quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Gizmodo Brasil

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YouTube promete mais renda para canais e foco na remoção de conteúdo falso em 2021

Posted: 26 Jan 2021 05:21 PM PST

Imagem: Christian Wiediger (Unsplash)

O YouTube anunciou nesta terça-feira (26) algumas novidades que prometem beneficiar principalmente os criadores de conteúdo — no geral, mais dinheiro para esses usuários. Segundo a plataforma, as mudanças se dão porque a companhia entende que, devido à pandemia de COVID-19, mais pessoas estão em casa e fazendo dessa atividade uma fonte de renda.

“A receita do YouTube está saudável e forte, apesar dos desafios de 2020. O número de novos canais que ingressaram no nosso Programa de Parcerias do YouTube (YPP) no ano passado mais do que duplicou em relação ao ano anterior. Os criadores de conteúdo estão criando empresas de mídia de última geração que impactam o sucesso geral da nossa receita", destacou Susan Wojcicki, CEO do YouTube, em comunicado oficial.

Começando agora em 2021, o YouTube promete ser mais transparente nas políticas do serviço. Embora não tenha especificado como isso vai funcionar, o caminho mais lógico é acreditar que a plataforma agora assumirá um papel maior de responsabilidade sobre o que pode ou não ser publicado no site. Além disso, visa proteger os criadores contra abuso e usuários de má fé, e oferecer melhorias no processo de contestação.

Outra promessa do YouTube é fornecer fontes adicionais de receita aos criadores de conteúdo. Mas de novo: sem falar como isso deve acontecer exatamente. É provável que recursos como Super Chat, Super Sticker e Clube de Canais ajudem no aumento de arrecadação. Inclusive, o uso essas funções, segundo o YouTube, triplicou em 2020.

O YouTube ainda reforçou seu compromisso em "remover o conteúdo que os especialistas dizem que pode levar a danos no mundo real", em referência à invasão ao Capitólio, o Congresso dos EUA, causada após o ex-presidente Donald Trump incitar seus seguidores no Twitter a cometerem o ato. Seguindo esse mesmo raciocínio, o serviço diz que vai destacar vozes do movimento #YouTubeBlack, que destaca criadores negros e suas histórias através do YouTube.

A plataforma também atualizou suas políticas para remover desinformações médicas danosas sobre a COVID-19, ao mesmo tempo que promove conteúdos verdadeiros e pertinentes sobre a vacinação. “Queremos ajudar as pessoas a compreenderem a importância das vacinas conectando-as a informações rápidas e, assim, promovendo a tomada de decisões bem informadas. Também queremos ajudar a comunidade científica a interagir com o público sobre essa questão importante", disse Wojcicki.

Por fim, o YouTube afirma que vai incentivar os usuários a criarem mais conteúdos para celular usando o YouTube Shorts, recurso concorrente ao TikTok e ao Reels do Instagram. Segundo a companhia, vídeos colocados nessa funcionalidade recebem 3,5 bilhões de visualizações diariamente, e a ideia é fazer que esse número continue subindo.

[YouTube]

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São Paulo confirma três casos de variante de Manaus do coronavírus

Posted: 26 Jan 2021 03:21 PM PST

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou três casos da nova variante do coronavírus detectada em Manaus. É a primeira vez que essa variante é encontrada em outro estado brasileiro, de acordo com o G1.

A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz. Segundo a Secretaria, os três casos são importados, pois são pacientes com histórico de viagem para Manaus ou residência na cidade. Os vírus encontrados são da linhagem P.1 e têm mutações nos genes que codificam a proteína spike, usada para se ligar aos receptores nas células humanas.

Acredita-se que a variante de Manaus tenha maior capacidade de transmissão do que as cepas do coronavírus que estavam em circulação anteriormente. A região vem enfrentando alta no número de hospitalizações, o que levou a faltar oxigênio nos hospitais.

Em geral, especialistas temem que as mutações no vírus aumentem o risco de reinfecção e diminuam o efeito imunizante fornecido pelas vacinas — os primeiros estudos, felizmente, mostram que parece não ser o caso. Além disso, existe a preocupação de que essa e outras variantes possam se tornar indetectáveis nos testes atualmente disponíveis.

Essa variante foi identificada pela primeira vez no Japão, em viajantes que tinham estado no Amazonas. A falta de testes e o pequeno número de sequenciamentos genéticos feito no Brasil dificultam a chamada vigilância genômica, que visa identificar mutações que possam ser mais letais ou transmissíveis. De acordo com o jornal El País, o Brasil realiza cem vezes menos sequenciamentos genéticos do que o Reino Unido, referencia mundial nesse tipo de detecção.

Este não é o primeiro caso de uma variante do coronavírus identificada em São Paulo. Em dezembro de 2020, dois casos da variante B.1.1.7, também conhecida como variante britânica, foram detectados na capital pelo laboratório Dasa. A variante do Reino Unido é preocupante porque parece ser mais transmissível. Recentemente, cientistas disseram que ela também pode ser mais letal.

[G1, CNN Brasil]

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Bot do Telegram vende dados roubados de mais de 500 milhões de usuários do Facebook

Posted: 26 Jan 2021 01:59 PM PST

Imagem: Thomas Samson/AFP (Getty Images)

Os números de celular e senhas de sites de cerca de 500 milhões de usuários do Facebook parecem estar à venda em um fórum de crimes cibernéticos na Dark Web.

O criminoso, ou o grupo de responsáveis pelo furto, ​​construiu um bot do Telegram para funcionar como um recurso de pesquisa embutido no próprio app. Os compradores em potencial podem usar o bot para vasculhar dados e encontrar números de telefone que correspondam às credenciais de usuário (ou vice-versa) com todas as informações sendo desbloqueadas após o pagamento dos “créditos” da consulta. Esses créditos começam em US$ 20 (cerca de R$ 107 na conversão direta) para uma única pesquisa e ficam mais baratos se forem comprados em conjunto.

A atividade foi descoberta por Alon Gal, cofundador e CTO da empresa de segurança cibernética Hudson Rock, que postou sobre o esquema em sua conta no Twitter. O caso também foi relatado por Joseph Cox no Motherboard.

Um servidor desprotegido do Facebook contendo informações das contas de milhões de usuários parece ser a fonte dos dados à venda aqui — embora essa vulnerabilidade tenha sido descoberta por pesquisadores em 2019 e o Facebook já tenha corrigido a brecha desde então. Gal afirmou que a vulnerabilidade foi explorada para criar "um banco de dados contendo informações de 533 milhões de usuários em todos os países". Por razões desconhecidas, o próprio bot afirma vender os dados para pessoas em 19 localidades ao redor do mundo.

