sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Gizmodo Brasil

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Apple deve lançar headset de realidade virtual (e pode apostar que vai ser bem caro)

Posted: 21 Jan 2021 04:25 PM PST

A Apple está desenvolvendo o seu primeiro headset de realidade virtual (RV), que apresentará um ambiente digital interativo 3D para jogos, assistir a vídeos ou comunicação virtual. O modelo é chamado internamente de N301 e ainda não teve o preço revelado, mas será superior aos seus principais concorrentes, que ficam na faixa de US$ 300 a US$ 900. Com lançamento previsto para 2022, ele vai concorrer com os headsets Oculus, Sony PlayStation VR e HTC do Facebook.

De acordo com este artigo publicado pelo site Bloomberg, o headset deve ter um processador potente e uma ventoinha. A ventoinha é bem incomum, e nos primeiros protótipos, tornou o dispositivo grande e pesado, causando dores no pescoço. Outro aperfeiçoamento é a utilização de tecido no exterior do produto, diferente dos designs de metal e plástico.

Geralmente, aparelhos desse tipo têm um espaço para óculos — assim, quem tem problemas de visão consegue usá-los normalmente. A Apple, porém, retirou esse espaço para deixar seu dispositivo mais compacto. Quem precisar poderá colocar lentes personalizadas com seu grau diretamente no headset.

Alguns protótipos têm câmeras externas acopladas, para servirem como rastreador, e um recurso de reconhecimento de escrita — ainda não se sabe se essa função estará ativa na primeira versão lançada ou se ficará para uma atualização futura.

O headset da Apple foi pensado para funcionar de maneira independente, só com sua própria bateria, sem precisar estar conectado a nenhum aparelho. A empresa até pensou em usar um processador menos potente no aparelho e concentrar o trabalho de processamento em um computador ou smartphone, que enviaria o conteúdo por Bluetooth para o visor, mas acabou desistindo desse formato. A companhia também pretende incluir alguns de seus chipsets mais avançados, superando o desempenho dos processadores do M1 usado nos Macs mais recentes.

A pandemia influenciou diretamente nos resultados obtidos até o momento, pois os engenheiros de hardware trabalhavam em uma escala que não permitiu muitos avanços, o que refletiu nos atrasos na realização de testes de usuários e coleta de dados. Mas, por se utilizar de uma tecnologia relativamente nova, com aplicações direcionadas mais para games, a produção ainda está avaliando o andamento de sua eficiência, que já está na fase final da obtenção do protótipo. Por se tratar de algo não convencional e com um custo elevado, ele deve ir para um mercado de nicho, vendo aproximadamente 180.000 unidades anuais.

Junto com o headset, a Apple também está desenvolvendo um óculos de realidade virtual, com codinome N421, que está em fase inicial. Este produto em especial deve ser revelado somente em 2023.

No ano passado, a Apple adquiriu uma empresa chamada NextVR, que registrava eventos como shows e jogos esportivos em realidade virtual. Segundo o CEO da Apple, Tim Cook, tanto a realidade virtual quanto a realidade aumentada têm potencial, apesar de a primeira ser a maior oportunidade no momento.

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Comitê de 20 especialistas decidirá se Trump pode voltar ao Facebook

Posted: 21 Jan 2021 02:11 PM PST

Facebook Redes Sociais. Imagem: Olivier Douliery (Getty Images)

A decisão de manter Donald Trump bloqueado ou não no Facebook caberá ao Comitê de Supervisão independente da empresa.

Trump foi bloqueado um dia depois de incitar a invasão do Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro. A decisão de redes sociais como o Facebook e Twitter gerou debate em torno do poder das grandes empresas de tecnologia sobre a liberdade de expressão. Ao passar a responsabilidade para o Comitê de Supervisão, a empresa tenta apagar um pouco a imagem de que Mark Zuckerberg e outros executivos decidem sozinhos os limites das redes.

Nick Clegg, vice-presidente de assuntos e comunicações governamentais do Facebook, disse em um comunicado que a empresa preferiria que o governo tomasse esse tipo de decisão. Mas, uma vez que os legisladores não fizeram isso — provavelmente devido à Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que proíbe amplamente o governo de ditar o discurso de entidades privadas — o Comitê de Supervisão terá que fazer o trabalho.

"Quer você acredite que a decisão foi justificada ou não, muitas pessoas estão compreensivelmente incomodadas com a ideia de que as empresas de tecnologia têm o poder de banir líderes eleitos. Muitos argumentam que empresas privadas como o Facebook não deveriam tomar essas grandes decisões por conta própria. Nós concordamos", disse Clegg. "Todos os dias, o Facebook decide se conteúdos são prejudiciais. Essas decisões são feitas de acordo com os Padrões da Comunidade que desenvolvemos ao longo de muitos anos. Seria melhor se elas fossem tomadas de acordo com as estruturas acordadas por legisladores, que podem ser responsabilizados democraticamente. Mas, na ausência de tais leis, existem decisões que não podemos evitar."

