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- As 10 configurações que você precisa mudar no seu Fire TV da Amazon
- Estes corvos evoluíram para uma nova espécie, cruzaram com a espécie antiga e voltaram ao início
- Como seria fazer uma viagem por Plutão?
- Japão cede 2.000 iPhones para passageiros de navio isolado contatarem médicos
- Documentos revelam detalhes de acidente fatal com Tesla no piloto automático
- Google puxa orelha da Samsung por alterar Android no Galaxy A50, deixando o aparelho vulnerável
- Google Station, que fornecia Wi-Fi aberto, será descontinuado no Brasil e no mundo
- Capacetes da Primeira Guerra Mundial protegem tão bem contra explosões aéreas quanto os modernos
- Sonic: O Filme teve a melhor estreia entre os filmes de videogame já lançados
- Samsung Galaxy Z Flip parece frágil neste teste de durabilidade
- A primeira morte por coronavírus fora da Ásia foi relatada na França
- Estrela Betelgeuse está escurecendo e mudando de forma, podendo se transformar em uma supernova
As 10 configurações que você precisa mudar no seu Fire TV da Amazon Posted: 17 Feb 2020 01:50 PM PST ![]() Os aparelhos Amazon Fire TV podem ser uma das formas mais simples e menos caras de ter acesso aos seus filmes e músicas na tela grande da sua TV – especialmente se você assina algum serviço de streaming, pois a plataforma da Amazon agora suporta praticamente todos os serviços disponíveis, inclusive o Apple TV+. Se você tem um dispositivo Fire TV, aqui vão dez truques para aproveitar ele ao máximo. 1) Personalize o protetor de telaQuando você não está ativamente usando o seu dispositivo Fire TV, o protetor de tela entra em ação, então vale a pena gastar alguns minutos tendo certeza que ele vai mostrar algo que tenha a ver com você. Acesse o menu Configurações, vá para Exibição & Som, e então em Proteção de Tela: A tela seguinte deixa você escolher que imagens serão usadas (as suas próprias ou uma biblioteca curada pela Amazon), com que frequência elas são trocadas, quando a proteção é ativada e mais. 2) Restrinja os dados que a Amazon coletaTodos nós estamos um pouco mais cientes das práticas de coleta de dados hoje em dia, e a Amazon muito tranquilamente guarda tudo o que você faz no seu dispositivo Fire TV para mostrar propaganda direcionada, melhorar as recomendações, etc. Se você quer ter controle sobre os dados que a Amazon pode ou não receber do seu dispositivo, vá ao menu Configurações, escolha Preferências e selecione Configurações de privacidade para ligar e desligar as opções disponíveis. Fire TV StickFire TV StickR$289 3) Use o seu telefone como controle remotoVocê provavelmente está mexendo no seu telefone o tempo todo que está assistindo algo no seu dispositivo Fire TV, então porque não usá-lo como controle remoto também? Você vai poder logar e fazer buscas muito mais facilmente com o teclado do seu telefone, além de abrir aplicativos e rodar jogos mais rapidamente também. Baixe o aplicativo Fire TV para Android e iOS, e configure-o quando estiver conectado à mesma rede local de Wi-Fi. Isso tudo leva segundos. 4) Conheça melhor a AlexaA Alexa conectada ao seu dispositivo Fire TV basicamente quer dizer que você tem um imenso Echo Show – além de pedir conteúdo dos seus aplicativos de música e filmes, você pode checar a previsão do tempo, ver sua agenda, pesquisar imagens, ver as condições do trânsito, etc. Use o seu aplicativo Alexa para Android ou iOS para conectar o seu Fire TV a várias contas de terceiros (como Spotify e Google Calendar) também. 5) Escute no BluetoothSó porque outras pessoas estão dormindo na casa não quer dizer que você precisa parar de ver um filme ou programa no seu dispositivo Fire TV. Você pode conectar um fone Bluetooth e continuar assistindo. Para escolher um dispositivo Bluetooth você precisa ir até Configurações, então escolha Controle remoto & Dispositivos Bluetooth então em Outros dispositivos Bluetooth para começar o processo de pareamento sem fio. 6) Veja de mais pertoO software Fire TV inclui uma lupa na tela que você pode usar para facilitar a leitura de textos, se você está tendo problemas em ler no tamanho padrão. Em Configurações, vá até Acessibilidade então escolha a Lupa. Quando o recurso estiver ligado, você vai ver os atalhos do controle remoto que você precisa para utilizá-lo – segure o botão Menu (as três linhas horizontais), Avançar para ampliar a imagem, Retroceder para diminuir e utilize as setas para andar com a lupa pela tela. 7) Use o FirefoxVocê pode não achar muito atraente ideia de rodar um browser de internet no seu dispositivo Fire TV, mas ao carregar o aplicativo Firefox no seu Fire TV você pode acessar inúmeros vídeos online, usar aplicativos que não são oficialmente apoiados na plataforma (como Twitter), mandar abas do Firefox do seu telefone ou laptop na tela grande e mais. Para conseguir digitar mais facilmente no navegador, use o aplicativo Fire TV no seu telefone, que já citamos em um dos passos acima. 8) Confira se o seu Fire TV está com a exibição certa para a sua televisãoO seu Fire TV deve automaticamente se configurar para funcionar o melhor possível com o seu aparelho de TV atual, mas existem algumas configurações que você pode checar se algo não está correto: em Configurações, escolha Exibição & Som, então escolha Exibição. Você pode mudar a resolução, profundidade da cor, formato da cor, taxa de quadros e mais. Para encaixar perfeitamente a saída da Fire TV com a televisão que você está usando, escolha Calibrar Exibição e siga as instruções. 9) Silencie as notificaçõesComo se você não recebesse alertas o bastante do seu telefone, agora os seus dispositivos de streaming também fazem isso. Vários aplicativos vão saltar nas suas notificações, com notícias urgentes, conteúdo adicionado recentemente, etc. Mas você pode desligar isso se assim o preferir: Abra Configurações então vá até Preferências e Configurações de notificação. Escolha o Não interromper para bloquear todos os alertas ou use o controle de Notificações de Aplicativos para controlar os aplicativos individualmente. 