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- Cientistas descobrem informações ocultas em conceito fundamental de física de 140 anos
- [Review] Motorola One Action: até que esta câmera é uma boa ideia
- Desigualdade social, hábitos de casamento e outras pistas sobre a vida na Idade do Bronze são reveladas em novo estudo
- Telecine lança plano de assinatura básico por R$ 23,90
- Google quer entrar na briga dos fones de ouvido sem fio com novos Pixel Buds
- Estudo que relacionou a expectativa de vida mais curta à mutação do bebê CRISPR foi invalidado
- Florescimento de algas tóxicas tem se tornado mais intenso, confirma estudo
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Cientistas descobrem informações ocultas em conceito fundamental de física de 140 anos Posted: 16 Oct 2019 05:14 AM PDT Físicos descobriram uma maneira de acessar informações que estavam escondidas da ciência por 140 anos, de acordo com um artigo recente. Em 1879, o físico Edwin Hall descobriu que as correntes elétricas se dobram quando colocadas em um campo magnético, produzindo uma tensão e um novo campo elétrico perpendicular à corrente. Desde então, os cientistas vêm explorando esse fenômeno, conhecido como o efeito Hall, para estudar as propriedades de materiais como semicondutores que compõem microchips – mas, frustrantemente, o Efeito Hall impede os cientistas de fazerem certas medições simultaneamente. Pesquisadores da IBM, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coréia, do Instituto de Pesquisa de Tecnologia Química da Coreia e da Universidade Duke criaram agora uma técnica para extrair essas informações, chamada de técnica de medição de foto-Hall. Na prática, isso ajuda a revelar características de semicondutores com maior detalhamento e ainda ajudará a desenvolver novos e melhores materiais. A descoberta pode ser especialmente útil para criação de células solares futuras. “Isso pode criar um avanço empolgante para entender os semicondutores em mais detalhes”, disse Oki Gunawan, autor principal do estudo e pesquisador do estudo no IBM TJ Watson Research Center, ao Gizmodo. “Esperamos que traga avanços no futuro próximo”. As cargas elétricas movem-se através dos semicondutores como unidades discretas chamadas portadores de carga: elétrons com carga negativa e “buracos” com carga positiva, o elétron passa para o material que pode se mover da mesma maneira que os elétrons. Os cientistas usam o efeito Hall para descobrir as propriedades dos portadores de carga em um material, como a rapidez com que se movem e a densidade. Mais recentemente, eles usaram o efeito Hall para entender o efeito da luz sobre os materiais que eles estavam estudando, já que a luz que atinge determinados materiais produz elétrons e buracos. Porém, técnicas baseadas no efeito Hall só podem medir as propriedades da transportadora de carga mais numerosa, chamada transportadora de carga majoritária, em vez das propriedades da transportadora de carga minoritária e majoritária simultaneamente. Basicamente, se houver mais elétrons, as medidas do efeito Hall podem revelar apenas informações sobre os elétrons; se houver mais furos, eles poderão revelar apenas informações sobre os furos. Por meio de um experimento, Gunawan conseguiu encontrar uma maneira de extrair as informações da transportadora de carga minoritária ao mesmo tempo que as informações da transportadora de carga majoritária. Ele imaginou dois sistemas, cada um com a mesma transportadora de carga majoritária na mesma densidade e viajando na mesma velocidade, mas com velocidades diferentes da transportadora de carga minoritária. Sem qualquer energia adicional, os dois sistemas se comportariam da mesma maneira. Mas ao adicionar mais energia dos pulsos de luz, elas começaram a se comportar de maneira um pouco diferente devido aos efeitos da transportadora de carga minoritária. A partir desse experimento, ele e sua equipe criaram uma equação para descrever simultaneamente as transportadoras minoritárias e majoritárias, de acordo com o artigo publicado na semana passada na Nature. Mas a técnica requer uma maneira de reduzir o ruído, no caso de o material experimentar apenas fracamente o efeito Hall ou de haver outros sinais potenciais de confusão. Os pesquisadores da IBM haviam desenvolvido anteriormente um novo tipo de sistema chamado linha dipolo paralela, um par de ímãs cilíndricos que, agindo juntos, criam algo como uma armadilha de campo magnético. Eles colocaram duas amostras, uma de silício e outra de um material sensível à luz chamado perovskita, na armadilha, e usaram sua nova equação para extrair informações sobre os portadores de carga majoritários e minoritários. Isso pode parecer um pouco complicado, mas medir essas propriedades é importante quando se tenta determinar se um material seria útil em uma célula solar, explicou Gunawan. Além disso, é um resultado fundamental da física que liga campos magnéticos, eletricidade e luz. Existem limitações, é claro. Gunawan explicou que o método experimental pode falhar em materiais com alta densidade de portadores de carga – eles precisariam de lasers de alta energia para estudar, o que poderia derreter o material. Ainda assim, isso é emocionante. Não é sempre que você ouve sobre um novo resultado fundamental da física que muda a maneira como entendemos algo que é ensinado nas aulas básicas de física. The post Cientistas descobrem informações ocultas em conceito fundamental de física de 140 anos appeared first on Gizmodo Brasil. |
[Review] Motorola One Action: até que esta câmera é uma boa ideia Posted: 16 Oct 2019 04:33 AM PDT A família One da Motorola está cada vez maior e com câmeras variadas. Ela já tem o primeiro modelo, o Vision e uma câmera de altíssima resolução, o Zoom com um arsenal de lentes e sensores e, ao que tudo indica, mais um modelo deve vir por aí, com capacidade para tirar fotos bem de pertinho. Um desses modelos é o Action, que opta por ter uma câmera ultrawide exclusiva para vídeos. O mais inusitado é que o sensor foi montado em um ângulo de 90° em relação ao aparelho. Portanto, ao segurar o celular na vertical, o vídeo fica na horizontal. A ideia é ter uma câmera como as da GoPro direto no celular, para situações em que é necessário filmar movimento. UsandoTirando esse diferencial, o Motorola One Action é muito parecido com o Motorola One Vision por dentro e por fora. Os dois têm 4 GB de RAM, 128 GB de armazenamento, processador Exynos octa-core e bateria de 3.500 mAh. Eles rodam Android quase puro — “quase”, no caso, porque eles têm o app Moto, que acrescenta alguns recursos interessantes de atalhos por gestos e notificações. Nos dois modelos, a tela LCD é de 6,3 polegadas com resolução Full HD. A proporção é 21:9, mais alongada, que faz com que o smartphone seja mais “comprido” na vertical do que o padrão. Como era de se esperar, a experiência com o One Action é praticamente idêntica