"É muito preocupante ver um banco de dados desse tamanho sendo vendido em comunidades de cibercrime, pois prejudica nossa privacidade e certamente será usado para difamação e outras atividades fraudulentas por usuários mal-intencionados", disse Gal ao Motherboard. "É importante que o Facebook notifique seus usuários sobre essa violação para que tenham menos probabilidade de serem vítimas de diferentes tentativas de hacking e engenharia social", acrescentou.

O Gizmodo entrou em contato com o Facebook para comentar o assunto e atualizaremos se recebermos uma resposta.

Os bots do Telegram, que podem ser personalizados em diferentes maneiras, têm se envolvido cada vez mais em fraudes cibernéticas, mesmo que isso aconteça de maneiras diferentes desse cenário. Recentemente, pesquisadores descobriram um esquema de fraude em que os bots se passavam por um serviço, em que os criminosos eram capazes de automatizar as comunicações com potenciais vítimas de phishing. Da mesma forma, uma reportagem do BuzzFeed de vários anos atrás mostrou que os bots estavam sendo usados ​​por golpistas de bitcoin para atrair vítimas para esquemas obscuros do tipo “bump and dump”, em que um ativo é sobrevalorizado usando informações falsas.

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Novo recurso permite que Alexa tome decisões sozinha

Posted: 26 Jan 2021 12:52 PM PST

Imagem: Catie Keck/Gizmodo

A famosa assistente virtual da Amazon agora pode ligar seu aspirador de pó robô ou desligar suas luzes inteligentes por conta própria. Sim, você leu corretamente. Em setembro do ano passado, a empresa já havia anunciado que em breve lançaria uma atualização para permitir que a Alexa aja de acordo com hábitos e solicitações dos seus dispositivos conectados na casa de seu usuário, permitindo que tarefas fossem realizadas de forma proativa, como desligar as luzes de forma automática quando o cômodo não estiver em uso.

O recurso, chamado de Hunches (palpites, em tradução livre), é habilitado por padrão, mas a Alexa explicará como desabilitar a função depois de dar seu primeiro pitaco. Para acessar suas preferências, abra o aplicativo Alexa e selecione a opção "Mais" no menu na parte inferior da tela. Selecione as “Configurações”, role para baixo e clique em “Hunches”.

Esta novidade foi muito interessante para mim, pois tenho uma cafeteira que utiliza este tipo de ferramenta. Mas confesso que isso tem o potencial de dar muito errado, especialmente se a Alexa ficar descontrolada e começar a preparar meu café da manhã no meio da noite. Imagina o gasto! E o desperdício!

Contudo, de acordo com as próprias informações divulgadas até o momento, o recurso é limitado a travas inteligentes, luzes, plugues e termostatos. Mas, caso tenha outro dispositivo conectado, o porta-voz disse que os usuários "podem começar a receber palpites da tecnologia com base em como você normalmente usa seus aparelhos conectados".

Por enquanto, ao que parece, meu cafezinho está seguro. Então, já peço ajuda antecipadamente caso esta inteligência se atreva a gastar lentamente o que resta da minha sanidade.

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Twitter lança Birdwatch, ferramenta para combater informações falsas

Posted: 26 Jan 2021 11:19 AM PST

Pessoa com o logotipo do Twitter ao fundo. Crédito: Leon Neal/Getty Images

O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) o lançamento oficial do Birdwatch, um programa projetado para combater a desinformação na plataforma ao permitir que um pequeno grupo de usuários sinalize conteúdos potencialmente enganosos.

O piloto, que até agora é composto por cerca de mil usuários residentes nos Estados Unidos, utiliza um formato no estilo da Wikipedia. Nesse caso, os membros podem adicionar anotações da comunidade aos tweets para fornecer um contexto significativo ou avaliar a precisão das afirmações. Por enquanto, essas notas só estão disponíveis para visualização em um site auxiliar — no endereço birdwatch.twitter.com. O vice-presidente de produto do Twitter, Keith Coleman, afirmou que o objetivo final é "tornar as notas visíveis diretamente nos tweets para o público global quando houver consenso de um amplo e diversificado conjunto de colaboradores".

"Acreditamos que essa abordagem tem o potencial de responder rapidamente quando informações enganosas se espalham, adicionando um contexto no qual as pessoas confiam e consideram valioso", acrescentou Coleman.

A revelação da nova abordagem voltada para a comunidade vem depois da tensão da última eleição presidencial nos EUA, que viu níveis sem precedentes de desinformação política no Twitter — muitas vezes promovida pelo ex-presidente Donald Trump, que foi banido de forma permanente da plataforma, gerando uma discussão sobre o poder das empresas de mídia social de censurar vozes proeminentes.

Ao implementar o Birdwatch, os funcionários do Twitter tiveram o cuidado de realizar 100 entrevistas em todo o espectro político sobre a eficácia do programa. A maioria desses usuários observou que as anotações fornecem um contexto útil para a compreensão das alegações apresentadas.

"Sabemos que há uma série de desafios para a construção de um sistema conduzido pela comunidade — desde torná-lo resistente a tentativas de manipulação até garantir que não seja dominado por uma maioria simples ou tendencioso com base na distribuição de colaboradores. Estaremos focados nessas coisas ao longo do projeto piloto", escreveu Coleman.

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Uma em cada oito pessoas que tiveram Covid-19 desenvolve transtornos mentais, diz estudo

Posted: 26 Jan 2021 09:48 AM PST

Estrutura do novo coronavírus COVID-19

O número de casos de Covid-19 no mundo está perto de atingir a marca dos 100 milhões. Embora os recuperados contabilizem pouco mais de 55 milhões, as sequelas deixadas pelo vírus têm gerado incertezas e preocupações entre os cientistas.

Um estudo recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que uma em cada oito pessoas que tiveram Covid-19 são diagnosticadas pela primeira vez com doenças neurológicas ou psiquiátricas dentro de seis meses após testarem positivo. Quando pacientes que já apresentavam um histórico dessas condições foram incluídos na análise, essa taxa aumentou para uma em cada três pessoas.

De acordo com os resultados, isso não se limitou apenas aos casos graves da doença. Um em cada nove pacientes foi diagnosticado com depressão ou derrame, mesmo não tendo ido ao hospital na época em que contraiu Covid-19.

A análise foi feita com base nos registros de 236.379 casos confirmados de Covid-19 de pacientes hospitalizados e não-hospitalizados nos Estados Unidos e que sobreviveram à doença. Eles foram comparados a grupos diagnosticados com gripe ou com uma infecção respiratória similar entre 20 de janeiro e 13 de dezembro de 2020.