10) Impeça que a garotada veja o que não deveOs dispositivos Fire TV vem com controles parentais embutidos, para que você tenha certeza que seus filhos não estejam vendo nada que não deveria: em Configurações, escolha Preferências, então Controles Parentais. Você pode proteger compras e a abertura de certos aplicativos com um PIN, assim como colocar restrições de visualização nos seus aplicativos –as suas escolhas são Geral, Família, Adolescente, Jovens Adultos e Adulto (cheque as descrições para os detalhes). O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.The post As 10 configurações que você precisa mudar no seu Fire TV da Amazon appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estes corvos evoluíram para uma nova espécie, cruzaram com a espécie antiga e voltaram ao início Posted: 17 Feb 2020 01:23 PM PST ![]() Centenas de milhares de anos atrás, uma geleira avançou sobre o Noroeste Pacífico. Seu gelo formou uma barreira natural que dividiu os corvos em duas populações. Essas populações começaram a divergir em duas espécies distintas, que os ornitólogos determinaram serem distinguíveis por pequenas diferenças nas medidas corporais e nos sons que emitiam. Pelo menos, era isso o que eles pensavam. Parece que hoje, depois de passar pelo processo de especiação por centenas de milhares de anos, essas duas espécies de corvos, o corvo do noroeste e o corvo americano, começaram a se unir novamente, de acordo com novas evidências genéticas. Os pássaros estão hibridizando ao longo de uma faixa de 900 quilômetros de extensão no Noroeste Pacífico, região da América do Norte situada entre o Oceano Pacífico e as Montanhas Rochosas também conhecida como Cascadia. O estudo mostra uma imagem mais complexa do que constitui uma “nova” espécie. “Isso significa que a especiação não é um processo unidirecional”, disse Dave Slager, primeiro autor do estudo e doutorando em biologia na Universidade de Washington, ao Gizmodo. “Pode até ir ao contrário, às vezes.” Os cientistas consideram que existem essas duas espécies distintas de corvos desde 1858. O corvo do noroeste é um pássaro das praias e mangues do Noroeste Pacífico. Ele é um pouco menor que o onipresente corvo americano e tem uma voz mais rouca, segundo ornitólogos e observadores de aves. A extrema dificuldade em diferenciar esses pássaros tornou difícil para os cientistas saber se eles hibridizam e, se sim, com que frequência e com que abrangência. A informação genética recentemente analisada revelou uma resposta surpreendente a essa pergunta. A equipe de cientistas da Universidade de Washington, do Museu Burke de História Natural e Cultura e o US Geological Survey coletaram amostras de corvos de ambas as espécies, incluindo 218 amostras de tecido congelado, 35 amostras de sangue e seis amostras de penas, além de amostras de tecido do corvo europeu para comparação. Eles analisaram o DNA dos núcleos celulares e mitocôndrias das aves e compararam dados das bibliotecas genéticas que geraram para determinar se os genomas dos corvos sugeriam histórias evolutivas separadas para as duas populações, bem como a frequência com que as aves hibridizavam. Os corvos do noroeste e os americanos representam de fato duas populações separadas com histórias evolutivas separadas, de acordo com o artigo publicado na Molecular Ecology. O DNA mitocondrial, um tipo que os animais herdam de suas mães, sugeriu que os pássaros começaram a se separar em diferentes espécies há cerca de 443 mil anos atrás, quando as geleiras estavam avançando e recuando pela América do Norte em ciclos de 100 mil anos. Uma dessas camadas de gelo teria dividido as populações e formado uma barreira através da qual a especiação poderia ter começado. Mas os pássaros não deixaram que suas diferenças os impedissem de se misturar e cruzarem: eles hibridizam em uma zona de 900 quilômetros de extensão no oeste do estado de Washington, nos EUA, e na Colúmbia Britânica, no Canadá — uma área sete vezes maior que a média das zonas híbridas entre pares de espécies, de acordo com o estudo. Talvez com o derretimento das geleiras, os pássaros oportunistas expandiram seu alcance, entrando em contato e hibridizando. Embora espécies separadas tipicamente hibridizem em apenas uma área limitada, e embora os híbridos sejam tipicamente menos favorecidos por meio da seleção natural, esse não foi o caso aqui. Os dados genéticos mostraram que os híbridos de corvo faziam parte de linhagens híbridas que datam de várias gerações. Um pesquisador não envolvido no estudo, Martin Stervander, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Oregon, disse ao Gizmodo que essa era uma pesquisa interessante. “Ao longo dos anos, muitos alegaram ter observado diferenças consistentes entre corvos americanos e do noroeste, mas análises mais detalhadas revelaram que isso se devia em parte ao fato de as pessoas talvez desejarem encontrar padrões consistentes”, escreveu ele em uma mensagem no Twitter. Mas ele também apontou que seria valioso estudar a aparência dessas aves em conjunto com sua genética, a fim de estabelecer quais características cada linhagem estava contribuindo para os híbridos. Slager não quis dizer explicitamente se ele achava que as duas populações deveriam ser fundidas em uma espécie ou permanecer espécies separadas, já que isso depende da Sociedade Ornitológica Americana. Mas ele apontou novamente para os dados, que mostram que nessa vasta faixa entre o Estado de Washington e a costa da Colúmbia Britânica, você não pode distinguir as duas espécies porque provavelmente não há corvos americanos ou do noroeste do país. Outros pares de espécies, como a Setophaga coronata e a Setophaga auduboni (agora chamada apenas de Setophaga coronata), e a Larus thayeri e a Larus glaucoides (agora denominada apenas Larus glaucoides) foram fundidos pela Sociedade Ornitológica Americana por motivos aparentemente mais fracos que este. O estudo mostra que as espécies não precisam ter limites nítidos, disse Claire Curry, bibliotecária de ciências da Universidade de Oklahoma, com doutorado em biologia evolutiva, em um e-mail ao Gizmodo. "A seleção natural e a dispersão estão em andamento, não congeladas em algum momento no passado, e é ótimo ter populações como os corvos para examinar a dinâmica." Os animais continuam mostrando que nosso conceito inventado de espécie é defeituoso e nem sempre está alinhado com o que acontece na natureza. Talvez, concluam os autores do artigo, existam outras zonas híbridas ocultas escondidas entre pares de outras espécies morfologicamente semelhantes. The post Estes corvos evoluíram para uma nova espécie, cruzaram com a espécie antiga e voltaram ao início appeared first on Gizmodo Brasil. |