As decisões do Comitê de Supervisão são vinculativas, o que significa que Zuckerberg não pode anular uma sentença se não gostar. O conselho de 20 pessoas (que tem um brasileiro entre elas) aceitou seis outros "casos" em dezembro. Em um comunicado anunciando que havia aceitado o pedido do Facebook para revisar a proibição de Trump, o Comitê de Supervisão disse que investigaria se o ex-presidente violou as regras da comunidade do Facebook e "consideraria se a remoção do conteúdo pelo Facebook respeitava os padrões internacionais de direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e outros".

“Acreditamos que nossos membros, trabalhando por meio de um processo de supervisão forte e independente, podem garantir que as decisões sejam tomadas de uma forma mais transparente e baseada em princípios do que o Facebook pode oferecer sozinho. É isso que o Comitê está empenhado em entregar neste caso.”

O Comitê de Supervisão tem até 90 dias para decidir o que fazer com Trump, e o Facebook tem sete dias para cumprir a decisão depois que ela for publicada. O ex-presidente permanecerá suspenso “indefinidamente” enquanto isso, disse Clegg.

Além de Facebook e Instagram, Twitter, Snapchat, Twitch, Shopify e Stripe suspenderam as atividades online e o processamento de pagamentos de Trump. Pesquisas mostraram que a desinformação online caiu drasticamente após cortarem o acesso do então presidente dos EUA às redes.

Clegg está certo ao dizer que as empresas de tecnologia têm muito poder, mas sua afirmação de que os legisladores podem resolver esse problema por meio de uma "estrutura" legal que seja constitucional e combata o extremismo online é questionável. Nos EUA, as redes sociais são regidas pela Seção 230 da Lei de Comunicações, que permite que tribunais rejeitem ações movidas contra decisões de moderação. Recentemente, o Congresso americano tentou discutir essa legislação, mas as ideias foram péssimas e os debates não avançaram. Talvez seja melhor o Facebook ter seu próprio órgão regulador mesmo.

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Amazon oferece ajuda a Biden para distribuir vacinas

Posted: 21 Jan 2021 12:39 PM PST

Foto: John MacDougall/AFP (Getty Images).

Em uma carta aberta divulgada em seu Twitter, a Amazon se colocou à disposição para ajudar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a atingir a meta de 100 milhões de americanos vacinados contra COVID-19 durante os primeiros 100 dias de seu mandato.

O chefe de negócios internacionais da empresa, Dave Clark, afirmou que ela e sua subsidiária, a rede multinacional de supermercados Whole Foods, fecharam um acordo com um provedor terceirizado especializado em saúde ocupacional para administrar as vacinas nas instalações da companhia. A carta também lembra que grande parte dos mais de 800 mil funcionários da Amazon não podem trabalhar de casa e pede que eles sejam vacinados o mais rápido possível.

“Estamos preparados para agir rapidamente assim que as vacinas estiverem disponíveis”, escreveu Clark na carta. “Além disso, estamos preparados para alavancar nossas operações, tecnologia da informação e capacidades de comunicação e experiência para auxiliar nos esforços de vacinação de sua administração.”

A medida da Amazon também pode ser uma resposta à repercussão ruim de episódios recentes. Em outubro de 2020, a empresa foi alvo de investigações após protestos de seus funcionários por causa de negligências durante a pandemia, especialmente com relatos de cortes de benefícios emergenciais. No mesmo mês, a companhia divulgou um relatório, por pressão de 13 procuradores-gerais, que mostrava que mais de 20.000 funcionários seus nos EUA contraíram o vírus durante o seu trabalho. Segundo ela, isso representa uma taxa de 1,44%, que é “relativamente baixa” quando comparada ao número total de trabalhadores da empresa no país.

Outra empresa que prometeu ajudar na imunização é a Uber. Ela já havia se pedido que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos colocasse os motoristas na classificação de profissionais essenciais para que eles pudessem ser vacinados e participar no plano logístico de distribuição antecipada das doses. Outras empresas de produção de alimentos, bens de consumo e transporte rodoviário também estão pedindo às autoridades que priorizem estes grupos.

Biden, que tomou posse nessa quarta-feira (20), prometeu que irá aprovar um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a redução do impacto econômico e social da pandemia. Ele também planeja ativar a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) e a Guarda Nacional para ajudar na ampliação dos pontos de vacinação, como o uso dos centros comunitários, ginásios esportivos e estabelecimentos que possam acelerar o processo de aplicação das doses dos imunizantes.

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Macho de espécie de louva-a-deus ataca fêmea para não ser devorado

Posted: 21 Jan 2021 11:26 AM PST

Os louva-a-deus são conhecidos por seus rituais de acasalamento que são… estranhos. É muito comum que os machos sejam devorados pelas fêmeas após uma relação sexual. No caso da espécie Miomantis caffra, isso ocorre em cerca de 60% das vezes, mas é muito difícil prever quando haverá o ato de canibalismo.

Nathan Burke, entomologista da Universidade de Auckland, na Austrália, explicou ao Science Alert que "os machos jogam uma roleta russa quando encontram fêmeas canibais". Por esse motivo, eles são extremamente cuidadosos na hora de se aproximar de suas parceiras.