à do One Vision. O smartphone não é tão rápido quanto um topo de linha, mas tem velocidade e desempenho muito bons, sem travamentos ou engasgos. A tela é bem bonita, e o formato mais alongado ajuda a segurar o aparelho e a digitar com uma mão só usando o polegar. O Android quase puro é bem agradável de usar, e praticamente não há bloatware ou bugs causados por alterações de fabricantes. Ele chegou a receber atualizações nas duas semanas que o usei, mas, até o momento, não temos notícias do Android 10 rodando no One Vision. Seja como for, o programa Android One garante duas versões seguintes do sistema operacional. Elas devem chegar em algum momento. E, assim como o One Vision, o One Action também tem o problema de gastar a bateria muito rápido. Eu achei ele levemente mais econômico, mas, no geral, eles se equivalem: dá para tirar o telefone da tomada no começo da manhã e chegar com um mínimo de carga no fim do dia, sem nenhuma folga. Estas são as semelhanças entre os dois aparelhos. As diferenças estão na câmera. CâmeraO One Vision tem um conjunto duplo, com uma câmera principal de 48 megapixels e uma secundária para efeitos de profundidade com 5 megapixels. Já o One Action tem um sistema triplo. A câmera principal é mais simples, com apenas 12 megapixels, e a câmera de profundidade é a mesma do outro modelo. O diferencial está na terceira câmera, que a Motorola vende como uma câmera de ação. Ela tem um sensor de 16 megapixels (que filma em 1080p a um máximo de 60 quadros por segundo) e uma lente de 117º. O sensor é usado exclusivamente para vídeo, e não tem como tirar fotos com ele. Ele é montado em 90°, então dá para segurar o telefone na vertical e filmar na horizontal, como mostrado na imagem abaixo. A câmera ainda conta com estabilização eletrônica de imagem. Ao abrir o app nativo da câmera e mudar para o modo de vídeo, você passa a ver a imagem apertadinha, na horizontal, com grandes áreas desfocadas acima e abaixo. Aliás, é necessário dizer que outros apps, como o Instagram, não têm acesso a essa câmera e usam o sensor principal convencional mesmo. A ideia pode parecer meio boba em um primeiro momento, mas ela tem seu valor. Segurar o telefone na horizontal para filmar pode ser desconfortável, dependendo do aparelho, e aumenta os riscos de derrubar o celular da mão. Segurar na vertical é mais simples e intuitivo — afinal de contas, é assim que usamos nossos celulares todos os dias. Como muita gente esquece de virar o aparelho, faz sentido virar o sensor. Eu não sou um grande aventureiro ou esportista. Mesmo assim, fazendo vídeos em caminhadas mesmo, fiquei um pouco desapontado com a estabilização eletrônica de imagem. Ela parece compensar os movimentos bruscos, mas deixa as imagens meio borradas, sem tanta definição. Até subindo uma escada isso aparece. O que me agradou, por outro lado, foi que o ângulo de visão realmente permite capturar muito mais informações na imagem. Abaixo, duas capturas de tela de vídeos feitos na minha mesa, com a câmera de ação e a principal do One Action. Note como aparece muito mais coisa na câmera de ação.
Eu não cheguei a ficar muito tempo com o aparelho, mas a ideia da câmera virada com bom ângulo me pareceu bem promissora. Além do foco em esportes e aventura, ele também pode ser interessante para quem gosta de filmar shows ou quem produz conteúdo para o YouTube, por exemplo. Já a câmera principal, de 12 megapixels, fica entre o razoável e o bom. Ela conta com o mesmo software com recursos de inteligência artificial do One Vision, que identifica cenas automaticamente. Por outro lado, nada de modo noturno. As fotos que tirei até ficaram bonitas, mas achei que faltaram detalhes ao ampliar as imagens. Há, ainda, uma câmera de 5 megapixels para ajudar na hora de tirar fotos com o efeito retrato. ConclusãoUm aparelho tão parecido com o One Vision não poderia ter uma conclusão muito diferente, certo? O One Action, assim como seu irmão, tem bom desempenho, uma linda tela, um design bonito com boa usabilidade e uma bateria que desaponta. Lançado por R$ 1.800, ele já pode ser encontrado na casa dos R$ 1.300. Se você faz muitas filmagens e quer um celular para isso, ele é uma opção interessante por causa da câmera, que serve bem para esportes, aventuras, shows e outras situações. Se você é mais da fotografia, o One Vision é uma opção mais interessante. Motorola One ActionSmartphone Motorola One Action Azul Denim, Motorola, Modelo XT2013-1, 128 GB, 6.34'', Azul...R$1549 The post [Review] Motorola One Action: até que esta câmera é uma boa ideia appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 15 Oct 2019 03:13 PM PDT Um novo estudo fascinante narra as histórias de famílias europeias da Idade do Bronze, revelando a presença de práticas conjugais surpreendentes, padrões de herança e o surgimento inesperado e precoce de desigualdade social nessas fazendas – incluindo o possível uso de escravos ou servos. As desigualdades sociais existentes na Europa da Idade do Bronze já são conhecidas, como evidenciado pelas estruturas primitivas dos palácios e pelos túmulos elaborados de indivíduos de alto status, que apontam para a presença de uma classe de guerreiros de elite. Uma nova pesquisa publicada na Science, no entanto, focou em algo um pouco mais relacionável em termos da população em geral e de como eles viviam enquanto a Europa estava passando dos estilos de vida do Neolítico para a Idade do Bronze há quase 5.000 anos. “Os resultados de nosso estudo falam de um tipo diferente de desigualdade social: uma hierarquia dentro de uma família, composta por uma família rica e de alto status e membros não relacionados que não compartilham essa riqueza e status”, escreveu a arqueóloga Alissa Mittnik, principal autora do novo estudo e pesquisadora do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana em Jena e da Universidade de Tübingen, em um e-mail para o Gizmodo. Mittnik e seus colegas, incluindo os coautores Johannes Krause, também do Instituto Max Planck e da Universidade de Tübingen, e Philipp Stockhammer, da Ludwig-Maximilians-Universitaet, chegaram a essas conclusões estudando os restos mortais de mais de 100 indivíduos que moravam na Alemanha, em Lech Valley, localizado ao sul de Augsburg, durante o período Neolítico tardio até a Idade do Bronze – um período de tempo que durou entre 4.750 e 3.320 anos atrás. Esses indivíduos viviam em casas de fazenda e foram enterrados em cemitérios próximos, permitindo que os pesquisadores reconstruíssem a composição e a dinâmica social de famílias isoladas. A análise dos restos esqueléticos revelou a presença de membros da família razoavelmente ricos que conviviam com indivíduos aparentemente de status baixo, como sugerido pela qualidade, ou falta dela, dos bens associados nos túmulos. Os membros da família de alto status estavam intimamente relacionados e foram encontrados enterrados ao lado de objetos de