sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Gizmodo Brasil

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Vibrações recém-detectadas mostram que núcleo interno da Terra é sólido

Posted: 25 Oct 2018 03:04 PM PDT

Pesquisadores relataram ter observado ondas sísmicas atravessando o núcleo interno da Terra, permitindo-lhes descobrir como ele é: sólido, mas mais macio do que se pensava anteriormente.

Os cientistas previram que a Terra tem um núcleo interno sólido e um núcleo externo líquido há 80 anos, com base em medidas inconsistentes com apenas um único núcleo. O núcleo sólido deveria acompanhar um tipo especial de onda sísmica, chamada de onda J, mas vinha sendo difícil detectar as ondas — até agora.

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“A detecção de ondas J confirma que o núcleo interno da Terra é sólido, embora elasticamente menos rígido que as estimativas anteriores”, escreveram os autores, da Universidade Nacional da Austrália, em seu artigo publicado na Science.

Durante muito tempo, nós deduzimos, com base em observações, que a Terra tem camadas: uma crosta; um manto grosso e quente; um núcleo externo líquido; e um núcleo interno sólido. Essas inferências são baseadas em medições sísmicas. Ondas sísmicas são simplesmente vibrações que viajam pela Terra, que podem ser causadas por vulcões e terremotos ou até explosões causadas por humanos. Os geofísicos medem essas ondas para deduzir como deve ser o interior da Terra. Mas tem sido difícil medir as ondas produzidas no núcleo interno sólido, considerando que elas teriam uma amplitude muito pequena — elas seriam realmente fracas.

Em vez de identificar as ondas diretamente, Hrvoje Tkalčić e Thanh-Son Pham analisaram dados de sismogramas globais e correlacionaram os resultados, ou seja, eles observaram as diferenças nas leituras. Entre todas as diferentes maneiras como as ondas podiam viajar, no núcleo externo e no núcleo interno, eles foram capazes de captar sinais específicos que representam as ondas J que viajam através do núcleo interno.

Esse estudo foi capaz de usar essas ondas J para determinar que o núcleo interno é sólido, mas que as ondas viajavam mais devagar através dele do que os modelos de referência atuais sugerem. Isso significa que o núcleo também pode ser mais suave do que se pensava antes.

Os pesquisadores explicam que ainda existe mais trabalho a ser feito, como coletar mais dados de mais sismogramas e colocar equipamentos de medição sísmica em novos lugares. E, embora ainda exista questões sobre a natureza do núcleo interno da Terra, isso é um resultado importante, escreveu Jessica Irving, professora assistente em geociências em Princeton, em um comentário na Science. “A observação das fases J fornecerá uma ferramenta extra para avaliar as propriedades do ‘coração mole’ da Terra.”

[Science]

Imagem do topo: Petr Brož (Academia de Ciências da República Tcheca) (Wikimedia Commons)

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iPhone XR é homologado pela Anatel, mas segue sem data de lançamento no Brasil

Posted: 25 Oct 2018 02:36 PM PDT

Os novos iPhones ainda não têm data marcada para desembarcar no Brasil. Os trâmites legais e burocráticos, no entanto, estão andando: o iPhone XR foi homologado pela Anatel. Antes dele, os modelos Xs e Xs Max já haviam passado pelo mesmo processo.

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O modelo a ser vendido aqui é o A2105, versão europeia do aparelho, diferente da A1984 destinada ao mercado americano. As peculiaridades das duas, segundo o MacMagazine, são compatibilidades com diferentes bandas do 4G: o modelo vendido por aqui será compatível com todas elas, enquanto o comprado no mercado americano só funciona em 700 MHz, que ainda está sendo implementada no país.

Também foram homologados cinco modelos de bateria para o aparelho, todos com capacidade nominal de 2.942 mAh e tensão nominal de 3,79 Vcc. Seus códigos são os seguintes: 616-00470, 616-00471, 616-00524, 616-00468 e 616-00469.

Os novos iPhones foram apresentados no mês passado e ainda não se sabe quando serão lançados por aqui. O iPhone XR é o mais barato dos três novos modelos apresentados, e conta com uma tela LCD de 6,1 polegadas e apenas uma câmera na parte traseira — os outros dois vêm com display OLED e câmeras duplas.

[MacMagazine]

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Carros autônomos não sabem escolher quem matar em situações extremas, mas as pessoas têm várias opiniões

Posted: 25 Oct 2018 02:14 PM PDT

Já foi descoberto em pesquisas anteriores que as pessoas, geralmente, prefeririam minimizar as mortes em um potencial acidente envolvendo carros autônomos. Mas o que acontece quando as pessoas são colocadas diante de cenários mais complexos? E o que acontece quando os veículos autônomos precisam escolher entre dois cenários em que pelo menos um indivíduo pode morrer? Quem esses veículos poderia salvar e com base em que eles fariam esses julgamentos éticos?

