quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Gizmodo Brasil

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Com o lançamento do Firefox 85, o Flash foi (literalmente) cancelado

Posted: 27 Jan 2021 04:28 PM PST

Foto: LEON NEAL/Equipe (Getty Images)

Ao que parece, o Adobe Flash garantiu seu espaço no hall dos softwares que vão se aposentar. , Nesta terça-feira (26), fomos agraciados com o lançamento do Firefox 85 da Mozilla. Até alguns dias atrás, o navegador seguia sendo o último da velha guarda a oferecer suporte ao Flash, sem deixá-lo pra escanteio. Mas, vamos combinar: quem vive de passado é museu, não é mesmo?

Contudo, a rejeição não começou ontem. A Apple havia criticado o software pela primeira vez em 2010 e o banido de seus iPhones. No ano de 2020, ela encerrou o suporte no Safari 14. Google e Microsoft também não ficaram pra trás e o descartaram no início deste ano, depois dos lançamentos do Chrome 88 e Edge 88, respectivamente.

Embora o plugin tenha sido um dos pioneiros em jogos, vídeo e animação na web, a Adobe havia anunciado anteriormente uma estratégia de longo prazo para interromper as atualizações e distribuição do Flash Player, incentivando os criadores a migrar qualquer conteúdo confiável e flexível para formatos mais modernos e abertos.

Além de algumas omissões notáveis, o Firefox 85 também adicionou alguns novos recursos interessantes, incluindo o particionamento de rede, que funciona para proteger os usuários dos supercookies de rastreamento, dividindo o cache do navegador por site.

"Ao longo dos anos, rastreadores foram encontrados armazenando identificadores de usuário como supercookies em partes cada vez mais obscuras do navegador, incluindo armazenamento em Flash, ETags e sinalizadores de HSTS", escreveu a Mozilla em um blog. “As mudanças que estamos fazendo no Firefox 85 reduzem muito a eficácia dos supercookies baseados em cache, eliminando a capacidade de um rastreador de usá-los em sites.”

Outras grandes novidades incluem mudanças na forma como os favoritos são armazenados no navegador e uma opção de remover todas as credenciais salvas clicando em um único botão, o que torna mais fácil a vida dos usuários que compartilham um computador ou precisam limpar o navegador por motivos de privacidade.

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China usa teste anal com cotonete para detectar Covid-19 e diz que técnica é mais precisa

Posted: 27 Jan 2021 03:37 PM PST

As autoridades de saúde na China implantaram testes anais com cotonete para detectar Covid-19 antes das celebrações do Ano Novo Lunar, afirma o site estatal chinês Global Times. Alguns médicos afirmam que a técnica é mais precisa do que os swabs nasais ou de garganta tradicionais e que os testes de anticorpos, mas nem todo mundo está convencido.

O Global Times cita Li Tongzeng, do Beijing You’an Hospital, como um defensor dos swabs anais. Ele afirma que “o coronavírus sobrevive mais tempo no ânus ou excrementos do que aqueles retirados da parte superior do corpo”. Tongzeng observa que os swabs anais só estão sendo coletados em número relativamente limitado.

Mas o método pode ser um pouco mais comum do que Li diz ser. Cotonetes anais estão sendo implantados na quarentena de Pequim, bem como em alguns ambientes escolares, de acordo com relatórios recentes do distrito de Daxing, na cidade.

Do South China Morning Post:

O teste em massa foi conduzido depois que a capital entrou em um lockdown parcial em Daxing e Shunyi. O sequenciamento genético revelou dois casos da variante mais transmissível do coronavírus descoberta no mês passado na Grã-Bretanha.

Desde então, a capital está em alerta máximo.

Mais de 1.200 pessoas foram testadas em uma escola frequentada por um aluno com um caso assintomático da cepa britânica. Cada um dos contatos na escola teve que fazer testes com swabs nasais, de saliva e anais, além de testes sorológicos — todos deram negativo.

