quinta-feira, 15 de julho de 2021

Gizmodo Brasil

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Como um fungo comum pode contribuir para problemas digestivos

Posted: 14 Jul 2021 05:13 PM PDT

Não são apenas as bactérias em nosso intestino que desempenham um papel importante em nos manter saudáveis ​​– leveduras e outros fungos que vivem ali também são partes essenciais do bom funcionamento. Contudo, a forma exata em como todos esses micróbios interagem com nossos corpos não é bem compreendida. Pois eis que uma nova pesquisa, conduzida por cientistas da University of Utah Health, publicada na Nature, verificou que um sistema imunológico saudável impede que os fungos se transformem em sua forma mais prejudicial. Sem essa mitigação, os fungos podem contribuir para doenças intestinais crônicas, como a doença de Crohn.

A conexão entre as bactérias intestinais e a nossa saúde geral tem sido bem estudada nos últimos anos. E embora muitos dos detalhes dessa relação ainda sejam desconhecidos, está claro que um microbioma equilibrado com a mistura certa de bactérias ajuda a manter muitas de nossas funções corporais regulares. Inversamente, a mistura errada de bactérias pode ajudar a causar ou sinalizar o surgimento de doenças. Mas as bactérias são apenas um tipo de micróbio, e há menos trabalho no estudo dos muitos vírus e fungos que habitam nosso corpo.

Porém, os pesquisadores deste novo estudo estavam curiosos para saber se os fungos eram relevantes para o desenvolvimento da doença inflamatória intestinal (DII), que inclui a doença de Crohn. Esta é uma doença complicada, que se acredita ter vários fatores contribuintes, incluindo a genética. Mas estudos recentes já sugeriram que certas espécies de fungos e leveduras (a versão unicelular dos fungos) podem ser um desses fatores de risco, incluindo um fungo comum em nosso intestino chamado Candida albicans.

Em experimentos com ratos, a equipe notou que um sistema imunológico em funcionamento parecia interagir com o C. albicans. A levedura tem a incrível capacidade de alternar entre diferentes formas de crescimento. Pode permanecer um organismo unicelular semelhante a uma bola, ou pode se transformar em uma forma multicelular, cheia de hifas — uma estrutura semelhante a um ramo comum encontrada na maioria dos outros fungos, que permite invadir os tecidos do nosso corpo para se manter crescente.

A equipe encontrou evidências de que os anticorpos específicos para C. albicans não tentaram matá-la completamente. Em vez disso, impediram que a levedura se transformasse em uma forma mais invasiva. Mas uma vez que o fungo cresceu sem restrições, os ratos adoeceram com sintomas semelhantes aos da DII, que podem incluir diarreia, cólicas intensas e perda de peso.

Os resultados do estudo não apenas apontam para uma possível investigação dos sintomas de DII, mas também sugerem que existe uma relação complicada entre nós e fungos, como C. albicans.

Os fungos são uma fonte comum de infecção oportunista, mas mantê-los com alguma capacidade e neutralizá-los pode ser importante para um intestino saudável. Isso também permitiria que as leveduras sobrevivam sem serem detectadas, provavelmente por mais tempo do que se causasse uma infecção completa.

"O sistema imunológico está restringindo a Candida albicans à sua forma menos patogênica", disse a autora principal do estudo, Kyla Ost, que também atua como pesquisadora de pós-doutorado da University of Utah Health. "Isso está nos mostrando que a comunicação entre o hospedeiro e o micróbio pode ser amigável, ao invés de antagônica, a fim de beneficiar ambos”, completou.

Pesquisas em outros lugares apontaram para outras espécies de fungos que poderiam ser um fator contribuinte para a DII, embora não necessariamente como a fonte original das doenças. É provável que muitos casos de DII estejam ligados a vários fatores trabalhando (ou se tornando disfuncionais) em conjunto. Mas se essa pesquisa continuar a se mostrar promissora, especificamente em pessoas, pode levar a novos caminhos de tratamento. 

Em outros experimentos, Ost e sua equipe descobriram que camundongos que receberam uma vacina experimental, destinada a prevenir infecções vaginais por fungos C. albicans, também pareciam estar mais protegidos do desenvolvimento de sintomas semelhantes aos da DII e, da mesma forma, evitando que a levedura se tornasse mais patogênica. 

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A equipe planeja continuar estudando se as vacinas podem ajudar a aliviar os sintomas de DII, que tendem a permanecer escondidos e depois surgem. Os pesquisadores também esperam encontrar maneiras semelhantes de encontrar o equilíbrio de um intestino disfuncional. 

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Engenheiro coloca gerador nuclear em console de videogame

Posted: 14 Jul 2021 04:25 PM PDT

Imagem: YouTube - Ian Charnas

Ian Charnas é engenheiro e tem um canal no YouTube no qual reproduz experimentos que parecem que saíram de um desenho animado, como a capa de invisibilidade de Harry Potter e um jetpack para ser usado com patins. Seu vídeo mais recente mostra a criação um console movido a gerador nuclear que, antes que me perguntem: sim, é totalmente seguro.

O decaimento radioativo, em que um átomo perde energia ao emitir elétrons, é tecnicamente conhecido como energia nuclear, se você encontrar uma maneira de aproveitar o processo para gerar eletricidade. É exatamente isso que Charnas fez com esse hack. Em vez de urânio, ele tira proveito de um isótopo de hidrogênio conhecido como trítio. Quem gosta de relógios está familiarizado com tal, pois o trítio é usado para iluminar o mostrador do relógio sem a necessidade de LEDs ou mesmo de baterias.

O trítio é selado dentro de um tubo de vidro que é revestido internamente com um material de fósforo, que brilha quando os eletrônicos emitidos pelo material o atingem, semelhante a como funcionavam as velhas TVs CRT. Os tubos de trítio podem brilhar por até 25 anos, que é como Charnas foi capaz de aproveitá-los como fonte de energia.

Se algo parece brilhar, significa que está emitindo luz. Se algo emite luz, uma célula solar pode aproveitar a iluminação para gerar eletricidade. O engenheiro criou uma espécie de bateria nuclear colocando um monte de tubos de trítio entre duas células solares e selando tudo de forma que toda a luz emitida pelos tubos não tivesse como escapar e ficasse apenas exposta às células. O resultado foi 1,5 microwatts de eletricidade. Para a bateria nuclear alimentar algo como um secador de cabelo, precisaria construir 1,2 bilhão desses tubos.