Outros fatores como idade, sexo, raça, condições físicas e mentais subjacentes e privações socioeconômicas também foram levados em consideração. A partir disso, os cientistas calcularam que a incidência de transtornos psiquiátricos e neurológicos pós-Covid-19 dentro de seis meses foi de 33,6%, sendo que 13% foram diagnosticados pela primeira vez.

O estudo não é o primeiro a investigar esse tipo de sequela deixada pelo coronavírus. O que os pesquisadores descobriram nesse caso mais recente é que os diagnósticos de transtornos mentais são mais comuns em pacientes que tiveram Covid-19 quando comparado com aqueles que tiveram gripe ou outras infecções respiratórias. Alguns desses sintomas incluem derrame, sangramento agudo dentro do crânio ou cérebro, demência e distúrbios psicóticos.

Em relação à duração dessas condições, Max Taquet, principal autor do estudo, afirmou ao jornal inglês The Guardian que ainda não há uma resposta. Nos casos mais sérios, como derrame e sangramento intracraniano, a tendência é que o risco diminua dentro de seis meses, mas os pesquisadores ainda não sabem se isso se aplica a outras condições.

Taquet explica ainda que a possibilidade de que esses pacientes talvez já tivessem alguma condição do tipo antes de contraírem Covid-19, mas não haviam sido diagnosticados, não deve influenciar o estudo de forma relevante. Os pacientes que tiveram gripe ou outra infecção respiratória costumam visitar o médico com mais frequência do que aqueles que contraíram o coronavírus, e condições como derrame e sangramento intracraniano provavelmente não passariam despercebidas por muito tempo.

Embora o estudo não possa provar uma ligação direta entre Covid-19 e transtornos mentais, ele é mais um a sugerir que o vírus pode impactar o cérebro e sistema nervoso central.

[The Guardian]

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Mar de metano na lua de Saturno Titã pode chegar a 300 metros de profundidade

Posted: 26 Jan 2021 09:23 AM PST

Os dados coletados pela sonda Cassini da Nasa permitiram aos cientistas estimar a profundidade do Kraken Mare — o maior mar de metano na lua de Saturno Titã.

Uma nova pesquisa publicada no Journal of Geophysical Research está expandindo nosso conhecimento sobre os mares de hidrocarbonetos de Titã, especificamente o Kraken Mare. Este mar, de aproximadamente 1.000 quilômetros de comprimento, é maior do que todos os cinco Grandes Lagos da América do Norte combinados e contém cerca de 80% dos líquidos da superfície lunar. Os mares de Titã contêm muito metano e etano e são comparáveis ​​ao gás natural liquefeito da Terra.

Titã é a única lua do Sistema Solar conhecida por hospedar uma atmosfera. O manto espesso e rico em nitrogênio que cobre a lua esconde um complexo sistema hidráulico na superfície, mas em vez de água líquida, os rios, lagos e mares em Titã consistem em metano preto e oleoso. Titã também apresenta outras curiosidades, como gigantescas tempestades de poeira, vulcões de gelo e enormes dunas de areia.

Como mostra a nova pesquisa, as partes mais profundas de Kraken Mare podem ter mais de 300 metros de profundidade. A equipe, liderada por Valerio Poggiali, pesquisador associado do Cornell Center for Astrophysics and Planetary Science, não tem certeza desse número, porque os sinais dos radares usados ​​para determinar a profundidade não conseguiram chegar ao fundo do mar.

Imagem em cores falsas do Kraken Mare. Imagem: Nasa/JPL-Caltech/Agenzia Spaziale Italiana/USGS

A espaçonave Cassini da Nasa orbitou Saturno de 2004 a 2017, e os cientistas já estudaram alguns dos mares menores em Titã usando um altímetro da Cassini a bordo. Em 21 de agosto de 2014, a sonda voou 970 quilômetros adentrando a superfície de Titã e foi capaz de enviar sinais de radar em Kraken Mare. Curiosamente, este foi o mesmo sobrevoo que resultou na descoberta de Ligeia Mare – uma ilha "mágica" que desaparece em Titã.

Pesquisadores da Cornell e do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa desenvolveram uma técnica bacana para determinar a profundidade dos mares de Titã, que envolve medir as diferenças entre o tempo que o radar leva para retornar à superfície em oposição ao fundo do mar. Essa técnica ajuda a estimar a profundidade, mas os pesquisadores precisam fazer certas suposições sobre a densidade dos fluidos em Titã e a velocidade com que as ondas de rádio passam por eles.

Usando esta técnica, a equipe mediu a profundidade de Moray Sinus, um estuário ao norte de Kraken Mare, que eles descobriram ter 85 metros de profundidade. A taxa de absorção das ondas do radar sugere que o líquido nesta parte do mar consiste em 70% de metano, 16% de nitrogênio e 14% de etano. Os cientistas esperavam mais metano do que isso devido ao tamanho e localização do mar, mas esta descoberta sugere uma distribuição mais uniforme de substâncias químicas nos vários corpos d’água da lua.

As varreduras de altímetro feitas na parte principal de Kraken Mare foram menos conclusivas. Conforme os autores escreveram no estudo, a sonda da Nasa não encontrou "nenhuma evidência de retorno de sinal do fundo do mar, sugerindo que o líquido é muito profundo ou muito absorvente para as ondas de rádio da Cassini penetrarem". Dito isso, se o líquido nesta parte do mar tem composição semelhante ao líquido encontrado em Moray Sinus, então ele deve ser mais profundo do que 100 metros e possivelmente chegar a 300 metros, de acordo com o estudo.

Poggiali tem esperança de que um submarino robótico possa ser enviado a Titã um dia para explorar Kraken Mare ou algum outro corpo de água. E, de fato, ele vê a nova pesquisa como um passo nessa direção.

"Graças às nossas medições, os cientistas agora podem inferir a densidade do líquido com maior precisão e, consequentemente, calibrar melhor o sonar a bordo do [futuro submarino robótico] e entender os fluxos direcionais do mar", explicou Poggiali em um comunicado da Universidade Cornell.

Um plano conceitual de 2015 mostrou como essa missão poderia ser, mas nada foi realmente aprovado a esse respeito. Dito isso, a Nasa enviará um drone aéreo, chamado Dragonfly, para Titã, que deve chegar à lua em algum momento por volta de 2030.