valor, como armas e joias ornamentadas. Indivíduos de baixo status, por outro lado, não eram biologicamente relacionados com a família principal, e seus corpos, embora localizados no mesmo cemitério, não eram acompanhados de bens funerários, de acordo com a nova pesquisa. A natureza dessa inesperada estrutura social e aparente desigualdade social não é totalmente compreendida, mas os pesquisadores especulam com cautela que este é um exemplo precoce de escravidão ou servidão. Como os autores apontam no estudo, alguns agregados familiares na Grécia antiga e Roma incluíam escravos. Se o mesmo arranjo existisse entre os europeus da Idade do Bronze – um grande se -, isso atrasaria a origem dessa disparidade social no tempo em cerca de 1.500 anos. Infelizmente, a ausência de relatos escritos torna muito difícil para os arqueólogos discernir arranjos familiares e domésticos de tanto tempo atrás. Para superar essas limitações, Mittnik e seus colegas adotaram uma abordagem multidisciplinar, usando genética, dados isotópicos e abordagens arqueológicas e antropológicas tradicionais para reconstruir essas configurações pré-históricas. A nova pesquisa fornece apenas uma imagem altamente focada em uma região geográfica específica, o Vale Lech, e a dinâmica socioeconômica e familiar de famílias por várias gerações. "Ao focar em uma pequena região e combinar diferentes métodos científicos – genética para reconstruir relações familiares, isótopos estáveis para detectar mobilidade individual, datação por radiocarbono de todos os esqueletos e uma avaliação arqueológica aprofundada -, conseguimos obter uma imagem muito mais detalhada de como era a vida nessas comunidades pré-históricas e de quais estruturas e regras sociais existiam", disse Mittnik. Incrivelmente, os pesquisadores foram capazes de reconstruir várias árvores genealógicas que duravam de quatro a cinco gerações, discernir a origem geográfica dos indivíduos e estabelecer o status socioeconômico de membros específicos da família. Combinadas, a análise revelou a presença de desigualdades sociais anteriormente não detectadas entre esses europeus da Idade do Bronze no nível doméstico. “Este estudo reúne várias vertentes de abordagens da ciência arqueológica que surgiram na última década, e as aplica a um estudo de caso conciso que cobre a transição tardia do Neolítico/início da Idade do Bronze”, explicou Katharina Rebay-Salisbury, arqueóloga do Instituto para Arqueologia Oriental e Europeia na Academia Austríaca de Ciências, em um e-mail para o Gizmodo. “É diferente de muitos estudos genômicos sobre a população geral, porque considera as histórias de vida pessoal dos indivíduos no passado – sua idade, sexo, histórico de mobilidade e como eles se relacionavam biologicamente com os outros”, disse Rebay-Salisbury, que não estava envolvido com a pesquisa. O estudo “avança nosso conhecimento de como as pessoas viviam juntas e como as relações biológicas e sociais se correlacionam – ou não”, disse ela. Os pesquisadores foram capazes de identificar várias linhagens, todas do sexo masculino, as quais "poderiam ser rastreadas por gerações, um grupo de mulheres ‘estrangeiras’ de alto status e alguns indivíduos de baixo status e de baixa patente". De fato, em quase todos os lares, as fêmeas não eram relacionadas aos machos, e apenas linhagens masculinas podiam ser identificadas. A razão disso, segundo os autores, tem a ver com uma prática da Idade do Bronze previamente identificada, conhecida como patrilocalidade, na qual as esposas recém-casadas se mudavam para a família do marido. Por esse costume, os filhos apresentaram novas esposas à família que não eram relacionadas biologicamente, enquanto as filhas, ao atingirem a maturidade, deixavam a casa, levando seus genes junto com elas. "Uma observação impressionante foi que essas árvores genealógicas só continham filhas que morreram com menos de 15 a 17 anos, consistente com uma estrutura familiar patrilocal na qual as mulheres deixam a família em que cresceram para se juntar à casa do marido" disse Mittnik. A prática da patrilocalidade, combinada com a exogamia feminina (quando as mulheres se casam fora de seu grupo social) também explica a presença de mulheres de alto status e sem parentesco nos domicílios. Essas mulheres de alto status provavelmente eram as esposas e mães da família principal, que vieram para o Vale Lech de fora da comunidade – em alguns casos, a centenas de quilômetros de distância, de acordo com os dados isotópicos. “Essa rede de casamentos provavelmente fortaleceu e manteve contatos em grandes distâncias e levou a trocas culturais e genéticas”, disse Mittnik ao Gizmodo. Rebay-Salisbury ficou intrigada com as evidências que apontam para a patrilocalidade e a exogamia feminina, dizendo que ela apresenta uma série de questões importantes que precisam ser respondidas. “Não sabemos de que forma isso ocorreu”, disse ela. "As mulheres eram livres para escolher parceiros de uma comunidade diferente ou foram forçadas a se casar com os parceiros que a família escolheu para elas? Ou as mulheres foram trazidas para a comunidade através de capturas e ataques? Algumas mulheres estrangeiras são enterradas com bens, indicando alto status, mas nenhuma de suas crias foi detectada geneticamente. Isso pode ser [o resultado] de números baixos, mas é estranho – assumimos que mulheres estrangeiras são trazidas para as comunidades para se tornarem mães e constituírem uma família. Talvez precisemos pensar em modelos alternativos", sugeriu Rebay-Salisbury. Escravos ou servos?Mas essas famílias também incluíam um número significativo de indivíduos locais não relacionados que estavam menos abastados economicamente, conforme sugerido pela escassez de bens funerários encontrados ao lado de seus esqueletos. "Encontramos dois grupos de indivíduos não relacionados às famílias principais, mas enterrados nos mesmos cemitérios: o primeiro são mulheres que cresceram longe do vale de Lech e foram enterradas com ricos bens funerários, provavelmente tendo um alto status social. No momento, podemos apenas especular sobre o papel deles, mas assumimos que eles não eram escravos", disse Mittnik. "O segundo grupo corresponde provavelmente a indivíduos locais cujas sepulturas contêm nada ou apenas bens funerários pobres. Para este segundo grupo, especulamos que eles podem ser escravos ou servos, pois seus túmulos sugerem um status mais baixo. A partir da história, conhecemos formas domésticas semelhantes na Roma antiga e na Grécia, onde a família abrangia os escravos domésticos". Curiosamente, as árvores genealógicas reconstruídas sugerem a presença de herança e a passagem de alto status socioeconômico de geração a geração. Em um resultado surpreendente, os pesquisadores descobriram que irmãos adultos e suas famílias foram enterrados no mesmo cemitério. Segundo Mittnik, isso sugere que a herança não apenas favoreceu o filho mais