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Isso pode soar como uma versão macabra do jogo “você preferiria”, mas pesquisadores dizem que tais experimentos mentais são necessários para a programação de veículos autônomos e para as políticas que os regulam. Além disso, as respostas em torno desses ultimatos difíceis podem variar entre culturas, revelando que não há universalidade naquilo que as pessoas acreditam ser a opção moralmente superior.

Em um dos maiores estudos desse tipo, pesquisadores do MIT Media Lab e de outras instituições apresentaram variações desse enigma ético para milhões de pessoas, em dez idiomas e em 233 países e territórios, em um experimento chamado “Máquina Moral” (que você pode fazer; tem até versão em português), cujos resultados foram publicados nesta semana na Nature.

Em uma versão recriada do dilema do bonde — um experimento de pensamento em ética que pergunta se você optaria pela morte de uma pessoa para salvar várias outras —, os pesquisadores pediram aos participantes em sua plataforma que decidissem entre dois cenários envolvendo um veículo autônomo com uma falha repentina no freio. Em um exemplo, o carro vai optar por atingir pedestres na frente dele para evitar matar aqueles no veículo; no outro, o carro desviará para uma divisória de concreto, matando os que estão no veículo, mas poupando os que atravessam a rua.

Máquina Moral. Imagem: MIT Media Lab

Os cenários incluíam a escolha de um grupo ou outro com base em avatares de diferentes gêneros, status socioeconômicos (por exemplo, um executivo contra um sem-teto), níveis de condicionamento físico, idade e outros fatores.

Como exemplo, os participantes foram questionados se optariam por poupar um grupo de cinco criminosos ou um de quatro homens inocentes. Em outro exemplo, ambos os grupos foram representados por um homem, uma mulher e um menino. No entanto, um detalhe adicional no caso do grupo de pedestres foi que eles estavam “cumprindo a lei ao atravessar no sinal verde”, insinuando que o motorista do grupo de carros poderia estar infringindo a lei.

Os pesquisadores descobriram que, como um todo, seus dados mostraram que as pessoas tenderam a preferir poupar mais vidas, jovens e humanos em vez de animais. Mas as preferências dos participantes se desviaram quando seus países e culturas foram levados em consideração. Por exemplo, os entrevistados na China e no Japão eram menos propensos a poupar os jovens do que os idosos, o que, como observou o MIT Technology Review, pode ser “devido a uma maior ênfase no respeito aos idosos” em suas culturas. Outro exemplo destacado pela revista foi que os entrevistados em países ou territórios “com alto nível de desigualdade econômica apresentam maiores lacunas entre o tratamento de indivíduos com alto e baixo status social”.

Máquina Moral. Imagem: MIT Media Lab

“As pessoas que pensam sobre a ética de máquinas fazem parecer que você pode criar um conjunto perfeito de regras para robôs, e o que mostramos aqui com dados é que não há regras universais”, disse Iyad Rahwan, cientista da computação do MIT e coautor do estudo, em um comunicado.

Críticos apontaram que existem decisões prováveis que precedem qualquer ultimato ético extremo quanto os apresentados nessa pesquisa. Mas, se alguma coisa, o que esses dados mostram é que há muito a se considerar sobre os processos de tomada de decisão da inteligência artificial. E os pesquisadores do estudo disseram que esperam que suas descobertas sejam um ponto de partida para uma discussão mais complexa em torno da ética universal das máquinas.

“Usamos o dilema do bonde porque é uma maneira muito boa de coletar esses dados, mas esperamos que a discussão de ética não fique confinada nesse tema”, disse Edmond Awad, associado pós-doutorado no grupo Scalable Cooperation, do MIT Media Lab, e coautor do estudo, em entrevista ao MIT Technology Review. “A discussão deveria ir para a análise de risco — sobre quem está em mais ou menos risco — em vez de dizer quem vai morrer ou não, e também sobre como o viés está acontecendo.”

[MIT Technology Review, Nature]

Imagem do topo: AP

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Stone, das maquininhas de cartão, sofre vazamento de código-fonte antes de abertura de capital

Posted: 25 Oct 2018 01:12 PM PDT

A empresa de pagamentos Stone estreou hoje na Nasdaq, segunda maior bolsa de valores do mundo, em Nova York. Sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) captou US$ 1,22 bilhão. O início da venda de papéis ocorreu um dia depois de a companhia informar à SEC (órgão responsável por regulamentar o mercado financeiro norte-americano) ter sido vítima de vazamento de dados e de chantagem.

Segundo o comunicado enviado ao órgão, uma parte do código-fonte do Pagar.me, um dos produtos da Stone, e da maquininha de cartões foi publicado na internet. Também houve tentativa de forçar a empresa a pagar uma quantia para que outras partes não fossem reveladas. Mesmo assim, a companhia disse ao regulador que não acredita que houve "acesso não autorizado, transferência ou uso inadequado de informações pessoais ou financeiras ou dados de negócios de nossos clientes e seus consumidores". A empresa também disse estar monitorando a situação e que acionará a Justiça brasileira.

Isso, porém, parece não ter afetado o interesse do mercado financeiro norte-americano pela empresa, considerada muito inovadora. Os papéis abriram a um valor de US$ 32, um terço acima do preço de US$ 24 estipulado no IPO. Entre os nomes atraídos, estão a Ant Financial, da chinesa Alibaba, e a Berkshire Hathaway, do famoso bilionário Warren Buffett. A avaliação é de que a empresa vale quase US$ 9 bilhões. A Stone espera usar os recursos captados para aquisições.

A empresa, que tem concorrentes como Cielo e Rede, processa hoje 5,4% das transações de cartões no Brasil. Ela segue os passos da PagSeguro, que abriu capital na Bolsa de Nova York no começo do ano.

[Reuters, Folha de S.Paulo, Estadão]

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China tira uma onda e diz que Trump deveria trocar iPhone por celulares da Huawei

Posted: 25 Oct 2018 11:07 AM PDT

O New York Times publicou ontem uma matéria preocupante. O texto afirma que o presidente Trump usa iPhones comuns, diretamente das lojas, sem nenhum tipo de proteção, para conversar com amigos. Por isso, tanto espiões russos quanto chineses estão ouvindo seus telefonemas para descobrir como manipulá-lo. Mas a China gostaria que o presidente americano soubesse que, se ele está preocupado com a segurança, ele sempre pode mudar para a Huawei.

• Estão achando que a Rússia está por trás dos ataques sônicos misteriosos contra diplomatas dos EUA
• Como era de se esperar, Trump está apunhalando a Apple pelas costas em relação ao acordo de impostos

“Se eles estão muito preocupados com os iPhones sendo usados, eles podem usar a Huawei”, disse a porta-voz da China, Hua Chunying, segundo um pesquisador do Washington Post.

O comentário talvez seja a trollada mais magistral da era da Nova Guerra Fria, especialmente considerando os muitos alertas do Congresso dos EUA de que os dispositivos da Huawei não são seguros e que a empresa é manipulada pelo governo chinês. A varejista Best Buy parou de vender aparelhos da marca, já que muitos na comunidade de inteligência dos EUA consideram a fabricante uma ameaça à segurança nacional.

As autoridades chinesas negaram que o país esteja espionando os telefones de Trump e até usaram a frase favorita do presidente, chamando as alegações de “fake news“.

A falta de proteção às informações do presidente se tornou um grande problema, e a matéria de ontem no Times ilustra como a China está usando amigos de amigos dele para manipular suas políticas. Ao ouvir seus telefonemas, os espiões chineses são capazes de determinar que tipo de métodos de persuasão funcionam ou não com o presidente.

Do New York Times:

As autoridades disseram que também descobriram que a China está tentando usar o que está aprendendo com as ligações – como pensa Trump, que argumentos tendem a influenciá-lo e a quem ele está inclinado a ouvir – para evitar que a guerra comercial com os Estados Unidos escale ainda mais. No que equivale a um casamento entre lobby e espionagem, os chineses reuniram uma lista das pessoas com quem o Sr. Trump fala regularmente na esperança de usá-las para influenciar o presidente, disseram os oficiais.

Entre os que constam da lista estão Stephen A. Schwarzman, executivo-chefe do Blackstone Group, que financiou um programa de mestrado na Universidade de Tsinghua, em Pequim, e Steve Wynn, ex-magnata de cassinos de Las Vegas, que possuía uma lucrativa propriedade em Macau.

O presidente até perdeu seu telefone no campo de golfe, segundo o New York Times.

No ano passado, o celular de Trump foi deixado para trás em um carrinho de golfe em seu clube em Bedminster, N.J., causando uma corrida para localizá-lo, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o que aconteceu.

O Sr. Trump deveria trocar seus dois telefones oficiais a cada 30 dias por novos, mas raramente o faz, irritando-se com o inconveniente.

Trump, como era esperado, negou as informações da matéria no Twitter de um jeito bem Trump.

Tradução: Os chamados especialistas em Trump do New York Times escreveram um artigo longo e chato sobre meu uso de celular que é tão incorreto que não tenho tempo aqui para corrigi-lo. Eu só uso telefones do governo, e tenho apenas um, que raramente é usado. A história é muuuuito errada!

Em outro tuíte, ele diz usar raramente o celular. O post foi escrito no app do Twitter para iPhone.

Screenshot: Gizmodo

O então candidato Trump criticava frequentemente Hillary Clinton por sua falta de cuidado com a segurança durante a eleição presidencial de 2016. E até hoje seus comícios incluem cantos de "lock her up" (prendam-na) para os crimes não especificados de Clinton. Então, a notícia de que ele está literalmente esquecendo o celular no campo de golfe é particularmente irônica.

Enquanto a Nova Guerra Fria se agita, podemos esperar mais brincadeiras sarcásticas entre empresas americanas e chinesas. E também podemos esperar que o presidente Trump continue praticando operações terríveis. Um cão velho não aprende novos truques, especialmente quando esse cão nasceu cheio da grana e nunca ouve a palavra “não”.

O presidente não está na votação nas eleições de novembro de 2018, que elegem novos representantes para o Congresso, mas, sem dúvida, elas servirão para sinalizar um apoio (ou não) às atuais políticas de Trump.