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Apple troca executivos de engenharia de hardware para tocar “novo projeto”

Posted: 26 Jan 2021 07:07 AM PST

Muito se especula sobre qual produto inédito a Apple pretende lançar daqui alguns anos – um headset de realidade aumentada ou até um carro elétrico. Mas já sabemos que a companhia está reorganizado a liderança por trás da equipe de hardware. Ela anunciou nesta segunda-feira (25) que John Ternus, vice-presidente de engenharia de hardware, assumirá o cargo de vice-presidente sênior de engenharia de hardware, que hoje é ocupado por Dan Riccio.

Na Apple desde 1998, Riccio, que estava na posição desde 2013 e no time de design de produto desde 2001, agora vai se dedicar a "um novo projeto" na Apple e continuará respondendo diretamente ao CEO Tim Cook. Especula-se que, a partir de agora, ele pode estar envolvido no desenvolvimento do suposto veículo autônomo da empresa, embora esse projeto tenha John Giannandrea na liderança, também segundo rumores com pessoas familiarizadas com o assunto.

Dan Riccio está na companhia desde 1998. Imagem: Apple

"Cada inovação que Dan ajudou a Apple a trazer à vida nos tornou uma empresa melhor e mais inovadora, e estamos entusiasmados por ele continuar a fazer parte da equipe. O profundo conhecimento e ampla experiência de John o tornam um líder ousado e visionário das nossas equipes de engenharia de hardware", disse Tim Cook em comunicado oficial.

Riccio declarou estar ansioso para focar seu tempo na criação de "algo novo e maravilhoso" dentro da Apple, mas não revelou nenhum detalhe sobre o que seria esse projeto secreto. "Trabalhar na Apple tem sido a oportunidade de uma vida, dedicada a fazer os melhores produtos do mundo com as pessoas mais talentosas que você possa imaginar. Após 23 anos liderando nossas equipes de Design de Produto ou Engenharia de Hardware – culminando com nosso maior e mais ambicioso ano de produtos de todos os tempos -, é o momento certo para uma mudança", afirmou.

John Ternus, novo vice-presidente sênior de engenharia de hardware. Imagem: Apple

Agora como vice-presidente sênior de engenharia de hardware, John Ternus também passará a se reportar diretamente a Tim Cook. Com mais de 20 anos de Apple, o executivo esteve envolvido no desenvolvimento de todas as gerações de iPads e AirPods, além de ter liderado a equipe responsável pela linha iPhone 12 e de transição dos processadores Intel para Apple Silicon.

[Apple, Business Insider]

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[Review] Samsung Odyssey G9: um monitor curvo que faz jus ao preço e tamanho

Posted: 26 Jan 2021 06:15 AM PST

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Quando a Samsung nos convidou para testar o Odyssey G9, inicialmente pensei: "Ok, legal. Um monitor ultrawide". Tinha visto fotos e acompanhado as notícias do lançamento nacional, em setembro do ano passado, mas até então era só isso. O que eu não esperava é que fosse o maior e melhor que já usei.

Visualmente falando, o Samsung Odyssey G9 dispensa apresentações. Com suas 49 polegadas em um painel QLED curvo de até 240 Hz e 5.120 x 1.440 pixels de resolução, além de suporte às tecnologias G-Sync e FreeSync 2 e brilho de até 1.000 nits, o dispositivo me causou um estranhamento nas primeiras horas de uso — e talvez eu levei mais tempo do que imaginava para me habituar ao tamanho do display. Ele é grande. Muito grande. Só que essa vantagem transformou a forma como venho trabalhando em casa nos últimos trinta dias.

Agora, eu conto para você como tem sido minha experiência. Logo de cara já adianto: embora tenha um apelo dedicado aos gamers (no final das contas, essencialmente ele é um monitor dessa categoria), o G9 é uma excelente alternativa para quem deseja ter o máximo de produtividade no trabalho. Basta estar disposto a investir mais do que você gastaria em uma TV OLED.

Samsung Odyssey G9

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

O que é
Um monitor curvo de 49 polegadas e suporte às principais tecnologias gamer da atualidade

Preço
Sugerido: R$ 11.599. No varejo: entre R$ 7.880 e R$ 8.299

Gostei
Tela enorme que você acaba se acostumando; brilho e HDR impecáveis; pedestal com altura ajustável; modos picture-in-picture e picture-by-picture transformam a experiência; produtividade nas alturas

Não gostei
Custa mais do que uma TV OLED; games tendem a ficar achatados nas laterais; sem entradas USB-C e HDMI 2.1

Design

Monitores curvos são uma tendência nesse mercado, mas por alguma razão (eu chuto que seja preço) ainda não deslancharam. É uma pena, já que a sensação de imersão causada por esse tipo de curvatura seja, de fato, significativa. O Samsung Odyssey G9 eleva esse e outros quesitos graças ao painel de 49 polegadas que exige um espaço considerável na sua casa. Pense como se fossem dois televisores de 27 polegadas cada, um ao lado do outro.

Ele também é bem pesado: a tela e o suporte juntos totalizam 16,7 kg, mais até do que algumas TVs de 50 polegadas. Toda a parte traseira é revestida em um branco brilhante que dá uma aparência premium ao produto, apesar de terem sido poucas as vezes que eu prestava atenção em outra coisa que não fosse o painel. E claro, por se tratar de um monitor gamer, não poderia faltar algum detalhe em RGB. Neste caso, ele fica na traseira, em um anel de LED que faz a "conexão” entre a base e o display. É algo bem discreto, até nos padrões mais coloridos, e você pode desativar a qualquer momento nas configurações do aparelho.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

A montagem não é das mais fáceis e você vai precisar de alguns minutos, já que é necessário parafusar a base na traseira. Por segurança, a própria Samsung recomenda que você monte o G9 diretamente na caixa antes de remover o monitor pela base de sustentação que, a princípio, parece não ser muito resistente. Mas, no final das contas, ela acaba bem firme sobre a mesma. É por essa mesma base que os fios do G9 ficam escondidos, ajudando a economizar espaço e manter a mesa mais limpa, sem aquele emaranhado de cabos. Lembrando: assim como uma TV convencional, você pode instalar o monitor em uma parede.

Na parte traseira fica uma tampa removível que revela as principais conexões do produto. São duas DisplayPorts 1.4, uma entrada HDMI 2.0, duas portas USB-A 3.0, entrada para o cabo de força e saída para fone de ouvido P2 (o produto não tem alto-falantes embutidos). Na maior parte do tempo, eu usei uma das DisplayPorts, para ligar o monitor no notebook, e as duas portas USB-A para teclado e mouse. Talvez a Samsung pudesse ter incluído entradas USB-C, Thunderbolt e HDMI 2.1, mas não foi algo extremamente necessário no meu dia a dia.