O console usado para o experimento foi o Brick Game, a versão pirata de um Game Boy que tinha diversos jogos, como Tetris. Charnas optou por uma versão moderna e barata que requer consideravelmente menos energia para jogar Tetris em uma tela LCD segmentada. A bateria nuclear ainda não era forte o suficiente para alimentar o portátil em tempo real. Mas usando-a para carregar lentamente uma bateria de estado sólido de película fina (que exibe muito pouco vazamento de energia), Charnas descobriu que poderia jogar Tetris por 55 minutos, antes que as baterias precisassem ser recarregadas.

Infelizmente, esse tempo de reprodução exigiu dois meses inteiros de carga, o que torna a bateria nuclear uma solução menos do que ideal em comparação com a conveniência moderna das tomadas elétricas.

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Ao final do experimento, Ian anunciou que está rifando o console e todo o dinheiro será destinado para a Chernobyl Childrens International, organização sem fins lucrativos que ajuda crianças e famílias afetadas pelo acidente de Chernobyl de 1986.

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Por que o caso Samuel Klein está sendo ignorado?

Posted: 14 Jul 2021 04:09 PM PDT

Samuel Klein

No último dia 15 de abril, a Agência Pública publicou uma série de reportagens sobre abusos sexuais supostamente cometidos por Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, morto em 2014. O "supostamente" aqui é só um cuidado legal: as acusações são numerosas e plenas em detalhes. Qualquer processo justo concluiria que são verdadeiras. Segundo contam as vítimas e testemunhas, Klein abusou sexualmente de meninas entre 9 e 17 anos. Você não leu errado: meninas de 9 anos.

Minha primeira reação ao ler a história foi um misto de tristeza profunda com indignação e culpa. Tenho três filhas e ler os relatos destas meninas me causou profundo mal-estar. A indignação é óbvia para qualquer pessoa que tome conhecimento desta história e tenha um mínimo de humanidade. São crianças sendo levadas a fazer sexo por dinheiro e presentes.

Sinto culpa porque sou homem, sinto culpa porque sou jornalista e porque já tinha ouvido estes boatos e nunca achei que devia ir atrás de nenhum deles. Sinto culpa, acima de tudo, porque sou brasileiro e o Brasil não só permite que isto aconteça como permite que esta história morra pouco tempo depois de ter nascido.


Samuel Klein morreu. Criminalmente, ninguém pode ser culpado pelo que ele fez. Na esfera civil, porém, a coisa é diferente. Seus herdeiros são responsáveis por indenizar aqueles a quem ele tenha feito mal. Os abusos foram cometidos dentro das Casas Bahia. Funcionários da empresa participaram das operações montadas para que os crimes acontecessem e fossem acobertados. As meninas eram "pagas" com vales que podiam ser descontados nas lojas. Se isto não torna a empresa, a pessoa jurídica, cúmplice, eu não sei o que tornaria.

A Casas Bahia ter sido vendida não muda nada. Os atuais proprietários, entre os quais os herdeiros de Samuel, compraram o bom e o ruim. A atual empresa é sucessora da anterior em suas obrigações. É possível dar um pouco de conforto e  justiça às famílias. No entanto, você não tem lido sobre isso na Folha, no Globo ou no Estadão. E as TVs não têm falado no assunto. O caso simplesmente "morreu". E é sobre isso que nós precisamos falar.


A Agência Pública foi fundada em 2011 pelas jornalistas Marina Amaral, Natália Viana e Tatiana Merlino – e é dirigida até hoje pelas duas primeiras. De acordo com o site delas, "Fundada em 2011 por repórteres mulheres, a Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil. Todas as nossas reportagens são feitas com base na rigorosa apuração dos fatos e têm como princípio a defesa intransigente dos direitos humanos." Desde 2011, a agência produziu dezenas de reportagens, que podem ser republicadas desde que identificada a fonte. Por que, então, a grande imprensa brasileira não republica, não continua a investigar, não continua a repercutir?

Por que isso importa? Porque a Pública ainda não consegue atingir a mesma quantidade de pessoas que a grande imprensa consegue. Porque mesmo que as redes sociais da agência sejam ativas, grandes e repercutam, ainda acabam relativamente restritas a uma bolha. Se todos sabemos que as redes mudaram a dinâmica da produção e divulgação da informação, os tomadores de decisão ainda são majoritariamente influenciados por jornais e TVs – ainda que redes em geral possam influenciar estes. A Pública publicou as reportagens em abril e até agora só o Ministério do Público do Trabalho anunciou que vai investigar.

Jornalões não gostam de repercutir o que não foram eles que descobriram. Uma mistura de ciúme com falta de vontade de promover um concorrente. Há casos clássicos, porém, em que um jornalão foi atrás de uma história publicada por outro e aprofundou o conhecimento sobre o caso –  Watergate foi um deles.

A outra possibilidade é bem mais complicada, e é a que muitas pessoas vêm dizendo nas redes: a Via Varejo, empresa que hoje é dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, ainda é um dos grandes anunciantes do Brasil. O Grupo Pão de Açúcar foi dono da empresa por muitos anos, e certamente não tem interesse em ver esta história sendo escarafuchada de novo.


Por algum motivo, entretanto, o caso não "pegou" nas redes. Numerosas meninas de até nove anos obrigadas a fazer sexo com um homem poderoso. Mas o caso não ganhou repercussão. É óbvio que se fosse apenas uma menina e ela fosse branca e rica o escândalo seria outro mas essa é outra discussão – não menos importante, mas outra.

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Covid-19 e governo Bolsonaro juntos conseguem praticamente monopolizar as atenções hoje em dia, não dá pra ignorar. Mas o recente caso de homofobia do "apresentador" Sikêra Jr. conseguiu monopolizar as pessoas. O Sleeping Giants já conseguiu afastar do programa mais de 30 anunciantes.

É aqui que entram os limites para a sociedade da indignação espontânea, e é nesse sentido que o silêncio cúmplice dos jornalões e TVs sobre o caso faz diferença. Se um assunto desta gravidade não pegou fogo espontaneamente, tem que ter ajuda para pegar fogo. É uma questão civilizatória. Se não tem, isto é uma falha do modelo com a qual precisamos nos preocupar.