O Miomantis caffra, no entanto, desenvolveu uma técnica mais agressiva para garantir a sua sobrevivência, de acordo com o estudo de coautoria de Burke e que foi publicado no Biology Letters. “Sob a ameaça de ataque canibal, os machos tentam subjugar as fêmeas imobilizando-as em lutas violentas", declarou o entomologista à Science Alert.

Mas além de não ser morto pela parceira, o louva-a-deus também tem maior probabilidade de acasalar quando vence uma luta. Por esse motivo, o ataque acaba se tornando tanto uma estratégia de sobrevivência como de acasalamento.

Com base nos experimentos realizados com 52 pares de louva-a-deus, o segredo para vencer a luta é dar o primeiro golpe. As análises mostraram que quando o macho conseguia ser rápido o suficiente para agarrar a fêmea antes do ataque, a chance de ele escapar com vida era de 78%. Quando ele conseguia ferir a região abdominal da fêmea, a taxa de sobrevivência subia para 100%. Por outro lado, quando a fêmea conseguia atacar primeiro, os machos não eram poupados em nenhuma das vezes.

Vencer uma luta, no entanto, não é garantia de que haverá acasalamento. De acordo com o estudo, apenas dois terços das vitórias do macho sobre a fêmea resultaram em relações sexuais. Isso porque a fêmea não precisa necessariamente do macho para reproduzir. O ato de canibalismo ocorre porque os nutrientes obtidos do macho ajudam no desenvolvimento das crias.

Segundo Burke, as fêmeas "conseguem produzir clones de si mesmas caso não acasalem". Ou seja, além de consumirem os machos, elas não precisam deles para a reprodução. Isso levanta a questão sobre a necessidade da existência dos machos. Burke explica que é por isso que eles têm desenvolvido suas táticas de sobrevivência para se manterem relevantes.

[Science Alert]

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Tênis com placa mãe, cooler e RTX 3080 na sola é tudo o que os gamers pediram (ou não)

Posted: 21 Jan 2021 09:49 AM PST

Em alguns anos cobrindo tecnologia, eu já vi de tudo e mais um pouco para quem é gamer: boné gamer, camiseta gamer, celular gamer e mais recentemente máscaras gamer. Mas a Artifact Studios (RTFKT) foi além de apresentou um tênis que não é apenas um tênis gamer, mas traz em sua sola uma placa de vídeo Nvidia GeForce RTX 3080.

Pois é.

Imagem: RTFKT

Batizado de Sneakers Master Race, o calçado é uma parceria da RTFKT com a fabricante NZXT. O objeto é transparente nas laterais, bem parecido com aqueles gabinetes de CPUs caríssimos e mega trabalhados. Tanto na parte interior quanto exterior ficam dois painéis circulares que rodam imagens – em vídeos divulgados nas redes sociais, clipes da animação Yu-Gi-Oh! aparecem em destaque.

Além disso, na parte interna a fabricante colocou um cooler NZXT Kraken Z63 e uma placa mãe. E a sola composta pela placa RTX 3080 também chama atenção porque a ventoinha giratória funciona.

“Estamos muito animados em anunciar uma parceria com a NZXT, capacitando RTFKT e nossa comunidade de criadores para criar o futuro da moda e colecionáveis, fortalecendo nossa visão, comunidade e ideias malucas com suas construções incríveis e amor pelos jogos", escreveu a RTFKT no Twitter.

O produto parece estar apenas na esfera do conceito. E talvez fique por isso mesmo, já que, aparentemente, o calçado não parece ser o mais confortável para usar. A RTFKT tem o costume de fazer tênis colecionáveis em edições limitadas – não somente no mundo gamer, mas em outras temáticas. Contudo, a companhia não divulgou se há intenção real de comercializar o Sneakers Master Race, nem informações quanto ao preço.

Se ele será lançado algum dia, vamos ter que esperar para ver. Quem sabe até seja capaz de rodar um game ou outro, já que eu eu não duvido nada que o tênis tenha outros elementos para “deixar alguns PCs no chinelo”. E com esse trocadilho eu fico por aqui.

[PC Gamer, RTFKT]

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Mini-LED, Micro-LED, OLED e mais: as principais tecnologias para TVs em 2021

Posted: 21 Jan 2021 07:59 AM PST

Escolher uma TV é uma tarefa simples por alguns pontos de vista: preço, design, ano de lançamento, entre outras características. No entanto, existem vários tipos de tela, rótulos e acrônimos que é quase impossível não ficar perdido com tantas nomeações e possibilidades, ainda mais agora em 2021 que novas tecnologias estão a caminho.

Pensando nisso, preparamos um guia simples que explica as tecnologias e principais especificações nos displays de TV que devem bombar este ano.

O básico

Imagem: Panasonic

As principais especificações de uma TV permanecem as mesmas de sempre: há o tamanho da tela, que define quanto o televisor vai medir, e há a resolução, que é quantos pixels são colocados no painel. No Brasil, o Full HD tem ficado em segundo plano graças à expansão do 4K, mas já existem modelos ainda melhores, com tecnologia 8K – embora sejam vendidos a preços que não são acessíveis para a maioria da população.

