sexta-feira, 4 de junho de 2021

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Telescópio Espacial James Webb, que já está 7 anos atrasado, é adiado novamente

Posted: 03 Jun 2021 06:27 PM PDT

O Telescópio Espacial James Webb, já com sete anos de atraso, não será mais lançado no Halloween conforme planejado. Até que foi uma boa decisão, dado o histórico de azar deste projeto. Pela primeira vez, o atraso não se deve ao telescópio, mas sim ao foguete que o levará ao espaço.

Precisamos ser pacientes, mas espero que não por muito mais tempo.

Conforme confirmado ontem durante uma coletiva de imprensa da Agência Espacial Europeia, o Telescópio Espacial James Webb não será lançado em 31 de outubro, conforme planejado. Se um dos dois lançamentos comerciais não relacionados de foguetes Ariane 5 der certo nos próximos meses, no entanto, o lançamento pode acontecer já em meados de novembro. O cronograma original previa o lançamento em 2014 — depois 2018, 2019, meio de 2020, março de 2021 e então Halloween de 2021 — então, mais algumas semanas de espera não é grande coisa. Quer dizer, eu estou tentando me convencer disso.

A expectativa é grande, já que este parece ser o telescópio mais notável já construído. Uma vez no espaço, ele visualizará o universo em infravermelho, examinará a atmosfera de exoplanetas distantes, contemplará estrelas e detectará galáxias antigas que surgiram apenas 150 milhões de anos após o Big Bang.

Um técnico realizando os testes finais do telescópio. Imagem: Nasa / Chris Gunn

O projeto, uma parceria internacional envolvendo a Nasa, a ESA e a Agência Espacial Canadense (CSA), tem sofrido atrasos, incluindo um reforço de sua proteção solar que demorou mais do que o previsto. O custo estimado do projeto, de US$ 9,7 bilhões, é quase o dobro da cotação original, de acordo com um relatório divulgado pelo Government Accountability Office no mês passado.

E agora temos outro atraso, desta vez por causa de uma anomalia durante dois lançamentos do foguete Ariane 5 da empresa Arianespace no ano passado. Como afirma o relatório do GAO, "os lançamentos deste tipo de veículo estão atualmente adiados" até que a ESA e a Arianespace "investiguem acelerações inesperadas do veículo" que aconteceram quando a carenagem se separou durante os dois lançamentos.

As cargas úteis foram implantadas com sucesso em ambos os casos, mas a companhia "deve demonstrar que o problema foi corrigido em pelo menos um [dos dois lançamentos programados]" antes que o telescópio possa ser ativado. A Arianespace não revelou as datas dos próximos lançamentos, mas o primeiro pode acontecer em julho, informa o SpaceNews.

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Muito disso foi confirmado na coletiva da ESA realizada na quarta (2), que serviu como uma prévia do futuro lançamento do telescópio e de suas capacidades. Representantes da Nasa, da ESA e da CSA participaram do evento, e o consenso geral foi que o foguete Ariane 5 está pronto e que o lançamento do James Webb em meados de novembro é provável.

Thomas Zurbuchen, diretor da missão científica da Nasa, disse que o telescópio será enviado ao local de lançamento da ESA na Guiana Francesa no final de agosto. Depois disso, 55 dias para colocar o dispositivo no lançador. Ele descreveu o cronograma atual para um lançamento em novembro como “aproximadamente correto”.

Daniel de Chambure, chefe interino de adaptações e missões futuras do Ariane 5 na ESA, disse que a “origem do problema foi encontrada” e “ações corretivas foram tomadas”, acrescentando que a revisão de qualificação começou, “então devemos ser capazes de para confirmar tudo isso dentro de alguns dias ou semanas". A anomalia, ele reiterou, “não comprometerá a missão”. Não foram fornecidos mais detalhes sobre o problema e como ele foi resolvido.

Zurbuchen disse que a Arianespace foi transparente em todo o processo.

