanto queríamos."

Bennett diz que os médicos foram consultados sobre o que poderia ajudar na aderência ao períneo, uma parte única da anatomia humana, que resultou no novo design em forma de borboleta. Ele também enfatizou que a empresa fez um grande esforço para garantir que o adesivo não prejudicasse locais mais sensíveis. O novo protótipo também adicionou conectividade via Bluetooth, para que os usuários possam ajustar o nível de intensidade por meio de um aplicativo.

"Cada pessoa é um pouco diferente em termos do estudo de energia que fizemos para ter essa sensação e é aí que o Bluetooth entra em ação", diz Bennet. "Temos um protótipo funcional com Bluetooth que se comunicará com o produto para que, quando você estiver no calor do momento, não precise se preocupar em colocar o dedo lá para tentar sentir onde está o botão para aumentar ou diminuir a estimulação."

Mas como você se sente? Não é que eu não confiasse em Bennett quando ele disse que haviam descoberto uma maneira de tornar o band-aid de períneo bem limpo. Mesmo assim, eu queria ouvir de alguém que realmente o testou em si mesmo.

"É como um pequeno formigamento", diz Don (um pseudônimo), um dos testadores beta do dispositivo. "Se você já teve alguma experiência com a TENS, é basicamente a mesma sensação mas de forma moderada." A TENS emprega estimulação nervosa elétrica transcutânea – é basicamente um adesivo que envia uma corrente suave pela pele – para reduzir a dor.

Don confirmou que o adesivo não era doloroso de remover e que ele e sua esposa o usaram cerca de quatro ou cinco vezes como parte do estudo da Morari Medical. Mas, mesmo que não tenha sido doloroso, custa caro. E aí vem a pergunta: funcionou?!?!?

"Definitivamente ajudou a aumentar o tempo entre a penetração e a ejaculação. O que era o que realmente esperava ", disse Don. "Fiquei feliz com isso e com os resultados."

Dispositivo com o aplicativo de acompanhamento. Imagem: Morari Medical.

De acordo com Bennett, após o teste beta do adesivo, a empresa descobriu que depois de experimentá-lo pela primeira vez, as pessoas se adaptam à sensação a ponto de não sentirem mais o dispositivo. "É semelhante ao entrar em um banho quente. Se você aumentar muito a temperatura e pular imediatamente, você ficará tipo ‘Uau! Isso dói!’ Mas se você aumentar a temperatura gradualmente, não parecerá mais tão quente.”

Ok, agora que recebemos várias garantias de que o dispositivo vestível não destruirá o períneo – o que vem a seguir?

Neste momento, Bennett diz que a empresa está concluindo a inscrição de um estudo de viabilidade para casais que lidam com a ejaculação precoce. O conteúdo foi aprovado pelo Comitê de Revisão Institucional e a Morari Medical espera resultados preliminares até o final do primeiro trimestre de 2021. A empresa também está avançando agressivamente em direção a uma versão pronta para o consumidor até o final deste ano.

Isso só me deixou com mais perguntas. Ele vai ser para uso único? Você… o reutiliza indefinidamente até ter pele morta ou o suor tornar impossível de colar? Quanto custará para arrumar a parte elétrica? A Morari Medical descobriu algo … surpreendente durante seu teste beta? E quanto à privacidade? O aplicativo coletará dados sobre suas aventuras? O espaço da tecnologia de sexo conectado – carinhosamente apelidados na internet de dongs – provou repetidamente ter diversas falhas quando se trata de privacidade e segurança.

Para seu crédito, Bennett não hesitou em responder às minhas perguntas.

Simplificando, o dispositivo funcionará como navalhas e lâminas de barbear. Você mantém o componente elétrico, que será “encapsulado em um material macio”. Esta parte também contará com uma bateria recarregável. No entanto, a parte adesiva provavelmente será descartável. Embora o preço ainda não seja definitivo, o componente eletrônico reutilizável pode estar na faixa de US$ 100 a US$ 200, com cada patch de uso único custando cerca de US$ 25. Quanto à privacidade, Bennett diz que a empresa não coletará dados de identificação – o Bluetooth está lá apenas para controlá-lo.

Quanto a saber se a Morari Medical descobriu algo inesperado durante seu teste beta, Bennett foi enigmático. "Sim e é algo que ainda não estamos dispostos a divulgar. Vamos tentar confirmar no estudo que estamos fazendo agora. Se pudermos confirmar, será uma coisa muito, muito boa."

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