Como seria fazer uma viagem por Plutão? Posted: 17 Feb 2020 11:54 AM PST ![]() Você começa a acordar da estase à medida que o seu aterrissador desce até a superfície de Plutão. Você se esforça para localizar o Sol no céu enquanto espia pela janela; você finalmente vê enquanto limpa os olhos. Embora mais brilhante que qualquer outra coisa no céu, o Sol agora está 40 vezes mais distante do que quando você estava na Terra e fornece menos de um milésimo da luz. Embora seja meio-dia na superfície do planeta anão, ainda parece noite: todas as estrelas são visíveis, apesar de uma névoa azul no horizonte dar um leve brilho às estrelas mais baixas. Figuras montanhosas são principalmente silhuetas escuras contra o céu estrelado. Ao aterrissar, você percebe como se sente leve – a força da gravidade é cerca de 1/15 do que você está acostumado na Terra. Você olha novamente, esperando ver Charon, vizinho de Plutão. Mas, como o agente de viagens disse, ele não é visível. Os dois planetas anões estão travados em ordem, o que significa que eles sempre apresentam o mesmo lado um do outro em sua órbita. O lado da superfície de Plutão que você está visitando fica no lado oposto à órbita de Charon, então você só conseguirá ver quando estiver a caminho de volta pra casa. *** A missão New Horizons passou por Plutão em 2015, após uma viagem de nove anos da Terra. A sonda fez muitas observações de alta resolução da superfície do planeta anão, imagens que os cientistas têm estudado de perto. Em vez de uma rocha empoeirada e sem características, eles encontraram um corpo complexo com falésias escarpadas, desfiladeiros e um vasto plano de gelo de nitrogênio. O planeta anão (como é atualmente classificado) tem apenas 2377 quilômetros de diâmetro, ou 7467 quilômetros de circunferência. Em escalas tão pequenas, e desde que houvesse estradas, um turista intrépido poderia ver o planeta todo em uma semana. Pedimos a Oliver White, cientista pesquisador do Instituto SETI e afiliado da equipe de Geologia, Geofísica e Imagem da missão New Horizons da NASA, para nos ajudar a imaginar essa viagem. Obviamente, tiramos uma licença criativa com o nível de infraestrutura no planeta anão e o fato de que, bem, as temperaturas mais quentes da superfície de Plutão (-369 graus Fahrenheit ou -223 graus Celsius) são monstruosamente frígidas, entre outras características que tornariam essa terra hostil a um visitante humano. Só sabemos sobre o lado da esfera pelo qual a New Horizons passou, e, por isso, podemos apenas imaginar uma aventura nessa metade do mundo. *** Seu ponto de chegada é uma área plana na borda oeste da região em forma de coração de Plutão, chamada Tombaugh Regio. A leste, o Sputnik Planitia se estende muito além do horizonte, como um vasto oceano bege com um padrão poligonal visível em lugares onde o calor sai lentamente do interior de Plutão. Mas a expansão não é líquida nem simples – é nitrogênio congelado. Você coloca o pé, revestido com uma bota, no mar branco e ele faz levemente um barulho como se você estivesse pisando em lama. Sob esse estranho nitrogênio, há algo ainda mais bizarro, não por ser de outro mundo, mas por ser tão terrestre: um oceano de água líquida.
Ao norte e ao sul desta praia, encontram-se alguns dos terrenos mais dramáticos do planeta anão: trechos de montanhas, incluindo Hillary Montes, feitos de enormes blocos de gelo d’água que se estendem por mais de 5 quilômetros da superfície do Planitia, tão altos quanto as mais altas Montanhas Rochosas. Isso contribuirá para algumas das melhores fotos da sua jornada, já que o Sputnik Planitia branco-claro e o terreno escuro da Cthulu Macula se encontram em primeiro plano, enquanto as montanhas aparecem ao fundo. Você decide ir dormir, porque optou por seguir um cronograma de 24 horas da Terra durante sua viagem. Mas um dia de Plutão dura seis dias na Terra, e ele gira em seu eixo em uma inclinação de 119 graus (em comparação com a inclinação de 23,5 graus da Terra), o que significa que grande parte do hemisfério norte onde você pousou recebe luz solar constante (embora fraca) por metade de um ano de Plutão. Em vez de nascer e se pôr, o Sol permanece alto no céu, mudando a orientação apenas com base na sua latitude. *** “O que forma essas montanhas é algo sobre o qual estamos nos perguntando”, explicou White. Talvez sejam partes da crosta de gelo de água de Plutão que se moveram e fraturaram da mesma maneira que as placas tectônicas se espalham e colidem na Terra. Essas rachaduras, por sua vez, seriam preenchidas com o gelo de nitrogênio, fazendo com que o gelo da água se acumulasse como um gigantesco congestionamento de toras e eventualmente se tornasse as enormes montanhas de gelo de Plutão. *** Na manhã seguinte, você se dirige para o sul, passando pelas montanhas Norgay que se erguem para o leste ao se aproximar do criovulcão Wright Mons (mons é o termo para uma montanha extraterrestre). Você atravessa lentamente seus lados montanhosos e ondulados, subindo mais de 3 mil metros até uma vasta depressão mais profunda do que a montanha. Sua lanterna pode iluminar apenas as paredes, que se estendem nas duas direções; você não pode ver a borda oposta, que fica a dezenas de quilômetros de distância.
Mas você está mais animado para visitar o leviatã Piccard Mons, ao sul de Wright. Você alcança a borda, que a 4.500 metros acima de sua base é uma das maiores altitudes de Plutão. Embora o Sol esteja baixo no céu nesta latitude, e sua luz quase não brilhe, ele ainda ilumina levemente o lado mais distante e o fundo do poço profundo. Você se senta quieto e contempla esse vasto recurso que há muito tempo deixa os cientistas perplexos na Terra. Você olha para o horizonte e vê o que parece ser um pôr-do-sol, enquanto nossa estrela brilha na fina atmosfera de Plutão, matizando o céu azul. Mas você se lembra do aviso do agente de viagens e continua dirigindo para o sudeste. Você já ouviu falar que gastar muito tempo no local pode ser perigoso – você não sabe se esse criovulcão pode acordar. *** Os montes Wright e Piccard são um mistério para os cientistas. Suas formas circulares e profundas depressões sugerem que eles são enormes vulcões de gelo – mas os cientistas não sabem ao certo como o criovolcanismo funcionaria em comparação com os vulcões rochosos da Terra. É possível que esses montes enormes sofram uma erupção gelada na superfície de Plutão, embora essa interpretação ainda esteja sendo estudada. *** Você começa seu terceiro dia indo para o norte, no lado leste do Sputnik Planitia, o lobo direito de Tombaugh Regio. Embora o solo permaneça o bege brilhante que você viu do outro lado da vasta Planitia, esta região é um planalto, escarpado e com buracos, e a rota serpenteia em torno de lagoas congeladas de nitrogênio a vários quilômetros. Os rios se estendem das lagoas, cortando a superfície do gelo e criando vales que fluem para Planitia como geleiras de nitrogênio.