A dica de hoje não podia ser outra: apoie o jornalismo independente. Ele é independente, e tem tempo e atenção para o que a grande muitas vezes não têm. Em especial: apoie a Agência Pública neste link.

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Twitter se recusa a enviar dados de usuários à CPI da Covid-19

Posted: 14 Jul 2021 03:39 PM PDT

A CPI da Covid está a todo vapor. Na última semana, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB), requisitou dados de quatro contas do Twitter. De acordo com o relator, esses usuários fazem parte do “gabinete do ódio” e promovem desinformação e fake news sobre a pandemia nas redes sociais. 

Contudo, a plataforma se recusou a quebrar o sigilo. Segundo o documento enviado à CPI, “o Twitter infelizmente não possui autorização constitucional e/ou legal para fornecê-los, ao contrário, tem o dever de resguardá-los sob pena de responsabilização”, diz o trecho.

Os alvos da investigação são: Carlos Eduardo Guimarães, assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido); Mateus Matos Diniz, José Matheus Salles Gomes; ambos assessores especiais da Presidência da República; e Lígia Nara Arnaud Tomaz, irmã de outro assessor do Planalto, Tércio Arnaud Tomaz.

Outro trecho da resposta da rede social refere-se a falta de justificativa da solicitação da quebra de sigilo, já que "não foram apreciadas de forma individualizada as condutas de cada um dos usuários cujos dados são pretendidos, tampouco indicadas as justificativas motivada da utilidade dos respectivos registros".

Apesar do esforço dos senadores para conseguirem informações extras e darem continuidade às investigações, o Twitter ressaltou que irá preservar os dados dos perfis citados na CPI e que qualquer "eventual fornecimento deve seguir os termos do artigo 22, da Lei nº 12.965/2014, conhecida como Marco Civil da Internet”.

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Esta não foi a primeira vez que as redes sociais viraram pauta na discussão da comissão, no final de junho, o vice-presidente da sessão senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), solicitou esclarecimentos dos representantes de Facebook, Twitter o Google, sobre postagens consideradas contrárias à ciência e medidas sanitárias, divulgadas pelo presidente Bolsonaro. 

[O Globo]

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Sonda da NASA vai carregar cápsula do tempo para os terráqueos do futuro

Posted: 14 Jul 2021 03:07 PM PDT

Engenheiros da NASA instalaram uma cápsula do tempo na espaçonave Lucy, no dia 9 de julho, para que futuros astro-arqueólogos recuperarem e interpretarem. A cápsula é composta por uma placa que inclui mensagens de ganhadores do Prêmio Nobel, músicos, entre outros, bem como uma representação da configuração do sistema solar em 16 de outubro de 2021, data prevista para o lançamento da espaçonave. No comunicado da NASA, os cientistas explicam com detalhe a inclusão da cápsula.

Assim como as sondas Pioneer e Voyager, Lucy levará uma mensagem para quem pode eventualmente interceptar a nave. Mas, embora as sondas anteriores tenham mensagens destinadas a alienígenas, já que foram lançadas em direção ao espaço interestelar, Lucy permanecerá dentro do sistema solar. E a NASA não tem planos de tirá-la do espaço. 

A placa inclui citações do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr., autores e poetas como Orhan Pamuk, Louise Glück, Amanda Gorman, Joy Harjo e Rita Dove, cientistas Albert Einstein e Carl Sagan, músicos, incluindo os quatro guitarristas dos Beatles e Queen, e o astrônomo Brian May. As mensagens discutem esperança, amor, o céu, memória cultural e eternidade. Uma lista completa pode ser encontrada no site da sonda Lucy.

A missão se concentra nos asteroides de Tróia – compartilham uma órbita com um planeta e muitas vezes são subprodutos da formação desse planeta, mas o termo mais comumente se aplica àqueles envolvidos com Júpiter. Essas rochas espaciais que orbitam o Sol, além do anel do cinturão de asteroides, revezam-se na liderança de Júpiter ou perseguem o gigante gasoso em sua própria órbita solar. Júpiter tem centenas de troianos, mas Lucy, batizada com o nome do hominídeo fóssil, (que recebeu o nome da música dos Beatles, Lucy in the Sky with Diamonds), tem como alvo apenas sete deles para sobrevoos ao longo de 12 anos.

Os asteroides são intrigantes porque acredita-se que eles tenham se formado no início do sistema solar. Assim como o fóssil de Lucy ajudou os paleoantropólogos a entender a evolução humana, a esperança é que a espaçonave Lucy informe a NASA sobre a evolução do sistema solar. 

A nave é mais um produto do Discovery Program, a iniciativa da NASA que está produzindo as missões DAVINCI + e VERITAS a Vênus. A missão Lucy será concluída em 2033, na mesma época em que as espaçonaves devem chegar a Vênus, mas Lucy vai navegar entre os asteroides e a Terra por pelo menos centenas de milhares de anos.

Talvez o trecho mais adequado na placa seja uma citação do jornalista científico Dava Sobel:

"Nós, o povo curioso da Terra, enviamos esta espaçonave robô para explorar os pequenos corpos imaculados orbitando perto do maior planeta do nosso sistema solar. Procuramos rastrear nossas próprias origens, tanto quanto as evidências permitiam. Mesmo enquanto olhamos para o passado antigo, pensamos no dia em que você poderia recuperar esta relíquia de nossa ciência."

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Para os futuros humanos que encontrarem Lucy: aproveite essa cápsula. Você provavelmente não usará nenhum idioma falado atualmente na Terra, mas espero que possa gravar nossa intenção.

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Quase um LCD: pesquisadores tentam trazer mais cores para e-papers

Posted: 14 Jul 2021 02:18 PM PDT

Papel eletrônico colorido

O papel eletrônico, de empresas como a E-Ink, agora pode exibir imagens coloridas, minimizando o uso de energia. A desvantagem é que eles não parecem nem de longe tão vibrantes quanto tecnologias de display, como LCD e OLED, mas novas pesquisas na Suécia podem mudar isso em breve com um tipo inovador de tela reflexiva.