Quanto ao tipo de tecnologia no display, as duas mais comuns de serem encontradas são o OLED (Organic Light-Emitting Diode), mais caro e em que cada pixel de luz é iluminado de forma independente, e o LCD (Liquid Crystal Display), mais barato e ainda uma boa alternativa, que usa uma camada de luz de fundo.

O LCD tem melhorado nos últimos anos com o uso de LEDs (Light-Emitting Diodes) em várias configurações, permitindo que eles se aproximem do contraste nítido e das cores profundas do OLED. As TVs LCD agora são frequentemente chamadas de TVs LCD LED, ou simplesmente TVs LED, o que pode confundir um pouco os consumidores.

Não podemos esquecer de outros pormenores, como o HDR (High Dynamic Range), que é a capacidade das telas de equilibrar as cores para que os pontos mais escuros e mais claros ainda estejam cheios de detalhes. Existem algumas subcategorias – HDR10, HDR10+, Dolby Vision e outros -, mas isso não é algo mandatório de se escolher. Tudo depende do seu nível de exigência, já que, para maior qualidade de imagem, o ideal é optar por TVs com a versão mais recente.

Mini-LED e MIcro-LED

Imagem: Samsung

Como mencionado acima, as tecnologias para TVs estão se dividindo cada vez mais em subcategorias e variações. Muitas fabricantes têm adotado padrões específicos, o que dificulta comparar marcas diferentes entre si. Com isso em mente, surgiram os Mini-LED e Micro-LED, variações do LED e, no geral, uma evolução do LCD.

O problema com LCDs que usam retroiluminação de LED é que eles não oferecem muito controle de iluminação pixel a pixel. Isso significa que é mais provável que você veja espaços de luz ao redor de pontos brilhantes em fundos escuros. Para resolver isso, as fabricantes começaram a dividir as luzes de fundo em zonas menores e controladas individualmente, de forma que algumas partes da tela pudessem ser de um preto mais profundo (ou um branco mais brilhante) sem afetar o resto do painel.

O Mini-LED e o Micro-LED são atualizações dessa ideia, tornando o tamanho dos LEDs individuais cada vez menores e, assim, permitindo mais controle sobre a imagem. Já existe uma gama considerável de televisores que serão lançados em 2021 equipados com essas tecnologias, mas não serão nada baratos. A TV de 110 polegadas da Samsung com Micro-LED, por exemplo, sairá por US$ 150 mil, ou R$ 804 mil na conversão atual.

Em teoria, o Micro-LED oferece os benefícios do LCD e do OLED em um novo pacote. As empresas devem ser capazes de tornar a tecnologia mais acessível com o tempo, mas por enquanto ficamos nisso: não é uma tecnologia voltada para as massas. Também é preciso levar em consideração que algumas companhias têm adotado nomes diferentes para a novidade – no caso das TVs da Sony, o Micro-LED é chamado de Crystal LED.

Pontos quânticos

Imagem: LG

Durante a CES 2021, que aconteceu totalmente digital este ano por conta da pandemia de COVID-19, as fabricantes já apresentaram melhorias no Mini-LED: a LG com o seu QNED e a Samsung com o QLED – o "Q” é uma referência a “ponto quântico”. No final das contas, essas são variações do mesmo modelo de LED LCD que vimos antes, mas há uma camada extra desses pontos quânticos que podem refinar e processar ainda mais as cores mostradas na tela e o contraste geral da imagem.

É o mesmo padrão que vimos nas tecnologias de TV ao longo dos anos, servindo como um ajuste inteligente para lidar com algumas de suas limitações. Uma das grandes vantagens dos conjuntos QLED e QNED é o brilho aprimorado que, em alguns casos, é capaz de superar até o OLED. Brilho e longevidade são desvantagens potenciais do OLED, apesar de as fabricantes estarem fazendo melhorias nesse campo.

A Samsung vem desenvolvendo o QLED há algum tempo, e a última novidade da companhia é o chamado Neo QLED. Tal como acontece com muitas reformulações, Neo significa apenas “novo” e melhorado: refere-se a LEDs (pontos quânticos) que são menores, mais precisos, com menos vazamentos em termos de luz e mais responsivos. A tecnologia também pode ser melhor gerenciada pelo software integrado da TV. No final, tudo se resume a uma imagem cada vez melhor.

O QNED, por sua vez, é relativamente novo, mas incorpora uma tecnologia da LG que já é conhecida: a NanoCell. Na verdade, o “N” se refere a nano: o QNED define até 30.000 LEDs para atuar como uma luz de fundo. Portanto, se você estiver comparando aparelhos de TV com esses tipos de tecnologia Mini-LED aprimorada, procure o número de LEDs mencionados, bem como o número de zonas de dimerização locais, se esses detalhes estiverem listados no anúncio do produto.

Também vale saber

Imagem: TCL

Se você se sentir confuso com qualquer especificação de TV que encontrar, uma busca rápida pela página oficial da fabricante deve fornecer informações mais precisas do que se trata cada uma das tecnologias. Como mencionamos no início, observar as especificações por uma tela de celular ou computador, ou ler uma análise do dispositivo, não é a mesma coisa do que visualizar o televisor ao vivo. No entanto, é possível ter uma ideia do que cada fabricante oferece em seus respectivos aparelhos.