velho, como era típico de algumas sociedades nos tempos históricos, mas possivelmente que "os irmãos continuassem vivendo [e] e administrando a fazenda juntos". Mittnik teve o cuidado de apontar que as descobertas de sua equipe só podem ser aplicadas à pequena região estudada no vale de Lech, mas outras “evidências arqueológicas sugerem que esse sistema social existia em uma região muito mais ampla”, disse ela. Siân Halcrow, associado da Faculdade de Ciências Biomédicas da Universidade de Otago, disse que os novos resultados são “convincentes”. “Este artigo é realmente empolgante por fornecer uma imagem detalhada de parentesco, relações sociais e ‘ranking’ social entre pessoas na Europa pré-histórica”, escreveu Halcrow, que não estava envolvido com a nova pesquisa, em um e-mail ao Gizmodo. "Este trabalho é inovador, usando uma abordagem multifacetada que incorpora dados genômicos (para determinar o parentesco), indicadores arqueológicos de ‘status’ (mercadorias graves), dados químicos (isotópicos) para diferenciar pessoas locais e imigrantes". Richard Madgwick, um arqueólogo da Universidade de Cardiff, também não envolvido no estudo, disse que o novo artigo é inédito, pois os pesquisadores "integraram dados genômicos para separar alguns dos aspectos mais complexos da organização social que geralmente não são acessíveis usando métodos convencionais”. Dito isso, Madgwick estava cético em relação à maneira como os pesquisadores discerniam alto status de indivíduos de baixo status, dizendo que havia "talvez um uso pouco crítico de bens funerários como substituto do status – isso é um pouco simplista, mas inevitavelmente tentador na ausência de outros dados ", escreveu Madgwick ao Gizmodo. “No entanto, o velho ditado de que ‘os mortos não se enterram’ ainda permanece verdadeiro”, acrescentou. Bom ponto. “Acho que não podemos saber se as pessoas que tinham ‘status baixo’, conforme definido por sua riqueza, eram escravos ou servos”.Quanto à presença especulada de escravos ou servos e as comparações com a Grécia antiga e Roma, Madgwick disse que as conclusões sobre status e parentesco são convincentes, mas ele acredita que “traçar paralelos com estruturas sociais clássicas muito diferentes pode estar aumentando as evidências, e hesitaria em sugerir a presença de escravos, embora essa seja apenas uma nota passageira no artigo". Halcrow disse que a interpretação dos escravos é “problemática”. “Acho que não podemos saber se as pessoas que tinham ‘status baixo’, conforme definido por sua riqueza, eram escravas ou servos”, disse ela ao Gizmodo. "Os autores traçam semelhanças entre os lares da Idade do Bronze e os do período histórico posterior, como os oikos gregos e a família romana, onde há evidências de escravos vivendo com famílias relacionadas. No entanto, essas associações precisam ser feitas com cautela. Dadas as principais mudanças sociais e a diferença de tempo de milhares de anos entre os períodos pré-históricos estudados e os períodos históricos, considero esta associação problemática". Rebay-Salisbury disse que a palavra “escravo” desencadeia “respostas emocionais poderosas” e é "hoje mais frequentemente entendida em um contexto colonial e relacionado à raça”, mas não é assim que os escravos eram entendidos na antiguidade greco-romana, disse ela. Nessas culturas, "todos os escravos eram privados de liberdade e propriedade de outra pessoa, mas seus papéis variavam de membros queridos da casa, como professores e enfermeiras, a trabalhadores abusados e espancados rotineiramente em minas de prata, que raramente sobreviviam por mais de alguns anos ", explicou Rebay-Salisbury. “Eu preferiria a descrição mais neutra como indivíduo de baixo status e sem parentesco, o que dá a oportunidade de explorar mais sobre o que era esse tipo de posição social, em vez de presumir um significado específico”. Tentar discernir as complexidades da dinâmica familiar com tão poucos dados e a uma distância de quase 5.000 anos é imensamente difícil, para dizer o mínimo. Hoje, carregamos nossas próprias concepções de famílias, lares e o que significa ser um indivíduo de status baixo ou alto, mas quem pode dizer o que essas concepções significaram para os europeus que viveram durante a Idade do Bronze? Claramente, ainda há muito trabalho a ser feito para converter especulações em fatos concretos. Mas isso é bom, especialmente considerando os muitos caminhos de pesquisa que o novo artigo provavelmente inspirará. “A Idade do Bronze é incrível! Há muito mais para explorar – estamos nos baseando em uma imagem muito simples da pré-história para realmente entender a dinâmica social no passado”, disse Rebay-Salisbury. “E isso nos ensina muito sobre o presente, pois podemos usar a pré-história para refletir sobre tópicos importantes hoje, como desigualdade de gênero, migração e diferença social”. The post Desigualdade social, hábitos de casamento e outras pistas sobre a vida na Idade do Bronze são reveladas em novo estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Telecine lança plano de assinatura básico por R$ 23,90 Posted: 15 Oct 2019 02:15 PM PDT O Telecine está lançando um novo plano de assinatura básico por R$ 23,90. Com esse pacote, é possível assistir ao conteúdo da plataforma em até dois dispositivos cadastrados, mas em uma tela por vez. Em comparação, o pacote completo, de R$ 37,90, permite assistir em até três telas ao mesmo tempo e cadastrar cinco dispositivos. Por meio de uma parceria com a Ingresso.com, outra vantagem é que os assinantes pagam meia entrada nos cinemas UCI e Kinoplex. Diferente de outras plataformas de streaming, o Telecine não tem séries, focando apenas em filmes. Ainda assim, a opção do plano básico torna a assinatura mais atrativa, já que possui um preço relativamente competitivo e um catálogo com títulos atuais — a maioria dos filmes da Marvel, por exemplo, está disponível no serviço. O Telecine Play tem como desafio brigar em um ramo cada vez mais competitivo. Além da Netflix, que está no Brasil há um tempão, a plataforma também concorre com o Prime Video, que recentemente assinou um contrato com a Disney para transmitir filmes e séries da gigante do entretenimento. Sem contar que no próximo ano, muito provavelmente no segundo semestre de 2020, deve chegar ao Brasil o Disney Plus, a plataforma de streaming da Disney. The post Telecine lança plano de assinatura básico por R$ 23,90 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google quer entrar na briga dos fones de ouvido sem fio com novos Pixel Buds Posted: 15 Oct 2019 12:26 PM PDT A Apple tem os AirPods, a Samsung, os Galaxy Buds, e a Microsoft os Surface Earbuds. Para não ficar de fora, o Google apresentou nesta terça-feira (15) os Pixel Buds. Os Pixel Buds originais foram lançados em 2017 e, diferente dos seus competidores, eles tinham um cabo entre os fones. Isso os desqualificava como fones de ouvido completamente