[The Verge]

Imagem do topo: Getty

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Os indícios de que o vídeo do Doria é falso e por que deveríamos nos preocupar com isso

Posted: 25 Oct 2018 09:17 AM PDT

No início da tarde última terça-feira (23), um vídeo íntimo de um homem com seis mulheres começou a circular na internet – levantou-se a hipótese de que tratava-se do candidato do PSDB ao Governo de São Paulo, João Doria, nas cenas.

Em questão de minutos, o tema havia se tornado o tópico mais comentado do Twitter no Brasil e se espalhado em diversos grupos de WhatsApp. O vídeo teve mais aderência a essas comunidades por não remover conteúdos sensíveis como pornografia. E, olha, existem muito indícios, como você vai acompanhar a seguir, de que se trata de um vídeo fake.

Era o que faltava para que as eleições de 2018 ficassem ainda mais marcadas pela guerra de informações. Se notícias falsas já eram compartilhadas no pleito de 2014, este ano a coisa desandou. Afinal, um texto mentiroso já é capaz de seduzir muita gente, um fato fora de contexto mais ainda. Um vídeo, então, pode ser quase que irrefutável.

Perícias

Já nesta quarta-feira (24), a Veja SP publicou uma matéria divulgando o resultado de uma análise que contratou junto à perita criminal e advogada Roselle Sóglio. A conclusão de Sóglio é de que se trata de uma montagem.

Ela aponta uma série de indícios de manipulação, como a criação de uma espécie de "máscara digital" de João Doria, colando-a sobre as imagens reais do "ator" do vídeo, mas escorrega ao dizer que “em programas como o Adobe Premiere Pro, é possível inserir traços individuais de uma pessoa, como olheiras, papadas e contornos, um a um”. Dificilmente uma alteração digital como essa seria feita a partir do Premiere, mas sim com o auxílio do After Effects.

Apesar disso, destaco alguns pontos da conclusão da perita:

[…]

• O vídeo objeto da análise apresenta máscaras sobrepostas sobre o rosto de outra pessoa, visualizando-se ainda movimentos disruptivos de pescoço, posicionamento ocular e montagens abruptas durante a passagem dos frames;

[…]

• A análise ainda revelou que, o flanco esquerdo do rosto do homem, mais especificamente na região labial, apresenta discrepância quanto a sua estaticidade, mostrando-se uma dinâmica artificial.

• Observou-se na sequência em apreço uma derivação ocular do personagem na cena de movimento, o que evidencia manipulação de filtros específicos para reconstrução do rosto.

[…]

Também na quarta-feira, Doria enviou à Justiça Eleitoral um pedido de investigação sobre autoria do vídeo e apresentou um laudo contestando a veracidade do material. O candidato contratou os peritos criminais Rosa Maria Coronato Melkan, professora da Academia de Polícia Civil do Estado de S.Paulo, e Marcos Olyntho Brandão Godoy, ex-diretor do Núcleo de Engenharia do Instituto de Criminalística de São Paulo, que indicaram que “a peça apresenta características de ser produto de montagem ou de simulação, mediante utilização de aplicativos disponíveis no mercado”. Para dar base à tese, os peritos apontaram as seguintes divergências, conforme reportagem do G1:

• Formato dos dentes
• Corte de cabelo, notadamente na costeleta
• Antagonismo na forma física
• Ausência de pelos no tórax
• Ausência de corrente/cordão no pescoço

Uma rápida análise

Abaixo, há alguns GIFs de trechos do vídeo que estava circulando nas redes.

Colocamos tarjas, mas, mesmo assim, as imagens ainda podem ser inadequadas em algumas situações.

Role a página com cuidado.

Fizemos uma breve análise de um dos dois vídeos que circularam nesta semana – escolhemos o corte de 20 segundos por ter sido o mais popular, além de ser aquele em que o suposto rosto de Doria mais aparece.

A baixa resolução e a péssima iluminação parecem ser propositais, mas apesar disso, ao olhar quadro por quadro, é possível perceber elementos estranhos no vídeo.

Nos primeiros segundos do vídeo, o homem do vídeo aparece sorrindo. Durante nove frames (quadros), a expressão do homem não muda. Fizemos um GIF:

Acompanhe os frames na parte inferior esquerda.

Neste outro ponto do vídeo, repare na definição super esquisita da mão do personagem ao se aproximar do próprio rosto e o borrão que aparece na região enquanto seu rosto está estático:

Pouco depois, podemos perceber que, quando a mulher coloca a mão na frente do homem, a definição da imagem do seu rosto muda completamente e os quadros seguintes parecem apresentar uma imagem estática:

Como o arquivo foi configurado para 30 quadros por segundo, a marca passa dos 00:00:15:29 para 00:00:16:00 – mas trata-se da sequência imediata.

Aqui, há um movimento brusco e não natural na boca:

Por fim, repare como os olhos, nariz e boca do homem são “puxados” para a direita conforme o braço da mulher se aproxima de seu rosto:

Também procuramos alguns especialistas em novas tecnologias de edição audiovisual, conhecidas como deepfake. Alguns veículos de imprensa têm atribuído essa tecnologia à possível edição do vídeo que viralizou, mas é improvável que ela tenha sido empregada neste caso.

Isso porque a tecnologia de deepfake utiliza um vasto banco de dados com imagens do alvo e, utilizando modelos computacionais e inteligência artificial, substitui o rosto original por uma mescla de todas as fotos do banco de dados. É uma técnica que automatiza as alterações digitais. Se o vídeo foi, de fato, alterado digitalmente, o profissional fez tudo na unha.

Hany Farid, professor de ciência da computação no Dartmouth College e especialista em análise de imagens, disse ao Gizmodo Brasil que “analisou os dois vídeos e não viu nenhum evidência de que são resultados de um deepfake”. Farid explica que a tecnologia mais comum de deepfake substitui o rosto de uma pessoa pela imagem de outra a partir da testa até um pouco acima do queixo – no caso do vídeo, o homem tem cabelo e queixo muito similar ao de João Doria.

“Além disso, existem vários frames em que o rosto está parcialmente coberto, mas se mantém consistente com o restante do vídeo – isso seria muito difícil de se conseguir com as atuais aplicações do deepfake que precisam de um rosto visível em cada frame. Por último, até mesmo os melhores deepfakes possuem glitches [falhas] temporais e nenhum é visto aqui. Isso, é claro, não prova que o vídeo é real”, completa.

Outro pesquisador, Matthias Niessner, professor da Universidade Técnica de Munique e líder do laboratório de computação visual, se propôs a analisar o vídeo a partir de uma inteligência artificial que tem desenvolvido para detectar deepfakes. Niessner apontou, no entanto, que a qualidade do vídeo era muito baixa para qualquer conclusão. “O rosto dele tem no máximo 30×30 pixels e está em um vídeo muito comprimido”.

Michael Zollhöfer, pesquisador do Laboratório de Computação Gráfica da Universidade de Stanford, nos disse que não poderia analisar o vídeo, mas comentou que o termo deepfake tem sido utilizado para descrever “qualquer técnica de edição de vídeo, mesmo que seja muito diferente” das modificações feitas por meio do que ele chama de “Deep Video Portraits”.

Repercussão política

Horas depois de as cenas se tornarem virais, Doria gravou um vídeo ao lado da mulher, Bia Doria, negando a veracidade do conteúdo espalhado pela internet e repudiando a tentativa de difamá-lo. "Estou casado com a Bia há 26 anos, tenho três filhos que amo muito, respeito a minha família. Hoje eu vi um vídeo vergonhoso nas redes sociais, produzido por alguém que só quer o meu mal, o mal da minha família. Uma produção grotesca, fake news", disse.

Antes disso, alguns veículos de imprensa publicaram uma declaração que teria sido enviada pela assessoria da campanha de Doria, acusando o outro candidato que concorre pelo governo de São Paulo, Márcio França, do PSB. Posteriormente, a campanha de Doria negou ter feito acusações contra França.

O candidato do PSB tuítou e fez declarações à imprensa, reafirmando que não teve parte do ocorrido. "Eu não tenho nada a ver com isso, eu repudio qualquer coisa de utilização pessoal em campanha eleitoral. […] Alguém havia dito, da assessoria dele, que isso tinha partido de mim. Por isso eu fiz uma resposta que eu achei que foi solidária, dizendo que eu sou contra a divulgação de vídeo desse jeito pra qualquer um, não é pra ele, é pra qualquer um", disse França.

Perigo de vídeos falsos

Pode parecer que podemos respirar aliviados com o fato de a tecnologia deepfake ainda não ter sido empregada para a difamação de figuras políticas. Mas esse cenário pode mudar muito rapidamente. O desenvolvimento de novas técnicas de deepfake tem avançado em uma velocidade incrível e já foram utilizados na pornografia.

• Os vídeos de deepfake estão ficando inacreditavelmente bons

Como escreveu o pesquisador de segurança Greg Allen recentemente na Wired: "Quando as ferramentas de produção de vídeos falsos possuem performance superior à computação gráfica atual e estão disponíveis para amadores, essas falsificações são capazes de comprometer grande parte do ecossistema de informações", comentou Allen. "O crescimento dessa tecnologia transformará o significado de evidência e verdade nos domínios do jornalismo, comunicação governamental, testemunho na justiça criminal e, naturalmente, da segurança nacional".

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Consolidada, Black Friday verá brasileiro pronto para gastar em 2018

Posted: 25 Oct 2018 08:16 AM PDT

Ainda que esteja difícil se falar de outra coisa no Brasil que não a eleição, já tem gente fazendo planos para o próximo mês: mais especificamente, para a Black Friday, que, neste ano, cai no dia 23 de novembro. E, segundo uma pesquisa do IBOPE Conecta, encomendada pelo Mercado Livre, o brasileiro está pronto para gastar na data, que cresceu bastante nos últimos quatro anos.