Assim como um PC ou smartphone, as televisões também possuem processadores. Chipsets mais rápidos, avançados e caros ajudam as TVs a gerenciar melhor todos aqueles milhões de pixels, mudando as cores mais rapidamente, interpretando o brilho e o contraste de forma mais realista e aumentando todo o conteúdo antigo para 4K e 8K de uma forma que não comprometa a experiência. Tudo com uma ajudinha de softwares de inteligência artificial.

A Sony, por exemplo, revelou que suas novas TVs da linha Bravia para 2021 são equipadas com o que a empresa chama de “processamento cognitivo", que faz uso de algoritmos especiais para descobrir para onde seus olhos provavelmente estão olhando. Depois disso, o televisor aprimora partes da imagem, destacando a área em que seus olhos estão direcionados. São ajustes como esse que as fabricantes gostam de adicionar ano após ano, e servem como diferencial para quem procura por novidades realmente interessantes.

E sempre é bom lembrar: nem tudo precisa ser levado ao pé da letra, e você, como consumidor, tem total liberdade para escolher o produto que quiser e for mais conveniente.

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Google ainda não incluiu informações de privacidade em seus apps para iOS

Posted: 21 Jan 2021 07:31 AM PST

Google Gmail. Imagem: Solen Feyissa (Unsplash)

O Google ainda está relutante para se adequar às novas diretrizes da App Store, que há algumas semanas solicita aos desenvolvedores descrever como os dados dos usuários são utilizados – uma novidade que a Apple chama de "informações nutricionais".

Desde dezembro de 2020, a Apple exige que todos os aplicativos hospedados na App Store forneçam mais informações sobre como utilizam os dados dos usuários. Segundo a empresa, essa é uma forma de passar mais transparência aos donos de dispositivos iOS e macOS, uma vez que descreve exatamente quais informações estão sendo coletadas.

No caso do Google, como notou o site MacRumors, os principais aplicativos da empresa não foram atualizados para as novas regras da App Store desde o dia 7 de dezembro do ano passado. E a lista é grande: Gmail, Google Maps, Waze, Chrome, YouTube, Google, Google Drive, Google Fotos, Google Documentos, Google Earth, YouTube Music, Hangouts, Google Meet, Google News, Gboard, Google Podcasts, Google Tradutor, Google Pay e muitos outros ainda não se adequaram às novas diretrizes da Apple.

Para efeito de comparação, o Facebook, que é um dos apps que mais consome e coleta dados dos usuários no iOS, já atualizou sua página na App Store. Pode ser que a quantidade de informações guardadas pela rede social assuste muita gente, mas pelo menos tudo isso passou a ficar mais destacado na tela inicial de download da ferramenta. Ou seja, fica a critério do usuário baixá-la ou não, mas agora sabendo exatamente como a plataforma lida com tantos dados sensíveis.

No último dia 5 de janeiro, o Google afirmou em entrevista ao TechCrunch que essa atualização nos apps da empresa aconteceria "nesta semana ou na semana seguinte". A questão é que os dias passaram e até agora nada disso foi concretizado. A justificativa do Google fica ainda mais estranha quando se leva em consideração que todos os aplicativos da companhia para iOS não recebem atualização há quase um mês. Mais curioso ainda é lembrar que os principais serviços do Google não costumavam ficar mais do que uma semana sem novos updates.

As versões para Android, por sua vez, continuaram sendo atualizadas desde então.

Ou seja, o jeito é aguardar até que o Google adeque seus aplicativos para as novas regras de transparência e privacidade da App Store. Agora quando isso vai acontecer, aí já é outra história.

[MacRumors]

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Cientistas criam velcro que não faz barulho

Posted: 21 Jan 2021 07:04 AM PST

Imagem: Preeti Sharma

O velcro é ótimo quando você precisa abrir coisas com rapidez ou facilidade, mas em questão de barulho ele não é dos mais discretos. Agora, pesquisadores da Universidade de Wageningen, na Holanda, podem ter encontrado uma solução para eliminar o ruído estrondoso causado pelo contato do material. Para isso, os cientistas criaram um novo design, inspirado nos cogumelos, que não rasga os tecidos e é muito mais silencioso.

Velcro é o termo oficial da marca registrada para o sistema de fixação que usa ganchos minúsculos e laços flexíveis para unir com segurança duas superfícies quando são pressionadas uma contra a outra. O material foi inventado por George de Mestral em 1941, após pesquisas usando rebarbas que grudavam em suas roupas durante uma caminhada na floresta. Genericamente, a técnica é conhecida como fechos de velcro e, embora seja conveniente, também tem suas desvantagens. Essas pequenas presilhas de plástico podem se prender facilmente a tecidos menos duráveis, danificando o material quando separadas. Também não é tão silenciosa quanto zíperes ou botões na hora de abrir ou descolar uma peça.

Ao longo dos anos, foram feitas variações na “tecnologia” do gancho e laço. Contudo, para garantir uma fixação mais forte, os próprios ganchos sempre foram feitos de um plástico rígido que é também o que causa todo o ruído. Foi nisso que a equipe de pesquisa da Universidade de Wageningen concentrou seus esforços.