sem fio e, infelizmente, eles eram bem ruins. Não só o cabo atrapalhava para colocá-lo no case de carregamento, mas a conexão deles ao telefone era péssima. Além disso, os controles por toque eram bem delicados. Desta vez, no entanto, os novos Pixel Buds se livraram dos fios, mas também resolveram alguns dos problemas que tivemos com os Pixel Buds originais. Como você pode imaginar, eles contam com integração do Google Assistente. Como seu predecessor, você também pode usar os Buds para traduzir algo — embora na prática, isso fosse um pouco esquisito nos Buds originais. O interessante é que os novos Buds contam com uma conexão Bluetooth de longo alcance, que o Google diz que possibilitará que você possa executar comandos mesmo longe do aparelho. Em um campo aberto, eles podem conectar-se com um smartphone do outro lado de um campo de futebol americano. Já em lugares fechados, o Google promete conexão a uma distância de até três cômodos. A duração da bateria é de 5 horas, embora o Google diga que pode durar até 24 horas com o estojo de carregamento sem fio. Em termos de som, eles têm ajuste dinâmico de volume, dependendo do seu ambiente. O Google também enfatizou que eles pensaram muito sobre colocar todos esses componentes em um novo design — um vídeo durante a apresentação os descreveu como "computadores flutuantes". Eles não têm exatamente tecnologia para cancelamento de ruído; o Google descreveu o recurso como "isolamento de ruído". Basicamente, há uma pequena abertura para permitir a entrada de ar externo. Supostamente isso cria um Pixel Bud mais confortável, mas teremos que experimentá-lo para ver se isso faz sentido mesmo. Infelizmente, os Pixel Buds não estarão disponíveis tão cedo. O Google disse que eles começarão a ser vendidos durante a primavera no hemisfério norte (entre março e junho) em 2020 com preço sugerido de US$ 180 (cerca de R$ 750). The post Google quer entrar na briga dos fones de ouvido sem fio com novos Pixel Buds appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estudo que relacionou a expectativa de vida mais curta à mutação do bebê CRISPR foi invalidado Posted: 15 Oct 2019 11:51 AM PDT Um estudo alarmante que colocou mais lenha na fogueira sobre um recente experimento genético controverso na China foi invalidado. O estudo, que sugeria que uma mutação induzida pelo cientista chinês He Jiankui em bebês humanos poderia encurtar suas vidas, foi derrubado no final da semana passada, depois que outros pesquisadores não conseguiram encontrar resultados semelhantes e os autores do estudo admitiram uma falha em seu design. Em novembro de 2018, He Jiankui anunciou que havia usado com sucesso a tecnologia de edição de genes CRISPR em um par de embriões gêmeos, projetando-os para nascer com um gene CCR5 mutado em suas células imunológicas. A mudança, disse ele, pretendia torná-los resistentes à infecção por HIV. Porém, ele foi duramente criticado por colegas e bioeticistas por seu experimento, que aparentemente foi conduzido com pouca supervisão e com falhas profundas. Entre outras coisas, ele não conseguiu criar a mutação CCR5 necessária nos dois genes de uma garota, o que significa que ela ainda estaria vulnerável ao HIV, e nem a mutação protege contra todas as variedades do vírus. Em junho de 2019, Xinzhu Wei e Rasmus Nielsen, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, realizaram pesquisas adicionais ao experimento de He. Embora se pense que as pessoas naturalmente nascidas com a mutação específica do CCR5, chamada delta-32, têm uma vida perfeitamente saudável, alguns estudos sugerem que ela pode diminuir a expectativa de vida, possivelmente aumentando o risco de outras infecções, como a gripe. O estudo de Nielsen e Wei, publicado na revista Nature Medicine em junho, estudou dados populacionais e descobriu que pessoas com ambas as cópias com a mutação delta-32 do CCR5 tinham 21% menos probabilidade de atingir os 76 anos de idade. Os resultados estimularam outros cientistas a fazer seu próprio trabalho, que rapidamente identificaram algumas possíveis discrepâncias. Duas dessas equipes – uma que incluía Nielsen e Wei – chegaram à conclusão de que eles subestimaram o número de pessoas com a mutação delta-32 do CCR5 em sua amostra de residentes do Reino Unido. Depois que eles executaram os números corretamente, não foi encontrada nenhuma relação entre uma vida útil mais curta e o delta-32 do CCR5; uma análise semelhante feita com diferentes populações na Finlândia e na Islândia também não conseguiu estabelecer nenhuma conexão. Embora esses estudos ainda não tenham sido formalmente publicados ou revisados por pares, Nielsen e sua equipe solicitaram que o estudo original fosse retirado no final da semana passada. “Sinto que tenho a responsabilidade de esclarecer as coisas para o público”, disse Nielsen à Nature News. A retirada não torna o experimento de He menos antiético ou perigoso, é claro. Ainda há a chance de que algo tenha dado errado durante o processo de edição de genes que causou alterações fora do alvo em qualquer um dos genes dos bebês gêmeos. Até o momento, não houve declarações públicas dos pais dos bebês, nem outros cientistas tiveram a oportunidade de estudar os dados brutos coletados por He, que desapareceu de vista desde a sua divulgação pública dos resultados em novembro passado. Ele parece ainda estar sob custódia do governo chinês. Na verdade, esse episódio serve de lição para explicar por que a ciência deve ser divulgada, para que outros especialistas possam avaliar métodos e a ética envolvida de forma independente. The post Estudo que relacionou a expectativa de vida mais curta à mutação do bebê CRISPR foi invalidado appeared first on Gizmodo Brasil. |
Florescimento de algas tóxicas tem se tornado mais intenso, confirma estudo Posted: 15 Oct 2019 10:36 AM PDT Um novo estudo publicado nesta segunda-feira (14) parece confirmar uma realidade desagradável: a proliferação de algas potencialmente tóxicas nos lagos de água doce ao redor do mundo tornou-se mais intensa nos últimos 30 anos. E embora a mudança climática possa não ser a única razão pela qual o florescimento se agravou, é provável que o aumento das temperaturas dificulte a recuperação dos lagos. Para o estudo, pesquisadores da Universidade de Stanford e da NASA utilizaram dados do satélite Landsat 5, que orbitou e tirou fotos da superfície da Terra por quase 30 anos até ser desativado em 2013. Em seguida, eles usaram um algoritmo emprestado do Google Earth Engine para identificar a proliferação de algas nos maiores lagos do mundo. “Dados melhores estão disponíveis para os últimos anos, obtidos via instrumentos como MERIS e MODIS”, disse a autora do estudo Anna Michalak, pesquisadora sênior da Carnegie Institution for Science, de Stanford, ao Gizmodo. “O objetivo aqui, no entanto, era obter o registro mais longo usando uma abordagem única, tanto em relação ao período quanto na quantidade de lagos analisados em todo o mundo”. No geral, eles estudaram as tendências de algas em 71 grandes lagos localizados em 33 países de seis continentes. Eles descobriram que em 68% dos lagos, o pico da intensidade de florescimento piorou no verão, enquanto a intensidade dessa proliferação só diminuiu em 8% dos lagos durante o mesmo período. O mesmo padrão acontecia em um tipo particularmente perigoso de algas feitas de bactérias chamadas algas verde-azuladas, que podem ser tóxicas para a vida selvagem, animais de estimação e até mesmo para pessoas. As descobertas, publicadas na Nature, fornecem mais evidências de que o florescimento tóxico realmente está se se espalhando em todo o mundo e “contrariam a hipótese de que o aumento das notificações de florescimento tóxicas é um subproduto do aumento da atenção científica”, conforme apontaram os autores. Embora pareça haver uma ligação entre as alterações climáticas e esses florescimentos, a relação é complicada. Michalak e os coautores não identificaram uma associação consistente entre o aquecimento da temperatura e a possibilidade de proliferações mais intensas nos lagos ao redor do mundo. O que isso provavelmente significa, segundo Michalak, é que o florescimento de algas pode ser afetado por diversos fatores, dependendo do ambiente de cada lago. E embora esses fatores possam incluir a temperatura, também podem incluir a precipitação ou o uso de fertilizantes nas proximidades. “No entanto, uma constatação consistente é que apenas os lagos que aqueceram menos (ou realmente arrefeceram) foram capazes de sustentar ganhos na qualidade da água”, acrescentou ela. Em outras palavras, mesmo que a mudança climática não esteja tornando o florescimento de algas em um determinado lago mais frequente, o aquecimento ainda fará com que tentar controlá-las seja um desafio para cientistas e governos de todo o mundo. Os autores já observaram que a proliferação de algas nos Estados Unidos custa ao país US$ 4 bilhões por ano, graças aos danos que podem causar à água potável, à agricultura e ao turismo. Também podem ser fatais, como vimos este ano com a onda de mortes de animais de estimação nos EUA, durante o verão do hemisfério norte, todas ligadas a algas verde-azuladas. Uma das principais conclusões do estudo, disse Michalak, “é que o combate às alterações climáticas também nos beneficiará de muitas outras formas, como a preservação da qualidade da água”. “Uma segunda conclusão”, acrescentou, “é que as estratégias de gestão da água precisam levar em conta o fato de que as temperaturas e a precipitação estão mudando. Fazer isso aumentará a chance de sucesso dessas estratégias”. The post Florescimento de algas tóxicas tem se tornado mais intenso, confirma estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google Pixel 4: a melhor câmera agora vem em dose dupla Posted: 15 Oct 2019 09:02 AM PDT O Google é muito bom em oferecer um serviço de busca e de implementar inteligência artificial nas diversas áreas da tecnologia, mas parece não ser muito bom em guardar segredos. Isso porque nesta terça-feira (15), durante o Made By Google, evento da empresa realizado em Nova York, só confirmamos os principais detalhes dos smartphones Pixel 4 e Pixel 4 XL, que estão sendo vazados propositalmente (ou não) desde junho. Os aparelhos começarão a ser vendidos em 24 de outubro nos Estados Unidos começando em US$ 799 (Pixel 4) e US$ 899 (Pixel 4 XL). Como o restante da família Pixel, não foi dito se os novos smartphones deverão chegar ao mercado brasileiro. Como esperado, os telefones não têm mais o entalhe na tela e eles contam com duas câmeras traseiras (uma de 12 MP e outra telefoto de 16 MP com zoom óptico de 2x). Se com uma os últimos aparelhos do Google já mandavam bem, com duas os resultados tendem a ser melhores. Aliás, elas foram um dos destaques da apresentação. Sendo mais específico, o software que roda por trás delas. Um dos primeiros exemplos disso foi dado por Marc Levoy, um dos engenheiros do Google responsáveis pela câmera. Segundo Levoy, com o uso de aprendizado de máquina, a câmera dos novos Pixel 4 terão uma proximidade muito semelhante ao que o usuário vê na interface de câmera com o resultado final graças ao que a companhia chama de Live HDR+. Além disso, o Google falou que melhorou o white balancing (balanço do nível de branco) usando machine learning — assim, numa foto com iluminação azul, o rosto da pessoa sairá com a cor natural e não como um personagem de Avatar. O modo noturno também ganhou melhorias. Basicamente, agora ficará mais fácil captar estrelas ou mesmo a Lua com o novo modo de astrofotografia. Óbvio, que bons resultados só serão alcançados com o aparelho apoiado em um tripé, mas, pelo que deu a entender, o próprio sistema da câmera reconhecerá a cena e trabalhará com a exposição necessária.
Para quem curte capturar fotos de objetos em movimento, o Motion Mode deve ajudar bastante naquelas imagens de pessoas praticando esportes ou dançando. Fora a câmera, o Google falou bastante do que eles chamam de "ambient technology", que consiste em interações com dispositivos que são intuitivas e naturais. Como parte disso, os Pixel 4 contarão com um novo sistema de reconhecimento facial que, segundo a empresa, é o mais rápido já disponibilizado. Esse mesmo conceito se traduz por controles de gestos chamado Motion 4. Ele funcionará baseado em pequenos chips de radar que poderão rastrear os movimentos da suas mãos. Assim, os usuários poderão pular músicas, adiar alarmes ou mesmo silenciar chamadas telefônicas. O Google Assistente também foi reformulado. Segundo o Google, o sistema está mais integrado e funcionando de forma híbrida, parte localmente com ajuda do chip Neural Core e parte na nuvem. Durante a demonstração, por exemplo, rapidamente foi possível ver o perfil de uma cantora no Twitter (usando o comando "Mostre Maggie Roberts no Twitter"), quando terá shows dela e posteriormente compartilhar essas informações com uma outra pessoa. Vai ser interessante ver como esta questão de contexto deve funcionar na prática, pois uma das maiores dificuldades das assistentes disponíveis está em justamente entender o contexto. O Pixel 4 contará ainda com um novo aplicativo de gravação. O bacana dele é que além de gravar, ele poderá transcrever, pelo menos em inglês, o que foi dito. Ele fará todo este processo sem necessidade de estar conectado à internet. Os jornalistas agradecem por tal função, sobretudo se for disponibilizada também em português brasileiro. Por enquanto, não existe previsão para outras línguas, com a empresa falando que funcionará "em breve" para outros idiomas. Um app exclusivo do Pixel 4, mas que não foi tão comentado, é o que a empresa chama de Personal Safety. Ele consegue automaticamente ligar para a polícia se detectar que você esteve em um acidente de carro. O recurso, por ora, só funcionará nos Estados Unidos.
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Posted: 15 Oct 2019 08:53 AM PDT O Google anunciou nesta terça-feira (15), durante o evento Made by Google 2019, a nova versão do Nest Mini, e já recebemos a confirmação de que ele deve chegar no Brasil. O pequeno dispositivo é um alto-falante inteligente que serve como uma espécie de assistente para casa. Se antes a ideia era colocá-lo em cima de uma mesa ou no balcão da cozinha, a nova versão agora pode ser acoplado à parede e conta com um novo conector de energia mais bonito e seguro. Segundo o Google, o Nest Mini agora também oferece maior qualidade de som, com performance bass duas vezes melhor do que a versão anterior, o que é ótimo para quem o utiliza para ouvir música. O aparelho também terá um terceiro microfone para responder melhor aos sons do ambiente. Em termos de design, a parte de cima do Nest Mini combina com a de baixo, provavelmente para se adaptar à decoração de um cômodo agora que pode ser colocado na parede. As opções de cores são Charcoal (preto), Chalk (cinza claro), Coral e Sky (azul claro). Nos Estados Unidos, o Google Nest Mini está disponível para encomenda a partir desta terça-feira (15) por US$ 49, e chegará às lojas em 22 de outubro. Aqui no Brasil, ainda não há informações sobre preços, mas o dispositivo deve chegar em breve, considerando que a Amazon também acaba de trazer o Echo para cá, com a Alexa em português. The post Google apresenta nova versão do alto-falante inteligente Nest Mini, que deve chegar em breve no Brasil appeared first on Gizmodo Brasil. |
Coreia do Sul vai contar com atiradores e drones para abater porcos norte-coreanos com febre suína Posted: 15 Oct 2019 06:30 AM PDT A Coreia do Sul planeja abater os porcos doentes que estão invadindo o país. O método é inusitado e vai contar até com drones com câmeras termais. No domingo, o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul anunciou que o governo tinha um plano para impedir que porcos portadores de febre suína vindos da Coreia do Norte continuassem a entrar no país, como aponta uma reportagem do South China Morning Post. As autoridades teriam confirmado que cinco javalis selvagens foram encontrados mortos na fronteira entre os dois países este mês e que todos estavam infectados com o vírus, aumentando as preocupações de que a doença se espalhando. O governo enviará atiradores civis e militares para Goseong, Hwacheon, Inje, Paju e Yanggu, ao longo da fronteira. Se a tática for comprovada como uma forma segura e eficiente de matar os porcos, o governo poderá enviar mais caçadores. A gripe suína tem dizimado populações de porcos em toda a Ásia Oriental, embora o governo da Coreia do Norte tenha dito que a doença mal afetou o país. De acordo com a Bloomberg, o Ministério da Agricultura da Coreia do Norte relatou para a Organização Mundial da Saúde Animal apenas um único surto em uma fazenda cooperativa perto da fronteira com a China, na qual 22 porcos foram mortos. Se realmente esse foi o único incidente no país, a doença ainda teria passado sobre a região. No entanto, o presidente do comitê de inteligência da Assembléia Nacional da Coreia do Sul, Lee Hye-hoon, declarou que os relatórios do país mostram que a doença se espalhou por quase todas as áreas da Coreia do Norte, e que todos os porcos na província de Pyongan do Norte foram “dizimados”. De acordo com Ahn Chan-il, líder do World Institute for North Korea Studies e ex-militar norte-coreano que desertou há 40 anos, é incomum para um governo tão secreto e isolado compartilhar qualquer informação com um grupo intergovernamental, mesmo que a informação seja limitada e enganosa. “O fato de a Coreia do Norte ter relatado o surto a uma organização internacional sugere que a situação está provavelmente saindo do controle”, disse Ahn ao South China Morning Post. “É um apocalipse em andamento”. Com base em informações da semana passada, 145 porcos foram sacrificados na Coreia do Sul desde setembro, segundo o Wall Street Journal. A Coreia do Sul tem tentado trabalhar em conjunto com a Coreia do Norte para controlar o contágio, mas Pyongyang não respondeu. Como o WSJ aponta, a comunicação entre os dois países cessou desde fevereiro, quando a reunião entre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump com o líder norte-coreano Kim Jong-un não conseguiu impedir o programa nuclear do país. The post Coreia do Sul vai contar com atiradores e drones para abater porcos norte-coreanos com febre suína appeared first on Gizmodo Brasil. |
A tela dupla do smartphone Nubia Z20 é ótima para selfies, mas tem limitações Posted: 15 Oct 2019 05:05 AM PDT Normalmente, é muito fácil diferenciar os dois lados de um telefone. A parte frontal possui uma tela, enquanto na parte traseira você encontra as câmeras. Mas no Nubia Z20, que começou a ser vendido nos Estados Unidos, as coisas não são tão simples assim. Isso porque, além de uma tela AMOLED principal de 6,4 polegadas, o Z20 também vem com uma AMOLED secundária de 5,1 polegadas na parte de trás, o que torna esse aparelho uma espécie de assistente de duas faces. Muitas pessoas podem pensar que isso é um exagero (e meio que é), mas ter uma tela relativamente grande nos dois lados do dispositivo tem seus benefícios. A vantagem mais importante é que, ao ter uma tela do mesmo lado que o módulo de câmera do Z20 (contendo uma lente telefoto primária, ultra-wide e 3x), você não precisa de uma câmera extra "na frente" apenas para tirar selfies. Basta virar o telefone e pronto. Foto: Sam Rutherford (Gizmodo) Isso também significa que a tela principal de 6,4 polegadas pode oferecer uma verdadeira experiência em tela cheia porque não há necessidade de entalhes, perfurações ou câmeras pop-up motorizadas com durabilidade questionável. E quando você combina a configuração de tela dupla do Nubia com um telefone com vidro elegante e levemente inclinado e uma armação de metal arredondada, você obtém algo extremamente elegante e bastante agradável de segurar. Praticamente não há nenhuma borda afiada em todo o dispositivo. E se você realmente gosta de selfies, o fato de poder usar as três câmeras do Z20 é útil, especialmente se você estiver pensando em tirar uma foto em grupo com a lente ultra-wide de 16 MP do telefone. Eu realmente nunca senti a necessidade de ter mais de um sensor de impressão digital. Foto: Sam Rutherford (Gizmodo) As telas também não são a única característica que o Z20 possui em abundância, pois o Nubia inclui sensores de impressão digital duplos montados na lateral, instalados nas bordas esquerda e direita do dispositivo. Isso torna o Z20 bastante amigável para pessoas mais ambidestras, embora no meu curto período de tempo com o dispositivo, eu descobri que esses sensores de impressão digital podem ser excessivamente sensíveis, registrando frequentemente toques falsos se sua mão apenas roçar a lateral do telefone. No entanto, como minha unidade de teste foi equipada com software de pré-produção, é algo que a Nubia poderá ajustar para dispositivos finais prontos para o consumidor. Ter duas