Ao longo do ano passado, vimos mais dispositivos e-readers e e-notes adotando a tecnologia de exibição de papel eletrônico colorido Kaleido da E-Ink. Como um Kindle (da Amazon) ou Kobo (da Rakuten), os dispositivos produzem texto e imagens que se parecem com uma página impressa, mas agora em cores, embora a qualidade da reprodução de cores empalidece em comparação com telas LCD e OLED. Até mesmo a tela LCD em um tablet ou smartphone barato consegue reproduzir mais de 16 milhões de cores diferentes, enquanto os painéis Kaleido da E-Ink são limitados a apenas 4.096 cores.

A E-Ink continua a aprimorar sua tecnologia de papel eletrônico Kaleido, e já existem dispositivos que usam telas Kaleido 2. Contudo, os pesquisadores da Chalmers University of Technology, na Suécia, parecem estar fazendo progresso.

Em 2016, os cientistas criaram um material, com menos de um micrômetro de espessura, tão flexível quanto papel e capaz de reproduzir tantas cores quanto um display LCD. Mas ao contrário dos LCDs, o material não era iluminado: ele refletia a luz ambiente da mesma maneira que as telas dos leitores eletrônicos.

Ele não só tem a aparência de papel (o que pode ser mais agradável aos olhos), mas seus criadores também descobriram que o material pode ser usado como uma tela, ao mesmo tempo que requer cerca de um décimo da quantidade de energia de um dispositivo como o Kindle.

O e-paper da Chalmers contém ouro, prata e plástico PET. A camada que produz as cores tem menos de um micrômetro de espessura. Imagem:: Mats Tiborn – Chalmers University of Technology

Quase cinco anos depois, em um novo estudo publicado na revista Nano Letters, os pesquisadores detalham como melhoraram o material com uma mudança relativamente simples: virar sua estrutura de cabeça para baixo. O produto é composto de várias camadas, incluindo um “material poroso e nano estruturado, contendo trióxido de tungstênio, ouro e platina”, que produz cores diferentes à medida que reflete a luz e uma camada que adiciona condutividade elétrica.

Dessa forma, assim como um LCD, as cores podem ser continuamente atualizadas e alteradas. Antes disso, a camada condutora ficava sobre a nanoestrutura colorida, mas agora foi realocada abaixo dela, melhorando a precisão e a fidelidade das cores conforme percebidas pelo olho humano.

Os pesquisadores admitem que existem alguns desafios para a produção em massa de sua tecnologia de display potencialmente revolucionário. Os materiais em si não são caros, o que significa que você pode obter um e-reader por menos de R$ 500. Acontece que ingredientes como ouro e platina são necessários para concretizar a nova tecnologia. Mesmo em espessuras de apenas 20 nanômetros, a fabricação em grande escala pode resultar em preços altíssimos para produtos baseados nesse novo formato.

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Resta saber se a economia com a redução do consumo de energia ajudaria a compensar os custos da tela, já que significa que tablets, smartphones e leitores eletrônicos poderiam ser enviados com baterias muito menores. Os pesquisadores também poderiam encontrar um substituto mais barato para esses materiais raros.

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WhatsApp começa a testar uso da mesma conta em até quatro aparelhos ao mesmo tempo

Posted: 14 Jul 2021 01:39 PM PDT

Se você tem mais de um dispositivo e fica alternando entre um e o outro para usar seu WhatsApp, saiba que os seus problemas acabaram: nesta quarta-feira (14), o mensageiro começou a liberar o acesso simultâneo em até quatro aparelhos. Todos manterão a criptografia de ponta, e o histórico de mensagens será sincronizado entre eles. A novidade está sendo disponibilizada aos poucos para todos os usuários da versão Beta do aplicativo.

Com isso, se você for usar o WhatsApp pelo computador, por exemplo, não precisará estar com um celular por perto, seja antes ou depois da autenticação via código QR. Para a primeira vez que você for vincular sua conta a um computador, você ainda precisará seguir esse caminho para escanear o QR Code. Se o celular tiver recursos biométricos, como reconhecimento facial ou leitor de impressão digital, será solicitado que você autentique o desbloqueio por essa opção.

Para reforçar a segurança, todos os aparelhos vinculados terão criptografia de ponta de forma individual, já que cada um terá uma identificação própria. Por conta disso, o histórico de conversas não ficará armazenado apenas no celular, mas também localmente em todos os computadores sincronizados à conta principal.

Imagem: WhatsApp/Divulgação

No momento, apenas PCs funcionam com o acesso simultâneo. Para smartphones, a conta segue limitada a um único aparelho. Além disso, se você ficar mais de 14 dias sem usar o WhatsApp, todos os dispositivos vinculados à sua conta serão desconectados — e daí será necessário repetir todo o processo citado no parágrafo anterior.

Como testar

Neste primeiro momento, o recurso foi liberado para um pequeno grupo de usuários do WhatsApp Web. Como o próprio WhatsApp anunciou a novidade, é bem provável que o lançamento global da função aconteça em breve, sem que a pessoa esteja inscrita no Beta do aplicativo. Contudo, não foi revelada uma data específica para o recurso chegar à versão estável do mensageiro.

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E lembrando mais uma vez que até quatro computadores, e não smartphones, poderão ser vinculados a uma única conta do WhatsApp. Por enquanto, sem previsão de quando o WhatsApp poderá ser usado em múltiplos celulares.

[WABetaInfo, G1]

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Twitter vai encerrar recurso Fleets porque nem todo mundo quis usar

Posted: 14 Jul 2021 12:39 PM PDT

Twitter. Imagem: Ravi Sharma (Unsplash)

Pouco mais de um ano após lançar o Fleets, o Twitter anunciou que está encerrando a funcionalidade. A rede social justifica a decisão pela baixa adesão dos usuários. "Não tivemos um aumento no número de novas pessoas participando de conversas no Fleets da forma que esperávamos", afirmou Ilya Brown, vice-presidente de produto da empresa.

Segundo a plataforma, o Fletes nasceu como um recurso que poderia “tornar a experiência de compartilhar ideias e opiniões momentâneas mais confortável". A função era exatamente a mesma do Snapchat e dos Stories do Instagram: divulgar fotos, videos ou texto escrito que desaparecem após 24 horas. O Brasil foi um dos primeiros países a receber o Fleets, em março de 2020, bem antes dos Estados Unidos, que só ganhou a novidade no final do ano passado.