O display ainda pode ser movido para alturas diferentes, sem precisar de uma alavanca ou algo do tipo. Se quiser deixá-lo mais alto ou baixo, basta empurrar para cima ou para baixo. É possível girá-lo para a esquerda ou direita (apesar de não se rotacionar em 360°), ou incliná-lo mais para cima ou baixo.

Já abaixo da luz de LED, que indica se o aparelho está ligado, há um pequeno botão de acesso rápido às configurações do G9. É por esse menu que você define níveis de resolução, modo picture-in-picture (PiP) para dividir a tela entre múltiplas conexões, seleciona a taxa de atualização, entre outras opções. Sem dúvida, é uma forma simplificada de acesso a todos esses menus, sem precisar apertar vários botões. Eu só achei o botão único bem barulhento, além de me passar a impressão de ser frágil, podendo quebrar com o tempo.

Tela

No quesito proporções, o Samsung Odyssey G9 deve atender todas as parcelas de pessoas que procuram um monitor grande. Além das já citadas 49 polegadas em um painel QLED, o G9 conta com resolução máxima de 5.120 x 1.440 pixels e taxa de atualização de até 240 Hz na proporção de 32:9. Ele também é compatível com HDR e até 1.000 nits de brilho, Nvidia G-Sync e AMD FreeSync 2, e cobertura de 125% da gama de cores sRGB. Também é possível, pelo menu de configurações do monitor, alternar entre cinco modos de temperatura de cor e equalizar os níveis de preto da tela.

Essas são as melhores configurações que você vai encontrar hoje em um monitor. O QLED, embora não tenha os mesmos níveis de preto que uma tela OLED, cumpre o seu papel – em partes graças à combinação com o HDR. Visualmente falando, jogos como Destiny 2 e Gears 5 ficam belíssimos no Odyssey G9, com um alto contraste que eu nunca tinha visto em nenhum monitor (gamer ou não). Mas é isso: uma fusão de todas essas tecnologias, que juntas são capazes de alcançar índices que muito provavelmente não podem ser obtidos em monitores comuns.

Por falar em fusão, é triste dizer isso, mas o monitor, mesmo em toda a sua glória, não funciona sozinho. Ou seja, você precisa ter um computador ou notebook de ponta para aproveitar as especificações máximas do G9. Eu diria até que, mesmo com a máquina mais avançada do mundo, dificilmente você vai obter tudo o que o monitor da Samsung promete.

A própria resolução máxima de 5.120 x 1.440 pixels excede a largura de banda das portas Display Ports 1.4 e do HDMI 2.0. A Samsung até desenvolveu uma alternativa chamada Display Stream Compression (DSC), que comprime a contagem total de pixels do monitor sem perda de qualidade. No entanto, esse padrão, que já foi disponibilizado por uma atualização de firmware, só é suportado para PCs e notebooks com a série RTX 20 ou superior, da Nvidia, e as placas da série 5000 ou superior, da AMD. Por isso, você vai ter que checar se a sua placa de vídeo é compatível com o DSC da Samsung.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Outra questão é que, para usufruir da resolução nativa de 120 Hz, você é obrigado a usar uma das DisplayPorts, já que a entrada HDMI 2.0 é limitada a 60 Hz. Não que você esteja perdendo muita coisa: para o trabalho, eu sinceramente duvido que alguém se importe com taxas mais altas de atualização. Para jogos, a maioria deles não roda acima dos 120 quadros por segundo.

É muito importante esclarecer que todos esses detalhes não são culpa da Samsung. E nem das outras fabricantes. O que acontece é que a marca sul-coreana desenvolveu um painel que, por ser extremamente avançado e cheio de tecnologias focadas em resolução, ainda não está preparado para a maioria dos PCs e notebooks que você encontra hoje no mercado. Foi como  disse: mesmo que sua máquina seja a mais poderosa do mundo, é pouco provável que ela atenda 100% dos requisitos disponíveis no Odyssey G9.

Games

Ligar o aparelho pela primeira vez me fez pensar que seria difícil a adaptação, justamente por conta do tamanho. Parece uma mistura de cockpit da nave USS Enterprise de Star Strek com os monitores futuristas de Minority Report. Contudo, esse mesmo estranhamento eu tive com outros dispositivos, como notebooks e até smartphones. Hoje, eu tenho preferências por telas maiores: quanto maior, melhor. Tanto é que voltar para um laptop de 16 polegadas fez ele parecer minúsculo.

De acordo com a própria Samsung, o Odyssey G9 é um monitor voltado para o público gamer, que tem como principal vantagem a tela widescreen maior do que modelos concorrentes. Mas quando colocadas no papel todas as características que eu citei falando sobre a tela, imersão foi uma das últimas coisas que me chamou atenção durante o meu uso nas últimas semanas.

A primeira barreira diz respeito ao hardware. Nos meus testes, eu fiz uso de um Samsung Odyssey Notebook equipado com uma Nvidia GeForce RTX2060. A placa é já não é das mais recentes, mas ainda assim dá conta do recado, então fica aqui o que reforcei: é necessário ter um PC minimamente poderoso para aguentar o tranco.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Em segundo lugar, é incrível ter um campo de visão que cubra praticamente todo o meu redor. Controlar aviões em Flight Simulator e andar de pardal pelas paisagens geladas de Europa em Destiny 2 são experiências muito satisfatórias. Só que a grande maioria dos games não está adaptada a essa proporção de 32:9, e isso se nota principalmente ao reparar nas laterais que, diferente da visão central, parecem achatadas, como se tivessem sido esticadas para caberem ali. Também como resultado, os jogos acabam sendo menos imersivos. Isso, contudo, não tem nada a ver com o monitor da Samsung, mas sim dos próprios jogos, que ainda não são desenvolvidos pensados para esse formato.

Aqui vão as capturas de tela em 32:9 para exemplificar. Começando por Destiny 2:

Aqui Apex Legends:

E aqui Warframe:

Produtividade

Se os games não foram tão imersivos para mim, o mesmo não posso dizer do fator produtividade. E acredito que esse é um ótimo motivo que justifique o investimento no Odyssey G9, que, para o trabalho, pode substituir tranquilamente três ou até quatro monitores.

