segunda-feira, 11 de março de 2019

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Políticos dos EUA consideram dividir gigantes da tecnologia para evitar concorrência desleal

Posted: 10 Mar 2019 01:02 PM PDT

Senadora Elizabeth Warren, dos EUA, durante discurso

Dividir as gigantes da tecnologia em empresas menores é uma das grandes discussões que ocorrem em Washignton, na capital dos EUA, e agora o tema também está sendo discutido no Vale do Silício.

Agora que a senadora Elizabeth Warren, uma democrata de Massachusetts, publicou uma proposta em como dividir algumas das gigantes de tecnologia, incluindo Amazon, Google e Facebook, a questão da regulação e ações antitruste (que promovem a concorrência leal entre companhias) dessas empresas passou a ser um assunto para 2020, quando haverá eleições presidenciais nos EUA.

Warren — que divulgou a proposta dela antes de um evento num bairro em Nova York, onde a Amazon cancelou do nada a criação de sua segunda sedepede que reguladores aprovem leis para "desfazer fusões de companhias de tecnologia que ilegalmente minam a competição" e proíbam companhias de vender seus próprios produtos nos marketplaces que elas operam, numa clara referência à Amazon, que domina este ramo. O que fazer com a imensa riqueza e poder das grandes empresas de tecnologia é uma questão que todos os candidatos à presidente de 2020 provavelmente terão de responder.

A proposta de Warren não vem do nada. Tem havido um crescente escrutínio e pedidos de regulamentação e até divisão de empresas de tecnologia, conforme o Vale do Silício passou de um local com histórias encantadoras de sucesso para um local que reúne algumas das pessoas mais poderosas e intocáveis dos Estados Unidos.

A reputação de empresas de tecnologia entre os americanos tem caído. Em função em grande parte de escândalos de privacidade, a reputação do Facebook foi a mais afetada. Segundo uma pesquisa publicada neste ano feita pela Harris Poll, que tenta medir as 100 empresas de maior visibilidade dos EUA, a Apple caiu três posições e está em 32º, o Google caiu 13 posições e ocupa a posição 41, enquanto o Facebook caiu do 51º lugar para a posição 94. A Amazon, no entanto, caiu da primeira posição para a segunda.

"Quero um governo que assegure que todos — mesmo as maiores e mais poderosas empresas dos EUA — sigam as regras", disse Warren. "Para fazer isso, precisamos impedir esta geração de grandes empresas de tecnologia de usar o poder político delas para moldar regras que as favoreçam e parem de usar o poder econômico delas para aniquilar ou comprar todo concorrente em potencial."

“Como consumidores, como usuários, nós amamos essas empresas de tecnologia. Mas como cidadãos, trabalhadores e empreendedores, reconhecemos que o poder delas é problemático.”

O plano de Warren é de longo prazo. Caso seja eleita presidente (a senadora é uma das pré-candidatas), ela nomearia "reguladores comprometidos a reverter fusões ilegais e anti-competitivas de empresas de tecnologia", incluindo o Facebook e Instagram, Google e Double Click, ou mesmo Amazon e Whole Foods.

Mirando empresas com receita global de mais de US$ 25 bilhões por ano, Warren também promoveria uma legislação tornando serviços da Amazon como marketplace e a busca do Google em "plataformas úteis", fazendo com que esses serviços sejam desmembrados do núcleo do negócio e proibindo que as companhias tenham "tanto a plataforma útil e sejam participantes nesta plataforma."

"Plataformas utilitárias iriam requerer o cumprimento de padrões justos, razoáveis e não-discriminatórios ao lidar com usuários", informa a proposta de Warren. "As plataformas úteis não seriam autorizadas a transferir ou compartilhar dados com terceiros."

A proposta abre ainda mais a habilidade do regulador federal, procuradores-gerais estaduais e cidadãos para processar essas empresas que violem os requisitos citados anteriormente. As multas poderiam ser de 5% da receita anual, um golpe direto à crítica de que a regulação contra grandes empresas de tecnologia até agora não causou nenhum dano.

Facebook, Amazon e Google não quiserem comentar publicamente a proposta de Warren. Internamente, no entanto, as gigantes da tecnologia têm sido alvo de grande hostilidade em Washington. O Facebook tem contratado um exército de lobistas e especialistas em política na capital, já a Amazon tem investido milhões em lobby, enquanto o Google bateu o recorde de gastos com lobby no ano passado, atingindo quase US$ 21 milhões.