"Temos todas as informações de que precisamos. Tivemos discussões técnicas profundas com todas as partes alinhadas com um objetivo, que é criar o sucesso da missão”, disse Zurbuchen, da Nasa. "Estamos no negócio de ciência de foguetes, por isso estamos acostumados a problemas."

Pelo menos as coisas parecem estar avançando. A Arianespace reservou uma janela para o lançamento do James Webb de 31 de outubro ao início de dezembro, então há uma boa chance de o telescópio ser lançado este ano, mas já ficamos desapontados antes. Quando se trata do Telescópio Espacial James Webb, é melhor deixar para acreditar quando ele estiver no segundo ponto de Lagrange, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

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Nasa deu um jeitinho de usar solo marciano para limpar a poeira do placas solares do InSight

Posted: 03 Jun 2021 05:26 PM PDT

Tem poeira em tudo. Empurrada pelos ventos marcianos, ela sufocou a sonda InSight, e seus painéis solares — sua fonte de energia — ficaram cobertos de fuligem vermelha. Agora, a Nasa anunciou que conseguiu fazer uma faxina básica: eles mandaram o módulo de pouso jogar um pouco de sujeira em cima da poeira. Eles conseguiram limpar os painéis e melhorar o fornecimento de energia.

O meio contra-intuitivo chegou em boa hora. Marte está se aproximando de seu afélio, o ponto mais distante em sua órbita do Sol, então o InSight já precisaria conservar energia. Embora a equipe tenha se preparado para um menor uso de energia durante este ponto — o trabalho do InSight vai até pelo menos 2022 — sua coleta de dados foi paralisada devido à sujeira dos painéis solares. Em fevereiro, eles estavam operando com pouco mais de um quarto de sua capacidade total, de acordo com um comunicado da Nasa.

A equipe tentou outros métodos para tirar a poeira da máquina, que está em uma planície marciana a 183 milhões de quilômetros de qualquer espanador. Eles tentaram acelerar os motores usados ​​para abrir os painéis solares, que são do tamanho de uma mesa, pensando que as vibrações tirariam um pouco de poeira. Isso não funcionou. Palpiteiros de plantão sugeriram que o helicóptero Ingenuity sobrevoasse a sonda para deslocar o ar e soprar a poeira (o Ingenuity está bem longe do InSight, mas quem se importa, né?).

Mas o truque recente deu certo. Usando o braço robótico do InSight, a equipe da Nasa recolheu um pouco do solo de Marte e despejou sobre a poeira que havia se acomodado nos painéis. Quando esses grãos de sedimento atingiram os painéis, eles ricochetearam, levando consigo as partículas menores de poeira, impulsionadas pelos ventos marcianos de 32 km/h.

Braço robótico da InSight flexionando. À esquerda, um painel solar empoeirado. GIF: Nasa/JPL-Caltech

Não faz muito tempo que as coisas pareciam sombrias para o InSight, que chegou ao Planeta Vermelho em novembro de 2018. Em janeiro deste ano, o componente “toupeira” da sonda — basicamente uma escavadeira, que deveria mergulhar até 3 metros na superfície do planeta e fazer leituras de temperatura — foi abandonado depois de ficar irremediavelmente preso. Um mês depois, pouco antes da chegada do rover Perseverance no Planeta Vermelho, a equipe InSight anunciou a decisão de atrasar parte do trabalho do módulo, já que o inverno marciano significava menos energia para a máquina.

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A gambiarra de usar terra para remover o pó devolveu à sonda cerca de 30 watts-hora de energia por dia marciano, de acordo com a Nasa. "Não tínhamos certeza de que isso funcionaria, mas estamos felizes que funcionou", disse Matt Golombek, membro da equipe InSight, em um comunicado. O aumento de potência não significa que o InSight pode funcionar a todo vapor durante o inverno marciano, mas dá à equipe mais algumas semanas de operação antes do horário reduzido.