Nem precisa dizer que um swab anal não é tão conveniente quanto um de garganta ou nasal, e não há relatos de outros países que estão priorizando este método para a testagem de Covid-19. Especialistas ainda se dividem ao responder se os testes anais com cotonetes, que supostamente levam cerca de 10 segundos, são mais úteis do que um cotonete regular na garganta para testar o coronavírus.

A ABC News da Austrália relata que o novo teste "invasivo" está sendo usado fora de Pequim, em lugares como a cidade de Guangzhou. Uma usuária de uma rede social relatou que seu swab anal foi administrado em seu 14º dia de quarentena. Ela também fez um teste com um swab oral, de acordo com a imprensa local. Outra usuária de uma rede social em Pequim disse que o teste anal a fez se sentir envergonhada.

"Apenas uma vergonha sem fim. Nenhum outro sentimento. Boa sorte", escreveu a estudante, supostamente da Coreia do Sul, sobre o swab na China.

Ainda não está claro qual seria o benefício de optar por estes testes no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Especialistas de outros países questionam a necessidade da prática.

"Não sei direito o que eles estão tentando fazer com esses cotonetes anais", disse o Dr. Sanjaya Senanayake à ABC News.

A China viu um ressurgimento recente do coronavírus em alguns pontos críticos. A situação é preocupante pois as variações mutantes do Reino Unido e da África do Sul mostraram-se mais contagiosas. Mas a China ainda está se saindo muito melhor do que a maioria dos países do mundo na contenção da pandemia, apesar disso.

Nesta semana, o mundo ultrapassou a marca sombria de 100 milhões de casos, com mais de 2,15 milhões de mortes, e esta pode ser uma contagem subestimada dos óbitos.

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Prefeitura de São Paulo amplia grupo prioritário para vacinação contra Covid-19

Posted: 27 Jan 2021 01:15 PM PST

Vacina COVID-19. Imagem: Daniel Schludi (Unsplash)

A Prefeitura de São Paulo anunciou, por meio de um documento instrutivo, a expansão do público-alvo da vacinação contra a Covid-19 a partir das 165.300 novas doses da vacina AstraZeneca que chegaram nesta segunda-feira (25), desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e importada da Índia pelo governo federal.

Segundo informações disponibilizadas, além da inclusão dos profissionais da saúde que trabalham em serviços de pronto atendimento, também serão contemplados idosos em situação de vulnerabilidade e pessoas com transtorno mental que moram em Serviços de Residência Terapêutica (SRTs). Assim, o grupo prioritário passa a ser:

  • Todos os funcionários de hospitais dedicados apenas ao atendimento de Covid-19, tanto privados quanto públicos.
  • Todos os funcionários de hospitais públicos e privados que atuam no atendimento a pacientes com Covid-19, incluindo reabilitação, coleta de laboratório, limpeza e administrativo.
  • Todos os funcionários de Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Pronto Socorro (PS), Pronto Atendimento (PA), Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e Unidade Básica de Saúde (UBS).
  • Funcionários e idosos do Programa de Assistência ao Idoso (PAI), que é voltado para maiores de 60 anos em situação de fragilidade clínica ou vulnerabilidade social.
  • Funcionários e idosos acamados atendidos por serviços da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD).
  • Funcionários e residentes dos Serviços de Residência Terapêutica (SRT), moradias destinadas a pacientes egressos de hospitais psiquiátricos.
  • Funcionários e residentes das Unidades de Acolhida (UA), moradias provisórias destinadas a pessoas em tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Na primeira leva de distribuição da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o órgão municipal recebeu 430 mil doses. Após autorização da Anvisa, o seu segundo lote, envasado no Brasil, deve chegar aos municípios nos próximos dias, já que foram disponibilizadas 200 mil doses para o Centro de Distribuição e Logística da Secretaria da Saúde de São Paulo.