Em um artigo publicado recentemente na revista Biointerphases, os pesquisadores explicam como a impressão 3D foi usada para desenvolver moldes para criar superfícies flexíveis cobertas por minúsculas estruturas inspiradas em cogumelos – uma meia esfera presa a uma haste.

As “cabeças” do novo design lembram um cogumelo e possuem maior aderência às superfícies, sem provocar o ruído característico de descolagem do velcro. Imagem: Biointerphases

O redesenho oferece tanta aderência quanto os fechos de velcro tradicionais, mas se afasta de diferentes tipos de tecidos delicados sem causar nenhum dano no processo. As minúsculas estruturas em forma de cogumelo também são feitas de um plástico que é mais flexível do que o design de gancho tradicional, o que significa que o rasgo ensurdecedor provocado quando duas superfícies são separadas fica consideravelmente mais abafado. Isso também permite que o sistema de fixação redesenhado possa ser usado em aplicações que antes não eram compatíveis, como o uso militar, onde o silêncio é muitas vezes considerado crítico.

Enquanto o velcro original foi inspirado pela Mãe Natureza, este novo prendedor semelhante a um cogumelo poderia facilitar o desenvolvimento de robôs com textura macia e inspirados em animais que podem andar em paredes ou tetos, ou criaturas com tentáculos robóticos flexíveis que poderiam aderir a várias superfícies ou agarrar itens sem nunca causar danos no processo.

Os pesquisadores não estão totalmente prontos para comercializar essa nova versão do velcro, porém acreditam que mais experimentos com o novo formato podem render um fixador ainda mais forte para ser usado futuramente em diversos objetos. Isso, claro, sem o barulho inconveniente causado pelo velcro atual.

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O que sabemos sobre o incêndio na fábrica de vacinas da Índia até agora

Posted: 21 Jan 2021 05:47 AM PST

Incêndio no Instituto Serum

Na manhã desta quinta-feira (21), o Instituto Serum, que produz a vacina de Oxford na Índia, foi atingido por um incêndio. Adar Poonawalla, diretor-executivo do instituto, afirmou que não houve nenhum prejuízo nos estoques de vacina contra Covid-19, pois a unidade que pegou fogo foi a que produz vacinas contra o rotavírus.

De acordo com o jornal Times of India, cinco pessoas morreram no incêndio. O prefeito da cidade de Puna, onde o instituto está localizado, afirmou que as vítimas provavelmente eram trabalhadores de construção civil.

O incêndio ocorreu no Terminal 1, onde está sendo construída uma nova fábrica. O corpo de bombeiros da cidade informou à agência de notícias Reuters que cinco caminhões foram enviados ao local para combater o fogo nos dois andares atingidos. Ainda não há informações sobre a causa do acidente, mas o prefeito de Pune acredita que possa ter sido um trabalho de soldagem realizado nas obras.

Apesar das vacinas contra Covid-19 não terem sido atingidas, o fogo consumiu a unidade que produz vacinas para o rotavírus. Poonawalla estima prejuízos de cerca de 40% na produção das doses.

Atualmente, o Instituto Serum é o maior fabricante de vacinas do mundo, com uma produção de 1,5 bilhão de doses para doenças que incluem poliomielite e caxumba. Conforme apontado pelo G1, a Índia começou a exportar as vacinas do Instituto Serum para alguns países esta semana, mas o Brasil não é um deles.

Por enquanto, o Brasil ainda está esperando a liberação de dois milhões de doses da vacina de Oxford que estão na Índia. O avião que buscaria os imunizantes teve que pousar em Recife devido às incertezas diplomáticas entre os dois países e acabou sendo aproveitado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Assim que surgirem mais informações sobre o incêndio, atualizaremos o texto.

[G1, UOL, CNN]

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Alguns cientistas querem que hipopótamos de Pablo Escobar sejam mortos

Posted: 21 Jan 2021 04:37 AM PST

Cientistas publicaram um estudo no periódico Biological Conservation no início deste mês alertando que os hipopótamos importados pelo chefão da cocaína Pablo Escobar há décadas estão tomando conta dos pântanos da Colômbia e que a situação vai piorar muito se as autoridades não se livrarem das criaturas.

Se você não conhece muito bem a história, vamos relembrar. A Polícia Nacional da Colômbia matou Pablo Escobar em 1993. Além disso, as autoridades apreenderam sua fazenda de 28 quilômetros quadrados, incluindo seu zoológico particular. Mas enquanto eles enviaram a maioria dos animais de Escobar para viver em outros zoológicos e reservas de vida selvagem, eles deixaram seus quatro hipopótamos crescerem sozinhos, mesmo não sendo nativos da região. Esses quatro se reproduziram, e agora há cerca de 80 hipopótamos vagando pelo país, tendo se tornado uma espécie de mascote nacional.