Também vale a pena lembrar que os painéis solares do InSight não foram feitos para sobreviver por tanto tempo, assim como o Ingenuity, o helicóptero marciano experimental, e o Curiosity, que já está trabalhando a 106 meses, quando o planejado eram 23. Não se fazem naves como antigamente, mas a Nasa ainda faz umas coisinhas bacanas para mandar para Marte, e um pouquinho de criatividade ajudou muito a ciência neste caso.

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Google vai permitir que usuário de Android esconda ID usado para mostrar propagandas

Posted: 03 Jun 2021 03:41 PM PDT

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

O Google vai deixar um pouco mais difícil a vida de aplicativos que rastreiam usuários do Android para mostrar anúncios personalizados. De acordo com um e-mail enviado para desenvolvedores cadastrados na Play Store, quando um usuário optar por deixar de receber esse tipo de propaganda, o identificador único daquele aparelho passará a aparecer como uma sequência de zeros.

A mudança — noticiada pelo Financial Times e repercutida pelo Verge — deve acontecer em perto do fim de 2021, com a chegada do Android 12. Nos aparelhos com Google Play e versões anteriores do sistema operacional, a medida passará a valer em algum momento de 2022.

A opção para parar de receber anúncios personalizados já existe e pode ser encontrada em Configurações > Google > Anúncios, mas, aparentemente, ela não impede que desenvolvedores vejam o número de identificação do seu aparelho (há também uma opção para redefinir esse número).

Alguns apps usam esse identificador para fins não-publicitários, como prevenção de fraudes e ferramentas de análise. Nesses casos, segundo o site AdExchange, o Google promete providenciar uma “solução alternativa” no mês que vem.

Copia mas não faz igual

Se você acha que já leu em algum lugar sobre ocultar um identificador de propaganda para desenvolvedores, não está errado. A Apple fez a mesma coisa com o iOS 14.5: agora, os aplicativos só têm acesso ao identificador caso o usuário permita o rastreamento.

E essa não foi a única medida de privacidade da Apple que parece ter inspirado o Google: a empresa por trás do Android também passou a exibir de maneira simplificada na Play Store quais dados um aplicativo coleta, uma medida semelhante às “tabelas nutricionais” que a criadora do iPhone adotou na App Store.

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Nessa mudança futura, porém, há uma diferença fundamental entre as duas empresas, como observa o Verge: enquanto o rastreamento no sistema da Apple é “opt in”, em que o usuário precisa optar por ser monitorado, no do Google, ele é “opt out”, isto é, o usuário precisa informar que não deseja mais compartilhar sua identificação.

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Para surpresa de ninguém, os preços dos NFTs estão despencando

Posted: 03 Jun 2021 01:15 PM PDT

O mundo dos criptoativos viu um aumento vertiginoso dos NFTs neste ano. Eles vinham sendo usados para vender a propriedade de tudo, de obras de arte online a tuítes aleatórios. Ninguém nunca entendeu direito por que eles estavam com preços tão inacreditáveis. Poder se gabar? Símbolos de status? Pura especulação impulsionada pela alta das criptomoedas e fantasias de enriquecimento rápido?

A resposta atual para a pergunta "Qual é o valor de um NFT?" parece ser "não muito, e está despencando". O site Protos, especializado em notícias sobre criptoativos, publicou na quarta-feira (2) que os NFTs rastreados no banco de dados Nonfungible.com atingiram o pico em 3 de maio, registrando US$ 102 milhões em transações NFT em um único dia. O período de sete dias em torno do pico gerou US$ 170 milhões em transações. Mas na semana passada, esse número foi de apenas US$ 19,4 milhões em vendas de NFT, uma queda de 90% em relação ao pico.

NFTs, ou tokens não fungíveis, são itens colecionáveis digitais codificados em um blockchain, a mesma tecnologia que serve de base para as criptomoedas, criando uma marca d’água digital exclusiva que significa a propriedade dos direitos digitais de um ativo.