O IBOPE Conecta ouviu mil pessoas, de ambos os sexos, maiores de 16 anos e pertencentes às classes A, B e C, entre os dias 19 e 25 de setembro. Dos consultados, 79% afirmaram que vão aproveitar as ofertas do período. Destes, 47% pretendem gastar mais de R$ 500. Outros 13% pretendem desembolsar na faixa de R$ 350 a R$ 500; 10% ficarão entre R$ 250 e R$ 350, e, no patamar de R$ 100 a R$ 250, estão 9% das pessoas entrevistadas. Por fim, 5% pretendem gastar entre R$ 50 e R$ 100.

Pesquisa encomendada pelo Google: em 2014, apenas 27% dos entrevistados conheciam a Black Friday. O número saltou para 99,5% em 2018.

O principal produto da Black Friday 2018 deverá ser o smartphone. O produto foi mencionado por 31% dos consultados, e o pódio é fechado com eletrodomésticos (11%) e TVs (6%).

O meio preferido para fazer as compras durante a data segue sendo a internet: 51% dos entrevistados disseram que farão suas compras online, oscilando positivamente em relação a 2017, quando 48% declararam utilizar a rede para as aquisições.

O fator determinante para o domínio das lojas online, sem grande surpresa, são os preços menores e os descontos mais significativos (motivo citado por 54% dos entrevistados). Frete grátis (30%), possibilidade de parcelamento (8%) e variedade de produtos (7%) foram outros motivos lembrados para se escolher a internet como canal de compra.

Além da internet, 13% dos consumidores utilizarão as lojas físicas e 37% farão as compras tanto em canais físicos quanto digitais para aproveitar a data, destaca o IBOPE Conecta.

Pela proximidade com o Natal, muitos consumidores aproveitarão a data para fazer as comrpas para os amigos e familiares e, além de economizar, evitar a correria de última hora. Metade dos entrevistados afirmaram que vão usar a Black Friday para antecipar os presentes. Apenas 14% não pretendem comprar os presentes de Natal no período de promoções do fim de novembro, enquanto 35% não pensaram a respeito.

Complementando a pesquisa do IBOPE Conecta, o Google também divulgou o seu levantamento em agosto, encomendado à Provokers. Foram ouvidos 1.500 consumidores online, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, durante julho deste ano. O número de maior destaque foi o que mostra a evolução de popularidade da data: em 2014, apenas 27% dos entrevistados conheciam a Black Friday. O número saltou para 99,5% em 2018.

Só online, a Black Friday 2017 teve 3,8 milhões de pedidos, gerando um faturamento de R$ 2,1 bilhões, um crescimento de mais de 10% em relação a 2016, de acordo com dados da e-Bit.

Resumindo: a data gringa começou a ganhar relevância real no mercado brasileiro e nos hábitos de compra do consumidor. Após os percalços, que até justificavam o termo Black Fraude, no início da data no Brasil, o varejo passou a levar a efeméride importada mais a sério — aliás, com tantos comparadores de preço, fica difícil de enganar quem faz um mínimo de pesquisa. Vamos aguardar para ver como será a edição deste ano, e esperar que os itens não saiam "pela metade do dobro".

Imagem do topo: HebiFot/pixabay

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Demanda por labradores cor de chocolate tem deixado cães da raça doentes e propensos à morte prematura

Posted: 25 Oct 2018 07:23 AM PDT

Uma nova pesquisa mostra que labradores cor de chocolate são mais propensos a ter problemas de saúde e morrer mais cedo, em comparação com labradores pretos e amarelos. Uma razão provável, dizem os cientistas, seria um efeito de gargalo estreito causado pela demanda de consumidores.

• Novo estudo reforça que o seu cachorro entende o que você fala — e ainda se esforça para aprender

Labradores cor de chocolate têm uma expectativa de vida 10% menor do que a dos labradores pretos ou amarelos, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (22) na Canine Genetics and Epidemiology. Labradores cor de chocolate também são mais propensos a problemas de saúde, como infecções nas orelhas e na pele, além de condições nas articulações. Labradores são a raça de cachorro mais popular nos Estados Unidos — e uma das mais populares no Brasil —, o que torna essas descobertas de extrema importância para donos e criadores, alertando-os dos potenciais problemas de saúde deles.

Imagem: Rob Hanson/Wikimedia

O gene da cor de chocolate, diferentemente dos genes das cores preta e amarela, é recessivo nos labradores, o que significa que tanto a mãe quanto o pai têm que ser cor de chocolate para produzir a característica nos filhotes. Isso reduz drasticamente o pool genético, levando à perda de diversidade genética e ao surgimento de efeitos de gargalo. Os autores do novo estudo, liderado por Paul McGreevy, da Royal Veterinary College, em Londres, suspeitam que essa seja a razão pela qual os labradores cor de chocolate são menos saudáveis.

“Estávamos interessados ​​na associação com a cor da pelagem porque a pigmentação chocolate é recessiva em cães”, escrevem os autores no estudo. “Então, se a cor de chocolate do pelo é desejada em ninhadas, os criadores podem ser motivados a reproduzir a partir de certas linhas que podem, inadvertidamente, aumentar a predisposição dos filhotes para certas doenças.”

O pool genético limitado para labradores cor de chocolate, dizem os pesquisadores, resultou, consequentemente, na proliferação de genes responsáveis por infecções na orelha e na pele, entre outros problemas de saúde.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados coletados por meio do Programa VetCompass, que reúne dados eletrônicos de pacientes cães levados a veterinários no Reino Unido (esse estudo é limitado a labradores no Reino Unido, portanto, podem existir variações em outros países). A equipe analisou dados de 33.320 labradores, dos quais uma amostra aleatória de 2.074 foi selecionada para avaliar problemas de saúde e mortalidade. Dos labradores estudados, 44,6% tinham pelagem preta, 27,8% eram amarelos e 23,8%, cor de chocolate.

O tempo médio de vida dos labradores no estudo foi de 12,1 anos (inferior aos 12,5 anos estimados anteriormente), mas os labradores cor de chocolate tiveram uma vida útil 10% menor do que os labradores pretos ou amarelos, normalmente vivendo em torno de 10,7 anos. Cores à parte, as causas mais comuns de morte foram distúrbios musculoesqueléticos e câncer. Os pesquisadores também descobriram que infecções de ouvido e doenças de pele eram mais prevalentes em labradores cor de chocolate do que nos outros.

Por exemplo, uma condição de pele dolorosa conhecida como dermatite piotraumática foi observada em 4% dos labradores cor de chocolate, em comparação com 1,1% nos labradores pretos e 1,6% nos labradores amarelos. Infecções de ouvido do tipo otite externa foram observadas em 23,4% dos labradores cor de chocolate, em comparação com 12,8% e 17% nos labradores pretos e amarelos, respectivamente.

“Também descobrimos que 8,8% dos labradores estão acima do peso ou com obesidade, uma das maiores porcentagens entre as raças de cães presentes no banco de dados do VetCompass”, disse McGreevy. “Havia mais cães acima do peso e obesos entre os labradores machos que tinham sido castrados do que entre aqueles que não tinham sido castrados, mas não havia tal padrão para os labradores fêmeas”.

Essa observação bate com uma pesquisa de 2016 que mostrava que labradores têm uma mutação genética que faz com que eles comam em excesso. A obesidade pode desencadear em cães problemas de saúde como diabetes e doenças cardiovasculares, mas também pode levar a outras condições.

“(Labradores) são, frequentemente, de porte grande, com uma tendência a comer além de suas necessidades fisiológicas, talvez por causa de um (gene que esteja faltando) e, portanto, são mais propensos a desenvolver obesidade, traço que contribui para manifestações clínicas de problemas ortopédicos, principalmente displasia de cotovelo e de quadril”, escrevem os autores do estudo.

Os pesquisadores alertam que os dados utilizados no estudo dizem respeito apenas aos cães que foram levados a veterinários e que a “demografia de uma população inteira, ao invés da população veterinária, pode ser difícil de se inferir a partir de dados clínicos”. Os pesquisadores não têm o quadro completo, já que os labradores que não são regularmente levados ao veterinário por seus donos podem ter uma saúde que varia de forma importante.

Como apontado, as práticas de criação e a demanda de consumidores por labradores cor de chocolate podem ser responsáveis pelos problemas de saúde observados. Portanto, os pesquisadores dizem que uma análise parecida deve ser feita em pugs e em cavaliers king charles spaniel, já que essas raças também são favorecidas de acordo com a cor de sua pelagem.

Quanto ao que pode ser feito para remediar a situação, labradores de outras partes do mundo podem ser introduzidos para diversificar o pool genético. Ou, de maneira mais prática e humana, donos e criadores em potencial devem parar de se fixar tanto nos labradores cor de chocolate — ou renunciar completamente a puros-sangues de uma vez.

[Canine Genetics and Epidemiology]

Imagem do topo: Getty

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Google passa a exigir pelo menos dois anos de atualizações de segurança para celulares Android

Posted: 25 Oct 2018 05:51 AM PDT

O Google agora exige das fabricantes de celulares com Android pelo menos dois anos de atualizações de segurança nos aparelhos. A nova obrigatoriedade foi descoberta pelo Verge, que teve acesso a contratos de licenciamento da empresa.

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Os contratos estipulam obrigações claras de que celulares e tablets populares sejam atualizados durante dois anos. Dentro do primeiro ano depois do lançamento de um aparelho, as fabricantes que têm o Android como sistema operacional de seus dispositivos precisam fornecer pelo menos quatro atualizações de segurança. No segundo ano, as atualizações também precisam ser disponibilizadas, mas sem um número mínimo obrigatório.

Os termos observados pelo Verge cobrem dispositivos lançados depois de 31 de janeiro de 2018 que tenham sido ativados por mais de 100 mil usuários. Desde 31 de julho deste ano, as exigências foram aplicadas a 75% dos aparelhos, segundo o Verge, que conta ainda que, a partir de 31 de janeiro de 2019, todos os celulares e tablets que se enquadram nas exigências terão que receber essas atualizações.