Um outro motivo destacado pelo Twitter para o fim do Fleets é que, em vez de fazer com que as pessoas tuitassem mais ao dar uma visibilidade maior aos seus posts, os usuários recorreram à função apenas para isso: divulgar tweets e fotos já existentes, sem aumentar muito o engajamento.

“Em breve, testaremos atualizações da câmera e do editor de Tweets para que possamos incorporar funções dos Fleets – como câmera em tela cheia, opções de formatação de textos e adesivos de GIFs. Estamos trabalhando para encontrar mais formas de abordar o que impede as pessoas de participar de conversas no Twitter, e também para melhorar a experiência de quem já está tweetando", complementou Brown.

Twitter Spaces substituirá lugar do Fleets

O Fleets será encerrado oficialmente no dia 3 de agosto. Nessa data, o Twitter confirmou que o Spaces aparecerá no lugar da antiga função. O recurso de salas de bate-papo inspirado no fenômeno (agora morto, talvez?) Clubhouse não será descontinuado.

[Twitter]

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Astrônomos buscam provas da existência de vida na lua Europa, de Júpiter

Posted: 14 Jul 2021 11:32 AM PDT

Astrônomos modelaram a maneira como pequenos impactos celestes agitaram a superfície gelada da lua Europa, de Júpiter. As primeiras conclusões estão em. um novo estudo identifica lugares rasos na superfície da lua onde a evidência de vida, se ela existir dentro do oceano subterrâneo de Europa, pode persistir. Os resultados da análise foram publicados na publicados na Nature Astronomy

Europa possui um oceano global, embora esteja coberto por uma espessa camada de gelo — o mesmo que as luas de Saturno, Titã e Enceladus. Todas elas são consideradas as principais candidatas a lugares onde a vida poderia existir em outras partes do Sistema Solar. Seus oceanos são mantidos aquecidos e líquidos por fortes forças de maré exercidas por seus planetas, apesar das luas estarem localizadas longe da zona habitável. Graças aos processos químicos fundamentais que ocorrem dentro das águas, é possível que alguma forma de vida possa existir lá, mas isso ainda é uma pergunta sem resposta.

Eventualmente, os cientistas podem ser capazes de enviar sondas aquáticas caçadoras de vida para investigar esses mares subterrâneos escuros. No entanto, vestígios de vida podem estar acessíveis na camada de gelo na superfície. Forças tectônicas e gigantescas plumas de água de Europa podem estar transportando água salgada do subsolo e bioassinaturas importantes diretamente para a superfície. Tudo o que temos a fazer é enviar um módulo de pouso ao local, onde poderá, com muito cuidado, procurar por essas pistas.

Mas há um problema, e ele tem a ver com o próprio planeta Júpiter. Em um comunicado de imprensa, a NASA afirma que partículas carregadas do gigante gasoso são aprisionadas e impulsionadas por sua magnetosfera. Essa radiação pode estar apagando sinais de vida na superfície, pois as partículas carregadas rompem as ligações de moléculas produzidas por processos biológicos.

Um estudo de 2018 da agência espacial sugeriu que algumas bioassinaturas, protegidas pelo gelo da lua Europa, podem persistir em profundidades entre 10 a 20 centímetros abaixo da superfície. Isso não deve ser problema para uma futura sonda equipada com uma furadeira. Contudo, esse equipamento precisará ser mais longo do que se pensava.

O novo artigo leva em consideração outro aspecto: impactos com pequenos corpos celestes. Em Europa e outras luas semelhantes, os impactos constantes são responsáveis ​​por um processo contínuo no qual as colisões remodelam a camada superficial superior. Tanta agitação puxa o material para baixo da superfície, e também fornece material para a superfície — incluindo, teoricamente, elementos embalados com biomoléculas. Expostas à radiação de Júpiter, essas bioassinaturas seriam aniquiladas. Mesmo assim, "nenhuma estimativa abrangente desse processo foi determinado para Europa", segundo informa a cientista planetária Emily Costello da Universidade do Havaí em Manoa, co-autora do estudo.

Ao propor uma nova maneira para explorar Europa, os pesquisadores forneceram uma imagem mais completa das condições na superfície da lua e como são influenciadas pelos impactos. É também o primeiro estudo a levar em conta os impactos secundários, ou seja, a influência da queda de entulho causada pelo impacto inicial.

Como mostra a pesquisa recente, esse processo de impacto em Europa é um fenômeno que ocorre em toda a lua, porém extremamente raro e demorado. Em média, os 30 centímetros acima da superfície levaram dezenas de milhões de anos para se formarem. Isso teve o efeito de expor a camada superior à temida radiação jupiteriana.

Pode parecer uma má notícia para a busca pela vida, mas há um pouco de esperança, já que mesmo estudo aponta para lugares em que o impacto não foi tão significativo. "Se esperamos encontrar bioassinaturas químicas imaculadas, teremos que olhar abaixo da zona onde os impactos ocorreram. Bioassinaturas químicas em áreas mais rasas do que aquela zona podem ter sido expostas à radiação destrutiva”, explicou Costello.

lua de Júpiter
Imagem: NASA / JPL-Caltech

Costello se refere especificamente a crateras jovens e regiões suscetíveis ao movimento em declive, que costumam ocorrer nas latitudes médias e altas da lua Europa. "Nesses locais, o processo de impacto não teve tempo suficiente para colocar em risco uma coluna de biomoléculas na Europa", afirmam cientistas.

Esta é a “primeira vez que os efeitos [de impacto] foram considerados ao prever onde as biomoléculas de Europa podem ser encontradas, e a primeira vez que o processo foi modelado para considerar a superfície gelada de Europa em algo único”, observou Costello em um comunicado do Planetary Science Institute.

A astrônoma Rebecca Ghent, do Planetary Science Institute, e que também é co-autora do estudo, disse que o novo trabalho “fornece algumas novas restrições valiosas sobre onde procurar se esperamos encontrar evidências de vida”.

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A nova pesquisa pode ter relação com a missão Europa Clipper da NASA, que está programada para ser lançada em 2024. Ela pode influenciar as decisões sobre quais instrumentos colocar na sonda e para onde a espaçonave deve direcionar suas observações. A missão Europa Clipper provavelmente não provará se existe ou não vida na lua Europa, mas pode levar os cientistas a uma compreensão mais profunda de seu potencial de habitabilidade e a um melhor senso de onde a evidência de vida pode existir na lua Joviana.