As vendas de obras de arte NFT foram de arregalar os olhos e atraíram grande parte da atenção da mídia. Por outro lado, o mercado era e continua sendo dominado por criptocolecionáveis — por exemplo, pequenos rostos de pixels chamados CryptoPunks, retratos Hashmasks e Twerky Pepes (baseados no sapo que virou sinônimos de fóruns de imagens como o 4chan e da extrema direita online).

De acordo com a Protos, seu conjunto de dados mostra US$ 9,2 milhões em vendas de cripto-colecionáveis ​​na semana passada. Os NFTs "metaversos", como por exemplo um aplicativo que permite às pessoas comprar bens imóveis digitais, movimentaram US$ 3,3 milhões na semana passada. Souvenirs esportivos, como itens do NBA Top Shot, que se parecem com cartas colecionáveis, também ultrapassaram as obras de arte, com US$ 3,16 milhões em vendas no mesmo período. A arte veio atrás de todos eles com US$ 3 milhões.

Outro dado preocupante para o mercado de NFT: a Protos diz que seu conjunto de dados mostra que os participantes parecem estar reconsiderando se os itens colecionáveis ​​da Internet são um bom uso de seu dinheiro:

O número de carteiras NFT ativas também caiu de mais de 12 mil no pico diário de cada categoria NFT para apenas 3.900 ontem (quase 70% menos).

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Os NFTs sempre foram especulativos, e o interesse tanto pelos itens de arte caros quanto pelos itens de coleção mais baratos está desaparecendo rapidamente. As vendas estão despencando. A bolha NFT estourou. Se outra bolha NFT vai ricochetear em seu lugar pode depender se os exemplos acima vão se tornar coisas como gibis raros ou cartas Pokémon (que retêm valor graças à raridade e sua associação com marcas lendárias e nostalgia) ou como Fofoletes, bichinhos de pelúcia da Parmalat ou Tazos.

O fato de o preço do Bitcoin estar caindo também não ajuda. Há também uma atenção crescente aos custos ambientais desproporcionais de criptomoedas e NFTs, que sugam grandes quantidades de eletricidade para alimentar os algoritmos de criptografia que rodam blockchains. Além disso, países como a China vêm tentando reprimir as criptomoedas. A tendência de queda nos preços do Bitcoin pode se reverter, como já aconteceu inúmeras vezes antes, mas o ciclo frenético de crescimento e queda da criptomoeda torna quase impossível adivinhar se os NFTs vão ser alguma coisa além de fogo de palha.

Seja como for, não dá para dizer que você não foi avisado.

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Twitter Blue, serviço de assinatura da rede social, já está disponível na Austrália e no Canadá

Posted: 03 Jun 2021 11:23 AM PDT

Agora é oficial: o Twitter tem uma assinatura paga para quem quiser mais recursos. Chamado de Twitter Blue, o pacote foi lançado nesta quinta-feira (3) no Canadá e na Austrália e traz recursos extra para os usuários que assim desejarem.

Entre as ferramentas, está a possibilidade de desfazer posts em até 30 segundos, o que pode ser útil para quem trabalha com a rede e precisa consertar erros rapidamente. Também há pastas para organizar os tuítes salvos, um modo para facilitar a leitura de threads longas, opções de temas coloridos e ícones nos apps para celular e suporte dedicado.

Modo de leitura junta todos os tuítes de uma thread de um jeito mais bonitinho. Imagem: Twitter

No Canadá, o Twitter Blue custa 3,49 dólares canadenses por mês, cerca de R$ 14,70 em conversão direta. Já na Austrália, o preço da assinatura é de 4,49 dólares australianos mensais, o que dá mais ou menos R$ 17,50. Por aqui, especula-se que o serviço vá custar R$ 15,90. Ainda não há previsão de lançamento em outros países.

Twitter está tentando um pouco de tudo

O Twitter Blue é uma mais tentativa da rede social para expandir e diversificar suas fontes de receita. Atualmente, 86% do dinheiro que o Twitter ganha vem de publicidade. Outra tentativa da rede é oferecer aos produtores de conteúdo uma forma de cobrar por alguns de seus Tweets, o chamado Super Follow. A rede fica com uma fatia dessa assinatura.

Muitas das movimentações recentes do Twitter foram para agregar novos formatos e tipos de conteúdo à rede. A companhia comprou a plataforma de newsletters Revue, o aplicativo de podcasts Breaker e a empresa Scroll, uma espécie de assinatura para remover anúncios de sites de revistas e jornais. Vale dizer que o Scroll era dono do Nuzzel, um app para mostrar os artigos mais lidos na sua timeline sem precisar entrar na rede social. Eu não ficaria surpreso se o Twitter passasse a oferecer algo parecido e cobrar por isso.

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O Twitter também passou a oferecer para todo mundo o Spaces, um concorrente do Clubhouse que permite criar salas de bate-papo por áudio com participação do público, e lançou um boletim de previsão do tempo nos EUA.

[Twitter via CNBC]

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WhatsApp terá suporte a até quatro dispositivos com uma só conta, diz Zuckerberg

Posted: 03 Jun 2021 09:26 AM PDT

WhatsApp. Imagem: Christoph Scholz (Flickr)

Já faz tempo que o WhatsApp tem acesso por computadores, mas ele ainda é bastante limitado. Além disso, não é possível usar a mesma conta em dois smartphones sem gambiarras. Isso pode se melhorar em breve: o aplicativo deve liberar nos próximos meses um teste beta público de seu recurso de múltiplos dispositivos, com suporte simultâneo a até quatro aparelhos.

As novidades foram reveladas pelo próprio CEO do Facebook, Mark Zuckerberg. Ele e Will Cathcart, chefe de WhatsApp na empresa, deram uma entrevista ao site WABetaInfo, especializado em trazer novidades do aplicativo de mensagens. A entrevista foi feita via WhatsApp, obviamente, com direito a prints da conversa publicados no site.

Além disso, Cathcart disse que o suporte a vários dispositivos tornará possível um WhatsApp para iPad — atualmente, o tablet da Apple não conta com o aplicativo. No entanto, ele não confirmou se ou quando isso vai acontecer. O mensageiro também deve ganhar recursos de imagens e vídeos que só podem ser vistos uma vez e também de conversas que desaparecem automaticamente.

Criptografia de ponta-a-ponta continua

Um dos grandes recursos de segurança do WhatsApp é a chamada criptografia de ponta-a-ponta (E2EE). Ela garante que as mensagens só possam ser visualizadas pelo remetente e pelo destinatário, que são quem detém as chaves para descriptografá-las, e protege o conteúdo em caso de interceptação.

Para efeito de comparação, o Telegram não tem criptografia de ponta-a-ponta ativada por padrão, apenas nos chats secretos — o aplicativo usa criptografia cliente-servidor e servidor-cliente, o que permite acessar as mensagens de múltiplos dispositivos.

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Por isso, sempre houve dúvidas se o suporte a múltiplos dispositivos encerraria o fim dessa criptografia no WhatsApp. Zuckerberg diz que não será necessário: a criptografia de ponta-a-ponta continua. “Ainda será criptografado de ponta a ponta. Tem sido um grande desafio técnico fazer com que todas as suas mensagens e conteúdo sincronizem corretamente entre os dispositivos, mesmo quando a bateria do telefone acaba, mas resolvemos isso e estamos ansiosos para lançá-lo em breve!”

[WABetaInfo via The Verge]

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Nasa vai enviar missões Davinci+ e Veritas para explorar atmosfera e superfície de Vênus

Posted: 03 Jun 2021 08:45 AM PDT

A Nasa anunciou na quarta-feira (2) que duas missões visitarão Vênus até o final desta década, no que serão as primeiras explorações diretas do planeta quente desde 1994. Uma sonda deve orbitar Vênus, mapeando-a e estudando-a de cima, enquanto a outra tentará pousar na superfície, obtendo amostras da atmosfera do planeta durante a descida para entender sua composição química. As duas são as mais recentes a sair do Programa Discovery da agência espacial, que é essencialmente uma incubadora interna para missões de ciências planetárias.