As fabricantes têm um prazo específico para corrigir as falhas descobertas pelo Google. Ao fim de cada mês, os aparelhos precisam estar protegidos contra vulnerabilidades que tenham sido identificadas mais de 90 dias antes. Isso faz com que, mesmo sem um número definido de atualizações para o segundo ano, por exemplo, as fabricantes sejam obrigadas a atualizar constantemente seus dispositivos.

A "punição" para o não cumprimento das diretrizes, segundo o Verge, é a possibilidade de o Google não conceder aprovação para celulares futuros, o que impossibilitaria o seu lançamento.

O Verge conta que observou essas novas diretrizes no novo acordo de licenciamento do Google para telefones e tablets Android distribuídos na União Europeia. Apesar de não ter como confirmar que as exigências estão presentes nos termos de acordos globais, o veículo afirma que os comentários públicos da companhia e o contrato indicam que elas são parecidas em outras regiões.

Há anos o Google tem lidado com problemas em torno das atualizações de aparelhos com Android. Frequentemente, os fabricantes ignoram produtos mais antigos, com os usuários ficando desprotegidos contra certas falhas, mesmo as identificadas há um bom tempo. Versões mais recentes do Android facilitaram a instalação de atualizações e a identificação por parte dos usuários de que seus aparelhos estavam desatualizados. Porém, essas novas exigências são prova de que o problema ainda está longe de ser completamente sanado. Esse novo passo, no entanto, parece contundente na missão do Google de remediar a situação.

[The Verge]

Imagem do topo: Flickr

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Se você gostou do iceberg geométrico, vai adorar essas novas fotos divulgadas pela NASA

Posted: 25 Oct 2018 04:41 AM PDT

Publicamos na terça-feira (23) uma nota mostrando um estranho iceberg geométrico que se soltou recentemente da plataforma de gelo Larsen C. Agora, a NASA liberou novas imagens que ajudam a ter uma noção mais completa de sua aparência e estrutura — e o iceberg continua esquisito pra caramba.

Cientistas da Operação IceBridge, da NASA, divulgaram a imagem inicial na semana passada, mas ela só mostrava uma porção do estranho iceberg.

Foto inicial do iceberg geométrico, que gerou grande repercussão internacional. Imagem: NASA/Jeremy Harbeck

Com grande parte do iceberg fora da imagem, não estava claro o quão geométrica a estrutura inteira era. Agora, novas fotos divulgadas pelos cientistas da IceBridge revelam a verdadeira forma do iceberg. Não é um retângulo perfeito, mas, ainda assim, é um quadrilátero altamente angular.

As fotos foram capturadas pelo cientista de suporte sênior da IceBridge Jeremy Harbeck, que avistou o iceberg tabular perto da plataforma de gelo Larsen C. Icebergs tabulares são produto do “parto” de plataformas de gelo — eventos de ruptura de grandes pedaços de gelo que de repente se soltam — e são conhecidos por suas linhas altamente angulares e seus topos planos.

“Achei bastante interessante”, disse Harbeck, em um comunicado da NASA. “Frequentemente, vejo icebergs com bordas relativamente retas, mas não havia realmente visto um antes com dois cantos em ângulos tão certos quanto esse tinha.”

Em julho de 2017, a plataforma de gelo Larsen C, da Antártida, soltou o enorme iceberg A-68, que pesa cerca de um trilhão de toneladas e ocupa uma área com aproximadamente o tamanho do Distrito Federal. Harbeck e seus colegas estavam investigando a enorme estrutura quando a forma geométrica foi vista.

“Na verdade, eu estava mais interessado em capturar o iceberg A-68 que estávamos prestes a sobrevoar, mas achei que esse iceberg retangular era visualmente interessante e bastante fotogênico, então, numa brincadeira, tirei duas fotos”, disse Harbeck.

Curiosamente, Harbeck avistou um segundo iceberg retangular durante o mesmo sobrevoo de 16 de outubro. Na terceira foto da galeria abaixo, você consegue ver três icebergs dignos de nota: o agora famoso iceberg geométrico à esquerda (levemente escondido pelos motores do avião), o novo iceberg tabular e, ao fundo, o A-68. Sim, ele é enorme assim — a extensão ao longo da linha do horizonte é um iceberg flutuante com cerca de 10 quilômetros de comprimento e por volta de 30 quilômetros de largura.

A Operação IceBridge, da NASA, é uma missão atual que monitora regiões polares e rastreia o sistema climático do planeta. Ela está atualmente no meio de um projeto de cinco semanas de duração que tem como objetivo mapear icebergs no norte da Península Antártica, uma missão que está programada para ser concluída em 18 de novembro. Ainda tem bastante tempo restante no projeto, então vamos torcedor para que os cientistas descubram mais anomalias.

[NASA]

Imagem do topo: NASA/Jeremy Harbeck

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