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Diretor de “WandaVision” vai comandar novo filme de “Star Trek”

Posted: 14 Jul 2021 11:04 AM PDT

Matt Shakman

Matt Shakman, diretor da série WandaVision que recebeu 23 indicações ao Emmy, foi anunciado como diretor do novo filme Star Trek da Paramount, ainda sem título. A informação é do site Deadline, observando que “o filme começará a ser produzido no segundo semestre de 2022”.

A produção fica por conta de J.J. Abrams, o roteiro é de Lindsey Beer, que está trabalhando na prequela de Cemitério Maldito e na adaptação da série de livros A Crônica do Matador do Rei, e Geneva Robertson (Capitã Marvel).

Por enquanto, não há detalhes sobre a sinopse e elenco. No entanto, outras novidades estão chegando sobre expandir o universo galáctico da franquia. A segunda temporada da animação Star Trek: Lower Decks chega à Paramount+ em 12 de agosto; Star Trek: Discovery terá uma quarta temporada ainda neste ano; e Star Trek: Prodigy será um seriado de animação para crianças. A segunda temporada de Star Trek: Picard, junto ao live-action Star Trek: Strange New Worlds, devem chegar em 2022.

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Além disso, foi divulgado que Star Trek: O Filme, de 1979, está recebendo uma restauração em 4K Ultra HD que será transmitido no serviço de streaming Paramount+.

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Grupo de ransomware REvil some repentinamente da dark web sem deixar pistas

Posted: 14 Jul 2021 10:33 AM PDT

Imagem: Rob Engelaar/ANP/AFP (Getty Images)

Depois de provocar um verdadeiro caos com vários ataques de ransomware, o grupo REvil (ou Sodinokibi) parece ter desaparecido da internet. Desde a última terça-feira (13), todos os vestígios online da gangue sumiram, incluindo dezenas de páginas que os cibercriminosos mantinham na dark web, entre elas uma comunidade usada para extorquir vítimas. Ainda não se sabe se o tal "apagão” foi obra do próprio REvil ou uma ação liderada por autoridades.

O desaparecimento ocorre pouco mais de uma semana após o suposto ataque da gangue que atingiu a Kaseya. O hack afetou cerca de 1.500 empresas no mundo todo que usam um software disponibilizado pela Kaseya. Até ontem, ninguém havia pago os US$ 70 milhões em Bitcoin cobrados pelo REvil para desbloquear os computadores afetados. Com isso, centenas de companhias podem ficar sem uma solução concreta nas próximas semanas.

Embora atualmente não esteja claro por que o grupo desapareceu, existem algumas teorias circulando sobre o que pode ter acontecido. Estas são as principais hipóteses:

  • O REvil foi hackeado por uma agência policial russa;
  • O REvil foi hackeado por uma agência de aplicação da lei dos Estados Unidos;
  • Os hackers decidiram voltar para a clandestinidade.

Vamos começar com a primeira possibilidade. A queda dos sites do REvil ocorreu menos de uma semana depois que, supostamente, o presidente Joe Biden teve uma conversa concisa com o presidente russo, Vladimir Putin, durante a qual pediu ao líder russo que reprimisse hackers de ransomware operando dentro das fronteiras do país. Se Putin atendeu ao apelo de Biden e isso acarretou ao fim das operações do REvil é algo que ainda não sabemos.

Outra teoria é que uma agência dos EUA tenha voltado seus esforços para derrubar a gangue. O New York Times sugere que Biden pode ter "ordenado ao Comando Cibernético dos Estados Unidos, trabalhando com agências de aplicação da lei domésticas, incluindo o FBI, para acabar com o REvil". Se esse for o caso, o incidente pareceria seguir uma trajetória semelhante àquela envolvendo o DarkSide, grupo de ransomware que sofreu um ataque em sua infraestrutura e depois sumiu da internet. O único vestígio deixado para trás foi uma declaração em um fórum da dark web explicando que a gangue tinha sido alvo de uma "agência de aplicação da lei" e que, portanto, fecharam seus negócios.

No caso do DarkSide, presumia-se que a infraestrutura da gangue tinha sido alvejada por autoridades dos EUA — uma teoria que mais tarde parecia ter sido validada por notícias de uma operação do FBI para rastrear e, em seguida, apreender grande parte do resgate pago aos hackers. De novo: não sabemos se foi isso o que aconteceu ao REvil.

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Por fim, também é possível que REvil tenha decidido sair dos holofotes e ido para a clandestinidade. Nos últimos meses, o grupo hacker ganhou notoriedade justamente pelos ataques de ransomware que cobravam milhões de dólares em resgate. Além do golpe à Kaseya, o REvil assumiu a autoria de um ataque recente à JBS, maior fornecedora de carne bovina e suína da América. Na época, os cibercriminosos pediram US$ 11 milhões para devolver o acesso da companhia a seus computadores — e a empresa pagou a quantia.

Pode ser que essa saída do noticiário também tenha sido proposital, mas momentânea. Contudo, não temos como saber com exatidão. Como acontece com tantas outras coisas no mundo do crime cibernético, não há informações suficientes para entender por que esse evento ocorreu. No entanto, se o REvil foi hackeado por uma entidade policial, algo me diz que muito em breve teremos novas atualizações sobre o caso.

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Ministério da Saúde envia à CPI documento que admite ineficácia da cloroquina

Posted: 14 Jul 2021 10:06 AM PDT

Pílulas de hidroxicloroquina. Crédito: Getty Images

Um ano e meio após o início da pandemia, o Ministério da Saúde admitiu a ineficácia da cloroquina e outros medicamentos do chamado “Kit Covid-19”, uma série de drogas que cientistas do mundo todo contraindicavam contra o coronavírus, inclusive a Organização Mundial da Saúde.

O relato veio por meio de um documento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na última segunda-feira (12), que investiga possíveis crimes cometidos durante a pandemia. O relatório diz:

"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina e cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população.”

Recentemente, um estudo científico mostrou a ineficácia de um desses medicamentos, a azitromicina. O antibiótico era usado nos casos leves e moderados da doença, mas a pesquisa aponta que não há efeito considerável e ainda pode aumentar o risco de morte. 