Você continua a traçar o lobo direito e depois segue para o leste, chegando finalmente a um deck de observação flutuando acima do gelo de nitrogênio que permite ver o famoso terreno laminado do planeta anão. Você estará dirigindo ao longo dessas cordilheiras de gelo de metano por horas, mas aqui, você aprecia a maneira como essas cordilheiras sinistras se elevam centenas a milhares de metros da superfície como facas afiadas e irregulares. Essas cordilheiras formam faixas de metano ao longo da paisagem no horizonte, projetando sombras sinistras e pontiagudas no nitrogênio abaixo. *** O terreno laminado ao longo do lóbulo oriental do Tombaugh Regio pode ser o resultado da acumulação de metano como gelo na superfície de Plutão, no início da história do planeta anão, mas posteriormente sublimando, criando essas características pontiagudas e irregulares. Depósitos de gelo em forma de espada semelhantes, chamados penitentes, pontilham os Andes altos e são formados da mesma maneira, mas a partir de gelo de água em vez de gelo de metano, e as estruturas terrestres costumam ter apenas alguns metros de altura. Agora sabemos que esses depósitos de lâminas em Plutão se estendem como um cinto a mais da metade do seu equador, para o lado que a New Horizons não teve uma boa visão, disse White. *** À medida que você parte para noroeste do terreno coberto, a paisagem se transforma em uma extensão mais uniforme e bronzeada de crateras de impacto e fossas gigantes chamadas Hayabusa Terra, seguidas por uma rede de vales em forma de galho. Isso o leva perto do pólo norte do planeta anão, localizado dentro de um enorme sistema de desfiladeiros, tudo coberto por uma fina camada de gelo metano depositado. Cânions gigantes e planos ficam ao sul, ao longo das quais o nitrogênio migra para o Sputnik Planitia. Você sai para o sul, através de uma vasta extensão empoeirada – entre as regiões mais planas das terras altas de Plutão. Você faz uma pausa para descansar enquanto viaja pela orla oriental da Cratera Burney, uma homenagem à jovem que nomeou Plutão, Venetia Katharine Douglas Burney. Não é uma queda acentuada, mas um sistema concêntrico de colinas com mais colinas no interior, também marcadas com mais crateras de impacto. Você continua para o sul, parando para apreciar os cânions profundos das fossas Inanna e Dumuzi, que se estendem para o oeste. *** “Este terreno ao norte e oeste do Sputnik Planitia é um dos terrenos mais antigos de Plutão”, disse White. Ele possui muitas crateras de impacto, sugerindo que pouca atividade no solo ou na atmosfera alterou a paisagem durante a história do planeta. *** Depois de passar quase um dia inteiro navegando no que parecia ser o equivalente de Plutão às Grandes Planícies, você começa a ficar nervoso. Você mal percebe os muitos desfiladeiros e crateras por onde passa. Mas logo há uma mudança sinistra no cenário. A maior parte de sua jornada foi com luz suficiente para que você pudesse pelo menos ver o que estava ao redor do seu veículo. Mas aqui, o chão mudou para um marrom escuro. Você mal consegue distinguir as texturas da superfície. Você entrou na Chthulu Macula, uma extensão em forma de baleia e geralmente plana de material preto, semelhante a alcatrão, feito de compostos orgânicos, o resultado de partículas de neblina na atmosfera que se depositam na superfície e se acumulam como uma camada, sem processo para dissipá-los no clima estável da região equatorial. Essas partículas são geradas quando a radiação ultravioleta do Sol interage com metano e nitrogênio na atmosfera de Plutão.
O passeio misterioso finalmente o deixa em Virgil Fossae, um desfiladeiro gigante que atravessa a Macula, estendendo-se até onde os olhos podem ver. Virgil Fossae está entre as fraturas mais nítidas, menos degradadas e mais recentes de Plutão, com faces de penhascos duas vezes mais altas que as do Grand Canyon. É difícil ver o fundo escuro, mas parece conter uma lava feita de gelo e amônia, trazida para a superfície de algum reservatório subterrâneo. Você encosta ao longo da borda leste, onde uma grande fenda atravessa as altas paredes da cratera Elliot congelada e cheia de nitrogênio. *** “Plutão tem uma diversidade geológica tão grande em toda a sua superfície”, disse White. “Existem alguns recursos que realmente surgem apenas em um lugar e em nenhum outro”. Este planeta anão continua a ser uma fonte de perguntas científicas, muitas das quais não serão respondidas sem outra missão lá. Embora Plutão seja certamente hostil demais para hospedar exploradores humanos, talvez outra sonda espacial possa revelar mais detalhes sobre esse mundo misterioso. *** Com seu itinerário completo, você volta à sua nave para a viagem de nove anos para casa. Você mal pode acreditar que um lugar tão frio e aparentemente vazio possa conter uma abundância de paisagens incríveis. Pouco antes de fechar os olhos para um longo sono, você vê uma esfera cinza grumosa pela janela – é Charon, o corpo que antes pensava-se ser a lua de Plutão, mas agora considerado seu parceiro. Os dois planetas anões, a quase 20 mil quilômetros de distância entre si, orbitam um ao outro enquanto seguem seu ciclo de 248 anos em torno do Sol. The post Como seria fazer uma viagem por Plutão? appeared first on Gizmodo Brasil. |