A crítica por práticas antitruste tem sido escutada por toda parte em Washington — e também em outras partes do mundo. No ano passado, os reguladores europeus multaram o Google em US$ 5,1 bilhões por violações antitruste. A França, enquanto isso, planeja estabelecer um imposto específico para empresas americanas Nos EUA, a pressão foi crescendo nos últimos meses.

Interesse bipartidário

O senador democrata Bernie Sanders, que também é pré-candidato à presidência, disse no ano passado que a Amazon se tornou muito grande e que é necessário que as autoridades passem a analisar melhor a companhia. A senadora Amy Klobuchar, outra candidata do partido democrata, apresentou uma nova lei de privacidade no início do ano, tendo como alvo as grandes empresas de tecnologia. O senador democrata Mark Warner, um crítico frequente dos excessos do Vale do Silício, já apresentou 20 diferentes regulações que atingiriam essas companhias.

Do lado republicano, a animosidade contra empresas gigantes de tecnologia cresceu bastante nos últimos anos, pautada no complexo de perseguição dos republicanos que argumentam que o Vale do Silício está travando uma guerra cultural contra os conservadores dos Estados Unidos. As preocupações com privacidade de dados, no entanto, são uma questão em que os dois partidos concordam e que devem resultar em uma regulação federal.

"Quando falamos de grandes empresas de tecnologia, é de se admirar que haja uma crescente pressão por ações antitruste quando essas companhias se comportam dessa forma", disse o senador republicano Josh Hawley durante a semana, antes das propostas de Warren. "Quando elas espionam os consumidores, quando elas obtêm dados sem informar apropriadamente, quando elas usam por motivos não aprovados pelos consumidores. Todo dia ficamos sabendo de algo neste sentido. É claro, o público vai querer ver ações para defender o direito deles, é natural. A menos que este comportamento mude, não consigo imaginar que a pressão vai acabar e acho que não deveria [acabar o escrutínio]."

O presidente Donald Trump passou os últimos anos  acusando as gigantes da tecnologia de abuso de poder em uma suposta guerra contra o conservadorismo. Entre tuítes alertando para as gigantes da tecnologia "terem cuidado", o gabinete de Trump tem dito que está "analisando" a regulação do Vale do Silício. Até agora nada foi materializado.

No cisma entre o Vale do Silício e conservadores dos EUA, empresas como Google, Facebook e Twitter têm constantemente negado enviesamento contra a direita em seus algoritmos ou esforços de moderação. Na batalha política, no entanto, eles têm perdido terreno.

Em meio a toda essa discussão sobre regulação dos gigantes da tecnologia, surgiram os seguintes questionamentos: quanto disso é só balela dita em campanha? Será que os americanos querem isso mesmo? Embora a reputação dessas empresas esteja em declínio, as grandes empresas de tecnologia estão entre "as marcas mais amadas", segundo uma pesquisa da Morning Consult de 2018, que coloca a Amazon em quarto lugar e o Google em primeiro.

"Quero um governo que assegure que todos — mesmo as maiores e mais poderosas companhias da América — cumpram as regras."

Lina Khan, que ficou famosa em 2017 pelo artigo "Amazon's Antitrust Paradox" (O paradoxo antitruste da Amazon) e está entre as defensoras da regulação da indústria da tecnologia, recentemente passou a fazer parte do subcomitê da câmara sobre legislação, comercial e administrativa. "Como consumidores, como usuários, nós amamos estas empresas de tecnologia", disse ela ao New York Times no ano passado. "Mas os cidadãos, os trabalhadores e os empreendedores, nós reconhecemos que o poder delas é problemático. Precisamos de uma nova estrutura, um novo vocabulário de como avaliar e abordar o domínio dessas companhias."

Khan foi conselheira em 2018 de Rohit Chopra, uma nova comissária da FTC (Comissão Federal de Comércio) ligada ao partido democrata, para abordar questões sobre competição, dados, privacidade e antitruste. A nova posição de Khan no Capitólio é sinal de como a conversa sobre as gigantes da tecnologia fundamentalmente mudou, sobretudo em Washington.

"É um momento crítico para audiências antitruste, investigações e supervisão", tuitou ela no início desta semana.

Khan é apenas a ponta do iceberg. A FTC tem uma força tarefa de antitruste de tecnologia de 17 membros com o objetivo de examinar ações significativas contra empresas de tecnologia. Em dezembro de 2018, segundo o presidente da FTC, Joseph J. Simons, o órgão lançou um novo conjunto de audiências públicas para dissecar o vasto poder do Vale do Silício e os possíveis ajustes necessários para proteger as leis de competição e de proteção ao consumidor. Enquanto isso, a entidade está considerando aplicar uma multa multibilionária no Facebook por violação de privacidade.