Já o trecho enviado à CPI, ele é parte das "Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do Paciente com Covid-19", documento elaborado em maio de 2021 a pedido do Ministério da Saúde, que contou com a colaboração de diversas entidades de saúde e contraindica esses medicamentos.

O texto foi escrito depois de um questionamento feito pela médica Ludhmila Hajjar, que recusou o cargo de ministra da Saúde, e argumentava que não havia um protocolo nacional para o tratamento da Covid-19, além de defender que a função do Ministério da Saúde é orientar os médicos sobre a melhor forma de tratar pacientes com coronavírus. Antes disso, o chamado “tratamento precoce” com o Kit Covid foi amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o início da pandemia.

Para se ter uma ideia, a União chegou a gastar mais de R$ 1,4 milhão somente com a compra de cloroquina durante esse período. O Governo Federal elaborou um documento sugerindo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mudasse a bula da cloroquina, o que foi negado

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A CPI tem buscado respostas de entidades de saúde, ligadas ao Estado ou não, para entender quais foram ações suspeitas ou omissões das autoridades no enfrentamento da pandemia. Já foram ouvidos o ex-ministro Pazuello, ex-chanceler Ernesto Araújo, o ex-chefe da comunicação do governo, Fábio Wajngarten, e as médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi. Também participaram da sabatina o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e outras autoridades em saúde.

[Congresso em Foco]

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“Loki” é a série mais impactante do Universo Marvel – Crítica sem spoilers

Posted: 14 Jul 2021 09:02 AM PDT

Divulgação/Disney

Estamos em uma semana de celebração para fãs da Marvel. Viúva Negra, primeiro filme dos estúdios desde 2019, finalmente foi lançado. Além disso, nesta quarta-feira (14) foi ao ar o último episódio de Loki, a terceira das séries do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e a mais recente produção original do Disney+.  Por pura ironia e mórbida coincidência, ambas "retomam" personagens que já se foram no que tratamos como cânone no MCU.

Cronologicamente, Loki segue os acontecimentos de Vingadores: Ultimato. No filme, os heróis viajam para diversos lugares do tempo e espaço, incluindo a volta para a grande luta de Nova York contra o exército do vilão Loki. Acontece que o protagonista desta série (interpretado por Tom Hiddleston) foge com o poderoso Tesseract e isso resulta em um desvio da realidade. Ele é interceptado pela AVT, a Autoridade de Variância Temporal, e aí temos o início da série. 

Por vermos um "vilão Loki" desviado diretamente de 2012, ele não é o mesmo personagem que morreu em Vingadores: Guerra Infinita, e sim uma "variante", como a própria série coloca. A AVT trabalha como uma polícia temporal, em constante vigilância de potenciais ramificações do que os Guardiões tratam como normalidade, em uma linha temporal sagrada. 

O Deus da Mentira é explorado de maneira minuciosa ao longo dos seis episódios — a série toda tem mais ou menos 4 horas e meia duração. Inclusive, temos espaço para redimir o título de mentiroso ao nos simpatizarmos com a confusão de Loki a respeito das realidades alternativas. Por sinal, a roteirista Kate Herron conseguiu criar espaço até mesmo para introduzirem a bissexualidade do personagem, de maneira discreta e eficaz.

A série nunca desliza, nem exagera no humor. Tivemos mais de uma década para nos importarmos com Loki, que deixou de ser vilão para se tornar anti-herói. Sua simplicidade, confiança (e falta dela), periculosidade e perspicácia são empáticos. Isso guia toda a série e seduz até mais os resistentes em defender que o deus era um antagonista. Todavia, a série não está livre de falhas de ritmo. Pelo menos um dos episódios é total perda de tempo, preenchendo um buraco para algo realmente acontecer no próximo. Ok, isso é normal dentre as outras produções do Universo Marvel – e, convenhamos, uma normal dentre séries de streaming.

Com essa ressalva, afirmo que há excelentes introduções, com atores que parecem ideais para os respectivos papéis. Owen Wilson é o carismático Mobius; Gugu Mbatha-Raw consegue ser intimidadora na pele de Ravonna; e a recorrente aparição de Wunmi Mosaku como B-15, ainda que mal explorada, foi essencial para trechos específicos. Sophia Di Martino também se destaca como Sylvie, mas para evitarmos spoilers não explicarei sua grande importância aqui – quem assistiu sabe sobre os momentos tão memoráveis. 

Divulgação/Disney
Mobius, Ravonna, B-15 e Sylvie. Imagem: Disney/Divulgação. Montagem: Gizmodo Brasil

Pela sinopse e pelos trailers, Loki se vendeu como uma série perfeita para introduzir o conceito de multiverso de maneira prática, além do que tínhamos visto em Vingadores: Ultimato. Ou seja, a linha do tempo principal está repleta de ramificações, com possível interação entre universos paralelos. A partir disso, temos a base de filmes como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e Homem-Formiga: Quantumania. Espera-se que o próximo Homem-Aranha, marcado para sair em dezembro, também utilize do mesmo conceito.

Loki também reforça que nada é por acaso na Marvel. Os estúdios planejam tudo com bastante antecedência; vide a introdução de Thanos no primeiro Vingadores, antes da vitória do vilão em Guerra Infinita. Porém, em tempos pandêmicos, muito precisou ser ajustado na agenda. O plano inicial era intercalar séries e filmes, mas acabamos ficando com nada menos que quatro lançamentos de cinema somente no segundo semestre de 2021. What If…?, animação original da Disney+, já estava gravada e arquitetada para caber perfeitamente nisso, brincando com "variações" dos personagens que já conhecemos.

As séries da Marvel são necessárias para o universo que o estúdio construiu. Independentemente da ordem, são como extensos trailers do que virá adiante. Porém, Loki parece ser a maior delas. De certa forma, você pode assistir Doutor Estranho com a Feiticeira Escarlate sem se perguntar como a heroína se tornou tão poderosa. Talvez, poderá ver naturalmente Falcão se tornar o Capitão América em um próximo filme – afinal, o bastão foi passado em Ultimato. Agora, creio que será difícil assistir ao próximo grande filme do MCU sem antes ter visto o desfecho de Loki.