Japão cede 2.000 iPhones para passageiros de navio isolado contatarem médicos Posted: 17 Feb 2020 10:58 AM PST ![]() O governo japonês anunciou na sexta-feira (15) que vai entregar 2 mil iPhones, um por cabine, para as mais de 3.500 pessoas que estão em quarentena no cruzeiro Diamond Princess devido ao surto de coronavírus. O objetivo de entregar os aparelhos com serviços da Softbank, operadora de telefonia japonesa, é para que os passageiros possam acessar o aplicativo do Ministério da Saúde do Japão. Por meio da ferramenta, é possível conversar com médicos, tirar dúvidas, solicitar medicamentos e marcar consultas. O governo decidiu distribuir os iPhones para garantir que todos possam utilizar o aplicativo, já que algumas pessoas talvez não pudessem fazer o download em seus próprios aparelhos caso a loja de aplicativos estivesse registrada em outro país. Nesta segunda-feira (17), as autoridades japonesas informaram que o número de infectados por COVID-19 no navio disparou para 454 pessoas. A quarentena de 14 dias está prevista para acabar na quarta-feira (19). No domingo (16), dois voos fretados dos EUA retiraram 340 norte-americanos que estavam no Diamond Princess. The post Japão cede 2.000 iPhones para passageiros de navio isolado contatarem médicos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Documentos revelam detalhes de acidente fatal com Tesla no piloto automático Posted: 17 Feb 2020 10:10 AM PST ![]() Novos documentos divulgados pelo Comitê Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA (NTSB, na sigla em inglês) nesta semana revelam momentos de agonia de um dos motoristas envolvidos em um acidente fatal com um Tesla Model 3 em Delray Beach, Flórida, em 2019. Este acidente é um dos dois casos recentes que chamaram a atenção do governo federal dos EUA por envolverem a tecnologia de piloto automático da empresa. Os documentos do NTSB contêm uma entrevista com Richard Wood, um motorista que dirigia um caminhão semirreboque em 1 de março de 2019. Naquela manhã, Wood tirou o caminhão de uma garagem e começou a atravessar para o outro lado de uma estrada com semáforo. Jeremy Banner, o motorista do Tesla Model 3, estava indo para o trabalho. Ele ajustou a velocidade de seu carro em cerca de 110 km/h, embora o limite de velocidade na estrada seja um pouco abaixo de 90 km/h. Banner tinha o recurso de piloto automático ativado em seu Tesla. De acordo com Wood, ele viu dois conjuntos de luzes de carros vindo em sua direção, mas achou que tinha tempo de atravessar. Enquanto Banner viajava a 110 km/h, Wood dirigia a aproximadamente 18 km/h. “Estava escuro, e os carros pareciam estar mais longe do que realmente estavam”, disse Wood aos investigadores do NTSB. Momentos depois, ocorreu uma tragédia, mas Wood não percebeu de imediato o que havia acontecido. Ele disse que “sentiu um empurrão na carreta” e saiu do veículo. Ele viu detritos presos no lado da carreta e um arranhão do lado. Como estava escuro, Wood não conseguia ver muita coisa e, inicialmente, pensou que alguém tivesse batido e fugido. Após olhar melhor, ele descobriu que havia peças do pára-brisa do Tesla presas na carreta. Elas pareciam rosadas, o que o levou a acreditar que o outro motorista estava ferido. Ele só começou a entender o que tinha acontecido quando o motorista de uma caminhonete se aproximou dele e perguntou o que aconteceu. “E esse cara dessa caminhonete apareceu e disse: ‘você é o cara que estava dirigindo este caminhão?’, Eu disse: ‘sim’. E ele diz: ‘esse cara não conseguiu”‘, lembrou Wood. “Eu disse: ‘do que você está falando?’ Ele disse, ‘aquele cara arrancou todo o teto do carro… ele não conseguiu passar.’ E eu apenas — eu desabei depois disso.” O carro de Banner passou por baixo da carreta de Wood. O teto do Tesla foi arrancado, e Banner morreu no acidente. Wood não viu Banner porque a velocidade levou o carro para tão longe que ele ficou fora do alcance da vista para o motorista do caminhão. Dados do computador de bordo do Tesla indicam que Banner pisou no freio menos de um segundo antes do acidente. InvestigaçãoEm um relatório preliminar, o NTSB afirmou que nem os dados preliminares nem os vídeos do acidente indicam que o motorista ou o piloto automático executaram manobras evasivas. Depois que Wood interagiu com o motorista da caminhonete, ele disse aos investigadores do NTSB que voltou para o caminhão e ficou sentado até a polícia chegar. “Eu estava tremendo”, disse Wood, acrescentando que “e é nisso que eu tenho pensado desde então”. A investigação do acidente de Delray Beach está atualmente em andamento. Em um comunicado, o NTSB declarou que um relatório final sobre o acidente, incluindo as descobertas e a provável causa, seria divulgado nas próximas semanas. Além do acidente de Delray Beach, o NTSB também divulgou documentos relacionados a outra investigação em andamento, que tem como objeto o acidente de um Tesla Model X em Mountain View, Califórnia, em 2018. O motorista nesse caso, um engenheiro da Apple chamado Walter Huang morreu quando seu Tesla bateu em uma barreira de concreto em uma estrada na região do Vale do Silício. Huang estava com o recurso de piloto automático em seu Tesla Model X ativado quando bateu. Os documentos do NTSB revelam que Huang havia contado à esposa sobre o piloto automático do modelo X e disse que o recurso havia funcionado mal naquele trecho específico da rodovia em outras ocasiões. O NTSB iniciará deliberações sobre descobertas, recomendações e causas prováveis relacionadas ao caso em sua audiência pública marcada para dia 25 de fevereiro. Em seu site, a Tesla afirma que os recursos do Autopilot foram projetados para ajudar os usuários com as partes mais pesadas da direção. O piloto automático permite aos carros dirigir, acelerar e frear automaticamente dentro das faixas. No entanto, a empresa afirma que os recursos atuais do piloto automático exigem “supervisão ativa do motorista” e não tornam o veículo autônomo. The post Documentos revelam detalhes de acidente fatal com Tesla no piloto automático appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google puxa orelha da Samsung por alterar Android no Galaxy A50, deixando o aparelho vulnerável Posted: 17 Feb 2020 08:20 AM PST ![]() Sabe quando você tenta consertar alguma coisa e acaba piorando a situação? Esse parece ser o caso da Samsung, de acordo com um pesquisador do Google Project Zero (GPZ), Jann Horn. Ele identificou uma falha no Galaxy A50 que teria sido causada pela própria Samsung. Segundo Horn, a empresa teria adicionado um código ao kernel Linux do Android que não havia sido revisado pelos desenvolvedores do sistema. Assim, a iniciativa da fabricante em reforçar a segurança acabou resultando em um problema que poderia corromper a memória do aparelho. O Google havia alertado a Samsung sobre a falha em novembro, e uma atualização foi lançada este mês para corrigir o problema. De acordo com Horn, a prática de adicionar códigos por conta própria é algo comum entre fabricantes de smartphones. Porém, mesmo quando a intenção é reforçar a segurança, isso acaba criando ainda mais vulnerabilidades.
De forma simplificada, o Project Zero é uma iniciativa de segurança da companhia, com a missão de procurar vulnerabilidades e bugs. No blog do GPZ, o pesquisador explica que, ao modificar a maneira como partes essenciais do kernel Linux funciona, as empresas de smartphones acabam prejudicando os esforços do sistema para bloquear ataques. O que ele sugere é que as fabricantes utilizem recursos já suportados no Linux em vez de customizar soluções. Horn ainda acrescenta que, além de prejudiciais à segurança do sistema, algumas dessas medidas são ineficazes. O PROCA (sigla para Process Authenticator) da Samsung, por exemplo, serve apenas para restringir o acesso de um invasor que já violou o sistema. Portanto, uma solução melhor seria impedir os invasores de conseguirem esse acesso em primeiro lugar. [ZDNet] The post Google puxa orelha da Samsung por alterar Android no Galaxy A50, deixando o aparelho vulnerável appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google Station, que fornecia Wi-Fi aberto, será descontinuado no Brasil e no mundo Posted: 17 Feb 2020 07:20 AM PST ![]() No meio do ano passado, o Google anunciou uma iniciativa que prometia Wi-Fi em mais de 80 locais públicos de São Paulo. O programa, chamado Google Station, será encerrado menos de um ano depois do lançamento no Brasil – por aqui, também havia pontos de acesso no Ceará. Os pontos de acesso também serão descontinuados ao redor do mundo, colocando um ponto final numa história que começou em 2015. Caesar Sengupta, vice-presidente de pagamentos e do projeto Next Billion Users do Google, disse que o programa não era mais necessário, já que os preços de pacotes de dados ficaram muito mais baratos, principalmente na Índia, um dos países chave do Station. Por lá, eram 400 pontos de Wi-Fi em estações ferroviárias. Em entrevista ao TechCrunch, o executivo do Google explica que a operadora Reliance Jio passou a oferecer pacotes de dados a preços baixíssimos ou até mesmo de graça para diversas pessoas – o que aumentou a competitividade no mercado local e tornou o Station desnecessário. Esse não é o único motivo, no entanto. O Google encontrou dificuldades para sustentar o modelo de negócios e manter essas redes funcionando – o Station estava presente no Brasil, México, Índia, Tailândia, Nigéria, Filipinas, Vietnã e Africa do Sul. Em alguns casos, a companhia exibia anúncios publicitários quando os usuários faziam logins nas redes abertas. O Google firmava parcerias com empresas para oferecer os pontos de acesso Wi-Fi. No Brasil, as empresas Linktel e America Net fornecem infraestrutura para o programa. Em uma publicação em seu blog oficial, a empresa diz que está trabalhando com os parceiros do País “em um plano de transição do serviço e continuaremos dando suporte a eles e aos usuários até o fim do ano”:
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Capacetes da Primeira Guerra Mundial protegem tão bem contra explosões aéreas quanto os modernos Posted: 17 Feb 2020 06:56 AM PST ![]() Uma nova pesquisa sugere que capacetes usados na Primeira Guerra Mundial para proteger soldados contra explosões aéreas de artilharia são tão bons quanto os capacetes modernos — e um deles, o capacete francês Adrian Helmet, teve um ótimo desempenho. Quando a Primeira Guerra Mundial começou, os soldados não usavam capacete. Os planejadores militares não haviam previsto a extensão horrível da guerra moderna até se depararem com ela. À medida que prosseguia, e sem fim à vista, tornou-se cada vez mais claro que as cabeças dos combatentes precisavam ser protegidas, obrigando as nações em guerra a equipar seus soldados com capacetes de aço. Existe um equívoco disseminado de que a maioria das mortes na Primeira Guerra Mundial foram causadas por tiros de metralhadoras, mas, na verdade, a maior causa de baixas foi a artilharia aérea, de acordo com o livro A World Undone: The Story of the Great War, de G.J. Meyer. A morte costumava ser causada por estilhaços de artilharia, mas a proximidade de um projétil explosivo e a exposição à sua poderosa onda de choque resultava em graves traumatismos cranianos, causando frequentemente danos cerebrais permanentes e morte. Os franceses foram os primeiros a introduzir um capacete de aço, com seu M15 Adrian, seguido pelo icônico capacete Brodie, semelhante a uma tigela, usado pelas tropas britânicas, que foram implantadas em 1915. Os alemães finalmente seguiram o exemplo, substituindo suas tampas de couro por aço Stahlhelm em 1916. As explosões continuam a ser uma ameaça para o soldado moderno; portanto, os capacetes continuam sendo um componente criticamente importante do equipamento militar. Um novo trabalho de pesquisa interessante publicado no Plos One considerou a eficácia dos capacetes modernos em comparação com os usados na Primeira Guerra Mundial. A nova pesquisa, em coautoria com o estudante de doutorado Joost Op't Eynde, do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade de Duke, descobriu que pelo menos um capacete usado na Primeira Guerra Mundial — o capacete francês Adrian M15 — teve um desempenho melhor nos testes, especificamente em termos de sua capacidade de proteger contra ondas de choque aéreas, em comparação com outros da Primeira Guerra Mundial e com equipamentos modernos. Este é um resultado surpreendente por várias razões, incluindo o fato de que os capacetes da Primeira Guerra Mundial foram projetados principalmente para se defender de estilhaços e balas e que esses capacetes foram produzidos em massa durante períodos de estresse econômico e material. Essa descoberta sugere que os franceses tinham encontrado um design particularmente eficaz e que os capacetes modernos podem ser ainda melhores. Como os autores escreveram no novo artigo, essa era "uma investigação sobre se foram feitas melhorias na proteção primária contra explosões de capacete de combate ou se há uma lição a ser aprendida com esses projetos de 100 anos de idade". O teste com os capacetesPara esse fim, os pesquisadores testaram quatro capacetes diferentes, o Adrian, o Brodie, Stahlhelm e o Advanced Combat Helmet, atualmente em uso pelos militares dos EUA. Esses capacetes foram colocados no topo de uma cabeça artificial equipada com sensores de pressão e depois expostos a rajadas de intensidade variável.
Para simular a explosão de um projétil de artilharia da Primeira Guerra Mundial, os pesquisadores usaram um tubo de choque de hélio que, quando pressurizado, irrompe através de uma membrana, causando uma poderosa onda de choque. Os capacetes foram testados com rajadas de diferentes forças e a distâncias que variaram de 1 a 5 metros. Todas as ondas de choque vieram diretamente de acima da cabeça, pois “essa orientação e essa exposição à explosão simulam um cenário de explosão aérea, como seria comum na guerra devido a projéteis de artilharia explodindo acima das trincheiras", segundo o periódico. Ao mesmo tempo, no entanto, "não seria aplicável a outros casos, como dispositivos explosivos improvisados usados como bombas em estradas, uma causa significativa de ferimentos e morte em conflitos no Iraque e no Afeganistão", escreveram os autores.