"Essas duas missões irmãs visam entender como Vênus se tornou este mundo infernal, capaz de derreter chumbo na superfície", disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, em uma entrevista coletiva. "Eles vão oferecer a toda a comunidade científica a chance de investigar um planeta que não visitamos há mais de 30 anos."

Davinci+ é a abreviação de Deep Atmosphere Venus Investigation of Noble gases, Chemistry, and Imaging Plus — em tradução livre, algo como “investigação de gases nobres, químicas e imagens da atmosfera profunda de Vênus” — e Veritas, além de “verdade” em latim, é a abreviação de Venus Emissivity, Radio Science, InSAR, Topography, and Spectroscopy — em tradução livre, “emissividade, ciência de radiação, InSAR, topografia e espectroscopia de Vênus”.

A Davinci+ irá sondar a atmosfera do planeta para entender sua química, enquanto o objetivo principal do Veritas será descobrir como Vênus evoluiu para uma paisagem infernal, com temperaturas de superfície de quase 480°C e uma atmosfera tão pesada que iria esmagar você.

Embora a entrevista coletiva não tenha mencionado nenhuma busca por organismos alienígenas, a Nasa já havia abordado a possibilidade tentadora de existir vida microbiana flutuando na atmosfera de Vênus, e uma descoberta controversa no ano passado sugeriu que um gás associado à vida pode estar presente lá. Conforme relatado pelo The New York Times, o estudo levou o então administrador Jim Brindenstine a dizer que era “hora de priorizar Vênus”. Foi o que a Nasa fez.

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Essas missões superaram duas outras propostas, a Trident e a Io Volcanic Observer, que propunham, respectivamente, fazer um sobrevoo pela maior lua de Netuno e conduzir 10 sobrevoos da lua Io, de Júpiter, Nós falamos sobre essas propostas no Gizmodo há algum tempo.

Davinci+ e Veritas serão adicionados à futura súmula do Programa Discovery, que atualmente inclui as missões Lucy e Psyche para explorar asteroides troianos perto de Júpiter e um asteroide rico em metal cuja órbita está depois de Marte.

Um comunicado à imprensa da Nasa diz que o lançamento das duas sondas está programado para algum momento entre 2028 e 2030. As duas missões do Programa Discovery atualmente ativas são o Lunar Reconnaissance Orbiter e o módulo InSight em Marte.

Uma imagem de Vênus tirada pela Mariner 10 em 1974 (à esquerda) e uma versão recentemente aprimorada da mesma imagem (à direita). Imagem: Nasa / JPL-Caltech

Anteriormente, as missões soviéticas Venera observaram e pousaram em Vênus entre 1961 e 1983, e as sondas Pioneer da Nasa fizeram essa viagem em 1978. Uma sonda sobreviveu à entrada atmosférica e enviou dados de volta à Terra por mais de uma hora antes de expirar. A incursão mais recente da Nasa em torno de Vênus foi a missão Magellan lançada em 1989, que mergulhou na atmosfera venusiana em uma gloriosa explosão final em 1994.

Há vários lugares intrigantes para explorar em nosso sistema solar, mas a decisão da Nasa de investir em Vênus — um mundo abafado e ardente que poderia ser visto como o inverso do deserto frio e seco de Marte — sublinha seu compromisso de compreender melhor como a Terra se tornou um oásis para a vida, enquanto seus parceiros planetários mais próximos não (até onde sabemos).

"Continuaremos a expandir os limites da exploração espacial por meio de missões científicas", disse Nelson. "Faremos tudo isso e muito mais, porque é isso que a Nasa faz, e ninguém faz melhor."

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