Do mesmo jeito que acontece com os jogos, a grande maioria dos aplicativos não está adaptada à proporção de 32:9 do G9. Isso, no entanto, não quer dizer que você precisará recorrer a uma dúzia de ferramentas para deixar a utilização menos confusa. A Samsung não criou nenhuma plataforma específica que ajude no multitarefa, mas utilitários como o FancyZones são essenciais para melhorar a experiência.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

O uso mais óbvio é na divisão de janelas. Em um PC ou notebook, você consegue deixar duas janelas abertas simultaneamente sem achatar tanto a visualização. No G9, usando o gerenciador de janelas do FancyZones, é possível deixar pelo menos três programas operando lado a lado – ou mais, se você personalizar as janelas de acordo com suas preferências. No meu caso, eu deixo abertos o Google Chrome, Discord, Bloco de Notas, Notion e uma aba do Chrome com o Apple Music ou YouTube. E todas ficam em tamanho excelente, sem diminuir tanto o zoom.

Uma aplicação que pode ser interessante explorar no Odyssey G9 são as planilhas. A primeira coisa que me vem à mente é aquele monte de gente que trabalha na Bolsa de Valores e precisa lidar com dois ou três monitores. Enquanto uma janela tem o Excel aberto, outra pode ficar para o monitoramento de dados, e uma terceira janela para checar mensagens de investidores.

O G9 também é compatível com o Samsung DeX, que leva a tela de smartphones da marca para o monitor, transformando o celular em uma estação de trabalho semelhante a um PC convencional. Neste modo, você também pode usar mouse e teclado, do mesmo jeito que faria no computador.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Outras duas funcionalidades muito legais no Odyssey G9 são os modos picture-in-picture e picture-by-picture a partir das conexões na parte traseira. O primeiro sobrepõe uma janela em cima do conteúdo – por exemplo, colocar o player de um vídeo sobreposto ao resto do monitor. Já o segundo segue esse exemplo de divisão de janelas do FancyZones, dividindo o painel em duas partes (como se fossem dois monitores de 27 polegadas cada).

Isso significa que você pode deixar o monitor principal conectado ao seu computador via DisplayPort e a entrada HDMI no modo picture-in-picture. Outra possibilidade é dividir essas conexões em duas: de um lado fica o sistema Windows do PC conectado pela DisplayPort; do outro, um console de videogame ou um MacBook. Para quem faz streaming, isso é de grande ajuda, porque você pode deixar uma tela menor sobreposta, sem que isso impacte por completo o game no restante do monitor.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Meu único alerta é quanto à conexão com um Mac. Diferente de um PC com Windows, que é reconhecido automaticamente, você vai precisar gastar uns bons minutos procurando tutoriais na internet de como evitar que a tela fique rosada por conta de problemas de configuração.

Vale a pena?

O Samsung Odyssey G9 é um monitor bem caro: R$ 11.599. Isso é mais do que você pagaria em uma boa TV OLED e quase o triplo de três monitores de ponta. Se você tem essa grana e quer uma solução poderosa no mercado de telas gamer, pode investir sem medo. Ele combina o que há de melhor em tamanho, proporção, resolução (com suporte a HDR) e taxa de atualização. Não somente para quem joga pelo PC, mas também para quem deseja extrair o máximo de produtividade e multitarefa ao visualizar diversas janelas sem ter de abrir uma por uma.

Review Monitor Samsung Odyssey G9. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Em contrapartida, o Odyssey G9 esbarra em duas questões. Uma, obviamente, é o preço. A outra é a exigência de um hardware minimamente compatível. O notebook Odyssey que venho usando nos testes, por exemplo, custa em média R$ 10.000. E olha que já saíram modelos com placas mais recentes, então pode colocar mais alguns milhares nessa conta. O tamanho do Odyssey não chega a ser um ponto negativo. Afinal, quem for comprar um desses já sabe que vai precisar de um espaço considerável em casa.

Quem prefere investir em uma TV, minha sugestão é a linha OLED CX da LG. O tamanho mínimo encontrado no Brasil é o de 55 polegadas, que é bem maior do que o Odyssey G9 e ainda traz taxa de 120 Hz, suporte para G-Sync e FreeSync, e quatro entradas HDMI 2.1 prontas para o Xbox Series X e PlayStation 5. Talvez seja um pouco mais difícil trabalhar usando um display tão grande, porém é uma opção menos cara e com ligeiras vantagens. Tomara que a Samsung leve essas características em consideração caso lance uma nova versão do Odyssey G9. Tamanho ele já tem; falta agora explorar esse potencial.

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Ônibus autônomos já são uma realidade nas ruas de Cingapura

Posted: 26 Jan 2021 05:35 AM PST

Enquanto os carros autônomos ainda tentam ganhar seu espaço no mercado, Cingapura já está testando ônibus sem motoristas. Um projeto envolvendo diversas organizações e agências do governo vai realizar um teste piloto de três meses com ônibus que vão percorrer duas rotas no Science Park 2 e Jurong Island. Durante esse período, que deve acabar em 30 de abril, serão coletados dados para avaliar a viabilidade do serviço "on-demand", a segurança dos passageiros e a eficiência do serviço.

De acordo com um comunicado da Alliance for Action (AfA) on Robotics, que liderou a iniciativa, os ônibus que atenderão a rota do Science Park 2 devem operar em dias úteis, das 10h às 17h. Esses miniônibus autônomos têm apenas sete metros de comprimento, com uma capacidade máxima de dez passageiros. Para utilizar o serviço, será necessário reservar um assento pelo aplicativo Zipster, desenvolvido por uma subsidiária da empresa de transportes SMRT.

Os ônibus da rota Jurong Island, por outro lado, são um pouco maiores – com 12 metros de comprimento, eles comportam 26 passageiros. Os horários do serviço, no entanto, são reduzidos. Eles vão operar apenas das 11h30 às 14h30 nos dias de semana para atender o horário de almoço dos trabalhadores. Para comprar um bilhete, será necessário utilizar o aplicativo SWATRide.

A ideia desse serviço sob demanda é que ele possa atender a população local fora dos horários de pico, em que há menos transporte público. Segundo a AfA, a iniciativa recebeu apoio do governo, que busca no projeto uma forma de manter Cingapura economicamente resiliente e explorar novas áreas de crescimento em meio à pandemia de Covid-19.

Os ônibus autônomos foram desenvolvidos pela empresa ST Engineering e serão operados pelas companhias de transporte público SBS Transit (rota Jurong Island) e SMRT (rota Science Park 2). A AfA ainda afirma que está trabalhando com sindicatos para criar treinamentos e cursos de capacitação para os motoristas com o intuito de prepará-los para assumir novas funções, como gerenciar os sistemas dos novos veículos autônomos.

Conforme apontado pelo ZDNet, essa não é a primeira experiência de Cingapura com veículos autônomos. O país já vem realizando uma série de testes desde 2015. Em 2019, a ST Engineering e o Ministério de Transportes da ilha de Sentosa realizaram um experimento de três meses com ônibus autônomos que transportaram 6.000 passageiros sem um único acidente.