Os hipopótamos, chamados pelo artigo de "o maior animal invasor do mundo", estão causando estragos nos ecossistemas do país. No ano passado, pesquisas mostraram que as fezes dos animais estavam mudando a química e os níveis de oxigênio dos cursos d’água locais, fertilizando cianobactérias prejudiciais, que podem levar ao florescimento de algas verde-azuladas que deixam pessoas e animais doentes. Os hipopótamos também têm sido uma ameaça direta à segurança dos colombianos: eles já perseguiram e até feriram gravemente um homem em maio de 2020. Globalmente, os hipopótamos matam mais pessoas a cada ano do que qualquer outra espécie de grande mamífero. É melhor não mexer com eles.

Os animais continuam a se reproduzir e não enfrentam predadores naturais na Colômbia. Os animais se espalharam para viver a 161 quilômetros de seu lar original na propriedade de Escobar. Eles agora residem ao longo da bacia do rio Magdalena, que é uma fonte importante de água para consumo e atividades econômicas, como agricultura e pecuária.

Devido a preocupações com a saúde e segurança públicas, as autoridades colombianas lançaram um plano para matar os hipopótamos em 2009, mas a ideia foi abandonada rapidamente depois de ter uma péssima repercussão. Os autores do novo estudo dizem que abandonar o plano foi um erro. Eles preveem que “o tamanho da população continuará a aumentar constantemente”, chegando a quase 1.500 hipopótamos em 2040. Até lá, os animais começarão a ter efeitos irreversíveis nos ecossistemas locais e representarão uma ameaça séria e descontrolada à segurança humana. Para evitar uma catástrofe ecológica e uma ameaça pública maior, o artigo clama para que as autoridades a considerarem mais uma vez o abate dos hipopótamos antes de chegar a esse ponto.

Nem todos concordam em reabrir a discussão sobre matar os hipopótamos. Alguns cientistas acham que devemos deixar esses bichos em paz — ou pelo menos continuar a estudar seus impactos no ecossistema sem julgamento. Um artigo no ano passado indicou que os animais têm, na verdade, sido benéficos para o meio ambiente da Colômbia, cumprindo papéis ecológicos antes desempenhados por antigos notoungulados, que foram extintos há milhares de anos.

"Não afirmamos que os hipopótamos sejam benéficos ou não — mas que eles devem ser estudados sem esses tipos de rótulos, no contexto de longo prazo", disse um autor desse estudo na época.

Outros ecologistas, observa o novo estudo, veem os hipopótamos como um problema, mas pensam que em vez de matá-los, eles deveriam ser castrados, permitindo que vivessem suas vidas, mas não se reproduzissem. Isso poderia pelo menos mitigar parte da reação da última vez que as autoridades consideraram exterminar os animais, o que gerou protestos. Mas, como observam os autores, as tentativas anteriores de conter e esterilizar os hipopótamos não tiveram muito sucesso, uma vez que os animais são extremamente rápidos e violentos. Cientistas do estado conseguiram capturar apenas quatro entre 2011 e 2019, o que "não parece ter um impacto importante na reprodução", escreveram os autores.

O que quer que as autoridades decidam fazer, os autores deixam claro que é pelo menos hora para eles levarem a sério a pesquisa dos custos e benefícios potenciais de todas as soluções. "Há uma necessidade urgente de realizar pesquisas colaborativas sobre os conflitos sociais causados ​​pelos hipopótamos na Colômbia", diz o estudo. Caso contrário, mais pessoas e ecossistemas serão prejudicados.

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O que acontece agora que os EUA voltaram ao Acordo de Paris

Posted: 21 Jan 2021 04:27 AM PST

Em seu primeiro dia no Salão Oval, o presidente Joe Biden assinou uma série de ordens executivas para derrubar vários dos retrocessos ambientais mais absurdos do governo Trump. O terceiro que ele assinou colocou os Estados Unidos no caminho para voltar a aderir ao Acordo de Paris.

Para isso, o governo Biden enviará carta às Nações Unidas, desencadeando um processo oficial de retorno que levará apenas 30 dias. Mas esse é apenas o primeiro passo para voltar a aderir e ser uma parte efetiva do acordo. Sob o governo Trump, os Estados Unidos perderam quatro valiosos anos sem agir contra as mudanças climáticas, tornando mais fácil para os poluidores emitir gases que aquecem o planeta, em vez de dificultar. Durante esse tempo, a crise tornou-se ainda mais urgente.

"Agora, o governo Biden realmente tem a responsabilidade de mostrar ao mundo que os EUA levam a sério a ação contra as mudanças climáticas", disse Sriram Madhusoodanan, vice-diretor de campanhas da organização sem fins lucrativos Corporate Accountability. "E isso significa que os Estados Unidos precisam mostrar que estão prontos para agir e de forma proporcional à responsabilidade que devem assumir".

Quando os EUA assinaram o acordo na época do presidente Obama, o país prometeu reduzir suas emissões em pelo menos 26% até 2025, em comparação com os níveis de 2005. Mesmo na época, os cientistas sabiam que o compromisso era insuficiente para cumprir a meta do acordo de limitar o aquecimento global a "muito abaixo" de 2 graus Celsius (3,6 graus Fahrenheit) em relação às temperaturas pré-industriais. O tratado internacional sobre o clima entrou em vigor poucos dias antes da eleição do presidente Trump. Pouco depois de assumir o cargo, Trump prometeu retirar o país do acordo, iniciando um processo de saída que só foi finalizado em novembro passado.