telas para gerenciar também pode ser um pouco irritante ao ajustar as configurações, pois o Nubia teve que duplicar muitas opções para cada tela. Isso significa que você obtém controles separados para coisas como ativar o filtro de luz azul do telefone na segunda tela e escolher entre uma visualização espelhada para a frente e para trás ou optar por uma opção de multitarefa que permite que você abra aplicativos diferentes, dependendo da tela que você estiver usando. O design do Z20 também vem com algumas limitações. Por ter uma tela de cada lado, não há espaço para incluir bobinas para carregamento sem fio. E se o Nubia continuar com esse design no futuro, adicionar recursos como sensores de impressão digital duplos no display pode se tornar inviável. Mas o que pode ser a coisa mais frustrante é que não parece haver uma maneira de ativar os dois monitores ao mesmo tempo, o que parece ser uma escolha estranha para um telefone de tela dupla. Mesmo que o uso de ambas as telas simultaneamente prejudique a vida útil da bateria, ainda seria bom ter essa opção. Mas, por enquanto, muitos desses pequenos aborrecimentos se tornam bastante perdoáveis quando você leva em consideração o preço do Z20. Para duas telas, dois sensores de impressão digital, três câmeras, um chip Qualcomm Snapdragon 855, 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, o Z20 custa apenas US$ 550 nos Estados Unidos. Isso significa US$ 50 a menos que o OnePlus 7T para especificações semelhantes, embora, reconhecidamente, o OnePlus tenha uma versão mais limpa e mais recente do Android (Android 10 em vez do Android 9 no Z20). Mas entre o Z20 e telefones recém-anunciado como o Xiaomi Mi Mix Alpha, agora que praticamente aperfeiçoamos o design típico de smartphone, parece que os aparelhos com tela dupla serão a próxima grande novidade. The post A tela dupla do smartphone Nubia Z20 é ótima para selfies, mas tem limitações appeared first on Gizmodo Brasil. |
O que é a banda ultralarga — e o que ela faz no iPhone 11 Posted: 15 Oct 2019 04:12 AM PDT Há uma tecnologia (recém) nova na parada, que chegou ao mercado de smartphones junto com o iPhone 11: a banda ultralarga (UWB). O que é essa tecnologia, que agora se esconde no chip U1 da Apple? E como isso mudará a maneira como você usa seu telefone no futuro? Eis o que você precisa saber. O básico é que este é um protocolo de comunicação sem fio de curto alcance. Um pouco parecido com o Bluetooth, ele permite que os dispositivos conversem entre si. Você verá isso aparecendo em algumas manchetes agora, graças ao lançamento dos iPhones de 2019, mas não é de forma alguma uma tecnologia exclusiva da Apple, e ela já existe há décadas. Porém, como muita tecnologia, demorou um pouco para que os chips de banda ultralarga ficassem baratos e compactos o suficiente para encaixá-los dentro de um smartphone. Como o Bluetooth, ele transmite dados por curtas distâncias, mas suas particularidades específicas são a capacidade de determinar com precisão a localização, a capacidade de transmitir com o mínimo de interferência e de rodar usando muito pouca energia. Como o nome sugere, ele envia dados através de uma frequência mais ampla – de 500 MHz a vários gigahertz – em comparação com as tecnologias sem fio de ‘banda estreita’. A desvantagem é um alcance geral mais curto, mas isso não importa muito quando você está lidando com dois dispositivos que estão na mesma sala. O que não podemos oferecer é um detalhamento exato da diferença de cada especificação da UWB em comparação com o Bluetooth e o Wi-Fi, porque existem várias versões diferentes dele – e a Apple não revelou exatamente como implementou a tecnologia no iPhone 11. Como o Wi-Fi, a UWB passou por várias versões sem fio 802.11, conforme definido pela IEEE. Quando se trata da Apple e do chip U1 nos novos iPhones, sabemos que isso significará uma versão aprimorada do AirDrop – melhor percepção espacial (para saber onde seu telefone está apontando e onde você está), e uma maneira mais precisa e confiável de se comunicar com outros iPhones que possuem um chip U1. “É como adicionar outro sentido ao iPhone, e isso levará a novos recursos incríveis”, de acordo com os materiais promocionais da Apple. "Com o U1 e o iOS 13, você pode apontar seu iPhone para o de outra pessoa, e o AirDrop vai priorizar esse dispositivo para que você possa compartilhar arquivos mais rapidamente. E isso é apenas o começo". Isso indica mais por vir – provavelmente as tags de rastreamento de dispositivos da Apple que foram alvos de rumores por meses. Onde a UWB tem uma vantagem sobre o Wi-Fi e o Bluetooth (usado nas tags da marca Tile) que é a capacidade de medir a distância com base no tempo que as ondas de rádio levam para viajar entre os dispositivos. O Bluetooth é capaz de medir distâncias, mas ele faz isso avaliando a força de um sinal entre dois dispositivos e calculando a distância entre os dois aparelhos com base nisso. Não é a abordagem mais confiável (a intensidade do sinal pode ser afetada por mais fatores do que apenas a distância), e a forma que a UWB sincroniza as ondas de rádio é muito mais precisa. Os pulsos curtos usados pela banda ultralarga são menos propensos a interferências e ruídos e são menos propensos a se sobrepor. Tudo isso ajuda quando você deseja que a precisão e a confiabilidade sejam prioridades, independentemente do que você estiver transmitindo ou medindo. Esses tipos de recursos podem ser implantados em dispositivos domésticos inteligentes, por exemplo, talvez quando você quiser ajustar o volume de um conjunto de alto-falantes com base em onde você está sentado. Outra área que podemos ver de banda ultra larga utilizada nos iPhones é na realidade aumentada. Uma melhor noção de onde o telefone está em uma sala e para onde ele está direcionado pode ajudar a melhorar a imersão de sobreposições e experiências digitais, especialmente se você estiver tentando usar vários dispositivos iOS juntos (que tem o chip U1). Como dissemos, a UWB não é exclusividade da Apple. A tecnologia poderia ser usada em tudo, desde impressoras sem fio a streaming de vídeo, dependendo de como o mercado se orientar – o custo e a compatibilidade já foram fatores que impediram a adoção generalizada da banda ultra-larga, mas podem não ser um problema no futuro. Tudo isso depende dos fabricantes adotarem a tecnologia e possivelmente encontrar um aplicativo chave ou função que faz valer a pena colocar a UWB dentro de todos os telefones que saírem da linha de produção, iPhone ou outros. Aplicações como abrir portas sem chave ou localização dentro de um prédio agora estão sendo testadas para a ultra banda larga, e ter essa função como padrão para um dispositivo tão amplamente usado como o iPhone pode apenas aumentar suas chances de ser mais comumente usado no futuro. Não precisando necessariamente substituir o wifi, NFC ou o Bluetooth –mas podendo trabalhar junto com eles. The post O que é a banda ultralarga — e o que ela faz no iPhone 11 appeared first on Gizmodo Brasil. |
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