Dividir as gigantes da tecnologia tem também sido alvo de conversas mesmo no Vale do Silício. Roger McNamee, investidor e um dos primeiros investidores do Facebook que se tornou crítico das gigantes de tecnologia, ressalta em seu livro "Zucked" como a indústria ficou tão grande e como as empresas evitaram ser alvo de regulação.

"Os efeitos colaterais não intencionais do sucesso delas continuará a prejudicar mais de dois bilhões de usuários todos os dias e minando a sociedade ao redor do mundo. Embora tenhamos de pensar em todos os caminhos de regulação possíveis, mecanismos antitruste podem ser um dos menores obstáculos políticos."

À medida que nos aproximamos de 2020, até esses obstáculos podem ser removidos.

The post Políticos dos EUA consideram dividir gigantes da tecnologia para evitar concorrência desleal appeared first on Gizmodo Brasil.

Smartphones da Huawei voltarão a ser vendidos no Brasil em maio

Posted: 10 Mar 2019 12:31 PM PDT

Smartphone P20 Pro, da Huawei

Estamos ouvindo já há algum tempo sobre a intenção da Huawei voltar ao mercado brasileiro. Ano passado teve aquela conversa de que faria uma parceria com a Positivo, mas não rolou. Só que agora, a empresa diz que vai voltar mesmo a vender celulares por aqui, quatro após deixar o setor no Brasil.

Em entrevista ao Estadão, Ketrina Dunagan, vice-presidente sênior de marketing da Huawei nas Américas, disse que a marca começará a comercializar smartphones no Brasil em maio, e a promessa é chegar logo com modelos premium — o que confirma o que foi dito pela chefe de relações públicas da Huawei Mobile, Gleice Rodrigues, afirmou durante o Mobile World Congress.

[foo_related_posts]

A decisão da chinesa de voltar com aparelhos topo de linha faz sentido, pois o mercado brasileiro é muito diferente do que era há quatro anos. Na ocasião, a Huawei trouxe para cá dispositivos de entrada e intermediários, mas não foi bem sucedida. Agora, com um mercado mais maduro, trazer aparelhos mais sofisticados, além de atender ao público que gasta bastante por um aparelho, ajuda a criar uma percepção de marca melhor. A missão da empresa por aqui, como aponta Renato Meirelles, da consultoria de mercado IDC, é provar que faz produtos melhores que Apple e Samsung.

No início, os aparelhos serão importados, mas Ketrina ressaltou que até o fim do ano o plano é passar a fabricar alguns modelos por aqui.

A única coisa decepcionante da entrevista é que a executiva não deu nenhuma pista dos aparelhos que vão fazer parte desta volta da Huawei ao Brasil. No site de eletrônicos de consumo da Huawei, o destaque é o P20 Pro, aparelho lançado no ano passado e que foi bastante elogiado em análises de sites de tecnologia.

A Huawei tem estado no noticiário já há um tempo pela ótima qualidade dos seus aparelhos e pelo desenvolvimento de redes e equipamentos 5G. Na área de smartphones, a empresa começou a fazer aparelhos com boas especificações (inclusive usando sensores da Leica em suas câmeras) e com diferentes faixas de preço. O sucesso da fabricante chinesa fez com que ela superasse a Apple, tornando-se a segunda maior fabricante de celulares do mundo.

Considerando que a estreia da marca será em maio, fico me questionando se a Huawei vai começar a vender alguns P20 Pro a princípio ou se já vai aterrissar no Brasil com o aguardado P30, que será apresentado em 26 de março, num evento em Paris. Voltar ao mercado brasileiro com um produto recém-lançado seria uma reestreia e tanto, hein?

[Estadão]

The post Smartphones da Huawei voltarão a ser vendidos no Brasil em maio appeared first on Gizmodo Brasil.

EUA estão preparando estudo sobre acidentes com patinetes elétricos e como evitá-los

Posted: 10 Mar 2019 11:18 AM PDT

Amando ou odiando, os patinetes elétricos estão tomando conta de várias cidades pelo mundo. Mas com vários relatos de pessoas se machucando gravemente com estes acessórios, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) decidiu dar uma olhada de perto no que está ocorrendo.

[foo_related_posts]

Os epidemiologistas da agência foram até Austin (Texas) e solicitaram dados do departamento de saúde pública e transporte para começar a trabalhar no primeiro estudo do tipo junto com a autoridade de saúde da cidade. A CNBC informou nesta sexta-feira (8) que as duas agências já concluíram a coleta de dados e agora estão compilando as informações.