Em entrevista à GloboNews, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que o plano sempre foi priorizar aqueles que atuam na linha frente por conta da quantidade insuficiente de vacinas para imunizar os 500 mil profissionais da área da saúde da capital. Neste grupo estavam todos que trabalham em UTI e enfermaria, atendem casos suspeitos nos serviços como AMAs, UPAs e UBSs e que operam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os públicos que estão recebendo a primeira dose da vacina CoronaVac devem receber a segunda dose do imunizante num prazo de 14 a 28 dias. O estado conta ao todo com 9 milhões de pessoas que estão nos chamados grupos prioritários, levando em consideração profissionais da saúde, os povos indígenas, quilombolas e os idosos.

[G1]

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Conheça os 4 novos colunistas do Gizmodo Brasil

Posted: 27 Jan 2021 12:42 PM PST

Colunistas

A partir de fevereiro, toda quarta-feira o Gizmodo Brasil abrirá espaço para um colunista trazer reflexões sobre tecnologia. Esse é um esforço da nossa parte em aprofundar, juntos, o debate sobre os impactos da tecnologia na sociedade.

Inicialmente serão quatro colunistas fixos que vão falar sobre games, tecnologia, direito, programação e até mesmo trarão contos de ficção científica para nos ajudar a vislumbrar possíveis futuros. Conheça abaixo nosso novo time de colunistas:

Ana Carolina da Hora (mais conhecida como Nina da Hora)

Nina da Hora

Além de ter o sobrenome mais legal de todos, Nina é cientista da computação, com ênfase em pesquisa computacional, pela PUC-RJ. Ela participou da formação de desenvolvedores do Apple Developer Academy e é criadora do Ogunhe Podcast, que apresenta cientistas do continente africano e suas contribuições científicas. No Gizmodo Brasil, ela escreverá sobre tecnologia e sociedade. Siga-a no Twitter.

Jaderson Souza

Jaderson Souza

Jaderson falará sobre games. Ele é doutorando em Humanidades, Direitos e outras Legitimidades pela FFLCH, na USP. Também é mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP. Com um longo histórico em desenvolvimento de games e educação, é presidente da Game e Arte, que desenvolve jogos e facilita processos educacionais por meio deles. Siga-o no Twitter.

Tais OIiveira

Tais Oliveira

Tais escreverá sobre tecnologia e sociedade para o Gizmodo Brasil. Ela é mestre e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais na UFABC e pesquisa sobre tecnologia, sociedade e relações étnico-raciais. Siga-a no Twitter.

Waldson Souza

Waldson Souza

Nosso escritor, Waldson trará toda semana um conto exclusivo de ficção científica para nos ajudar a imaginar futuros — sejam eles utopias ou distopias. Formado em Letras e mestre em Literatura pela UnB, Waldson é pesquisador de afrofuturismo na literatura brasileira contemporânea. É autor de Oceanïc (Dame Blanche). Siga-o no Twitter.

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Aplicativo Byte, concorrente do TikTok, é comprado pela Clash, outra concorrente do TikTok

Posted: 27 Jan 2021 10:37 AM PST

De tempos em tempos, vemos um novo aplicativo ou rede social atingir o auge, monopolizando a atenção das pessoas e atraindo uma horda de clones tentando pegar carona nesse sucesso. O astro da vez é o TikTok, que tem ganhado uma força quase impossível de ser superada agora. Com isso, as cópias da plataforma começam a competir não apenas com o original, mas entre si. A solução? Juntar-se aos concorrentes.

Pelo menos foi essa a conclusão a qual a empresa Clash chegou quando decidiu adquirir a Byte. Ambas são concorrentes do TikTok e agora, com a fusão, pretendem lançar um único aplicativo que inclua os recursos de monetização da Clash a uma versão redesenhada da ferramenta Byte.

Apesar da recusa em falar sobre valores envolvidos na aquisição, Brendon McNerney, cofundador da Clash, disse ao New York Times que os dois aplicativos serão lançados juntos como um único produto dentro de alguns meses. Segundo ele, desde o lançamento, o app Byte foi instalado 4,5 milhões de vezes, enquanto o Clash, lançado em julho do ano passado, atingiu meio milhão de downloads.