No mesmo ano, o governo divulgou uma série de diretrizes nacionais para guiar a indústria local no desenvolvimento seguro de veículos autônomos. Chamada de Technical Reference 68 (TR 68), a norma aborda questões como comportamento do veículo, segurança funcional, cibersegurança e formatos de dados. A ideia é garantir não apenas a segurança física dos passageiros, mas também cuidar da interoperabilidade de dados e questões de cibersegurança.

[ZDNet]

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Este cubo gigante representa a quantidade de gelo que estamos perdendo a cada ano

Posted: 26 Jan 2021 04:44 AM PST

Falamos muito sobre gelo aqui no Gizmodo – ou, mais especificamente, sobre a crescente ausência dele. Um novo estudo coloca o que está acontecendo com o planeta em uma perspectiva impressionante. Embora eu possa dizer que 1,2 trilhão de toneladas de gelo desapareceu a cada ano desde 1994, essa pesquisa torna muito mais fácil de entender o cenário visualmente.

Este cubo de gelo na imagem aí em cima eleva-se a 10 quilômetros no céu como um guarda-sol sobre Manhattan e se estende por uma grande faixa de New Jersey, do aeroporto de Newark a Jersey City. Isso é o quanto perdemos com a queima de combustíveis fósseis em média por ano nas últimas duas décadas. Os arranha-céus do Financial District e do Midtown são palitos de dente. De forma ainda mais preocupante e ameaçadora, o cubo está ficando maior à medida que a perda de gelo se acelera.

A ilustração do cubo de gelo está ligada a um estudo publicado na Cryosphere na segunda-feira (25) que examina o estado da criosfera. Uma equipe de cientistas de todo o Reino Unido usou medições de satélite e modelos climáticos para explorar o que está acontecendo com cada canto e fenda de gelo ao redor do globo. Embora a maioria dos estudos se concentre no gelo marinho ou terrestre, o novo artigo analisa ambos para nos dar uma melhor compreensão de quanto derreteu devido às mudanças climáticas.

"Tem havido um grande esforço internacional para estudar regiões individuais, como geleiras espalhadas por todo o planeta, as camadas de gelo polares da Groenlândia e da Antártica, as plataformas de gelo flutuando ao redor da Antártica e o gelo marinho se movendo nos oceanos Ártico e Meridional", Tom Slater, o principal autor do estudo e pesquisador de gelo da Universidade de Leeds, disse em um e-mail. "Sentimos que agora havia dados suficientes para combinar esses esforços e examinar todo o gelo que está sendo perdido do planeta.”

Os resultados mostram que o gelo marinho do Ártico é o que tem desaparecido mais rápido. A impressionante quantidade de 7,6 trilhões de toneladas tornou-se líquida de 1994 a 2017, período para o qual o estudo tinha dados. Isso foi seguido pelas plataformas de gelo da Antártica, que viram 6,5 trilhões de toneladas de gelo desaparecerem, às vezes de forma catastrófica. O exemplo mais recente é o Iceberg A68, do tamanho de Delaware, que se soltou da plataforma de gelo Larsen C em 2017 e desde então vagou pelos oceanos Atlântico e Sul. Mais recentemente, ele quase colidiu com uma ilha ecologicamente sensível.

Mas outras formas mais insidiosas desse tipo de evento estão acontecendo. O estudo não olha apenas para a área de gelo; também analisa o volume. E os impactos mais chocantes nas plataformas estão acontecendo abaixo da superfície. Placas de gelo se projetam sobre o oceano, segurando as geleiras nos mantos em terra. Mas no oeste da Antártica, observações diretas e de satélite mostram que a água quente está corroendo as plataformas de gelo e pode eventualmente causar o seu colapso. Se isso acontecer, a elevação do nível do mar se acelerará e não parará por séculos; o gelo na Antártica Ocidental pode elevar os mares em mais de 3 metros.

As geleiras terrestres no Alasca, no Himalaia e em outros lugares também são os principais responsáveis ​​pelo aumento do nível do mar, assim como as geleiras e mantos de gelo da Groenlândia. Eles estão todos desaparecendo a um ritmo alarmante. A ameaça de perda de água em regiões que dependem de geleiras e derretimento de neve é ​​certamente uma grande preocupação.

O mesmo ocorre com o desaparecimento do gelo marinho e seu impacto sobre os modos de vida tradicionais do Ártico. E o aumento gradual, mas acelerado do nível do mar, pode ter um efeito drástico quando os furacões rugem na costa, empurrando as tempestades para o interior, graças ao impulso das mudanças climáticas. Talvez o mais sinistro seja o fato de que o derretimento é apenas um pequeno aspecto das mudanças que estão acontecendo.

"Descobrimos que levou apenas cerca de 3% do excesso de calor criado pelas emissões de gases de efeito estufa para derreter todo esse gelo, uma quantidade surpreendentemente pequena de energia para derreter uma quantidade tão grande de gelo, que tem um efeito desproporcionalmente grande em nosso meio ambiente", disse Slater.

Ou seja, o cubo de gelo gigante mostra apenas uma pequena parte do impacto das atividades humanas no planeta.

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Humanidade pode levar uma década para se recuperar da pandemia — exceto os bilionários

Posted: 26 Jan 2021 03:49 AM PST

De acordo com um novo estudo da Oxfam, o que os dez maiores bilionários do mundo ganharam desde março de 2020 seria “mais do que suficiente para garantir que ninguém na Terra caia na pobreza por causa do vírus”.

O estudo da Oxfam não apenas descobriu que os 1.000 bilionários do topo recuperaram, em média, quase toda a sua riqueza pré-pandêmica, mas, como tem sido relatado várias e várias vezes, o topo do topo acumulou dezenas de bilhões a mais do que seus recordes anteriores.

O Bloomberg Billionaires Index mostra que a riqueza de Elon Musk quase quintuplicou, de um recorde histórico de US$ 41 bilhões em fevereiro para uma soma atual de US$ 202 bilhões. Jeff Bezos também: seu recorde pré-pandemia era de US$ 164 bilhões e seu patrimônio atual é de US$ 192 bilhões. Bill Gates foi de US$ 120 bilhões para US$ 133 bilhões. Em outubro, o Swiss Bank atribuiu grande parte do aumento das fortunas ao boom do mercado de ações.

O estudo da Oxfam enfatiza que a desigualdade econômica afeta desproporcionalmente negros, mulheres, povos indígenas e populações marginalizadas em todo o mundo. Ao mesmo tempo, algumas pessoas, principalmente homens brancos, estão lucrando com esses problemas. Aqui estão apenas algumas descobertas típicas (grifo meu):

  • "A riqueza total [dos bilionários] está agora em US$ 11,95 trilhões, o que é equivalente ao que os governos do G20 gastaram em resposta à pandemia."
  • "Em setembro de 2020, Jeff Bezos poderia ter pago a todos os 876.000 funcionários da Amazon um bônus de US$ 105.000 e ainda continuaria tão rico quanto era antes da pandemia."
  • O aumento da riqueza dos 10 bilionários mais ricos "é mais do que suficiente para garantir que ninguém na Terra caia na pobreza por causa do vírus".
  • "As vendas mundiais de jatos particulares dispararam quando as viagens comerciais foram proibidas."
  • "Uma perda catastrófica de renda sem qualquer proteção levou a uma explosão de fome. Estima-se que pelo menos 6.000 pessoas morreram todos os dias de fome relacionada ao COVID-19 até o final de 2020."

Embora alguns tenham feito doações substanciais, a filantropia seletiva não resolve o problema: afinal de contas, eles contam com mais dinheiro do que um punhado de nações. A Oxfam avisa que pode levar mais de uma década para que o restante de nós, especialmente os mais pobres, se recupere.

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Órbitas de cinco planetas seguem o mesmo ritmo e deixam cientistas intrigados

Posted: 26 Jan 2021 03:07 AM PST

Um sistema planetário bem peculiar a 200 anos-luz da Terra tem cinco exoplanetas que, apesar de seus tamanhos e densidades muito diferentes, seguem com suas órbitas travadas em um mesmo padrão. A descoberta desafia o que os astrônomos sabiam sobre sistemas planetários.

Cinco dos seis exoplanetas em órbita em torno da estrela TOI-178 estão em ressonância orbital 18:9:6:4:3 entre si, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta segunda (25) na Astronomy & Astrophysics. Portanto, para cada 18 órbitas feitas pelo mais interno desses cinco exoplanetas, o próximo ao longo da cadeia completará nove órbitas durante o mesmo período. O terceiro completará seis órbitas e assim por diante. O vídeo abaixo oferece uma demonstração do processo em ação.

O mais interno dos seis exoplanetas (mostrado com um caminho orbital azul) não está em ressonância com os outros, embora possa ter estado no passado. Na animação acima, os padrões rítmicos são representados por pulsos vermelhos e um som de sino na escala pentatônica. Eles tocam quando cada um deles completa uma órbita completa ou meia órbita. Como mostra o vídeo, dois ou mais exoplanetas “tocam” com bastante frequência. Isso ocorre por eles estarem em ressonância orbital. O novo estudo foi liderado por Adrien Leleu, afiliado CHEOPS da Universidade de Genebra.

Leleu é um dinamicista, como são chamados os especialistas em mecânica celeste. Quando ele e seus colegas observaram o sistema TOI-178 pela primeira vez,  pensaram ter visto dois planetas orbitando ao redor da estrela hospedeira na mesma órbita, mas este resultado foi inconclusivo. Os cientistas decidiram fazer observações de acompanhamento usando o satélite CHEOPS, da Agência Espacial Europeia, e o instrumento terrestre Espresso, no Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, além do Next Generation Transit Survey e dos projetos SPECULOOS, ambos no Chile. Todos esses instrumentos permitiram que a equipe detectasse os seis exoplanetas e caracterizasse suas órbitas. Eles conseguiram isso usando o método de trânsito, observando o escurecimento da estrela hospedeira quando um planeta passa na frente e medindo a oscilação da estrela hospedeira.

Todos os seis exoplanetas estão próximos da estrela central — o mais próximo leva cerca de dois dias para concluir uma órbita completa, e o mais distante, cerca de 20 dias. Nenhum está dentro da zona habitável, a região em torno de uma estrela onde a água líquida (e portanto a vida) seria possível. Cinco dos seis exoplanetas estão travados em ressonância perfeita, de modo que alguns planetas se alinham a cada poucas órbitas. A corrente 18:9:6:4:3 está entre as mais longas já descobertas.

A ressonância orbital ocorre quando os corpos em órbita exercem uma influência gravitacional periódica uns sobre os outros. Em nosso sistema solar, as luas Io, Europa e Ganimedes, todas de Júpiter, estão em uma ressonância 4:2:1.

O TOI-178 é interessante por uma série de razões. Sua ressonância orbital é um sinal de estabilidade prolongada.

"Pelo que entendemos das formações planetárias, a cadeia de ressonâncias costuma ocorrer nas primeiras fases da formação do sistema planetário, quando a estrela ainda está rodeada por um disco gasoso", explicou Leleu por e-mail. "No entanto, durante os bilhões de anos que se seguem à formação, muitas coisas podem acontecer e a maioria dos sistemas sai das ressonâncias. Pode acontecer lentamente, devido aos efeitos das marés [gravitacionais], por exemplo, ou violentamente, devido à instabilidade e colisão/ejeção de um planeta."

Apenas cinco outros sistemas estelares têm cadeias ressonantes envolvendo quatro ou mais planetas, "o que não é muito", acrescentou o pesquisador. Os astrônomos consideram esses sistemas planetários raros e bastante jovens.

"Não apenas esta configuração orbital é exclusiva do TOI-178, mas também a composição dos planetas", disse Leleu. Isso desafia o nosso entendimento atual sobre a formação e evolução dos planetas.

Na verdade, os planetas têm entre uma e três vezes o tamanho da Terra, mas têm massas que variam de 1,5 a 30 vezes a nossa. Portanto, embora suas configurações orbitais sejam organizadas, suas composições não são. Por exemplo, um planeta é uma super-Terra, mas seu vizinho imediato é um gigante de gelo de baixa densidade semelhante a Netuno. Não vemos esse tipo de coisa por aqui.

De acordo com Leleu, a teoria sugere que os planetas deveriam ter densidade menor quanto mais distantes estiverem de sua estrela. Mas não é o caso aqui. "No TOI-178, isso só vale para os dois planetas internos que são rochosos, mas o terceiro planeta da estrela tem uma densidade muito baixa, então os planetas 4 e 5 são mais densos e o planeta 6 é mais fofo”, ele disse.

Os astrônomos agora terão que descobrir como o sistema se formou. Eles também vão tentar saber se alguns dos planetas se formaram mais para fora e lentamente derivaram para dentro.

Curiosamente, TOI-178 poderia hospedar outros planetas mais distantes, mas eles simplesmente não foram detectados. Olhando para o futuro, o Extremely Large Telescope do ESO, que deve entrar em operação no final desta década, pode ser capaz de revelar mais sobre este estranho sistema estelar.

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