Com o aprendizado das lógicas explicadas a nós ao longo do programa, todas as séries da Disney+ fazem bem em ter uma história contida em conexão direta ao MCU. Há influências, introdução de personagens e às vezes o resgate de outros. WandaVision é a prova viva disso. O único grande incômodo, em particular, é que ela constrói personagens espetaculares para "desfazer" sua influência no universo de maneira boba. Basta pensar como a própria AVT age: a Marvel é como a agência, podando heróis e vilões de "sobrarem" para outros filmes, com exceção do(a) protagonista.

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De toda forma, Loki segue como a série mais impactante "do" e "ao" Universo Cinematográfico da Marvel. As outras duas tiveram seus pontos fortes e saldo final, mas não desaguam em um clímax como este. 

Com 6 episódios de aproximadamente 50 minutos cada, Loki está disponível no Disney+.

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Google Meet gratuito volta a ter limite de uma hora para chamadas em grupo

Posted: 14 Jul 2021 08:28 AM PDT

Imagem: Divulgação

O Google decidiu voltar a adotar limite de tempo na versão gratuita do Google Meet. Antes da decisão, as videochamadas poderiam durar até 24 horas sem interrupção.

Em abril de 2020, a empresa aumentou os benefícios nas videochamadas por conta da pandemia de Covid-19, que estendeu o uso do serviço para reuniões de trabalho e aulas. Foi uma tentativa para competir melhor com outras plataformas de vídeo, entre elas o Zoom e o Microsoft Teams.

O prazo da gratuidade era até 30 de setembro de 2020, mas o Google estendeu a janela até março de 2021 e, novamente, até o final de junho. Agora, quem utiliza o serviço gratuito terá o limite de uma hora para três ou mais participantes. Uma notificação surge automaticamente aos usuários quando a reunião atingir 55 minutos de duração. Caso haja somente dois participantes, as videochamadas permanecem com limite máximo de 24 horas.

Google Meet planos
Google Meet oferece planos pagos desde básico até premium. Captura de tela: Reprodução

O Google possui diferentes planos mensais do Workspace com outros benefícios, como armazenamento em nuvem e controles de segurança e gerenciamento. O preço varia entre R$ 24,30, para a versão mais básica, e R$ 81, no modelo Business Plus.

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Para quem busca outras plataformas de videochamadas, o Zoom, Skype, FaceTime e Microsoft Teams se tornaram os principais serviços desse tipo desde o começo da pandemia em que a maioria das escolas e empresas estão atuando de forma remota.

[Android Police]

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The Pirate Bay é bloqueado no Brasil após operação do Ministério da Justiça

Posted: 14 Jul 2021 07:45 AM PDT

Na semana passada, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em conjunto com as polícias civis de nove estados, realizou uma operação que desmontou mais de 400 sites e aplicativos que transmitiam sinal ilegal de TV ou que disponibilizam o download de conteúdos piratas na internet. Agora, foi constatado que o The Pirate Bay está entre essas plataformas que foram retiradas do ar. Por conta disso, a página está inoperante no Brasil.

A informação foi divulgada pelo Partido Pirata. Em seu perfil no Twitter, a entidade reuniu relatos de usuários que não conseguiam acessar o The Pirate Bay. Ao tentar abrir a página, eles se deparavam com uma mensagem de erro ou eram redirecionados para uma página da Polícia Federal sobre a Operação 404 — foi esse o nome dado à terceira fase da operação liderada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o Canaltech, o bloqueio teria partido do próprio Ministério e sido acatado pelas quatro principais operadoras brasileiras. O Partido Pirata apurou que TIM, Claro, Oi e Vivo bloquearam o acesso ao The Pirate Bay por meio de DNS. Este é o protocolo usado para converter nomes de domínio em endereços de IP. Como esse bloqueio partiu das próprias operadoras, os usuários que não alteraram o DNS manualmente não estão mais conseguindo abrir a página do site de torrents.

Quem faz uso de um DNS de terceiros como Google ou CloudFlare, ou recorre a uma VPN ainda consegue acessar o The Pirate Bay, pelo menos por enquanto.

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Eu fiz alguns testes aqui no Gizmodo Brasil e, de fato, o The Pirate Bay não abriu em algumas situações. Usando as redes móveis da Claro e da Vivo em dois celulares diferentes, me deparei tanto com a mensagem de erro da página quanto o redirecionamento para o site da Polícia Federal sobre a Operação 404. No computador, o site carregou, mas todo fora de ordem; ao tentar buscar por algum conteúdo ou abrir algum dos links disponíveis, o site dá erro.

O site do The Pirate Bay apareceu desconfigurado e com links quebrados. Captura de tela: Reprodução/Gizmodo Brasil

Ministério fechou outros sites de pirataria

Segundo o TorrentFreak, o The Pirate Bay não foi o único domínio de torrents bloqueado no Brasil por conta da Operação 404. Também teriam sido alvos as páginas EZTV, YTS e 1337x — todas fechadas por disponibilizar filmes e séries de maneira ilegal. O Superflix foi outra plataforma encerrada pela polícia, mas já retornou ao ar sob um novo domínio.

[Partido Pirata]

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Sucesso entre os fãs, Loki é renovada para 2ª temporada na Disney+

Posted: 14 Jul 2021 06:57 AM PDT

Loki Disney Plus série

Loki, uma das séries mais hypadas do momento, terá uma segunda temporada. A informação foi divulgada na cena pós-créditos do último episódio, lançado nesta quarta-feira (14) na Disney+.

Por enquanto, não foram divulgados detalhes, nem sobre o que esperar da nova temporada, apesar de ela ser uma das produções mais impactantes do Universo Marvel.

Loki é a terceira série original da plataforma de streaming e que está relacionada ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). A primeira foi WandaVision, que foi lançada em janeiro de 2021 e recebeu 23 indicações ao Emmy – os vencedores foram anunciados na terça-feira (13). Falcão e o Soldado Invernal foi a segunda a ser lançada e também foi citada na premiação, com 5 indicações.

O final da primeira temporada de Loki terá ligação com filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, que estreará em 25 de março de 2022.

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As próximas séries da Marvel no Disney+ incluem a animação What If…, que será lançada em agosto, e Gavião Arqueiro, que será transmitida no final do ano. A série do arqueiro terá a presença de Yelena Belova, irmã da Viúva Negra, que recentemente apareceu no longa da heroína lançado nos cinemas e também na plataforma de streaming da Disney.

[Variety]

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