P.J. Leimgruber, outro cofundador da empresa Clash, disse ao The Verge que não considera o seu aplicativo como um concorrente direto do TikTok. Afinal, a ideia da sua plataforma é oferecer um serviço adicional em que os criadores de conteúdo podem se conectar com seus fãs e serem pagos por isso.

Dom Hoffman, criador da Byte e cofundador do extinto aplicativo Vine, explicou em um fórum por que decidiu vender a empresa. "O mercado de aplicativos que permitem criar e postar vídeos de seu telefone está extremamente saturado. Existem muitos concorrentes com recursos semelhantes (ou melhores) e muito mais distribuição", escreveu ele.

A Byte havia sido criada originalmente para ser uma sucessora do Vine. Em 2017, Hoffman já estava trabalhando no aplicativo, antes mesmo de qualquer plataforma de vídeo móvel ganhar popularidade. O problema é que ele perdeu o timing. Quando o app Byte finalmente foi lançado em 2020, o TikTok já dominava o mercado.

Conforme aponta o The Verge, a plataforma Byte conseguiu manter uma pequena comunidade, oferecendo um programa de remuneração aos criadores de conteúdo, mas ela nunca conseguiu decolar. O breve momento em que o aplicativo pareceu ganhar um impulso foi quando o ex-presidente norte-americano Donald Trump ameaçou banir o TikTok dos EUA. Na época, os criadores foram em busca de ferramentas alternativas, mas conforme a história foi perdendo força, os clones do TikTok logo caíram no esquecimento.

Com a fusão, Hoffman ainda deve atuar como conselheiro da Clash. Em sua publicação, ele escreveu que a Byte deve "ser construída com base em uma visão clara que leve a recursos diferenciadores e melhorias rápidas".

[The Verge]

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Um novo malware tem usado o WhatsApp para infectar aparelhos Android

Posted: 27 Jan 2021 09:49 AM PST

WhatsApp. Imagem: Tim Reckmann (Flickr)

Um novo malware tem infectado centenas de smartphones Android através do WhatsApp. A brecha explora o recurso para responder mensagens pela central de notificações, solicitando que o usuário acesse um link promocional, que é falso, para baixar um aplicativo em uma loja que imita a Google Play Store e concorrer a um celular da Huawei.

Tudo começa com uma mensagem aparentemente real enviada pelo WhatsApp. O malware orienta o usuário a abrir o link para o falso app da Huawei, que então redireciona para um site idêntico à Play Store original. Ao fazer o download da ferramenta maliciosa, o arquivo pede que a vítima permita acesso às notificações do aparelho, pois é lá que o malware fará o ataque.

E não somente permissão ao WhatsApp: além de solicitar permissões para ler notificações, o malware pede acesso para ser executado em segundo plano. Com isso, ele "assume" o controle do mensageiro através das notificações. Dessa forma, ele identifica quando uma nova mensagem chega ao WhatsApp para então respondê-la automaticamente usando a função de resposta via notificação, sem precisar abrir o app. Assim, o programa malicioso se espalha em um ciclo contínuo e sem que a vítima saiba, a não ser que abra a ferramenta.

De acordo com Lukas Stefanko, pesquisador da empresa de segurança ESET, o método funciona atualmente apenas com o WhatsApp, mas que pode se expandir para outros aplicativos que permitem respostas rápidas pelas notificações no WhatsApp. O especialista ainda explica que cada mensagem só pode ser enviada no intervalo mínimo de uma hora, e que o conteúdo da mensagem com o link do app malicioso ficam em um servidor remoto.

Stefanko também faz o alerta que a mensagem pode ser facilmente alterada para outro tipo de isca — hoje é um aplicativo da Huawei, mas amanhã poderia ser de outra empresa –, e que não se sabe como o malware identifica suas vítimas. Stefanko acredita que pode ser desde e-mails, SMS, redes sociais e grupos de bate-papo em diversos apps, além do próprio WhatsApp.

Portanto, o recomendado é sempre baixar aplicativos na loja oficial do seu smartphone. No caso do Android, a Google Play Store. Se receber mensagens suspeitas, verifique o link de acesso antes de clicar no endereço.