A pressão das explosões foi registrada na parte superior (coroa), testa, orelha direita, olho esquerdo e parte superior da cabeça. As explosões simuladas resultariam em "lesões cerebrais leves a graves", explicou Opt Eynde em um e-mail ao Gizmodo, mas os capacetes reduziriam esse risco significativamente. As "estimativas de lesões cerebrais foram baseadas em sangramentos no cérebro causados por explosões em estudos anteriores realizados em nosso laboratório", acrescentou. Desnecessário dizer que usar qualquer um dos capacetes era bem melhor do que não usar proteção, reduzindo o risco de lesão cerebral em até dez vezes. "Embora tenhamos descoberto que todos os capacetes forneciam uma quantidade substancial de proteção contra explosões, ficamos surpresos ao descobrir que os capacetes de 100 anos têm desempenho tão bom quanto os modernos, sugerindo que o design do capacete com melhor desempenho para proteção balística não é necessariamente melhor para proteção contra ondas de choque", disse Op't Eynde. Mas nem todos os capacetes tiveram o mesmo desempenho. Os capacetes alemães, britânicos e americanos modernos tiveram o mesmo desempenho, mas o francês Adrian foi melhor que todos, resultando em uma probabilidade muito baixa de sangramento.
"Uma provável razão para o desempenho do capacete francês no topo da cabeça é o formato da crista do defletor na parte superior do capacete, direcionando a onda de explosão ao redor da cabeça e fornecendo uma camada extra de material no topo da cabeça para que a explosão reflita", disse Op't Eynde ao Gizmodo. Dito isto, "o capacete francês não resultou em pressões mais baixas em nenhum dos outros locais de medição". Na verdade, é este detalhe — a crista — que pode ter feito a diferença, pois outras partes do capacete Adrian não pareciam oferecer o mesmo nível de proteção. Curiosamente, a proteção de outras áreas, como as orelhas, foi determinada pelo formato do capacete e se ele cobria ou não essas partes expostas. É importante ressaltar que os pesquisadores não estão dizendo que o capacete moderno não tem um bom design. Na verdade, eles dizem que ele é realmente muito bom, apresentando uma estrutura em camadas que trabalha para absorver as ondas de choque que chegam. "Em termos de proteção contra balas de pistola e espingarda e contra impactos contundentes, como quedas, o moderno Capacete de Combate Avançado (Advanced Combat Helmet) tem um desempenho muito melhor do que qualquer um dos capacetes históricos", disse Op't Eynde, acrescentando que o novo estudo "analisou especificamente as explosões na região da cabeça". O que a nova pesquisa sugere, no entanto, é que os projetos modernos ainda podem ser aprimorados — e possivelmente com a tecnologia desenvolvida durante a Primeira Guerra Mundial. Olhando para o futuro, os pesquisadores planejam usar dados históricos de ferimentos por explosão durante a Primeira Guerra Mundial para analisar lesões semelhantes em situações de combate modernas. The post Capacetes da Primeira Guerra Mundial protegem tão bem contra explosões aéreas quanto os modernos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Sonic: O Filme teve a melhor estreia entre os filmes de videogame já lançados Posted: 17 Feb 2020 05:52 AM PST ![]() Costumava ser uma certeza que filmes de videogame não fariam sucesso. Warcraft, Assassin’s Creed e toda uma lista de adaptações bizarras e fracassadas dos anos 90 contam a história de um nicho de filmes em que é melhor não apostar. Mas isso pode estar mudando, e Sonic the Hedgehog pode ser o prenúncio. Conforme relatado pelo Deadline, Sonic the Hedgehog (ou, Sonic: O Filme, aqui no Brasil) estreou esta semana com aproximadamente US$ 68 milhões nos Estados Unidos, tornando-se o filme de videogame com maior bilheteria já lançado, superando o Pokémon: Detetive Pikachu, que estreou com US$ 54,3 milhões. Internacionalmente, o Detetive Pikachu e, surpreendentemente, Warcraft se saíram um pouco melhor, mas ainda chegaram a cerca de US$ 100 milhões. O que, para um filme que custou cerca de US$ 95 milhões, é um grande começo. Isso significa que, sem dúvida, devemos observar mais filmes como Sonic e Detetive Pikachu, que adaptam personagens de videogame de maneiras que são legitimamente fiéis ao material original, além de serem filmes para entreter que agradam a todos. É uma fórmula que parece funcionar. E isso, pessoal, pode ser o segredo de uma adaptação bem-sucedida de videogame: fazer um filme que não seja absolutamente ruim. Bem, isso e fazer seus artistas de efeitos digitais trabalharem pra valer. Sonic: O Filme já está em cartaz nos cinemas. The post Sonic: O Filme teve a melhor estreia entre os filmes de videogame já lançados appeared first on Gizmodo Brasil. |
Samsung Galaxy Z Flip parece frágil neste teste de durabilidade Posted: 17 Feb 2020 04:55 AM PST ![]() A Samsung disse que tinha “feito o impossível” com o seu Galaxy Z Flip, afirmando que o smartphone “dobrava até as leis da física.” Agora, um novo vídeo de teste de durabilidade faz a gente questionar se a tela é realmente feita de um vidro ultrafino e se a tecnologia é mesmo muito diferente do outro dobrável da fabricante, o Galaxy Fold. No canal no YouTube JerryRigEverything, o analista de tecnologia Zack Nelson submete cada novo smartphone a uma rigorosa série de testes de durabilidade e confere se os resultados estão de acordo com as promessas feitas pelas fabricantes. Em um vídeo publicado neste final de semana, Nelson avalia o segundo celular dobrável da Samsung – e como você provavelmente adivinhou pela manchete, os resultados não inspiraram muita confiança. O “vidro ultrafino” que mencionei parece responder aos testes de estresse de uma forma bastante similar com uma tela de plástico. Quando o visor foi arranhado com uma série de chaves com diferentes graus de dureza, o Galaxy Z Flip mostrou sinais de danos a partir dos níveis 2 e 3. Painéis de vidro geralmente riscam a partir dos níveis 5 ou 6 nos testes de Nelson, assim como aconteceu com a telinha exterior – que também é supostamente feita de vidro. Para efeitos de comparação, a safira geralmente é danificada nos níveis 8 ou 9, e o diamante risca no nível 10. A tela também deforma momentaneamente quando ele acende um isqueiro perto dela, de uma forma bastante parecida com o que o plástico reage sob calor intenso. Além disso, o analista conseguiu fazer riscos somente usando a unha. Para ser justa, a Samsung inclui um aviso que pede aos usuários evitar pressionar a tela com muita força ou dobrá-la perto de quaisquer resíduos que possam estar na tela. Porém, Nelson mostra que a tela é bastante frágil e nos faz questionar as afirmações da marca sobre a força e durabilidade do chamado “vidro ultrafino” inédito na indústria. Em um ponto do vídeo, Nelson joga a ideia de que talvez a tela do Galaxy Z Flip seja feita de um “polímero plástico híbrido com pequenas lascas de ingredientes de vidro” e que por isso a companhia está chamando o componente de “tela de vidro”. O problema é bastante claro, mas o youtuber foi bem didático: “Não posso fazer uma pilha de lama, polvilhar pedaços de chocolate e depois chamar a minha lama de biscoito só porque tem alguns dos ingredientes de um biscoito.” A Samsung não respondeu imediatamente os pedidos de comentários do Gizmodo. Em um comunicado enviado ao Verge, um porta-voz explicou um pouco mais sobre a composição da tela dobrável do Galaxy Z Flip:
A última parte do comunicado parece implicar que os arranhões ficam limitados a essa camada externa protetora da tela. No entanto, o comunicado não confere com aquilo que vemos no teste de tortura do youtuber, já que alguns dos arranhões parecem ser bastante profundos. A Samsung disse ao Verge que, se necessário, oferece uma troca de tela única por US$ 119. Como parte do conserto “o protetor de tela será aplicado por um especialista com um equipamento adequado para alinhar e aplicá-lo. O programa de reparos será lançado em breve”, concluiu o porta-voz. O Galaxy Z Flip custa US$ 1.380 (no Brasil, será comercializado a partir de 11 de março por R$ 8.999) e foi anunciado como o primeiro celular com vidro dobrável do merca The post Samsung Galaxy Z Flip parece frágil neste teste de durabilidade appeared first on Gizmodo Brasil. |
A primeira morte por coronavírus fora da Ásia foi relatada na França Posted: 17 Feb 2020 04:26 AM PST ![]() A França relatou a primeira morte por coronavírus, conhecida como COVID-19, fora da Ásia no sábado (15). Segundo as autoridades de saúde, a vítima era um turista chinês de 80 anos da província de Hubei, o centro do surto, que chegou à França em 16 de janeiro. O homem foi hospitalizado logo após sua chegada e morreu na sexta-feira em um hospital em Paris. Agnès Buzyn, ministra da Saúde da França, disse que o paciente piorou rapidamente e que ele estava em estado crítico há vários dias, segundo o New York Times. Buzyn não divulgou o nome do paciente, mas disse que sua filha também estava com coronavírus e está atualmente hospitalizada em Paris. No entanto, Buzyn disse que ela provavelmente receberia alta em breve. Segundo o Times, o caso do turista chinês na França é a quarta morte associada ao vírus fora da China continental. As Filipinas, Hong Kong e Japão também relataram uma morte cada por coronavírus. Em seu último relatório, datado de 14 de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde declarou que havia 49.053 casos confirmados em laboratório e 1.383 mortes em todo o mundo. Na França, restam 10 casos confirmados de coronavírus, incluindo a filha da vítima. Nesses casos, Buzyn disse que quatro pessoas se recuperaram e foram liberadas, enquanto seis permanecem hospitalizadas. A ministra da Saúde afirmou que a condição dos seis pacientes hospitalizados “não causa motivo de preocupação“. Os casos na França também incluem cinco cidadãos britânicos que ficaram em um chalé de esqui nos Alpes franceses. Acredita-se que um empresário britânico seja a fonte de um conjunto de casos de coronavírus na França e na Grã-Bretanha. O homem contraiu coronavírus depois de participar de uma conferência em Cingapura em janeiro. Embora ele tenha declarado publicamente que se recuperou totalmente, ele permanece isolado por precaução. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, a agência da União Europeia dedicada a doenças infecciosas, informou que, em 15 de fevereiro, havia 44 casos de coronavírus na UE/Espaço Econômico Europeu (EEA, em inglês) e no Reino Unido. A Alemanha tem 16 casos, o maior número na região, seguida pela França com 10. The post A primeira morte por coronavírus fora da Ásia foi relatada na França appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estrela Betelgeuse está escurecendo e mudando de forma, podendo se transformar em uma supernova Posted: 17 Feb 2020 03:11 AM PST ![]() A essa altura, estamos todos cruzando os dedos para que a estrela Betelgeuse, que está morrendo, exploda logo, porque quem não adora um bom show? A estrela gigante vermelha (visível na constelação de Orion) está ficando mais fraca desde o final do ano passado, levando muitos a especular que em breve poderá se transformar em uma supernova. Os cientistas que operam o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgaram novas imagens da estrela supergigante – e sim, ela parece estranha. Betelgeuse não está apenas escurecendo, parece estar mudando de forma. Betelgeuse, o ponto avermelhado no canto superior esquerdo de Orion, é uma estrela a cerca de 700 anos-luz de distância, com cerca de 20 vezes a massa do Sol e um raio 900 vezes maior. A estrela de 10 milhões de anos – que é jovem para os padrões das estrelas – já parece ter envelhecido em uma supergigante vermelha. Embora a estrela varie em brilho, ultimamente está ficando progressivamente mais fraca e agora está em torno de 36% do brilho usual, de acordo com um comunicado de imprensa do ESO. Todas as estrelas supergigantes vermelhas terminam suas vidas em uma supernova, que é quando uma estrela entra em colapso após se queimar através de todos os seus elementos mais leves e formar um núcleo de ferro. Uma equipe liderada por Miguel Montargès, astrônomo da KU Leuven, na Bélgica, observou a estrela desde dezembro passado usando o Very Large Telescope do ESO, que captura a luz visível que os objetos celestes liberam. Hoje, o ESO divulgou uma das imagens tiradas com o instrumento Spectro-Polarimetric de alto contraste Exoplanet REsearch (SPHERE). As imagens revelam uma estrela escurecendo e mudando de forma. Aqui está a estrela em comparação com a aparência de um ano atrás, tirada pelo mesmo telescópio e instrumento:
Mas a equipe não acha que Betelgeuse será uma supernova em breve. Eles supõem que a estrela esteja passando por um período de atividade já que pulsa e à medida que o calor viaja em torno de sua superfície ou que cuspiu poeira em nossa direção. Esta hipótese foi apoiada por outra imagem da luz infravermelha da estrela tirada por uma equipe do Observatório de Paris na França. Nenhuma dessas observações descarta uma supernova surpresa, no entanto, e ninguém pode dizer com certeza quando a estrela explodirá. Quando ela finalmente explodir, no entanto, parecerá mais brilhante que a Lua no céu noturno e ficará visível mesmo durante o dia. Só esperamos que a grande explosão esteja no final do período de 100.000 anos que os astrônomos previram para este evento. The post Estrela Betelgeuse está escurecendo e mudando de forma, podendo se transformar em uma supernova appeared first on Gizmodo Brasil. |
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