Pelo menos aqui em São Paulo, onde tem patinetes disponíveis em algumas regiões da cidade, a conversa, por enquanto, está ainda no questionamento se as pessoas devem deixar patinetes em calçadas ou não — a prefeitura de São Paulo, inclusive, tem planos para recolher os que estiverem largados por aí. A última notícia sobre a regulamentação dos patinetes é um chamamento da prefeitura para as empresas se comprometerem com medidas de segurança e manutenção.

Voltando aos EUA, Jeff Taylor, gerente da unidade de epidemiologia e vigilância de doenças da autoridade de saúde pública de Austin, está trabalhando em colaboração com três epidemiologistas do estudo, segundo a CNBC. Embora o estudo esteja previsto para ser finalizado apenas na primavera no hemisfério Norte (entre setembro e dezembro), Taylor falou um pouco sobre algumas das observações iniciais do estudo.

Por exemplo,  Taylor disse à CNBC que menos de 1% dos usuários de patinetes elétricos usam capacete — um problema que tem causado discussão entre legisladores dos EUA. Ele também disse que existe ainda um grande mal-entendido sobre acidentes com patinetes:

"Existe uma percepção de que lesões envolvendo patinetes ocorrem à noite. Bem, isso não é verdade", disse. "Nosso estudo mostrará que estes incidentes ocorrem em todas as horas do dia. As pessoas também acham que tipicamente tem algum carro envolvido, mas nosso estudo mostra que o comum é que o usuário atinja algo na via ou eles simplesmente perdem o equilíbrio."

O USA Today noticiou em dezembro que o foco do trabalho das agências são os dados de acidentes e entrevistas com pessoas que se lesionaram operando patinetes. A informação que eles juntaram — concentrado especificamente em incidentes que ocorreram entre setembro e novembro — tem como objetivo informar às cidades sobre as melhores formas de evitar lesões futuras.

Empresas do ramo, como Bird e Lime, disseram à CNBC que eles apoiam esse tipo de estudo. De fato, essas companhias pedem que os usuários usem os patinetes com segurança, embora a responsabilidade caia sempre nos condutores. E, na verdade, fazer com que as pessoas usem dispositivos de segurança, como capacetes, é algo bem difícil.

Um estudo publicado em janeiro no periódico JAMA (Journal of the American Medical Association) informa que fraturas e ferimentos na cabeça ocorreram em incidentes envolvendo patinetes, segundo dados da emergência de dois hospitais afiliados à UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) entre setembro de 2017 e agosto de 2018. É preocupante que um estudo observacional dos mesmos autores informar que menos de 5% dos condutores de patinetes usem capacetes durante as viagens.

Dito isso, e apesar de o fato ter desmistificado algumas concepções erradas sobre acidentes envolvendo patinetes, vai ser interessante também ver as conclusões do CDC sobre problemas inesperados e mal funcionamento dos patinetes.

[CNBC]

The post EUA estão preparando estudo sobre acidentes com patinetes elétricos e como evitá-los appeared first on Gizmodo Brasil.

Exposição virtual do Google dá uma boa ideia das principais invenções da humanidade

Posted: 10 Mar 2019 09:25 AM PDT

O Google oferece um monte de serviços — da busca ao sistema operacional do seu celular. No entanto, por trás de quase tudo isso está por trás a missão da empresa criada em 1998: organizar as informações do mundo e torná-las acessíveis para todos.

[foo_related_posts]

Pois bem, o Google agora oferece um bom serviço para serve tanto para quem é curioso tanto para quem é aporrinhado pelo filho/sobrinho sobre quem inventou determinadas coisas. Trata-se da exposição virtual "Once upon a try" que conta histórias e curiosidades de grandes invenções, do tipo "quem inventou o papel?" ou "quais foram as primeiras tecnologias criadas pelo humano?".

Primeira máquina de escrever da OlivettiA primeira máquina de escrever feita por Adriano Olivetti. Crédito: Google Arts & Culture

Presente na plataforma Google Arts & Culture, a exposição é fruto de uma parceria com 110 instituições e fundações da área de ciência e tecnologia de 23 países, entre elas a NASA, por exemplo. Aliás, tem uma parte lá específica sobre comida espacial, que é bem interessante.

O bacana é que tem explicações de quase tudo e em diferentes tipos de mídia, como vídeo, quadros explicativos e até infográficos. O ruim é que quase todo o material está em inglês, ainda que a "capa" da exposição esteja toda adaptada em português.