[The Hacker News, pplware]

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Rato dado como extinto após erupção vulcânica está, na verdade, vivo e prosperando

Posted: 27 Jan 2021 07:07 AM PST

Quando uma coluna colossal de cinzas e lava explodiu do Monte Pinatubo nas Filipinas em 1991, provavelmente poucas pessoas pensaram na vida animal na área, muito menos em uma espécie de roedor. Acreditava-se que o camundongo de Pinatubo havia sido extinto após a erupção, mas 30 anos depois, descobriu-se que as criaturas estão vivas e prosperando.

Um novo estudo, publicado recentemente no Philippine Journal of Science, descreve como o roedor reivindicou totalmente a paisagem queimada pela lava. Castanho, com cauda longa e aproximadamente do tamanho de um esquilo, o rato alpinista (cientificamente conhecido como Apomys sacobianus) foi descrito pela primeira vez por cientistas ocidentais em 1956, quando um espécime foi capturado por DH Johnson perto do rio Sacobia.

Esse animal – o holótipo da espécie, ou seja, o primeiro a servir de referência para descrever a espécie – foi levado ao Smithsonian Institution em Washington, DC, mas nenhum outro camundongo foi documentado. Cerca de 10 anos atrás, no entanto, as investigações de Danny Balete, um pesquisador do Field Museum de Chicago, em conjunto com o povo Aeta local, encontraram muitos ratos nas escarpas instáveis ​​da paisagem pós-erupção.

A nuvem de cinzas da erupção do Monte Pinatubo em 1991. Imagem: Dave Harlow, USGS (Fair Use)

A equipe de pesquisa estava catalogando espécies locais para ver quais, caso houvesse alguma, haviam retornado à área desde a explosão. Eles encontraram oito espécies diferentes de morcegos, e os moradores relataram ter encontrado porcos e veados. Entre as sete espécies de roedores registradas na montanha, o rato do vulcão Pinatubo foi de longe o mais abundante, representando mais de 60% dos roedores capturados.

"O fato de Danny ter descoberto que este camundongo localizado era a espécie mais comum foi completamente inesperado", disse Eric Rickart, um especialista em mamíferos do Museu de História Natural de Utah e principal autor do artigo recente, em um telefonema. A descoberta "nos levou a perceber que estávamos lidando com um animal que tinha…conseguido aguentar, sobreviver e se desenvolver neste habitat de crescimento secundário".

A erupção de Pinatubo foi uma das maiores da história recente, com uma nuvem de cinzas de 45 quilômetros de altura e fluxos piroclásticos que empurraram material vulcânico para os vales abaixo, destruindo casas e matando centenas de moradores (embora dezenas de milhares de pessoas já haviam evacuado, graças a um trabalho científico impressionante que previu a explosão). A erupção devastou a área, e parecia impossível que uma pequena população de camundongos pudesse ter sobrevivido.

A paisagem de Pinatubo ainda mostra evidências da erupção de 1991. Imagem: © Danny Balete, Field Museum

Pelo contrário, parece que os ratos enfrentaram o desastre com tranquilidade. Balete encontrou mais espécies após a erupção de Pinatubo do que jamais havia sido encontrado antes. É possível, disse Rickart, que os ratos prefiram a paisagem em ruínas, mas que está crescendo novamente, ao redor da montanha à densa floresta antiga que antecedeu a erupção e que crescerá novamente nos séculos futuros, se tiver chance.

O levantamento da equipe, para o qual a maior parte do trabalho de campo foi feita em 2012, também observou o retorno de 16 espécies além do camundongo, incluindo grandes mamíferos como porcos selvagens e veados, sugerindo que a biodiversidade da floresta está voltando ao seu antigo vigor. Entre as espécies detectadas, o rato do vulcão Pinatubo é o mais abundante.

"Após a erupção de Pinatubo, procuramos por este rato em outros picos nas montanhas de Zambales, mas não o encontramos", disse o coautor do estudo Lawrence Heaney em um comunicado à imprensa do Field Museum, "sugerindo uma distribuição geográfica muito limitada para a espécie". Embora não possa ir muito longe, o camundongo evidentemente faz um bom uso do espaço de que dispõe.

Ele também é conhecido como rato de nariz comprido da floresta Luzon. Imagem: © Danny Balete, Field Museum

Rickart disse que o rato pode ser uma espécie de “especialista em distúrbios”, capitalizando sobre os perigos naturais que ameaçam outras espécies.

"Esperamos que este seja um momento realmente promissor", disse Rickart, "não apenas para descobrir que existem espécies de mamíferos nativos que podem suportar esse tipo de magnitude de perturbação, mas também nos dizer algo sobre sua resiliência e capacidade para ser restabelecido se tiver uma oportunidade. "

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Como usuários do Reddit trollaram Wall Street comprando ações da GameStop

Posted: 27 Jan 2021 06:31 AM PST

Imagem: Mike Mozart (Flickr)

Um grupo de usuários do Reddit que comprou ações da GameStop (GME) nos EUA fez as ações da rede de lojas disparar 822% em menos de um mês, passando de US$ 17, no início de janeiro, para um pico de US$ 160, na última segunda-feira (25). O movimento causou uma disputa entre os internautas e analistas de Wall Street, que tinham previsto anteriormente uma forte queda no valor da empresa.

Os usuários em questão fazem parte de um subreddit (fórum secundário) chamado Wall Street Bets, que é dedicado ao mercado financeiro e tem mais de dois milhões de membros. Em conjunto, os usuários passaram dias comprando centenas de ações da GameStop, principalmente depois que analistas mais antigos de Wall Street davam como certo uma queda constante no valor da companhia. A GME tem perdido público e espaço nos Estados Unidos já algum tempo, mas a situação se agravou em 2020 com a pandemia de COVID-19, que obrigou a empresa a fechar diversas lojas físicas.

Foi aí que integrantes do fórum do Reddit compraram várias ações da GameStop para desafiar investidores veteranos de Wall Street, que, inclusive, já haviam realizado a chamada "venda a descoberto" – uma prática financeira que consiste na venda de um ativo ou derivativo que não se possui, esperando que seu preço caia para então comprá-lo de volta e lucrar na transação com a diferença. Como o preço das ações subiu ainda mais e não desceu, conforme os analistas previram, estima-se que os analistas mais experientes perderam US$ 1,6 bilhão em um único pregão da bolsa de valores, na última sexta-feira (22).

O crescimento da GameStop foi tão grande que a Bolsa de Valores de Nova York congelou sua negociação até nove vezes, fazendo com que o valor das ações caísse para US$ 77. Contudo, o valor já subiu novamente nesta terça-feira (26), alcançando US$ 147, atingindo novos picos depois que Elon Musk, CEO da Tesla, compartilhou o subreddit em seu perfil no Twitter.

Isso é o que mais tem irritado investidores de longa data de Wall Street: o fato de serem usuários de internet, e não especialistas formados, os responsáveis por esse impulso repentino em uma empresa à beira da falência. Esses usuários possuem um certo conhecimento no mercado financeiro, mas nada muito sofisticado.

O Wall Street Bets também está por trás de um aumento expressivo no valor da BlackBerry, que desde a semana passada subiu 38%.

Se essa é a uma versão moderna de Robin Hood, que tira dos mais ricos e dá poder aos pobres, só o tempo dirá.

[Gizmodo, CNET, Portal do Bitcoin]

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Imagens do Solar Orbit mostram a Terra, Vênus e Marte em um único quadro

Posted: 27 Jan 2021 05:41 AM PST

Aqui está algo que você não vê todos os dias.

Em 18 de novembro de 2020, o Solar Orbiter conseguiu capturar três dos oito planetas do nosso sistema solar em um único quadro, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia. O vídeo de quatro segundos foi montado a partir de uma série de imagens estáticas tiradas ao longo de 22 horas.

Vênus é o maior e mais brilhante dos objetos, seguido pela Terra e por Marte no canto inferior direito do quadro. O que é particularmente interessante sobre esse ponto de vista é que a sonda está observando o sistema solar enquanto se afasta do Sol e se dirige para Vênus.

Vênus, Terra e Marte, conforme visto pelo Solar Orbiter. Imagem: ESA/Nasa/NRL/Solar Orbiter/SolOHI

Quando as fotos foram tiradas, o Solar Orbiter estava a 48 milhões de quilômetros de Vênus, a 251 milhões de quilômetros da Terra e a 332 milhões de quilômetros de Marte. O Sol está fora de quadro no canto inferior direito, mas seu brilho é claramente visível.

A sonda, uma colaboração entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia, estava a caminho de Vênus para uma manobra assistida por gravidade quando as imagens foram tiradas com sua câmera Heliospheric Imager (SoloHI). O Solar Orbiter eventualmente passou por Vênus em 27 de dezembro. Uma série de sobrevoos com a Terra e Vênus trará a sonda para mais perto do Sol e também inclinará seu eixo de órbita de modo que possa observar nossa estrela de diferentes ângulos.

Lançado em fevereiro de 2020 e equipado com 10 instrumentos diferentes, o Solar Orbiter é uma missão para estudar o Sol de perto. As imagens mais próximas já tiradas, feitas em julho passado, mostraram "fogueiras" até então desconhecidas na superfície de nossa estrela, revelando processos estelares que antes não passavam de teoria.

A sonda também está estudando as condições em sua vizinhança imediata, ou seja, o vento solar, ou partículas carregadas, saindo do Sol para o espaço. Os dados resultantes ajudarão os cientistas a prever o clima espacial que pode prejudicar as comunicações e a tecnologia na Terra.

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O que você precisa saber antes de ler as notícias de que alguém morreu depois de tomar vacina

Posted: 27 Jan 2021 03:55 AM PST

À medida que a vacinação se torna mais comum, o movimento antivacina está usando seus velhos truques. A última tendência desse jogo sujo é culpar os imunizantes por mortes, doenças ou ferimentos sem nenhuma evidência concreta.

As organizações antivacina já estão tentando deturpar relatos de pessoas que morreram ou ficaram doentes após receber a vacina como prova de que não são seguras. Na semana passada, a Children’s Health Defense — fundada pelo conhecido excêntrico Robert Kennedy Jr. — postou um artigo sugerindo que a morte da lenda do beisebol Hank Aaron, em 22 de janeiro, foi causada pela vacina Moderna que ele recebeu em 5 de janeiro. Esta semana, o instituto de medicina legal de Fulton County informou que Aaron morreu de causas naturais aos 86 anos. Autoridades em saúde também tiveram que perder tempo desmascarando “denúncias”.

As vacinas, como qualquer medicamento, têm efeitos colaterais. Normalmente, embora nem sempre, esses efeitos colaterais são notados durante os ensaios clínicos, antes de chegarem ao público em geral. Logo depois que vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech receberam a autorização de emergência, por exemplo, houve relatos isolados de reações alérgicas. Elas não haviam sido documentadas em ensaios clínicos.

No entanto, nem tudo de ruim que acontece depois que você toma um medicamento ou vacina — o que os cientistas chamam de "evento adverso" — é um efeito colateral. As pessoas adoecem por diversos motivos e, frequentemente, o aparecimento de uma forte dor de cabeça ou outros sintomas pós-tratamento não são nada mais do que coincidência. É por isso que é tão importante comparar grupos de pessoas que recebem a droga real com aqueles que recebem um placebo. Se alguns eventos adversos são muito mais comuns no grupo de tratamento do que no grupo de placebo, então podemos ter certeza de que são um efeito colateral real.

As mortes também são uma parte infeliz da realidade, especialmente para grupos de alto risco, como os idosos, que atualmente estão sendo priorizados para vacinas contra COVID-19. Pessoas morreram e continuarão morrendo logo após receberem a vacina, mas isso por si só não é evidência de que a vacina causou sua morte.

Nos maiores ensaios clínicos até hoje, envolvendo dezenas de milhares de pessoas, os sintomas comuns relacionados às vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna incluíram dor no local da injeção, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. Os efeitos colaterais mais raros incluíram um risco aumentado de paralisia de Bell, uma paralisia temporária do rosto. Mas não houve evidência de aumento do risco de morte após a vacinação. E ambas as vacinas foram consideradas altamente eficazes na prevenção da COVID-19, que matou mais de 2 milhões de pessoas no período de um ano.

Isso não significa que relatos de morte ou ferimentos após a vacinação não devam ser investigados por agências de saúde e cientistas relevantes (e, de fato, eles são). Uma parte fundamental da pesquisa científica envolve o acompanhamento dos problemas de saúde da população que estão potencialmente associados a um novo medicamento ou vacina e, às vezes, novos problemas são encontrados. Mas devemos ser cautelosos para não culpar imediatamente as vacinas por sintomas que parecem assustadores ou por mortes trágicas, pelo menos não sem uma boa quantidade de evidências para basear essas alegações. Da mesma forma, os meios de comunicação não devem usar manchetes sensacionalistas ao relatar esses casos.

Deixando de lado os relatos escolhidos a dedo e anedóticos, as evidências do mundo real para a segurança e eficácia dessas vacinas parecem ser encorajadoras. Na segunda-feira, Israel — indiscutivelmente o país com melhor desempenho no mundo em número de pessoas vacinadas — divulgou alguns de seus primeiros dados. Eles descobriram que era extremamente improvável que os residentes fossem diagnosticados com COVID-19 após sua segunda dose da vacina Pfizer/BioNTech. Outros dados continuam a mostrar um risco muito baixo de efeitos colaterais graves como anafilaxia — com dez casos encontrados em 4 milhões de pessoas que receberam a vacina Moderna — e nenhuma morte relatada relacionada a essas reações alérgicas.

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Twitter anuncia compra de plataforma de newsletter

Posted: 27 Jan 2021 02:40 AM PST

Smartphones com logotipo do Twitter na tela. Crédito: Getty Images

De acordo um anúncio feito pelo Twitter na terça-feira (26), a companhia adquiriu a startup de newsletter Revue. A compra foi realizada como uma estratégia de mercado, de forma a permitir que usuários ganhem seu próprio dinheiro por meio de um serviço de boletim de informações que será distribuído para seus seguidores.

A Revue foi fundada na Holanda em 2015 e entre seus principais clientes podemos citar Vox Media, Chicago Sun-Times e Markup. Por enquanto, ela continuará a operar como um serviço autônomo, de forma a tornar a plataforma mais conhecida para os usuários do Twitter, com seus recursos premium disponíveis gratuitamente. Em breve, a integração deve ser completa, especialmente quando houver conteúdos mais centrados para ambas as empresas.

Interface do Revue. Imagem: Twitter/Divulgação.

A taxa paga por newsletter também foi reduzida para 5%, como forma de ajudar na retenção de mais receita a partir das assinaturas. “A Revue vai acelerar nosso trabalho para ajudar as pessoas a se manterem informadas sobre seus interesses, ao mesmo tempo em que dá a todos os tipos de escritores uma maneira de monetizar seu público — seja por meio de uma publicação, em seu site, no Twitter ou em outro lugar”, escreveu em nota Kayvon Beykpour, líder de produto, e Mike Park, vice-presidente de produtos para editores.

Em novembro de 2020, o New York Times noticiou que o Twitter estava interessado em outra empresa responsável por boletins informativos, o Substack. Porém, o CEO da companhia em questão negou todas as informações, salientando que a venda “não iria acontecer”.

Já faz alguns meses que uma das maiores redes sociais do mundo está na busca de empreendimentos que possam expandir seus negócios, principalmente por pressão de seus investidores. Neste meio tempo, os aplicativos Squad e Breaker, que operam como serviços de videochamadas e comunicação por áudio, respectivamente, foram obtidos para dar fontes alternativas de receita e variar um pouco o conteúdo disponível para os seus usuários.

[The New York Times]

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