Embora o tratado climático esteja longe de ser perfeito – está cheio de compromissos não vinculativos e insuficientes, além de linguagem que beneficia os poluidores corporativos – ainda foi um movimento importante quando os EUA decidiu deixá-lo. Como o segundo maior emissor de gases de efeito estufa e o maior poluidor histórico, o páis tem uma grande parcela de responsabilidade no enfrentamento da crise climática. Os cortes de emissões prometidos pela nação também responderam por cerca de 20% das reduções globais projetadas no tratado.

Agora, a nação entrará novamente no acordo em um momento crucial, quando os países estiverem atualizando suas "contribuições nacionalmente determinadas" ou promessas de redução de emissões. Se Biden quer mostrar que não está pra brincadeira, ele deve aproveitar a oportunidade para fortalecer os objetivos do país.

Não está claro quando o governo Biden anunciará sua nova meta de emissões, mas deve fazê-lo antes das negociações climáticas internacionais da ONU em novembro deste ano. Segundo o tratado, as nações concordaram em reconsiderar seus compromissos a cada cinco anos. As promessas que os EUA fizerem será um grande sinal para o mundo se o país estiver pronto para enfrentar o escopo da crise.

Biden prometeu zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. De acordo com a análise de 2020 do Grupo Rhodium, para manter essa meta, a nação precisaria reduzir suas emissões em 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. Isso representa um corte de cerca de 3% ao ano. Se Biden levar a sério seus objetivos declarados, podemos esperar que ele os consagre nas promessas do Acordo de Paris.

Mas a realidade é que a crise exigirá ainda mais do que isso. No final de 2019, a ONU alertou em um relatório que, para evitar níveis catastróficos de aquecimento, o mundo terá que cortar as emissões globais de gases de efeito estufa em 7,6% ao ano durante a próxima década. No mês passado, mais de 100 organizações ambientais, de direitos humanos e de justiça climática nos Estados Unidos enviaram uma carta ao governo Biden pedindo ao novo presidente que fizesse uma promessa ousada: alcançar uma redução de 195% das emissões de gases de efeito estufa abaixo dos níveis de 2005 até 2030. A carta estabelece a redução das emissões domésticas em 70% e, em seguida, conquistar os 125% restantes ao fornecer fundos para os países em desenvolvimento se descarbonizarem.

Esse nível de compromisso parece improvável. Mas independentemente de onde caia a promessa de Biden, há uma série de ações que ele poderia tomar muito rapidamente para colocar os EUA no caminho certo para cumprir qualquer que seja a meta de emissões. Em seu primeiro dia no cargo, Biden assinou uma ordem para revogar as licenças do oleoduto Keystone XL e instituir uma moratória sobre os arrendamentos de perfuração no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico. Esses são os primeiros passos no que deve ser um plano holístico para interromper ou reduzir toda a infraestrutura planejada de combustível fóssil e direitos de perfuração em terras federais.

Além dessas ações federais, sob o Acordo de Paris, o governo Biden poderia aumentar os compromissos do país de ajudar a financiar as transições de nações mais pobres para abandonarem a energia suja (ou não renovável). Com Trump, os Estados Unidos encerraram suas contribuições para o Fundo Verde para o Clima, órgão da ONU que concede recursos para ações climáticas internacionais. Restabelecer esse financiamento – e aumentá-lo – ajudaria o mundo a abandonar os combustíveis fósseis mais rapidamente e de maneira equitativa.

"A administração executiva deve liderar isso, tornando-se um líder internacional em finanças climáticas", disse Madhusoodanan. "Isso garantiria que os países do Sul Global que foram mais atingidos pelas mudanças climáticas possam avançar em seus planos para uma transição justa."

Além de trabalhar para reduzir as emissões aqui e no exterior, o governo Biden deve se comprometer a ajudar o mundo na adaptação ao clima. Neste mês, cientistas do clima da ONU divulgaram um relatório alertando que o mundo ainda está muito atrás nesse quesito.

"A mudança climática está acontecendo, e mesmo se reduzirmos as emissões, vai demorar um pouco para que essas reduções entrem em ação", disse Daniel Bresette, diretor executivo do Instituto de Estudos Ambientais e Energéticos. "Assim, à medida que o mundo fica mais quente, devemos pensar sobre o que podemos fazer no curto prazo para nos adaptar e melhorar nossa resiliência aos impactos das mudanças climáticas."

Em particular, disse ele, o governo Biden deve procurar apoiar políticas que aumentem a segurança e resultem em cortes de emissões. Conservar pântanos, manguezais e florestas, por exemplo, ajudaria as comunidades a lidar com a crise climática absorvendo as águas provenientes do aumento de chuvas e a elevação do mar, além de garantir que teríamos vegetação para sugar o carbono atmosférico. As autoridades devem priorizar esses projetos nas áreas mais vulneráveis ​​à crise climática.

"Ao longo de sua campanha, Biden prometeu colocar a ciência e a justiça no centro de suas políticas", disse Madhusoodanan. "Se tivermos a chance de responder a esta crise de forma adequada, então precisamos de ações que realmente estejam à altura desse desafio."

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