Em alguns conteúdos em texto, aparece um botão "traduzir com o Google" (por exemplo, este aqui: “ideias que mudaram o mundo”). Já em outros, como este da "surpreendente história dos radiadores", só em inglês mesmo.

Dentre os conteúdos interativos, um dos destaques é o passeio em 360º pelo ônibus espacial Discovery e do primeiro mapa que se tem notícia em que o continente americano é citado.

Além de falar de invenções do passado, a exposição virtual também especula sobre o futuro, falando qual deve ser o tipo de comida que teremos acesso nos próximos anos e uma discussão sobre robótica e de como os robôs devem influenciar o mundo que vivemos.

Enfim, a exposição "Once upon a try" é uma forma bacana de se gastar um tempo aprendendo sobre os principais avanços científicos e tecnológicos da humanidade. Quem sabe a iniciativa não ajuda a inspirar inventores e criadores da próxima geração.

The post Exposição virtual do Google dá uma boa ideia das principais invenções da humanidade appeared first on Gizmodo Brasil.

Satélite da NASA captura ilusão de óptica em que a Lua parece se esconder

Posted: 10 Mar 2019 07:25 AM PDT

No início desta semana, o observatório solar SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA, capturou uma série de imagens em que parece que a Lua estava um pouco maluca, cruzando o Sol como sempre e, então, brevemente parando para mudar de direção. Não, não é um sinal de um armageddon cosmológico, mas uma ilusão de óptica familiar para os astrônomos.

[foo_related_posts]

O SDO está na orbitando a Terra, e não é incomum que o satélite da NASA capture o trânsito lunar. Este  movimento observado em 6 de março de 2019, no entanto, foi esquisito, pois a Lua parecia se mexer da esquerda para a direita através da superfície do Sol (o que é normal), mas então ela faz uma pausa por um momento e reverte a direção (o que é bem esquisito). Este não é o tipo de comportamento que você esperaria de ver da Lua — um objeto preso em uma órbita imutável e unidirecional em volta da Terra.

Olha, mas temos uma explicação racional perfeita para este evento: movimento retrógrado. Esta ilusão de óptica acontece quando um "corpo celestial parece se mover para trás por causa da maneira que diferentes objetos se movem em diferentes velocidades e em diferentes pontos de suas órbitas", segundo a NASA.

Escrevendo no EarthSky no ano passado, o astrônomo Christopher Crockett descreveu o movimento retrógrado desta forma:



Você pode testar por conta própria na próxima vez que você ultrapassar um carro na estrada. Conforme você chega próximo de um carro mais lento, está claro que ele está indo na mesma direção que você. Ao acelerar e ultrapassá-lo, no entanto, do seu ponto de vista o carro parece se mover para trás no momento. Então, quando você já está na frente dele, o carro parece retomar o seu movimento para frente.

A mesma cosia ocorre quando a Terra passa por outros planetas extremos que estão se movendo mais lentamente. Quando nós passamos Júpiter, Marte ou Saturno, por exemplo, estes planetas mais externos em órbita — que se movem mais lentamente que a Terra — parecem estar no caminho reverso de nosso céu por alguns meses.

Neste caso, o evento durou apenas alguns minutos em vez de meses, devido à proximidade do SDO com a Lua. Então em vez de a Lua estar mudando de direção, é a mudança de ponto de vista do SDO conforme orbita a Terra que causa o efeito visual. Um gif animado fornecido pela NASA ilustra bem isso.

Crédito: NASA

Os quadros usados para produzir o vídeo do trânsito lunar foram capturados conforme os satélites entravam na sombra da Lua — representado pela linha preta vertical — com o Sol como pano de fundo. Na ocasião, o SDO estava se movendo a 30 km/s, enquanto a Lua fazia o trajeto em 9 km/s, permitindo que o satélite alcançasse a sombra da Lua.

A título de curiosidade, o movimento retrógrado era um problema para astrônomos que acreditavam que a Terra era o centro do universo.

Para explicar este comportamento errático dos planetas que, segundo a crença, orbitavam a Terra, estes astrônomos criaram um monte de explicações, inclusive a ideia de que os planetas giravam em torno de um ponto móvel em sua órbita, além de girar em torno da Terra. Até perceberam que os planetas orbitam o Sol — chamado de heliocentrismo — este movimento esquisito de ida e volta de planetas exteriores foi finalmente entendido.

[NASA]

The post Satélite da NASA captura ilusão de óptica em que a Lua parece se esconder appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário